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Guias e Dicas
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Pneumologia pediatrica, Manuais, Projetos, Pesquisas de Pneumologia

Atualização recente em pneumolgia pediatrica

Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas

2021

Compartilhado em 20/11/2021

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Resumo de Espirometria na Pediatria
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Resumo
Espirometria na
Pediatria
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Resumo de Espirometria na Pediatria 0

0 Resumo

Espirometria na

Pediatria

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1. Introdução É um teste que mede volumes, capacidades e fluxos pulmonares a partir de manobras respiratórias padronizadas, e as compara com valores de referência para altura, sexo e idade. Os testes de função pulmonar, incluindo a espirometria são indicados para:

  • Auxiliar o diagnóstico das doenças pulmonares com a verificação de padrões ventilatórios: obstrutivo, restrito ou misto;
  • Controle evolutivo da doença;
  • Controle do tratamento;
  • Aplicação de testes de reversibilidade da obstrução das vias aéreas (prova broncodilatadora);
  • Avaliação dos riscos cirúrgicos;
  • Estudos de fisiologia respiratória, epidemiológicos, farmacológicos, etc.;
  • Provocação brônquica;
  • Avaliação da capacitação profissional ou física;
  • Avaliação das mudanças da função pulmonar de acordo com idade, sexo, etc;
  • Auxiliar diagnóstico nas doenças pulmonares profissionais Tipos de equipamento. Os espirômetros podem ser de dois tipos: os que medem volume e os que medem fluxo de gás. Podem ainda ser abertos , quando o paciente inspira fora do sistema antes de iniciar o teste, e fechados , quando a manobra é realizada totalmente dentro do circuito do aparelho. Os equipamentos de volume são os selados em água do tipo Stead-Wells pela sua simplicidade, exatidão e precisão. Porém esses aparelhos só são úteis em laboratórios devido à sua dificuldade de transporte.Já os sensores de fluxo (pneumotacômetros) são portáteis e práticos, sendo muito utilizados em consultórios e trabalhos de campo.

3 Figura 01: Diagrama representando as principais medidas de volumes e fluxos pulmonares. FEF25-75 = Fluxo expiratório forçado 25 - 75%, VC = Volume corrente, VEF1, = Volume expiratório 1º segundo, CVF = Capacidade vital forçada, PFE = Pico de fluxo expiratório, FME = Fluxo máximo expiratório 25, 50 e 75%. FONTE: Jornal de Pediatria - Vol. 73, Nº3, 1997 Volumes e capacidades pulmonares VOLUME CORRENTE (VC) – é o volume de gases inspirado e expirado em cada respiração normal. VOLUME DE RESERVA INSPIRATÓRIO (VRI) – é o volume máximo de gás que pode ser inalado a partir do final de uma respiração normal. VOLUME DE RESERVA EXPIRATÓRIO (VRE) – é o volume máximo de ar que pode ser expirado a partir do final de uma expiração normal. VOLUME RESIDUAL (VR) – é o volume de gás que permanece nos pulmões no final de uma expiração máxima. Da somatória de volumes resultam as capacidades pulmonares: CAPACIDADE INSPIRATÓRIA (CI) – é o volume máximo de ar que pode ser inalado a partir do final de uma expiração normal, portanto CI = VC + VRI. CAPACIDADE VITAL (CV) – é o volume máximo de gás que pode ser exalado após uma inspiração máxima, assim CV = VC + VRI + VRE. CAPACIDADE RESIDUAL FUNCIONAL (CRF) – é o volume de gás que permanece nos pulmões após uma expiração normal, portanto CRF = VRE + VR.

4 CAPACIDADE PULMONAR TOTAL (CPT) – é o volume de gás nos pulmões após uma inspiração máxima, assim CPT = CV + VR. O volume residual é uma das medidas mais variáveis de função pulmonar em crianças e deve ser cuidadosamente interpretado. No entanto, é útil para a determinação da relação VR/CPT, que estará aumentada em doenças obstrutivas em consequência do represamento de ar. Através da espirometria é possível a determinação da capacidade vital (CV), capacidade inspiratória (CI), volume de reserva inspiratório (VRI), volume de reserva expiratório (VRE), capacidade vital forçada (CVF) e os volumes e fluxos dela originados. Cuidados antes do exame: Cuidados preliminares para realização da espirometria Adiar o exame por 2 semanas após infecção respiratória Adiar o exame por 7 dias após hemoptise Suspensão de medicamentos:

