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Portfólio - Desigualdade Social no Brasil: unopar, Trabalhos de Serviço Social

Trabalho de desigualdade social apresentado à Universidade Pitágoras Unopar, como requisito parcial para a obtenção de média bimestral nas disciplinas de: Sociologia, Filosofia, Psicologia Social e Ética, Política e Cidadania, Seminário Interdisciplinar II

Tipologia: Trabalhos

2019

Compartilhado em 06/10/2019

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Cáceres
2018
MARIA DA CONCEIÇÃO DE PAULA
ROZANGELA MARIA DA SILVA
SÔNIA APARECIDA DA SILVA GONÇALVES NETO
VILMA PEREIRA DA SILVA
SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO
SERVIÇO SOCIAL
DESIGUALDADE SOCIAL NO BRASIL
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Cáceres 2018

MARIA DA CONCEIÇÃO DE PAULA

ROZANGELA MARIA DA SILVA

SÔNIA APARECIDA DA SILVA GONÇALVES NETO

VILMA PEREIRA DA SILVA

SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO

SERVIÇO SOCIAL

DESIGUALDADE SOCIAL NO BRASIL

Cáceres 2018

DESIGUALDADE SOCIAL NO BRASIL

Trabalho de desigualdade social apresentado à Universidade Pitágoras Unopar, como requisito parcial para a obtenção de média bimestral nas disciplinas de: Sociologia, Filosofia, Psicologia Social e Ética, Política e Cidadania, Seminário Interdisciplinar II. Professores: Wilson Sanches, Márcia Bastos, Mayra C. Frâncica dos Santos, Maria Luzia Mariano, Juliana Lima Arruda e Patrícia Campos.

MARIA DA CONCEIÇÃO DE PAULA

ROZANGELA MARIA DA SILVA

SÔNIA APARECIDA DA SILVA GONÇALVES NETO

VILMA PEREIRA DA SILVA

INTRODUÇÃO

A desigualdade social no Brasil, é uma das mais marcantes cicatrizes deixadas pelo processo de colonização, evidenciada pela enorme concentração de renda sob posse de uma minoria, provocando um abismo entre riqueza e pobreza na sociedade brasileira. Segundo a pesquisa nacional por amostra de domicílios – PNAD, em 2017, a parcela dos 1º com mais rendimentos recebem 36 vezes mais que os 50% mais pobres. E ainda, segundo o IBGE aproximadamente 25,4% da população brasileira em 2016 viveu com menos de R$ 387 por mês, dados que evidenciam a triste realidade desigual presente no país. O conceito de desigualdade atinge uma grande dimensão de significados, visto que pode designar qualquer hierarquização de diferenças. Aqui, utiliza-se o termo desigualdade social para designar a situação social hierarquizada a partir da diferença na apropriação da riqueza produzida coletivamente no país e suas consequências sociais, como diferença de acesso aos bens culturais e aos serviços e diferenças no atendimento aos direitos sociais, como cidadãos. (NASCIMENTO, et al, 2009). Nessa perspectiva, o presente trabalho tem como principal objetivo analisar como a desigualdade social atinge os diferentes grupos da população brasileira, buscando construir uma compreensão histórico-social dessa desigualdade. Como abordagem metodológica, foi realizada uma revisão de literatura de artigos acadêmicos, com referenciais bibliográficos, que discutiam o tema em questão.

