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Plantas daninhas na cultura do milho, Notas de aula de Agronomia

Plantas daninhas na cultura do Milho

Tipologia: Notas de aula

2011

Compartilhado em 01/12/2011

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Sete Lagoas, MG
Dezembro, 2006
79
ISSN 1679-1150
Autores
Décio Karam
Ph.D em Ciência das Plantas
Daninhas Embrapa Milho e Sorgo
Cx. Postal 151, Sete Lagoas,
MG.
correio eletrônico:
karam@cnpms.embrapa.br
André Luiz Melhorança
Pesquisador da Embrapa
Agropecuária Oeste, C.Postal
661, Dourados, MS
DS.c. em Plantas Daninhas
correio eletrônico:
andre@cpao.embrapa.br
Maurílio Fernandes de Oliveira
DS.c em Solos e Fisico-química
Ambiental
Embrapa Milho e Sorgo Cx.
Postal 151, Sete Lagoas, MG.
correio eletrônico:
maurilio.oliveira@cnpms.embrapa.br
Plantas Daninhas
As plantas daninhas requerem para o seu desenvolvimento os mesmos fatores exigidos
pela cultura do milho, ou seja, água, luz, nutrientes e espaço físico, estabelecendo um
processo competitivo quando a cultura e as plantas daninhas se desenvolvem
conjuntamente. É importante lembrar que os efeitos negativos causados pela presença
das plantas daninhas não devem ser atribuídos exclusivamente à competição, mas sim
a uma resultante total de pressões ambientais, que podem ser diretas (competição,
alelopatia, interferência na colheita e outras) e indiretas (hospedar insetos, doenças e
outras). Esse efeito total denomina-se INTERFERÊNCIA. O grau de interferência
imposto pelas plantas daninhas à cultura do milho é determinado pela composição
florística (pelas espécies que ocorrem na área e pela distribuição espacial da
comunidade infestante) e pelo período de convivência entre as plantas daninhas e a
cultura. A competição por nutrientes essenciais é de grande importância, pois esses na
maioria das vezes, são limitados. Devido àa grande diversidade e densidade das
comunidades infestantes, cada indivíduo não poderá crescer de acordo com seu
potencial genético, mas em consonância com as quantidades de recursos que
conseguir recrutar, na intensa competição a que está submetido. Por isso, em altas
densidades, o potencial de crescimento da comunidade é controlado por aquele recurso
que, de acordo com as necessidades gerais da comunidade, apresentar-se em menor
quantidade no ambiente. Em relação à cultura do milho, mesmo esse sendo eficiente
na absorção, não consegue acumular nutrientes como as plantas daninhas fazem em
seus tecidos. Em condições de competição onde o nitrogênio seria o nutriente de maior
limitação entre milho e planta daninha, a adubação nitrogenada merece especial
atenção em condições de alta infestação.
A competição por espaço ocorre e a planta do milho assume uma arquitetura diferente
daquela que possui quando cresce livre da presença de outras plantas, mudando o
posicionamento de suas folhas, porque o espaço que deveria ocupar já se encontra
ocupado por outra planta. É importante ressaltar que qualquer mudança na arquitetura
da planta do milho representa sérios prejuízos na produção. A redução do espaçamento
nas entrelinhas aumenta a radiação fotossinteticamente ativa interceptada pela cultura e
diminui a competição intra-específica por luz, água e nutrientes, devido à distribuição
mais uniforme das plantas. O índice de área foliar e a radiação fotossinteticamente ativa
interceptada pelo dossel são influenciados pela redução do espaçamento nas
entrelinhas, sendo o comportamento dependente do estádio fenológico, da densidade
de plantas, ao tipo de arquitetura do híbrido e ao sistema de manejo. Por outro lado, a
redução do espaçamento nas entrelinhas impede a entrada de luz e consequente
germinação das plantas daninhas. Associado a isto, a dessecação, o imediato plantio
em situações normais de umidade e temperatura e as adubações mais concentradas
Plantas Daninhas na Cultura do Milho
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Sete Lagoas, MG Dezembro, 2006

ISSN 1679-

Autores

Décio Karam Ph.D em Ciência das Plantas Daninhas Embrapa Milho e Sorgo Cx. Postal 151, Sete Lagoas, MG. correio eletrônico: karam@cnpms.embrapa.br

André Luiz Melhorança Pesquisador da Embrapa Agropecuária Oeste, C.Postal 661, Dourados, MS DS.c. em Plantas Daninhas correio eletrônico: andre@cpao.embrapa.br

