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As principais patologias reprodutivas em fêmeas, com foco em bovinos, cães e gatos. O texto descreve as causas, sintomas, consequências e tratamentos para condições como hiperestrogenismo, vaginite, cervicite, torção uterina, hidrometra/mucometra, piometra, cistos ovarianos, mumificação fetal, maceração, brucelose, herpesvírus, neosporose, mastite e outras. O conteúdo é rico em detalhes, ilustrado com exemplos práticos e linguagem clara, tornando-o um recurso valioso para estudantes de veterinária.
Tipologia: Notas de aula
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Não perca as partes importantes!
FREE MARTIN : Ocorre em gestações gemelares onde há um macho e uma fêmea, pela ligação dos vasos da placenta a fêmea acaba recebendo os hormônios do macho e isso gera características masculinas na fêmea e ela vai ser infértil.
TUMERAÇÃO DA VULVA : É o aumento de tamanho e vermelhidão vulvar, são fisiológicos no estro e ocorrem pelo aumento de estrogênio.
CERVICITE : Pode ser traumática devido ao parto, IA ou infecciosa, a qual pode ser inespecífica, pela extensão de uma endometrite ou vaginite ou especifica, ocorre só em equinos, pela bactéria Taylorella equigenitalis, que causa a metrite contagiosa dos equinos, que se inicia na cérvix, é nela que a bactéria se adere, e sai progride para o útero, inflamando a mucosa uterina e impedindo a gestação e nidação.
APLASIA SEGMENTAR : Ocorre em porcas e vacas, pelo desenvolvimento incompleto dos ductos de Müller, por parada do desenvolvimento, é a ausência do segmento ou fechamento dele. Pode ser total ou parcial. Tem como consequência a redução da fertilidade (não há fecundação neste corno), permite o acumulo de muco (secretado normalmente) por não há eliminação, ficando retido e causando dilatação do segmento, a mucometra e com esta faz com que um lado do órgão pese mais e pode levar à torção uterina. Ou falta o órgão ou o lúmen. DISTÚRBIOS NÃO INFLAMATÓRIOS TORÇÃO UTERINA : Rotação ao redor do mesométrio, na vaca é na região da cérvix e na cadela e gata nos cornos uterinos. Acontece quando o útero está aumentado devido a uma mucometra, piometra, fetos só em um corno uterino. Ele tem fixação pela cérvix e ligamento ovariano = móvel. Isto compromete a circulação e leva a congestão passiva, parede uterina e placenta ficam congestas e com edema. Há um quadro de abdome agudo muito intenso e choque. Se a cérvix estiver fechada o feto mumifica, aberta ocorre apodrecimento. RUPTURA UTERINA: Pode ocorrer pela torção em distócicos severos, por fármacos e pela própria piometra (peritonite). É fatal pela hemorragia ou infecção. PROLAPSO UTERINO: Comum em ruminantes (+vacas) e porcas. A flacidez e distensão excessiva são predisponentes. Acontece pela inercia/atonia uterina, devido a hipocalcemia, na qual o útero perde seu tônus e fica flácido. Em casos de partos distócicos, prolongados, onde o útero faz muita força de contração, ou pela tração excessiva do feto, além de plantas estrogênicas (hipercontratilidade uterina). Este prolapso leva a isquemia da mucosa (congestão é edema), além disso há contaminação com bactérias. Pode ocorrer gangrena, septicemia e choque séptico. Vão afetar a fertilidade futura. HIDROMETA/MUCOMETRA : Acúmulo de muco na luz uterina, causado pela obstrução da drenagem do mesmo, ou produção excessiva. Pode ser congênito, por atresia segmentar ou adquirida por obstruções como um tumor na cérvix, vagina, que impedem a drenagem do muco que é normalmente produzido, ou pela produção excessiva de muco, relacionados com hiperestrogenismo. HIPERPLASIA ENDOMETRIAL CÍSTICA (HEC): Ocorre juntamente com a mucometra adquirida, pois neste caso irá ocorrer a produção de muco excessivo. Devido ao maior número de células endometriais, formando cistos com muco. Ocorre em todos os animais - equinos, +cães. Cio – estrogênio – sinaliza para a mucosa uterina que ocorra a produção de receptores para a progesterona (sensibiliza a mucosa) – progesterona (aumenta o número de glândula da mucosa, inibição da atividade contrátil do miométrio – não expulsa o muco) – qualquer quantidade já é capaz de sensibilizar os receptores e realizar a sinalização – estimula a produção de muco no útero (pelas células e glândulas secretam). As glândulas da mucosa uterina acumulam muco em sua luz, formando os cistos. No lúmen acontece o acumulo de muco e este serve então de substrato para as bactérias da vagina, levando à piometra. Cios consecutivos, irão sensibilizando o útero à progesterona (tem mais receptores) produzindo mais muco. Além disso, a progesterona diminui a contratilidade uterina, assim ocorre menor eliminação e maior acumulo de muco. Além disso aumenta o número de glândulas (hiperplasia). Causas: Ovinos – pela ingestão de fitoestrógenos,
*Idade avançada – tônus muscular deficiente – cérvix relaxa e outros ligamentos também – maior entrada de bactérias – piometra. *Anticoncepcional – aumenta progesterona
HIDROSSALPINGITE : Acumulo de líquido claro/muco, no interior do oviduto (muco produzido pelas glândulas da mucosa),pode ser congênita (aplasia segmentar da tuba ou corno) ou adquirida (obstruções por inflamação, trauma, piometra). SALPINGITE : Inflamação da tuba, decorrente da ascensão do útero (endom., met., piom.) que em virtude de ser um tubo frágil pode ser obstruído/colabado, o que impede a passagem do ovulo e espermatozoide, causando infertilidade.
HIPOPLASIA OVARIANA : Ocorre pois o ovário não atingiu o tamanho que deveria, isso ocorre em bovinos (zebu), no free martismo, pois este tecido não ficou maduro. Geralmente é bilateral, levando ao anestro. Não há hipoplasia do trato reprodutor necessariamente, mas esse permanecerá infantil, pela falta de estrógenos do ovário. Causas: Má nutrição (gestação ou inicio da vida) ou falta de responsividade as gonadotrofinas (sem receptor para LH, FSH). Macro: Menor tamanho, liso, sem formação de folículos ou corpo lúteo. OOFORITE : Inflamação do ovário, rara nos animais pode acontecer pela ruptura de cistos na palpação retal. ADERÊNCIA DA BOLSA OVARIANA: Consequência das inflamações, que também podem ser por ascensão de infecções uterinas e do trauma físico. Ambos podem ter prejuízo reprodutivo. CISTOS OVARIANOS CISTO DE CORPO LÚTEO: Comum em zebuínos, neste caso há uma dificuldade na formação do corpo lúteo, e ao invés de se
formar, de forma solida ele terá um cisto, uma área nula, sem tecido no meio, sem luteinização completa. Uma das explicações é que ocorra uma falha na angiogênese, na formação de vasos sanguíneos, que irão nutrir estas células do CL, e, portanto, não haverá produção correta de progesterona. Gerando cistos podem comprometer a produção de progesterona e causar aborto, outros não exibem alterações. Falta de LH ou falta de irrigação. Macro: Vê-se o corpo lúteo formado, este tem a parede espessa, possuem uma cavidade em seu interior. CISTO LUTEÍNICO/ LUTEINIZADO: Neste não há ovulação, pois na hora do pico de LH, ocorre uma onda tão grande e abrupta, que induz a luteinização das células da granulosa, sem romper o folículo. Também pode ser por uma onda muito baixa, incapaz de romper o folículo, mas que causa luteinização (leve). O folículo cresce, não ovula, e pela luteinização ai seu redor, ele fica incapaz de romper-se, e o ovulo fica retido. Onda baixa de LH Choque muito alto de LH – luteiniza rápido e não dá tempo para ovular. O animal entra em anestro. A cavidade cística é arredonda, revestida por uma camada de tecido conjuntivo fibroso externamente e internamente por células da teca luteinizadas, uma pequena camada envolvendo o cisto (mais fina). Causa: onda insuficiente de LH ou excesso de LH. CISTO