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oxigenoterapia hiperbárica
Tipologia: Notas de estudo
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Não perca as partes importantes!
Ana Paula Xavier - 51311383 Cibele Fyseris- 51310998 Jéssica Katarine P. da Silva - 51310176 Joselia Jesus Costa- 51313886 Katia Aparecida Aoki- 51310169 Luciana Regina Correia Silva - 51313639 Sueli de Oliveira Gomes Ribeiro - 51311650 Tássia das Neves- 51313035
Orientadora Profª Mestre: Fernanda Matilde Gaspar dos Santos
Santos 2013
1.Introdução............................................................................................................................. 1
2.Justificativa..........................................................................................................................
3.Objetivo................................................................................................................................. 4
4.Metodologia.......................................................................................................................... 5
5.Resultados............................................................................................................................ 6
5.1 Indicações...........................................................................................................................
5.2 Contra Indicações...............................................................................................................
5.3 Efeitos Terapêuticos...........................................................................................................
5.4 Efeitos Colaterais................................................................................................................
5.5 Sessões da Oxigenoterapia................................................................................................
5.6 Atuação dos Profissionais de Enfermagem........................................................................
Lacerda et al (2006) continua afirmando que as bases fisiopatológicas do tratamento hiperbárico foram relatadas pela primeira vez por Paul Bert no livro “La Pression Barometrique”, em 1878, “mostrando a intoxicação por oxigênio sob pressão no organismo animal”. Por sua vez, Haldane, 1895 através de experimentos com animais, evidenciou o efeito protetor do oxigênio hiperbárico no tratamento da intoxicação de monóxido de carbono. Apesar de haver relatos sobre a utilização em 1662, essa terapia somente foi aceita no Brasil a partir de 1930 e restringia-se, praticamente, ao tratamento de casos de doenças descompressivas ocorridas em mergulhadores.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) defini que câmara hiperbárica utilizada em terapias de saúde como um equipamento estanque e de paredes rígidas resistentes a uma pressão interna maior que 1,4 ATAS que encerra totalmente um ou mais seres humanos dentro de seus limites. (ANVISA, 2008)
As câmaras hiperbáricas podem ser de dois tipos: multipaciente e monopaciente. Esta última permite apenas a acomodação de uma única pessoa, sendo pressurizada, em geral diretamente com oxigênio puro. Já as câmaras multipaciente, de maior porte, tem capacidade para várias pessoas, sendo pressurizada com ar comprimido. Oxigênio puro nesta câmara é administrado ao paciente com ajuda de uma máscara facial, capuz ou tudo endotraqueal ( FERNANDES, 2009)
Após o estabelecimento de normas de segurança referente ao procedimento a OHB passou a ser empregada no tratamento de diversas doenças devido seus efeitos terapêuticos que dividem em quadro: proliferação de fibroblastos, neovascularização, atividade osteoclástica, osteobástica, e ação antimicrobiana. (LACERDA et al , (2006).
Segundo o Conselho Federal de Medicina (1995) aprovou as seguintes indicações para OHB: embolias gasosas, doenças descompressivas, embolias traumáticas pelo ar, envenenamento por monóxido de carbono ou inalação de fumaça, envenenamento por cianeto ou derivados, gangrena gasosa, síndrome de Fournier, outros infecções necrotizantes de tecidos moles, isquemias agudas traumáticas, vasculites, queimaduras, lesões refratárias, deiscência de suturas, lesões por radiação, retalhos ou enxertos comprometidos ou de risco, osteomielites e anemia aguda (nos casos de impossibilidade de transfusão sanguínea).Também publicam os efeitos colaterais e complicações da hiperbárica. Citando que são decorrentes da Lei de Boyle , manifestando-se durante a compressão (aumento da pressão dentro da câmara hiperbárica) ou a descompressão.
As diretrizes de segurança e qualidade expedidas pela sociedade brasileira de medicina hiperbárica determinam os profissionais indicados para operar e prestar cuidados
aos clientes deverá ser enfermeiros e técnicos de enfermagem assim atendendo a Lei 7.498/86 que regulamenta o Exercício Profissional de Enfermagem. (COREN, 2011).
O profissional de enfermagem hiperbárico deve ter experiência comprovada em atendimento a clientes críticos ou médica cirúrgica de adulto e criança. Um curso especial foi criado em 2001 visando proporcionar a preparação técnico-profissional dos militares da Marinha do Brasil, especializados em enfermagem (CAIXETA, 2003).
A função do profissional compreende, em uma regra, a orientação ao cliente sobre as medidas de segurança do mergulho e ou procedimento terapêutico, acompanhamento e observando durante a realização do tratamento de OHB o cumprimento das tabelas de tratamento, a observação dos efeitos colaterais, operação das câmaras e equipamentos, treinamento da equipe e o apoio às pesquisas. (LACERDA et al , 2006).
