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Pranchas para o diagnóstico de parasitas intestinais &) Introdução & Organização Muntdial de Sado Identificação dos parasitas intestinais A meta do laboratorista no diagnóstico dos parasitas intestinais é ver se existem parasitas nas fezes, sejam eles minúsculos cistos de protozoários ou os grandes ovos dos vermes e identificá-los corretamente. Em alguns casos, os microorganismos estão presentes em quantidade suficiente para serem encontrados pelo exame direto de uma pequena quan- tidade de fezes, o que chamamos de “exame direto" (veja a prancha 1). Colocando uma gota de solução de Lugo! na lâmina facilita a visualização de aspectos importantes da moríologia dos parasitas, que permitem uma melhor identificação. A identificação de troposoítas: dos protozoários e seus cistos em estregaços de fezes não-corados é difícil mesmo para profissionais com muita experiência em microscopia e sob as melhores condições de coleta do espécime e sua preparação. Os troposoitas se degeneram muito depressa, de modo que os esfregaços de fezes precisam ser examina- dos rapidamente após a eliminação das fezes. Os esfregaços para coloração devem ser feitos o mais depressa possível e, se for optado por usar material conservado em fixativos especiais, como mertiolato-iodo-formol (MIF), as fezes devem ser colocadas no fixativo também com rapidez. O exame direto de fezes conservadas em fixativos como esse é útil, mas o laboratorista deve saber reconhecer parasitas intestinais em exames direto sem fixativo. Recomendamos que a identificação de protozoários parasitas intestinais seja feita em esfregaços corados de fezes. Os esiregaços podem ser feitos a partir das fezes frescas ou de material fecal conservado em álcool polivínico (PVA) ou em acetado de sódio — ácido acético — formol (SAF). Outros preservativos como o formol a 10% não são adequa- dos para a preparação de esfregaços que serão corados. As melhores colorações são a tricrômica e a hematoxilina férrica. A tricrômica é fácil de usar e funciona muito bem para esfregaços feitos com fezes frescas ou material preservado em PVA. Não a recomenda- mos para material fixado em SAF A hematoxilina térrica é de execução muito mais difícil, mas pode ser usada com todos os tipos de esfregaços fecais e todos os fixadores. Em alguns casos, outras técnicas, como colorações álcool-ácido resistentes, demonstram melhor os pequenos coccideos como Cryptosporidium e Ciclospora. Até mesmo os mi- núsculos esporos dos microporídeos podem ser detectados em fezes com colorações especiais ou modificações de coloração mais habituais. A maior parte dos protozoários parasitas são rapidamente identificados em esfregaços de fezes corados; os mais sutis detalhes moríológicos destes parasitas podem ser detec- tados nesses estregaços. Como vai ser percebido nas pranchas, a coloração dos microorganismos e dos elementos fecais varia muito, mesmo quando a mesma partida da mesma coloração é usada. As razões para isto são muitas: fezes mais ou menos frescas, espessura maior ou menor do preparado, fixador utilizado e o tempo de descolo- ração da lâmina, Tentamos mostrar os aspectos morfológicos diagnósticos de todos os parasitas intestinais mais comuns usando algoritmos simples e microfotogratias de todos os estados dos parasitas como aparecem em coloração ou corados em uma ou mais colorações descritas nessas pranchas. O diagnóstico de verminoses intestinais é mais fácil do que o dos protozoários. Os ovos dos vermes são mais fáceis de encontrar e identificar porque são maiores e têm caracte- rísticas morfológicas típicas. Embora seja possível identificar ovos de vermes no exame direto, rende mais procurá-los após métodos de concentração para não perder parasitas presentes em pequena quantidade. Às vezes, em pesquisas populacionais amplas, o exame tema finalidade específica de identificar os portadores de geo-helmintíases, como áscaris, trococétalos ou ancilostomídeos, ou então os portadores de esquistososmose e uma modificação do método direto; a técnica de Kato-Katz é muito boa para este tipo de estudo até porque permite avaliar a intensidade da infestação. Por isso, temos nestas pranchas imagens dos parasitas intestinais como aparecem no exame direto ou em pre- parações do método de Kato-Katz. Finalmente, é fundamental que o laboratorista seja capaz de medir os objetos que vê no microscópio. O tamanho é um elemento essencial no diagnóstico correto. Oculares reticuladas que permitem mensuração e que são calibráveis com microtomos são dispo- níveis para quase todos os tipos de microscópios — no verso desta prancha há uma explicação de como fazer esta calibração com o auxílio de um microtomo de plataforma de microscópio. Literatura recomendada Ash LR, Orihel TC. Parasites: a guide to laboratory procedures and identification. Chicago, ASCP Press, 1991 Ash LR, Orihel TC. Atlas of human parasitology, 3rd ed. Chicago, ASCP Press, 1990. Basic laboratory methods in medica! parasitology. Geneva, World Health Organization, 1991.