2 DESENVOLVIMENTO

2.1 A CONTRADIÇÃO EM PROCESSO

De acordo com (PEREIRA, 2005) o capitalismo é um sistema econômico que tem como pressupostos, a busca constante pelo lucro e pela acumulação de capital. Neste contexto, para que esse sistema se consolide, é necessário na sociedade, uma divisão de classes, na qual, de um lado encontra-se a burguesia, que detêm os meios de produção, e do outro, os trabalhadores, que vivem da sua força de trabalho. Neste cenário, a sociedade burguesa foi se transformando e amadurecendo ao longo do tempo, surgindo assim, uma nova relação entre as classes sociais, denominada de individualismo burguês, a qual, podemos caracterizar, ainda de, propriedade privada. Sendo esta, uma acumulação do capital, que se concentra nas mãos de uma minoria, isto é, da elite capitalista. Nessa perspectiva, segundo Marx (1985), a força de trabalho do ser humano, passa a ser vista, apenas como uma mercadoria, um instrumento que possibilita o enriquecimento da burguesia. Que ocorre também, por meio da chamada mais-valia, sendo esta, compreendida como uma exploração da mão de obra do trabalhador, que recebe uma porcentagem bem inferior, em relação ao que foi produzido. Diante do exposto, e ainda, da análise sistemática feita do artigo, “trabalho alienado na contemporaneidade”, de (LIMA. A. J. L), as relações que são constituídas no capitalismo, provocam uma redução do indivíduo a sua força de trabalho, que passam a ser vistos apenas como uma mercadoria, transformando os mesmos em “coisa e propriedade”. Esse processo gera inúmeros impactos negativos na sociedade, pois faz com que haja, uma perca de humanidade das pessoas, provocando apenas um interesse na mão de obra oferecida pela classe operária, e nada mais. Por conseguinte, de acordo com Marx (1988), o capitalismo é uma relação social contraditória, pois de forma paralela a acumulação de riquezas e capital, a classe trabalhadora é desprovida de suas necessidades e direitos fundamentais, que por sua vez, gera uma desigualdade social, fundamentada em

ociosidade, surgindo a partir desse momento, sentimentos antes inexistentes como a soberba, ódio e inveja. A liberdade natural tida com os homens primitivos, já não existe mais, e todo esse progresso começa a gerar desigualdade. De acordo com Rousseau, o momento que melhor caracterizou o rompimento total do homem com a natureza, foi o nascimento da propriedade privada, fazendo com que a terra que era todos, passasse a ter apenas um dono. A partir desse momento, as desigualdades se consolidaram na sociedade. Pois algumas pessoas passaram a ter muito, e outras a ter pouco. Sendo o elo mais fraco explorado, para que os mais poderosos acumulassem riquezas. Portanto, Rousseau afirma que, a base das desigualdades sociais está no surgimento da propriedade privada, como também, na necessidade que os indivíduos têm de se superarem, e acumularem riquezas e poder, a fim de, subjugarem seus semelhantes.

2.3 PSICOLOGIA SOCIAL: A DIMENSÃO SUBJETIVA DA DESIGUALDADE SOCIAL A desigualdade social no Brasil, é uma das mais marcantes cicatrizes deixadas pelo processo de colonização, aspecto essencial da realidade social em território nacional. Os campos da educação e da psicologia, analisam esse tema com grande relevância na construção de teorias críticas, ademais, investigam a desigualdade social a partir de um referencial sócio-histórico. Nesse sentido, podemos compreender a desigualdade social brasileira através de uma dimensão objetiva, que se refere a divisão de classes. E também, não menos importante, mas pouco analisada para a compreensão do tema em questão, temos a dimensão subjetiva, isto é, como os sujeitos participantes dessas desigualdades, enxergam a mesma e a dispõe de significados e registros simbólicos. Para uma melhor analise sobre a divisão de classes no Brasil, tomamos como parâmetros as ideias de Pochmann (2013, p.158), Este considera o início dessas divisões com o surgimento das indústrias, configurando de forma mais evidente os diferentes extratos sociais. Ainda de acordo com Pochmann, as divisões de classes seguem inúmeros aspectos, tais como, a distribuição desigual no espaço da cidade, a desigualdade de acesso a bens culturais, as diferentes escolas frequentadas pelos sujeitos de diferentes estratos, as diferentes experiências vividas

por grupos desiguais. Neste cenário, não podemos nos esquecer que existem sujeitos que compartilham realidades diferentes, constituindo dessa forma, uma desigualdade social. Logo, esses indivíduos vão adquirindo uma subjetividade, baseada em suas vivências, experiências, projetos de vida, dentre muitos outros exemplos. Entretanto, os estudos pautados na investigação subjetiva da desigualdade social brasileira, são poucos. Os que existem, destacam alguns elementos desse tipo de dimensão subjetiva, destacando como os indivíduos do Brasil, analisam a situação de desigualdade no país. O primeiro elemento é baseado na lógica da meritocracia, fundamentada no discurso de sucesso e fracasso, que perpassa pelo esforço individual (BOCK, 1999; SCALON; CANO, 2005; SOUZA, 2009). O segundo elemento, destaca a escola como uma instituição salvadora, a solução para as desigualdades (CAMPOS et al., 2003; SOUZA, 2009). O terceiro elemento está ligado a elite, que não se responsabiliza pela situação de desigualdade no país, pois depositam essa problemática no Estado negligente, e na própria natureza egoísta do ser humano (GONÇALVES FILHO, 1998; REIS, 2000; SCALON; CANO, 2005; SOUZA, 2009; KULNIG, 2010). Já o quarto elemento é a ideias de que a classe dominante não percebe e nem compreende os mecanismos de desigualdade no país (GONÇALVES FILHO, 1998; SOUZA, 2009).