3. Objetivo
Conhecer o que existe na literatura sobre o tratamento de feridas através da oxigenoterapia hiperbárica (OHB).
Compreender a responsabilidade e atuação dos profissionais de Enfermagem no tratamento de pacientes submetidos à Hiperbárica.
4. Metodologia
Trata-se de um estudo realizado a partir dos meios informáticos, artigos científicos, e livros. Foi dada para cada integrante do grupo a tarefa de pesquisar algo sobre o tema individualmente. Após esta parte, nos reunimos com todos os dados obtidos e em aula formamos o Objetivo, a Justificativa e a Introdução do trabalho.
A partir dai passamos a nos encontrar na faculdade para montar o corpo do trabalho, com as indicações, contraindicações, processo de cicatrização, cuidados com a câmara e o cuidado de enfermagem que são os denominados resultados.
Sendo utilizadas 14 referências bibliográficas, entre eles Google acadêmico, Cofen, Anvisa nas publicações de 2003 à 2010.
O Conselho Federal de Medicina (1995) adiciona a estas indicações também queimaduras térmicas e elétricas, continua afirmando que é de exclusiva competência médica, devendo ser realizada pelo médico e/ou sob sua supervisão.
5.2 Contra indicações
Segundo, Fernandes (2009) a exposição pressão ambientais elevadas contraindicações a oxigenoterapia hiperbárica aos portadores de pneumotórax não drenados, história de pneumotórax espontâneo; asma brônquica ativa, doença pulmonar obstrutiva severa e bolhas ou cistos pulmonares contendo ar; história de cirurgia torácica ou
otorrinolaringolóstica, recente e os portadores de infecções de vias aéreas superiores. Este tratamento parece piorar quadros de neurite óptica pré-existentes. Lacerda et al (2006) acrescenta que a maioria dos efeitos colaterais e complicações oriundas da OHB são decorrentes da Lei de “boyle”, manifestando-se durante a compressão (aumento da pressão dentro da câmara hiperbárica) ou descompressão. Estrada et al (2010), adiciona a gravidez, uso de algumas drogas antineoplásicas (doxorrubicin, dissulfiram, cisplatina), DPOC, hipertermia, cirurgia prévia em ouvido, esferocitose congênita, infecções em fase aguda.
A Anvisa (2012) completa que a OHB é contraindicada em lesão com resposta satisfatória ao tratamento habitual,lesões que não respondem a OHB: sequelas neurológicas, necroses estabelecidas, e infecções como: pneumonia e urinaria
5.3 Efeitos Terapêuticos da Oxigenoterapia Hiperbárica.
Lacerda et al (2006) relata que a oxigenoterapia hiperbárica exerce seus efeitos terapêuticos através da alta concentração de oxigênio dissolvido nos líquidos teciduais. São quatro os principais efeitos da OHB: Proliferação de fibroblastos - a OHB, através do aumento de oxigênio dissolvido nos líquidos teciduais, permite a chegada de concentrações adequadas de oxigênio em tecidos pouco vascularizados favorecendo a cicatrização de feridas problemáticas.
Neovascularização - durante as sessões de OHB, os tecidos recebem maior quantidade de oxigênio que o normal. Imediatamente após a sessão, os tecidos corporais são submetidos a uma hipóxia relativa (volta à concentração normal de oxigênio), efeito este responsável pela estimulação da neovascularização.
Atividade osteoclástica e osteoblástica - a OHB, através do aumento de oxigênio dissolvido nos líquidos teciduais, permite a chegada de concentrações adequadas de oxigênio nos ossos, permitindo as atividades osteoclásticas e osteoblásticas, sendo indicado, desta forma, no tratamento adjuvante da osteomielite crônica. Ação antimicrobiana - a tensão de oxigênio desempenha um papel crítico no desenvolvimento de infecções. Várias condições patológicas, como lesões ou infecções podem diminuir notavelmente a tensão de oxigênio no sítio afetado, onde o fluído de lesões experimentais frequentemente apresenta valores inferiores a 10mmHg. Em infecções ósseas
Anvisa (2012), diz ser realizado em sessões com duração de 90 a 120 minutos, com pressão variando de 2 a 3 ATA, sempre a critério do médico hiperbárista. As sessões poderão variar de uma a três por dia, dependendo da fase do tratamento, poderá ser empregada o uso de sessões em dias alternados, o número de sessões pode variar de acordo com a doença aguda ou crônica e o quadro clínico do paciente, sendo que, na maioria dos pacientes agudas variam de 10 a 30 e no máximo 90 e nos crônicos de 30 a 60 e no máximo 180.