Maurílio Fernandes de Oliveira DS.c em Solos e Fisico-química Ambiental Embrapa Milho e Sorgo Cx. Postal 151, Sete Lagoas, MG. correio eletrônico: maurilio.oliveira@cnpms.embrapa.br

Plantas Daninhas

As plantas daninhas requerem para o seu desenvolvimento os mesmos fatores exigidos

pela cultura do milho, ou seja, água, luz, nutrientes e espaço físico, estabelecendo um

processo competitivo quando a cultura e as plantas daninhas se desenvolvem

conjuntamente. É importante lembrar que os efeitos negativos causados pela presença

das plantas daninhas não devem ser atribuídos exclusivamente à competição, mas sim

a uma resultante total de pressões ambientais, que podem ser diretas (competição,

alelopatia, interferência na colheita e outras) e indiretas (hospedar insetos, doenças e

outras). Esse efeito total denomina-se INTERFERÊNCIA. O grau de interferência

imposto pelas plantas daninhas à cultura do milho é determinado pela composição

florística (pelas espécies que ocorrem na área e pela distribuição espacial da

comunidade infestante) e pelo período de convivência entre as plantas daninhas e a

cultura. A competição por nutrientes essenciais é de grande importância, pois esses na

maioria das vezes, são limitados. Devido àa grande diversidade e densidade das

comunidades infestantes, cada indivíduo não poderá crescer de acordo com seu

potencial genético, mas em consonância com as quantidades de recursos que

conseguir recrutar, na intensa competição a que está submetido. Por isso, em altas

densidades, o potencial de crescimento da comunidade é controlado por aquele recurso

que, de acordo com as necessidades gerais da comunidade, apresentar-se em menor

quantidade no ambiente. Em relação à cultura do milho, mesmo esse sendo eficiente

na absorção, não consegue acumular nutrientes como as plantas daninhas fazem em

seus tecidos. Em condições de competição onde o nitrogênio seria o nutriente de maior

limitação entre milho e planta daninha, a adubação nitrogenada merece especial

atenção em condições de alta infestação.

A competição por espaço ocorre e a planta do milho assume uma arquitetura diferente

daquela que possui quando cresce livre da presença de outras plantas, mudando o

posicionamento de suas folhas, porque o espaço que deveria ocupar já se encontra

ocupado por outra planta. É importante ressaltar que qualquer mudança na arquitetura

da planta do milho representa sérios prejuízos na produção. A redução do espaçamento

nas entrelinhas aumenta a radiação fotossinteticamente ativa interceptada pela cultura e

diminui a competição intra-específica por luz, água e nutrientes, devido à distribuição

mais uniforme das plantas. O índice de área foliar e a radiação fotossinteticamente ativa

interceptada pelo dossel são influenciados pela redução do espaçamento nas

entrelinhas, sendo o comportamento dependente do estádio fenológico, da densidade

de plantas, ao tipo de arquitetura do híbrido e ao sistema de manejo. Por outro lado, a

redução do espaçamento nas entrelinhas impede a entrada de luz e consequente

germinação das plantas daninhas. Associado a isto, a dessecação, o imediato plantio

em situações normais de umidade e temperatura e as adubações mais concentradas

Plantas Daninhas na Cultura do Milho

de nitrogênio favorecem o arranque inicial do milho em

relação à planta daninha. O termo alelopatia aplica-se

quando uma planta daninha libera substâncias químicas

no meio, prejudicando o desenvolvimento de outro,

podendo ocorrer inclusive entre indivíduos da mesma

espécie. Diversas plantas daninhas possuem

capacidade alelopática que reduz o desenvolvimento do

milho: como exemplo, o capim-arroz ( Echinochloa

crusgalli ), o capim-colchão ( Digitaria horizontalis ) e o

capim-rabo-de-raposa ( Setaria faberil ). O grau de

interferência das plantas daninhas pode variar de acordo

com as condições climáticas e os sistemas de

produção. No entanto, as perdas ocasionadas na

cultura do milho em função da interferência imposta

pelas plantas daninhas têm sido descritas como sendo

da ordem de 13,1%, sendo que em casos onde não

tenha sido feito nenhum método de controle essa

redução pode chegar a aproximadamente 85%.