  • Broncodilatadores: 12 horas antes
  • Anticolinérgicos: 12 horas antes
  • Antihistamínicos: 48 horas antes
  • Antileucotrienos: 24 horas antes Medicamentos que não necessitam de suspensão:
  • Corticosteroides (inalatório e sistêmico)
  • Cromoglicato e nedocromil sódico
  • Antibióticos Vir alimentado, mas evitar refeições volumosas Não tomar chá ou café antes do exame Repousar por 5 a 10 min antes do exame Não fumar ou ingerir bebidas alcoólicas antes do exame Como obter os parâmetros espirométricos:

6 As medidas obtidas devem ser corrigidas para BTPS (temperatura corpórea e pressão atmosférica saturada com vapor de água). 2. Distúrbios Ventilatórios Distúrbio ventilatório obstrutivo (DVO): caracterizado por redução desproporcional dos fluxos máximos com relação ao volume que pode ser eliminado. Os principais índices para a caracterização do DVO são o VEF1 e a razão VEF1/CVF.

  • Os melhores critérios para avaliar esse tipo de distúrbio são o VEF1 e VEF1∕CVF. Distúrbio ventilatório restritivo (DVR): caracterizado pela redução da CPT, que não é obtida na espirometria. Quando a CV e a CVF estão reduzidas na presença de razão VEF1/CVF normal ou elevada, o DVR pode ser inferido. Distúrbio ventilatório misto: caracterizado pela presença de obstrução e restrição simultaneamente. Parâmetros Tipos de distúrbio ventilatório Obstrutivo Restritivo CVF Normal ou reduzida Reduzida VEF1 Reduzido Normal ou reduzido VEF1∕CVF Reduzida Normal ou aumentada FEF Reduzido Normal, reduzido ou aumentado Índice de Tiffeneau : relação entre VEF1∕CVF. É um teste de alta sensibilidade para detecção de obstrução e classificação do fenômeno obstrutivo.

7 Figura 02: Comparação das curvas F-V e V-T apresentando padrões normal, obstrutivo e restritivo. F= fluxo, V=volume, t=tempo. FONTE: Jornal de Pediatria - Vol. 73, Nº3, 1997

9 4. Pico de Fluxo Expiratório (PFE) É o maior fluxo obtido em uma expiração forçada, a partir de uma expiração completa (ao nível da CPT). Tem acurácia associada a cooperação do paciente. Se correlaciona bem com VEF1, mas como mede a função de grandes vias aéreas, o PFE pode subdiagnosticar pacientes com asma leve. O uso do PFE é recomendado para monitorar os sintomas no seguimento do curso da asma e na resposta do paciente ao tratamento. É também indicado para o diagnóstico de asma por exercício e hiper-responsividade brônquica. O Consenso Internacional de Diagnóstico e Manejo da Asma (GINA – 1998) recomenda a medida do PFE para a monitorização de pacientes, a partir dos cinco anos de idade, portadores de asma moderada e grave ou na asma de difícil controle, pelo menos duas vezes ao dia, até o controle das crises, quando então, poderá ser efetuada sempre no mesmo horário uma vez ao dia. Variabilidade do PFE: A variabilidade do PFE é quantificada como a amplitude percentual média dos valores obtidos e relacionada ao grau de obstrução brônquica. Índices superiores a 20% são considerados significativos. Assim, pode-se classificar em zonas segundo o melhor valor do PFE do paciente (ou em relação ao previsto): Zona verde : 80 a 100% do melhor valor do paciente. Os valores são considerados normais. Zona amarela : 50 a 80% do melhor valor do paciente. Pode representar o início de um episódio agudo ou medicação insuficiente. Considerar introdução ou alteração da medicação. Zona vermelha : menos de 50% do melhor valor do paciente. Corresponde a uma agudização do quadro clínico. A medicação de alívio deve ser iniciada imediatamente e o médico deve ser avisado

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Referências Bibliográficas

  1. Kantor Junior, O. Testes de função pulmonar em crianças e adolescentes. Jornal de Pediatria - Vol. 73, Nº3, 1997
  2. Rodrigues JC, Cardieri JMA, Bussamra MHCF, Nakaie CMA, Almeida MB, Silva Fº LVF, Adde FV. Provas de função pulmonar em crianças e adolescentes. J Pneumol 28(Supl 3) – outubro de 2002