5.6 Atuação dos profissionais de Enfermagem
O Conselho Regional de Enfermagem (2011) reconhece que o profissional responsável a prestar serviços em câmaras hiperbáricas, deverá ter formação na área de Medicina Hiperbárica em alguns cursos reconhecidos SBMH, realizar a seleção da equipe de enfermagem juntamente com o médico responsável, exercer todas as atividades de enfermagem (planejamento, organização, coordenação execução e avaliação de assistência de Enfermagem), consulta de enfermagem, prescrição da assistência de Enfermagem.
Estrada et al (2010), adiciona dentre tais funções o acompanhamento da ferida, orientação ao paciente e familiar, esclarecimento de dúvidas, estabelecimento de confiança e empatia, dialogo com toda a equipe possibilidades terapêuticas.
Lacerda et al (2006), delega como função do profissional a observação dos efeitos colaterais da OHB, bem como o fornecimento do suporte básico à vida em caso de eventuais acidentes, convulsões ou intoxicação pulmonar ou neurológica.
Em sua última atualização a Anvisa (2012), atribuem como função do enfermeiro a responder tecnicamente pela equipe de enfermagem, elaborar manual de normas e rotinas da enfermagem, realizar treinamentos, gerenciar validade dos materiais e medicamentos, gerenciar manutenção de equipamentos, promover reuniões.Durante o mesmo ano determinou também a função de auxiliares e técnicos de enfermagem dando-lhe assim as atribuições de: acompanhamento nas avaliações das feridas, realização de curativos, controle de sinais vitais, anotações de intercorrências, manter a ordem e limpeza da
unidade, participação de treinamentos, prestar assistência direta aos pacientes durante todo o tratamento.
Cuidados de Enfermagem Pré-OHB
Estrada et al (2010), aponta o cuidado pré-OHB com o objetivo de preparar o ambiente terapêutico e o paciente, de modo a garantir segurança e conforto coletivo durante o tratamento dividindo funções em guia interno: responsável por promover um ambiente terapêutico limpo, organizado e confortável, chegando assim todo o local, equipamentos, vestimenta adequada, antes do procedimento este profissional ainda acomoda os pacientes com dificuldades de locomoção, checando o estado clínico geral do paciente. Já o guia externo tem a atribuição de: identificar os pacientes iniciantes para dar-lhes orientações inerentes à terapia hiperbárica, e conforto ao paciente, certificar que o paciente não esteja portando:
6. Anexos:
Úlcera por Pressão
Úlcera Venosa
Fonte: fórum de enfermagem.org(2005)
Pé Diabético
Fonte: Medicina Hiperbárica de Santos (2011) Câmara monopaciente ou monoplace
Fonte: hiperbarica do Brasil (2010)
Câmara multipaciente ou multiplace
Fonte: Medicina Hiperbarica de Santos(2011)
6.Considerações Finais
7. Referências
AGENCIA NACIONAL DE SAUDE COMPLEMENTAR (ANS). Oxigenoterapia Hiperbárica no tratamento de úlceras dos pés em diabéticos. Rio de Janeiro,RJ,2009.
M.A. Aspectos Legais da Enfermagem Hiperbárica Brasileira. Revista Brasileira de Enfermagem vol.63 n.2, Brasília, DF, 2010.
BRASIL, Conselho Federal de Medicina. Oxigenoterapia Hiperbárica, Resolução CFM -1457/95. Brasília, DF,
BRASIL, Conselho Regional de Enfermagem. Atuação dos Profissionais de Enfermagem no tratamento em câmaras de oxigenoterapia hiperbárica. São Paulo,SP,2011.
BRASIL, Ministério da Marinha. Clinica de medicina hiperbárica. Brasília, DF, 2008.
BRASIL, Vigilância Sanitária(ANVISA). Diretrizes de segurança, Qualidade e Ética. Brasília, DF, 2012.
CAIXETA MAF. Manual de Oxigenoterapia Hiperbárica. Rio de Janeiro, RJ, 2003.
CANDIDO L.C. Tratamento clínico-cirurgico de feridas cutâneas agudas e crônicas. Santos, SP, 2006.
ESTRADA M.J.A; SILVA, M.P. Trabalhos em condições hiperbáricas. Revista Digital, v.14, n.142. Buenos Aires, 2010.
FERNANDES T.D.F. Medicina hiperbárica e subaquática. Artigo Medica de Portugal 2009.
Hospital Naval Marcílio Dias. Hiperbárica Hospitalar , Rio de Janeiro, RJ, 2010.
JORGE S.A, DANTAS S.R.P.E. Abordagem Multiprofissional do tratamento de Feridas. São Paulo, SP, Ed. Ateneu, 2005.
JUNIOR M.R; MARRA A.R. Medicina baseada em Evidências. Revista Médica Brasileira,
COSTA M.I.A. Atuação da Enfermagem no Tratamento com Oxigenoterapia Hiperbárica. Revista Latino-americana de Enfermagem vol.14 nº1 Ribeirão Preto,SP, 2006.