Objetivos do Manejo Integrado de

Plantas Daninhas

O manejo integrado visa eliminar as plantas daninhas

durante o período crítico de competição, que é o período

em que a convivência com as plantas daninhas pode

causar danos irreversíveis à cultura, prejudicando o

rendimento. Outro importante aspecto é dar condições

para que a colheita mecanizada tenha a máxima

eficiência, e evitar a proliferação de plantas daninhas,

garantindo-se a produção de milho nas safras

seguintes. Portanto, ao usar algum método de controle

de plantas daninhas na cultura do milho, o produtor

deve lembrar-se de que os principais objetivos são:

a. evitar perdas devido à competição;

b. beneficiar as condições de colheita;

c. evitar o aumento da infestação; e

d. proteger o ambiente

Evitar perdas devido à competição

O importante é que o produtor entenda que as perdas

podem variar de ano a ano, devido às condições

climáticas, e de propriedade a propriedade, devido às

variações de solo, população de plantas daninhas,

sistemas de manejo (rotação de culturas, plantio direto)

etc. Portanto, é necessário que o produtor de milho

tenha uma estimativa das perdas que as plantas

daninhas ocasionam em sua lavoura, pois ela servirá

para avaliar quando e de que modo deve ser feito o

controle.

Beneficiar as condições de colheita

Os métodos de controle de plantas daninhas serão

usados também para beneficiar a colheita e não apenas

para evitar a competição inicial. As plantas daninhas

que germinam, emergem e crescem no meio da lavoura

do milho após o período crítico de competição não

acarretam perdas na produção. Entretanto, tanto a

colheita manual quanto a mecânica podem ser

prejudicadas. No caso da colheita manual, a presença

da espécie Mimosa invisa Mart. Ex Colla, popularmente

conhecida como malistra ou dormideira, pode provocar

ferimentos nas mãos dos trabalhadores. A colheita

mecânica quando realizada em lavouras com alta

infestação de corda-de-viola ( Ipomoea sp. ) e trapoeraba

( Commelinna sp. ), pode ser inviabilizada, pois a

máquina não consegue operar devido ao embuchamento

dos componentes da plataforma de corte.

Evitar o aumento da infestação

O terceiro objetivo do manejo integrado de plantas

daninhas está ligado à produção sustentada. Ao

terminar a colheita da safra, o produtor deve lembrar-se

de que a terra é um bem sagrado e que deve ser

conservada para as próximas safras. Se a terra é

deixada em pousio, as plantas daninhas irão sementear

e aumentar a infestação. O banco de sementes das

plantas daninhas é o solo e, se nada for feito para evitar

a produção de sementes, o número de plantas daninhas

emergindo a cada ano vai aumentar significativamente,

as produções de milho cairão, a dependência do uso de

herbicidas aumentará, os custos de controle ficarão

mais elevados e, depois disso, o único jeito é

abandonar a terra. Em um sistema de produção

sustentado, um dos fatores mais importantes é a

sementes na parte superficial do solo tende a reduzir,

diminuindo a germinação dos propágulos. A rotação de

culturas, além de muitas outras utilidades, é praticada

como meio de prevenir o surgimento de altas

populações de certas espécies de plantas daninhas

mais adaptáveis a determinada cultura. Para que a

cultura do milho tenha vantagem competitiva em relação

às plantas daninhas, é importante que se tenha

adequado espaçamento. Em termos práticos, o bom

espaçamento é aquele que permite a cobertura do solo,

quando a cultura atinge seu pleno desenvolvimento

vegetativo, devendo ser diferenciado para os diversos

híbridos e variedades e condições edafoclimáticas.

Controle Mecânico de Plantas Daninhas

Capina Manual

Esse método é amplamente utilizado em pequenas

propriedades. Dos 350 milhões de produtores no

mundo, estimados nos anos 80, aproximadamente 250

milhões usavam algum tipo de capina manual.

Normalmente de duas a três capinas com enxada são

realizadas durante os primeiros 40 a 50 dias após a

semeadura, pois a partir daí o crescimento do milho

contribuirá para a redução das condições favoráveis

para a germinação e o desenvolvimento das plantas

daninhas. A capina manual deve ser realizada

preferencialmente em dias quentes e secos e com o

solo com pouca umidade. Cuidados devem ser tomados

para evitar danos às plantas de milho, principalmente às

raízes. Esse método de controle demanda grande

quantidade de mão-de-obra visto que o rendimento da

operação é de aproximadamente 8 dias homem por

hectare.

Capina Mecânica

A capina mecânica usando cultivadores, tracionados por

animais ou tratores, ainda é o sistema mais utilizado no

Brasil. As capinas devem ser realizadas nos primeiros

40 a 50 dias após a semeadura da cultura. Nesse

período, os danos ocasionados à cultura são

minimizados comparados com os possíveis danos

(quebra e arranquio das plantas de milho) em capinas

realizadas tardiamente. A exemplo da capina manual, o

cultivo mecânico deve ser realizado superficialmente em

dias quentes e secos, com o solo com pouca umidade,

aprofundando-se as enxadas o suficiente para o

arranquio ou o corte das plantas daninhas. Quando as

plantas de milho encontrarem-se de 4 a 6 folhas utilizar

enxadas do tipo asa de andorinha para evitar danos no

sistema radicular do milho pois o mesmo encontra-se

superficial. A produtividade desse método é de

aproximadamente 0,5 a 1 dia.homem por hectare

(tração animal) e 1,5 a 2,0 horas por hectare

(tratorizada).

