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Parasitologia - Amebíase, Notas de estudo de Parasitologia

Informações sobre a amebíase, uma doença causada pela Entamoeba hostolytica, que pode ser transmitida por meio da ingestão de cistos presentes em água ou alimentos contaminados. O ciclo evolutivo da doença é descrito, assim como sua patogenia, que pode levar a quadros graves de diarreia e invasão de outros órgãos. O diagnóstico clínico é difícil, mas pode ser auxiliado por dados epidemiológicos. O exame parasitológico de fezes é o principal método de diagnóstico.

Tipologia: Notas de estudo

2022

À venda por 26/01/2022

Stellamazioli
Stellamazioli 🇧🇷

27 documentos

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Parasitologia
Amebíase
Morfologia da amebíase
Trofozoito cepas mais
invasivas tendem a ser maiores,
único núcleo, encontrada no
exame parasitológico de fezes
Cisto cisto maduro 1-4
núcleos, imaturo 1-3 núcleos com
um cariossoma central e
periférico, encontrado no exame
parasitológico de fezes
Entamoeba hostolytica é a
única que causa patologias no
homem
Introdução
Na maioria das vezes as
pessoas portadoras da amebíase
irão se apresentar assintomáticas
- Pessoas imunocomprometidas
ficam mais susceptíveis aos
quadros clínicos mais graves
- Enquanto o indivíduo está
infectado ele está
transmitindo a doença,
mesmo sem apresentar
sintomas
- Entamoeba hostolytica vive no
intestino grosso de humanos e de
diversos mamíferos na sua forma
trofozoíta, se multiplica e
uma parte é liberado nas
fezes
Seu ciclo evolutivo é
monoexeno infecção fecal-oral
A contaminação acontece ao
ingerir cistos presentes na
água ou em alimentos
contaminados
Ciclo biológico
- Os indivíduos se contaminam
ingerindo os cistos maduros em
alimento ou água contaminados
- A medida que esses cistos
passam pelo trato
gastrointestinal eles se
modificam até que no intestino
delgado o parasita sai do cisto e
liberam os trofozoítas e logo se
dirigem para o intestino grosso,
se multiplicam por divisão
binária e alguns dos trofozoitas
se incistam novamente e então
são liberados nas fezes. Após
liberados nas fezes, ficam no
ambiente podendo sobreviver
por dias até ser ingerido por
outra pessoa e recomeçar o
ciclo
OBS: a forma trofozoíta não é
uma forma infectiva
- As amebas invadem a parede
do intestino grosso, se
alimentam das células e se
dividem ali, gerando um
desbalanço na microbiota do
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Amebíase

Morfologia da amebíase

➡ Trofozoito – cepas mais

invasivas tendem a ser maiores, único núcleo, encontrada no exame parasitológico de fezes

➡ Cisto – cisto maduro 1-

núcleos, imaturo 1-3 núcleos com um cariossoma central e periférico, encontrado no exame parasitológico de fezes

➡ Entamoeba hostolytica é a

única que causa patologias no homem

Introdução

➡ Na maioria das vezes as

pessoas portadoras da amebíase irão se apresentar assintomáticas

  • Pessoas imunocomprometidas ficam mais susceptíveis aos quadros clínicos mais graves
  • Enquanto o indivíduo está infectado ele está transmitindo a doença, mesmo sem apresentar sintomas
  • Entamoeba hostolytica vive no intestino grosso de humanos e de diversos mamíferos na sua forma trofozoíta, se multiplica e uma parte é liberado nas fezes Seu ciclo evolutivo é monoexeno – infecção fecal-oral A contaminação acontece ao ingerir cistos presentes na água ou em alimentos contaminados