2.4 ALTERNATIVAS SOCIAIS PARA A PROMOÇÃO DA CIDADANIA

Para compreendermos as dimensões da responsabilidade do Estado frente a sociedade e ainda, soluções para o quadro de desemprego e pobreza no país, é necessário uma análise acerca da socialdemocracia, sendo esta, de acordo com a literatura denominada também de capitalismo reformado. Segundo CARTONI e CARTONI (2016), a socialdemocracia atribui ao Estado, a responsabilidade de realizar uma melhor distribuição de renda, e serviços públicos a população. Com preocupações pautadas em questões sociais, bem como a luta contra a pobreza, exclusão social e injustiças sociais, baseado em um Estado democrático. De acordo com o livro Ética, política e cidadania podemos inferir que:

3 CONCLUSÃO

Diante desse cenário, com a revisão de literatura, foi possível contemplar e atingir os objetivos destacados na introdução. Haja visto, que em território nacional, a questão da desigualdade social é uma triste realidade no país. Se manifestando desde uma dimensão objetiva, como também de forma subjetiva. Portanto, é necessário para enfrentar esses problemas, um Estado de bem estar social, que promova cidadania e qualidade de vida para a população. É importante ressaltar, que este trabalho contribuiu de forma satisfatória, para aprimorar os meus conhecimentos a respeito das desigualdades sociais presentes no Brasil. A qual faz parte de uma construção social, partilhada pelas esferas sociais. Contudo, pude perceber o valor que esse conhecimento trouxe para minha vida profissional e pessoal como cidadã, pois sem dúvidas, minhas perspectivas acerca da realidade que me rodeia, foi transformada, me possibilitando analisar a sociedade de forma crítica e questionadora.

REFERÊNCIAS

BARBOSA, C. S. C. A origem das desigualdades sociais segundo Jean Jacques Rousseau. Disponível em: <file:///C:/Users/MICROr1/Downloads/523-1677-1- PB%20(1).pdf>. Acesso em: 15 out. 2018.

CARTONI, D. M.; CIZOTO, S.A. Ética, política e sociedade. Londrina: Educacional S. A, 2016.

LIMA, A. J. L. Trabalho alienado na contemporaneidade: a submissão das necessidades humanas às necessidades da reprodução do capital. Disponível em: http://www.ts.ucr.ac.cr/binarios/congresos/reg/slets/slets-019-224.pdf. Acesso em: 15 out. 2018.

MELSERT, A.L.M.; BOCK, A.M.B. Dimensão subjetiva da desigualdade social : estudo de projetos de futuro de jovens ricos e pobres. Educ. Pesqui., São Paulo, v. 41, n. 3, p. 773-790, jul./set. 2015. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/ep/v41n3/15179702-ep-41-3-0773.pdf. Acesso em: 15 out.

NASCIMENTO, L.S.; SARUBBI, M.R.M.; SOUZA, P.P. A dimensão subjetiva da desigualdade social : um estudo sobre a dimensão subjetiva da vivência da desigualdade social na cidade de São Paulo. TransForm. Psico (Online), v.2, n.1. São Paulo, 2009. Disponível em: <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2176106X 002>. Acesso em: 15 out. 2018. PEREIRA, L, C, B. Capitalismo dos técnicos a democracia. Disponível em: <http://www.bresserpereira.org.br/papers/2005/05.capitalismotecnicos_democracia.w eb.pdf>. Acesso em: 15 out. 2018. PERSSON, L. F. A social democracia e o welfare state : a construção de um modelo social democrata no Brasil. Disponível em: <http://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/conversasecontroversias/article/vie w/6872/5010>. Acesso em: 15 out. 2018.