Controle Químico

O controle químico consiste na utilização de produtos

herbicidas para o controle das plantas daninhas, sendo

necessário o registro dos produtos no Ministério da

Agricultura. Em algumas situações as Secretarias

Estaduais de Agricultura podem proibir o uso de

determinado(s) produto(s). Ao se pensar em controle

químico em milho, algumas considerações devem ser

feitas: i - a seletividade do herbicida para a cultura; ii - a

eficiência no controle das principais espécies na área

cultivada; e iii - o efeito residual dos herbicidas para as

culturas que serão implantadas em sucessão ao milho.

O uso de herbicidas, por ser uma operação de maior

custo inicial, é indicado para lavouras médias e grandes

e com alto nível tecnológico onde a expectativa é de

uma produtividade acima de 4.000 kg/ha. Embora seja,

ultimamente, o método de controle com maior nível de

crescimento, o controle químico, se utilizado

indiscriminadamente, pode vir a causar problemas de

contaminação ambiental. Cuidados adicionais devem

ser tomados com o descarte de embalagens, o

armazenamento, o manuseio e a aplicação dos

herbicidas.

Os herbicidas registrados para uso na cultura do milho

podem ser vistos nas Tabelas 1 e 2. O seu uso está

vinculado aos cuidados normais recomendados nos

rótulos pelos fabricantes e à assistência de um técnico

da extensão oficial ou do distribuidor.

Métodos de Aplicação de Herbicidas

A eficiência de um herbicida está intimamente

relacionada à sua aplicação, que deve ser feita de

maneira uniforme e utilizando-se os equipamentos

adequados a cada tipo de situação. Os problemas

verificados na ineficiência do controle de plantas

daninhas na maioria dos casos estão relacionados à

tecnologia de aplicação. Cerca de 46% dos problemas

das aplicações ocorrem na calibragem do pulverizador,

5% na mistura de produtos e 12% na combinação da

calibragem e da mistura de produtos. Por outro lado,

mais de 90% dos herbicidas ainda são aplicados via

trator (sistemas hidráulicos), embora a aplicação via

água de irrigação tenha aumentado nos últimos anos.

Terrestre

A calibragem do sistema de aplicação terrestre deve ser

realizada preferencialmente no local da aplicação

observando-se os fatores que interferem na eficiência

dos herbicidas. Os equipamentos tratorizados

apresentam quatro componentes básicos: tanque,

regulador de pressão, bomba e bicos de aplicação, que

devem ser sempre verificados, evitando defeitos ou

entupimentos que possam vir a tornar a aplicação

ineficiente.

Aérea

A principal vantagem da aplicação aérea em relação às

aplicações terrestres tratorizadas ou manual é o menor

tempo gasto para tratar uma mesma área. Esse método

é economica e tecnicamente viável somente em áreas

extensas e planas. Aplicações aéreas apresentam alto

risco de contaminação ambiental em função do alto

risco de deriva, devendo portanto sempre ser

acompanhada por um técnico responsável.

Via irrigação

A aplicação de herbicidas via água de irrigação é

conhecida como herbigação. Embora a adoção desse

método de aplicação tenha aumentado nos últimos

anos ainda não existem herbicidas registrados para

essa modalidade. Além disso apenas alguns herbicidas

possuem características favoráveis à aplicação com

água de irrigação. Embora a herbigação apresente

como vantagens a redução do custo de aplicação, o

aumento da atividade herbicida, maior uniformidade de

aplicação e maior compatibilidade com o sistema de

plantio direto por não haver trânsito de máquinas na

época de controle das plantas daninhas, a aplicação,

principalmente via pivô central pode apresentar riscos

de contaminação ambiental e aumento do tempo de

aplicação.

Normas Gerais Para o Uso de Defensivos

Agrícolas

Antes da aquisição de qualquer defensivo agrícola deve-

se fazer uma avaliação correta do problema e da

necessidade da aplicação. Não adquira nenhum

defensivo agrícola sem receituário agronômico e

verifique a data de validade evitando comprar produtos

vencidos e com embalagens danificadas. Não aplique

defensivos agrícolas sem estar vestindo os

Equipamento de Proteção Individual (EPI) necessários.