FOLICULAR: Doença ovariana cística. Cisto mais comum, +em bovinos, caracterizado pela persistência de folículos anovulatórios por mais de 10 dias ou com diâmetro maior que 2,5cm. Pois não ocorreu ovulação. Neste caso o folículo se mantém, e, portanto, não ocorre a formação de corpo lúteo, além disso a produção do estrógeno é constante, deste modo a vaca fica em cio constante. Isto pode ocorrer devido a uma ausência de receptores de LH no folículo ovulatório/ no ovário, ou pela produção de LH ruim, proteína errônea, de outra conformação, biologicamente inativa, pode ser por produção exacerbada de FSH e não libera LH, por perda do feedback do estrogênio liberando LH, na qual mesmo com máximo de estrogênio, não libera o LH, pois não reconhece (hipófise) ou em vacas com balanço energético negativo (+comum) ou deficiência nutricional os quais bagunçam, alteram a liberação hormonal. Consequências: 1º momento: pelo estrógeno em excesso, terá ninfomania (cio persistente) e anestro (não cicla). 2º momento: pode apresentar virilismo, comportamento igual do macho, montam em fêmeas no cio, tem maior massa muscular (fenótipo de macho) mais fortes. – Devido ao passar do tempo o cisto além de produzir estrógenos, passa a produzir andrógenos (testosterona). Cadela + cisto folicular – hiperestrogenismo, estas terão edema de vulva, ninfomania, hipertrofia do clitóris (andrógeno), ginecomastia, hiperplasia cística do endométrio (mais estrogênio – mais receptor). Anemia, trombocitopenia e leucopenia – panleucopenia, devido a mielotoxicidade, o estrogênio destrói as células da medula óssea, alopecia bilateral simétrica (dermatopatia hormonal) e neoplasias mamarias. NEOPLASIAS TERATOMA: Tumor de células totipotentes não muito comum nos animais. Estas células podem originar todos os tecidos (dente, cabelo, osso, SN etc.) e ocorre geralmente em gônadas Raro, benigno, pouca metástase e pouco invasivo, porém é infértil e pode comprimir os outros órgãos. TUMOR DE CÉLULAS DA GRANULOSA: Comum em animais domésticos, não é maligno (pouco invasivo) porém geralmente são funcionais, secretando estrógeno e/ou testosterona. Unilaterais, superfície lisa, redonda, císticos/sólidos. Micro: Corpúsculos de Call-Exner
pequenas). LEPTOSPIROSE : Acomete bovinos e suínos, causada pela Leptospira interrogans, Hardjo (bovino) e Pomona (suíno). Ela possui uma fase clínica, com leptospiremia, que após produção de anticorpos, a bactéria se alojar no rim (dentro dos túbulos renais). Na gestação, ocorre uma imunossupressão, e a bactéria sai do rim, causando outra leptospiremia, atingindo o feto e causando o aborto. Não adquire na gestação. Aborto é comum no 1/3 final de gestação, após a septicemia. O feto apresenta ascite, peritonite fibrinosa, nefrite e hepatite necrosante, pode ter icterícia (fígado amarelado), rim edemaciado, com estrias brancas. BRUCELOSE : Causado pela Brucela Abortus (Bovinos), Brucela Suis (Suínos) e Brucela Canis (Cães) – zoonose– orquite e artrite. Ocorre a infecção oral (inalação e mucosa conjuntiva), pelo contato com anexos embrionários contaminados, esta multiplica-se em macrófagos e vai para o sangue, migrando para a placenta, pelo tropismo por eritritol (álcool) ou pelo tropismo pelos trofoblastos. Causa aborto a partir do 7º mês (placenta mais formada). Ocorre replicação nos trofoblastos. Na placenta, há edema de cotilédones e necrose de trofoblastos, que estão no cotilédone – revestimento fibrino – necrótico. No feto, há muito pleurite fibrinosa e broncopneumonia fibrinosa – muita bactéria. VIRAIS HERPESVÍRUS : Afetam todas as espécies (gato?) que causam abortos, que no feto, terão focos de necrose hepática, focos múltiplos distribuídos aleatoriamente de cinza pálido a brancos, de 1 a 2mm. Podem ser vermelhos devido a hemorragia. Devido a necrose aguda. Hepatomegalia acompanhada. CI eosinofílicos (IN).
