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Unidade da discipolina "Políticas de Saúde"
Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas
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Não perca as partes importantes!
Bibliotecária Responsável: Cristina de Souza Maia CRB6/ N443p Nery, Fabricia Creton Políticas de saúde. / Fabricia Creton. – Muriaé: Faminas, 2017. 86 p.
É preciso que você frise muito bem alguns conceitos básicos, então, alguns serão repetidos às vezes, à exaustão, para que eles realmente sejam assimilados. Então, vamos lá.... Já vimos que a Constituição Federal definiu que “a saúde é direito de todos e dever do Estado” e a Lei Federal n. 8.080/1990, que regulamentou o SUS, prevê, em seu Artigo 7º, os princípios do sistema, dentre outros:
assistência;
contínuo das ações e dos serviços preventivos e curativos, individuais e coletivos, exigidos para cada caso, em todos os níveis de complexidade do sistema ; (...).
Conhecer as estratégias de atenção à saúde no Brasil. Identificar e caracterizar os níveis de atenção à saúde. Articular e identificar os princípios e diretrizes do SUS na assistência a saúde. Compreender os impactos dessas estratégias de atenção no âmbito das políticas de saúde no Brasil.
Fica evidente que o Brasil optou por um sistema público e universal de saúde, que deve garantir atendimento integral para todos os cidadãos, não cabendo, em nenhuma hipótese, a limitação de seus atendimentos a um “pacote” mínimo e básico de serviços de saúde, destinado à parcela mais pobre da população.
Conforme nos coloca a enfermeira Lillian Gonçalves, de forma bem clara, em seu blog (http://repensandosaude.blogspot.com.br/2011/02/niveis-de-atencao-saude.html). Atualmente o SUS está organizado de forma atender a população em suas necessidades em saúde de forma hierarquizada, conforme a complexidade da situação. Existem três níveis de atenção à saúde: Atenção Primária ou Atenção Básica : é a primeira atenção que a população recebe, e porta de entrada para os demais níveis. Compreende a este nível ações de promoção da saúde e prevenção de doenças ou agravos em doenças pré- existentes. São responsáveis pelo atendimento deste nível os postos de saúde, Unidades Básicas de Saúde (UBS). Atenção Secundária: são os ambulatórios especializados, que atendem á demanda de atenção á saúde de média complexidade. Por exemplo, ambulatório de cardiologia, atendimento ambulatorial de neurologia, atendimento ambulatorial de saúde mental. Para ser atendido neste nível, o usuário precisa ser atendido obrigatoriamente no nível primário ou em serviços de urgência e emergência. Atenção Terciária: é o atendimento de complexidade alta, e compreende a reabilitação da saúde. São responsáveis por este atendimento os hospitais, para chegar aos mesmos é necessário ter passado pelos demais ou serviço de urgência e emergência. Os níveis de atenção não são isolados entre si, e um não anula o outro, mantém- se integrados por um sistema de referência e contra-referência. Ou seja, um paciente quando precisa de um nível de mais especialidade é referenciado ao mesmo, quando o caso diminui a complexidade retorna ao nível primário por contra- referência. Níveis de complexidade! É o ponto de nossa aula, são os níveis de atenção à saúde. Ao final,você deverá saber com exatidão a que se refere o seu significado. NÍVEIS DE ATENÇÃO À SAÚDE
Resolução de 5% restantes dos problemas de saúde. Envolve alto nível tecnológico e alta complexidade; muito especializado. Hospital de maior porte, onde concentra-se o que existe de mais especializado, em termos de equipamento e pessoal. Serviços: cirurgias cardíacas; transplante; tomografia; ressonância.
O plano Diretor de Regionalização é concebido de forma a atender até 150. habitantes para a microrregião de saúde, mediante a garantia da acessibilidade geográfica e viária para a região polo até 150 km, ou no máximo de 2 horas em vias não pavimentadas, sendo ideal o acesso em 1h e 20 minutos. Os sistemas de atenção à saúde são respostas sociais, organizadas deliberadamente, para responder às necessidades de saúde das populações, em determinada sociedade e em certo tempo. Os níveis de atenção a saúde são organizados em forma de rede de atenção. A rede de atenção tem tem princípio manter a integralidade e universalidade da assistência, sendo portanto, fundamenta para o bom funcionamento do SUS. As imagens abaixo demonstram como os níveis de atenção são organizados. Lembrando que a organização piramidal foi substituída pela organização em rede, tendo em vista a melhor e mais itegra capacidade da rede de resolução de problemas e atendimento de qualidade.
saúde.