Ciclo biológico

  • Os indivíduos se contaminam ingerindo os cistos maduros em alimento ou água contaminados
  • A medida que esses cistos passam pelo trato gastrointestinal eles se modificam até que no intestino delgado o parasita sai do cisto e liberam os trofozoítas e logo se dirigem para o intestino grosso, se multiplicam por divisão binária e alguns dos trofozoitas se incistam novamente e então são liberados nas fezes. Após liberados nas fezes, ficam no ambiente podendo sobreviver por dias até ser ingerido por outra pessoa e recomeçar o ciclo OBS: a forma trofozoíta não é uma forma infectiva
  • As amebas invadem a parede do intestino grosso, se alimentam das células e se dividem ali, gerando um desbalanço na microbiota do

Amebíase

paciente, levando aos quadros severos de diarreia.

  • Em alguns casos essas amebas não se contentam em apenas invadir o tecido da parede do trato gastrointestinal, elas irão invadir outros órgãos e outros tecidos, podendo ir para o baço, pulmão e principalmente no fígado gerando um dos quadros mais graves de amebíase (comum em pacientes imunocomprimidos)

Patogenia

  • Os trofozoítos tornam-se patogênicos e invadem a parede intestinal, podendo invadir o fígado, pulmão e cérebro alimentando-se de células da mucosa e de hemácias;
  • Em casos de infecção crônica podem invadir outros órgãos através da circulação sanguínea, especialmente ao fígado;
  • Os trofozoítos que permanecem no intestino sob a forma comensal reduzem o seu metabolismo, armazenam reservas energéticas e secretam uma parede cística ao seu redor, formando os cistos, que são eliminados através das fezes.
    • Fatores do parasito: Cepa ou linhagem; Proteases; Eritrofagocitose; Citólise; Moléculas de adesão
    • Fatores do hospedeiro: Susceptibilidade; Estado nutricional; Imunidade

Diagnóstico clínico

  • De um modo geral o diagnóstico vai ser feito com o exame parasitológico de fezes
  • Os principais sintomas são diarreia, febre e dor abdominal, e por esse motivo o diagnóstico clínico é muito difícil de ser identificado por se parecer com diversas doenças
  • O que pode ajudar o diagnóstico clínico são os dados epidemiológicos do local, caso a doença seja recorrente na área, por exemplo.

Amebíase

maior causa parasitária de mortes em todo o planeta

  • A maioria dos óbitos ocorre em crianças
    • Nos países industrializados, os grupos de risco incluem homossexuais masculinos, viajantes e imigrantes recentes, e as populações institucionalizadas.
    • As formas graves de disenteria amebiana têm sido registradas com mais frequência na América do Sul, na Índia, no Egito e no México

Transmissão

  • Ingestão de alimentos ou água contaminados por fezes contendo cistos amebianos maduros;
  • Raramente na transmissão sexual, devido a contato oral- anal.
  • A falta de higiene domiciliar pode facilitar a disseminação de cistos nos componentes da família.
  • Os portadores assintomáticos, que manipulam alimentos, são importantes disseminadores dessa protozoonose. Período de incubação:
    • Entre 2 a 4 semanas, podendo variar dias, meses ou anos. Período de transmissibilidade :
    • Quando não tratada, pode durar anos.

Profilaxia

1) cuidados com o paciente a) isolamento - é necessário o isolamento nos casos de pacientes hospitalizados b) desinfecção concorrente - disposição sanitária adequada de fezes e desinfecção concorrente. 2) medidas preventivas a) educação da população quanto às boas práticas de higiene pessoal com especial ênfase na lavagem rigorosa das mãos após o uso do banheiro, na preparação de alimentos, antes de se alimentar; etc.; b) medidas de saneamento básico; c) tratamento dos portadores; 3) medidas em epidemias

Amebíase

a) a investigação epidemiológica b) detecção da fonte comum de transmissão.

Tratamento

  • Metronidazol ou tinidazol (somente são eficientes com os trofozoítos)
  • Opções para a erradicação dos cistos: Iodoquinol, Paromomicina, Furoato de diloxanida