TOXOPLASMOSE : Causado pelo toxoplasma gondii, que causa aborto em várias espécies, e os ovinos são mais susceptíveis. Ocorre uma exposição ao protozoário, e este acaba se encistando nos animais, com a imunossupressãoda gestação, o protozoário, então reaparece, e acaba ocorrendo o aborto. Cistos na musculatura – Igg (+). Placenta: edema da alantocório e focos brancos nos cotilédones. Feto: leucoencefalomalácia. NEOSPOROSE : Causado pelo Neospora caninum, o qual causa aborto em Bovinos, o qual o cão é o portador (HD). Infecção horizontal: mãe – feto e vertical: cão – bovino. Acontece semelhante ao toxoplasma. Imunossupressão. Causa aborto do 3º ao 8º mês. Vitalício. Lesão na placenta Feto: Lesão no SNC áreas da gliose, inflamação (micro) e infiltrado mononuclear (fígado, pulmão e coração – musculatura – miosite não supurativa). Sorologia ou imunohistoquímica - diferenciar.
INFLAMAÇÃO: Mastite – ambiente contaminado, equipamento de ordenhar e mãos do ordenhador – fonte da infecção – via ascendente (mais comum) e hematógena (Mycobacterium). Cães – Mastite por coliformes durante a
lactação, com pseudociese (leite substrato), que produzem leite – E. coli, Enterobacter) Mastite supurativa: Causada pelo Staphilococcus aureus e Streptococcus agalactiae, uma mastite contagiosa, onde a bactéria permanece no ambiente e na glândula mamária. A cada multiplicação da bactéria, ela fica mais patogênica, mais fatores da virulência, também mais resistentes. O quarto estará hiperêmico, dolorido, edema, aumento de volume, com muito pus junto ao leite. Consequências: cura, fibrose (perde o quarto), sepse e morte. Mastite gangrenosa : Forma mais severa do Staphilococcus aureus, que ocorre após a época do parto, na qual ocorre uma imunossupressão transitória (logo após o parto, onde ocorre uma lentidão/retardo da fagocitose dos neutrófilos), e esta pode ocorrer junto com Clostridium. Ocorre um necrose massiva do tecido, região fica preta a azulada, pútrido, frio (baixo sangue) que tende a cair, ser isolado, exsuda liquido seroso avermelhado. Sepse Mastite granulomatosa: Causada pelo Mycobacterium bovis, que vem por via hematógena, com 3 formas de apresentação: Miliar : vários nódulos, vários granulomas pequenos. Caseosa : forma em nódulo grande e único. Orgânica : não consegue delimitar macroscopicamente onde começa e termina a lesão, semelhante ao normal. O leite cru serve de fonte de contaminação, por isso o leite deve ser pasteurizado– perda de produção, porém não tem alteração no leite. Zoonose. Granulomas. Queijo – Não é pasteurizado NEOPLASIAS : Comum em cães e gatos, sendo adenomas e carcinomas (tecido glandular – epitelial). Cão: frequência maior, prognóstico melhor. Gato: frequência menor, prognóstico pior