A prevenção das patologias só é possível com base no conhecimento das suas características. Só é possível adotar comportamentos preventivos em relação a uma doença, se conhecermos os fatores de risco que elevam a probabilidade do seu desenvolvimento, os seus sintomas, toda a sua evolução e também as suas formas de prevenção e a forma como pode ser tratada. Perceba que a prevenção só faz sentido quando está em relação com o conhecimento da história natural das doenças (HND). A HND é composta por dois períodos: o período pré-patogênico (antes de o indivíduo adoecer, desequilíbrio entre o agente e o hospedeiro, fatores ambientais condicionantes que são o estímulo) e o período patogênico. Ou seja,
APS v
O território da atenção primária à saúde: a área de abrangência da atenção primária à saúde. O território da micro-área: a área de abrangência de um agente comunitário de saúde. Já vimos que um dos princípios do SUS é a hierarquização ; trabalha o sistema público de saúde em três níveis:
individual e coletivo, que abrangem a promoção e a proteção da saúde, a prevenção de agravos, o diagnóstico, o tratamento, a reabilitação e a manutenção da saúde.”
É desenvolvida por meio do exercício de práticas gerenciais e sanitárias democráticas e participativas , sob a forma de trabalho em equipe, dirigidas a populações de territórios bem delimitados, pelas quais assume a responsabilidade sanitária, considerando a dinamicidade existente no território em que vivem essas populações. Utiliza tecnologias de elevada complexidade e baixa densidade, que devem resolver os problemas de saúde de maior frequência e relevância em seu território. É o contato preferencial dos usuários com os sistemas de saúde. Orienta-se pelos princípios da universalidade, da acessibilidade e da coordenação do cuidado, do vínculo e continuidade, da integralidade, da responsabilização, da humanização, da equidade e da participação social. A Atenção Básica considera o sujeito em sua singularidade, na complexidade, na integralidade, e na inserção sociocultural, e busca a promoção de sua saúde, a prevenção e tratamento de doenças e a redução de danos ou de sofrimentos que possam comprometer suas possibilidades de viver de modo saudável.
A unidade de Saúde da Família caracteriza-se como porta de entrada do sistema local de saúde. Não significa a criação de novas estruturas assistenciais, exceto em áreas desprovidas, mas substitui as práticas convencionais pela oferta de uma atuação centrada nos princípios da vigilância à saúde.
Efetivar a integralidade em seus vários aspectos, a saber: integração de ações programáticas e demanda espontânea; articulação das ações de promoção à saúde, prevenção de agravos, vigilância à saúde, tratamento e reabilitação, trabalho de forma interdisciplinar e em equipe, e coordenação do cuidado na rede de serviços; Desenvolver relações de vínculo e responsabilização entre as equipes e a população adscrita garantindo a continuidade das ações de saúde e a longitudinalidade do cuidado; Valorizar os profissionais de saúde por meio do estímulo e do acompanhamento constante de sua formação e capacitação; Realizar avaliação e acompanhamento sistemático dos resultados alcançados, como parte do processo de planejamento e programação; Estimular a participação popular e o controle social.
Mas, como a proposta é a equidade, é preciso considerar que outras áreas serão definidas de acordo com as necessidades regionais detectadas. Eliminação da hanseníase, Controle da tuberculose, Controle da hipertensão arterial, Controle do diabetes mellitus, Eliminação da desnutrição infantil, Saúde da criança, a saúde da mulher, Saúde do idoso, Saúde bucal, Promoção da saúde. Dentre outras, de acordo com a necessidade local. FONTE: WWW.FONTEDOJAGUAR.COM
Este conceito vem desde a Conferência de Alma-Ata, sobre os Cuidados Primários em Saúde, realizada em na 1978, no Cazaquistão. Assim, Diversos autores vêm propondo definições sobre a Atenção Primária à Saúde. De acordo com a Organização Pan-americana de Saúde (OPAS), deve constituir a base dos sistemas nacionais de saúde por ser a melhor estratégia para produzir melhorias sustentáveis e maior equidade no estado de saúde da população.