Fazer a tríplice lavagem da embalagem após o uso e

inutilizá-la por meio de furos. Toda embalagem vazia e

inutilizada de qualquer defensivo agrícola deverá ser

retornada aos pontos de compra (oriente-se junto ao

vendedor). Cumpra as suas obrigações e exija seus

direitos de consumidor.

Manejo de Plantas Daninhas no Milho

“Safrinha”

As práticas de controle a serem adotadas no milho

“safrinha” ou milho de segunda época, que é semeado

em sua maioria após a cultura de verão no final de

fevereiro e início de março, devem levar em conta que o

plantio do milho nesse período apresenta maior risco e

produção menor que a época normal. Nesse período a

temperatura do solo é menor, fazendo com que a

emergência e o desenvolvimento das plantas daninhas

sejam menores e, por conseguinte, a pressão exercida

por elas é reduzida, especialmente as gramineas, que

tem como época preferencial de emergência os meses

de outubro a dezembro. Somado a isso, a presença de

palhada após a colheita da cultura antecessora ao

milho aumenta a supressão das invasoras, reduzindo a

competição.

É importante lembrar que alguns herbicidas de efeito

residual longo utilizados nas culturas de verão, como

exemplo o imazaquim utilizado na cultura da soja,

podem causar prejuízos ao desenvolvimento do milho

que é plantado em seqüência.

Tabela 2. Alternativas de herbicidas pós-emergentes para o controle de plantas daninhas na cultura do

milho. Embrapa Milho e Sorgo. Sete Lagoas, MG. 2004.

NOME COMUM NOME COMERCIAL CONCENTRAÇÃO DOSE

(g/L ou g/kg) (^) i.a kg/ha Comercial (kg ou L/ha) alachlor + atrazine Agimix 260 + 260 3,12 – 4,16 6,0 – 8, ametryne^1 Ametrina Agripec Gesapax 500 Ciba Geigy Gesapax GRDA

amircabazone Dinamic 700 0,28 0, amônio-glufosinato Finale 200 0,40 1, atrazine + bentazon Laddok 200 + 200 0,96 – 1,20 2,4 – 3, atrazine + glyphosate Gillanex 225 - 125 1,40 -2,10 4,0 – 6, atrazine + s- metolachlor

Primaiz Gold Primagran Gold Primestra Gold

atrazine + óleo vegetal 2 Posmil Primóleo

atrazine + simazine Actiomex 500 SC Atrasinex 500 SC Extrazin SC Herbimix SC Primatop SC Triamex 500 SC Controller 500 SC

bentazon Basagran 480 Basagran 600 Banir 480

2,4-D

3 Aminamar Aminol 806 Capri Deferon DMA 806 BR Navajo Tento 867 SL U 46 BR U 46 D – Fluid 2,4-D Weedar 806 2,4 D Agripec 2,4 D Amina 72

glyphosate Várias marcas comerciais imazapic + imazapyr Onduty 525 + 175 52,0 + 17,5 100 mesotrione Callisto 480 0,144 – 0,192 0,3 – 0, nicosulfuron 4 Nicosulfuron Nortox 40 SC Nippon 40 SC Nissin Sanson 40 SC

foramsulfuron + iodosulfuron methyl

Equip Plus 300 - 20 0,038 – 0,048 120 - 150

dicloreto de paraquate 5 Gramoxone 200 Paradox

sulfosate Touchdown 480 0,48 – 2,88 1,0 – 6,

1

Utilizar nas entrelinhas após o estádio de 50cm de altura do milho. Adicionar adjuvante.

2

Aplicar quando as gramíneas estiverem no estádio de 3 folhas e as folhas largas no estádio

de 6 folhas.

3

Aplicar com o milho com no máximo 4 folhas, antes da formação do cartucho.

4

Não utilizar em misturas com inseticidas organofosforados. Verificar susceptibilidade de

cultivares.

5

Aplicar nas entrelinhas quando o milho estiver com mais de 8 folhas.

Exemplares desta edição podem ser adquiridos na: Embrapa Milho e Sorgo Endereço : MG 424 Km 45 Caixa Postal 151 CEP 35701-970 Sete Lagoas, MG Fone : (31) 3779 1000 Fax : (31) 3779 1088 E-mail : sac@cnpms.embrapa.br 1 a^ edição 1 a^ impressão (2006): 200 exemplares

Presidente : Antônio Álvaro Corsetti Purcino Secretário-Executivo : Cláudia Teixeira Guimarães Membros : Carlos Roberto Casela, Flávia França Teixeira, Camilo de Lelis Teixeira de Andrade, José Hamilton Ramalho, Jurandir Vieira Magalhães

Editoração eletrônica : Tânia Mara Assunção Barbosa

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