Um conjunto de valores – direito ao mais alto nível de saúde, solidariedade e equidade. Um conjunto de princípios – responsabilidade governamental, sustentabilidade, intersetorialidade, participação social, entre outros; E como um conjunto indissociável de elementos estruturantes atributos do sistema de serviços de saúde: acesso de primeiro contato, integralidade, longitudinalidade, coordenação, orientação familiar e comunitária e competência cultural.
CONFERÊNCIA DE ALMA-ATA FONTE: WWW. ALMA-ATA.ES Como leitura complementar acesse os dois links abaixo, são documentos essenciais para compreender o contexto das nossas discussões. www.opas.org.br/coletiva/uploadArq/Alma-Ata.pdf www.opas.org.br/promocao/uploadArq/Ottawa.pdf
Segundo Mendes (2009), no sistema público de atenção à saúde do Canadá, a experiência de redes de atenção à saúde desenvolveu-se, em geral, sob a forma de sistemas integrados de saúde, em que a porta de entrada são os médicos de família e o planejamento tem como base a necessidade da população. Na Europa Ocidental, a introdução das redes de atenção à saúde vem crescendo constantemente. O trabalho precursor foi o Relatório Dawson, produzido em 1920, cujos pontos essenciais foram a integração da medicina preventiva e curativa, o papel central do médico generalista, a porta de entrada na atenção primária à saúde, a atenção secundária prestada em unidades ambulatoriais e a atenção terciária nos hospitais. Portanto, o SUS deve enfrentar um duplo desafio: abrir as portas do sistema para garantir o atendimento à população historicamente desassistida em saúde (fato que tem alcançado sucesso no Brasil, por meio de ampla expansão da atenção primária em saúde, desde a implantação do sistema, em 1988) e, ao mesmo tempo, implantar redes de atenção à saúde que possam dar conta das necessidades de atendimento (quesito em que o SUS ainda não obteve sucesso, persistindo desigualdades de acesso significativas entre as diferentes regiões do país). Torna-se, assim, fundamental o conhecimento e a discussão, pelos gestores do SUS, das áreas de atenção em saúde de média e alta complexidade, objetivando adequada implementação de suas ações em complementação da atenção primária, garantindo-se que o sistema público de saúde no Brasil atenda integralmente a população e não se converta em um “SUS para pobres”.
É a capacidade que uma unidade de saúde tem para prestar assistência. As ações de saúde estão dirigidas no sentido de evitar o aparecimento da doença ou para deter ou modificar o seu curso, quer no indivíduo, quer na sociedade. Assim, o que se busca é a organizar a oferta de serviços e orientar as suas ações para a satisfação das necessidades da sociedade.
Nesta unidade você conheceu as estratégias de atenção à saúde no Brasil, nos níveis de atenção primária, secundária e terciária. Por meio desse conhecimento é possível identificar e articular facilmente os princípios e diretrizes do Sistema Único de Saúde, bem como os impactos dessas estratégias de atenção no âmbito das Políticas de Saúde no Brasil; e as regiões macro e micro de assistência no Estado de Minas Gerais. Confira mais informações sobre as Redes de Atenção à Saúde em: http://www.paho.org/bra/index.php?option=com_docman&task=doc_download&gid= 02&Itemid=
SUGESTÃO DE LIVROS Para saber mais sobre o assunto, acesso o livro: OUVERNEY, AM., and NORONHA, JC. Modelos de organização e gestão da atenção à saúde: redes locais, regionais e nacionais. In FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ. A saúde no Brasil em 2030 - prospecção estratégica do sistema de saúde brasileiro: organização e gestão do sistema de saúde [online]. Rio de Janeiro: Fiocruz/Ipea/Ministério da Saúde/Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, 2013. Vol. 3. pp. 143-182. ISBN 978- 85 - 8110 - 017 - 3. Available from SciELO Books.
ABRAHÃO, A. L. Atenção Primária e Processo de Trabalho em Saúde. Informe-se em Promoção da Saúde. V.03, n.1, p.01-03, 2007. BRASIL. Ministério da Saúde. O SUS de A a Z : garantindo saúde nos municípios / Ministério da Saúde, Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde. – 3. ed.