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Prevalência de Obesidade em Adultos em Lages: Fatores Relacionados, Notas de estudo de Nutrição

Um estudo populacional baseado em lages, santa catarina, brasil, que estimou a prevalência de obesidade em adultos e identificou fatores potencialmente causais. Os dados coletados incluíram idade, escolaridade, renda per capita, número de filhos, história familiar de obesidade e nível de atividade física. Os resultados mostraram que a prevalência de obesidade foi maior em mulheres e associada a menores rendas e idades mais avançadas.

Tipologia: Notas de estudo

Antes de 2010

Compartilhado em 14/11/2009

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1156 Arq Bras Endocrinol Metab 2008;52/7
copyright© ABE&M todos os direitos reservados
original
ed i o l a n e hi l B e r t Br a t i Ve d a n a
Ma r c o au r e l i o Pe r e s
Ja n a i n a d a s ne V e s
gi n o ch a V e s d a ro c h a
gi a n a Za B a r t o lo n g o
Programa de Pós-graduação
em Saúde Coletiva da
Universidade do Planalto
Catarinense (Uniplac), Lages,
SC, Brasil (EHBV, GCR, GZL);
Programa de Pós-graduação
em Saúde Pública da
Universidade Federal de Santa
Catarina (UFSC), Florianópolis,
SC, Brasil (MAP); Departamento
de Nutrição da UFSC,
Florianópolis, SC, Brasil (JN).
Recebido em 26/3/2008
Aceito em 11/8/2008
Prevalência de Obesidade e Fatores Potencialmente Causais
em Adultos em Região do Sul do Brasil
RESUMO
Objetivo: estimar a prevalência de obesidade e os fatores potencialmente
causais em adultos da região urbana de lages, sc. Método: estudo transver-
sal de base populacional, realizado em adultos entre 20 a 59 anos (n = 2.002).
A obesidade foi diagnosticada por meio do índice de massa corporal (iMc
30 kg/m2). As variáveis independentes coletadas domiciliarmente por meio
de entrevista foram idade, escolaridade, renda per capita, número de filhos,
história familiar de obesidade e nível de atividade física. Foi realizada análise
de regressão de Poisson, simples e múltipla. Resultados: A prevalência de
obesidade foi de 23,5% (ic95% 21,6-25,3), sendo maior em mulheres (26,1%)
do que em homens (19,3%). no modelo final, ajustado por variáveis de con-
fusão, mulheres mais idosas, de menor renda e com história familiar apre-
sentaram maiores prevalências. nos homens, a prevalência foi maior com o
aumento da idade e entre os sedentários. Conclusão: os fatores relacionados
à obesidade são distintos entre os sexos. A prevalência da obesidade foi
maior em mulheres e foi associada com menores rendas e idades mais avan-
çadas. (Arq Bras Endocrinol Metab 2008; 52/7:1156-1162)
Descritores: obesidade; epidemiologia; estudos populacionais em saúde
pública; Prevalência
ABSTRACT
Prevalence of Obesity and Potential Causal Factors Among Adults in
Southern Brazil.
Objectives: to estimate the prevalence of obesity and potential causal
factors among adults living in the urban area of lages, southern Brazil.
Methods: Population based cross-sectional study with a sample of 2,022
adults from 20 to 59 years-old. obesity was assessed by the body mass
index (BMi 30 kg/m2). exploratory variable were collected at adults´
households using questionnaire and included age, schooling, per capita
familial income, parity, obesity familial episodes, and level of physical ac-
tivity. simple and multiple Poisson regression analyses were performed.
Results: the prevalence of obesity was 23.5 (95% ci 21.6-25.3). the preva-
lence of obesity was higher in women (26.1%) than in men (19.3). in the
final model, adjusted for confounders, were associated with obesity among
women: older ages, low schooling and familial episodes of obesity; for
men were associated with obesity: older ages and those with insufficient
physical activity. Conclusion: Factors associated with obesity differ be-
tween men and women. the prevalence of obesity was higher in women
and it was associated with low income and elderly. (Arq Bras Endocrinol
Metab 2008; 52/7:1156-1162)
Keywords: obesity; epidemiology; Population studies in public health;
Prevalence
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original

ediolane hilBert Brati V edana

Marco aurelio Peres

Janaina das neVes

gino chaVes da rocha

giana ZaBarto longo

Programa de Pós-graduação

em Saúde Coletiva da

Universidade do Planalto

Catarinense (Uniplac), Lages,

SC, Brasil (EHBV, GCR, GZL);

Programa de Pós-graduação

em Saúde Pública da

Universidade Federal de Santa

Catarina (UFSC), Florianópolis,

SC, Brasil (MAP); Departamento

de Nutrição da UFSC,

Florianópolis, SC, Brasil (JN).

Recebido em 26/3/

Aceito em 11/8/

Prevalência de Obesidade e Fatores Potencialmente Causais

em Adultos em Região do Sul do Brasil

RESUMO

Objetivo: estimar a prevalência de obesidade e os fatores potencialmente

causais em adultos da região urbana de lages, sc. Método: estudo transver-

sal de base populacional, realizado em adultos entre 20 a 59 anos (n = 2.002).

A obesidade foi diagnosticada por meio do índice de massa corporal (iMc

≥ 30 kg/m^2 ). As variáveis independentes coletadas domiciliarmente por meio

de entrevista foram idade, escolaridade, renda per capita, número de filhos,

história familiar de obesidade e nível de atividade física. Foi realizada análise

de regressão de Poisson, simples e múltipla. Resultados: A prevalência de

obesidade foi de 23,5% (ic95% 21,6-25,3), sendo maior em mulheres (26,1%)

do que em homens (19,3%). no modelo final, ajustado por variáveis de con-

fusão, mulheres mais idosas, de menor renda e com história familiar apre-

sentaram maiores prevalências. nos homens, a prevalência foi maior com o

aumento da idade e entre os sedentários. Conclusão: os fatores relacionados

à obesidade são distintos entre os sexos. A prevalência da obesidade foi

maior em mulheres e foi associada com menores rendas e idades mais avan-

çadas. (Arq Bras Endocrinol Metab 2008; 52/7:1156-1162)

Descritores: obesidade; epidemiologia; estudos populacionais em saúde

pública; Prevalência

ABSTRACT

Prevalence of Obesity and Potential Causal Factors Among Adults in

Southern Brazil.

Objectives: to estimate the prevalence of obesity and potential causal

factors among adults living in the urban area of lages, southern Brazil.

Methods: Population based cross-sectional study with a sample of 2,

adults from 20 to 59 years-old. obesity was assessed by the body mass

index (BMi ≥ 30 kg/m 2 ). exploratory variable were collected at adults´

households using questionnaire and included age, schooling, per capita

familial income, parity, obesity familial episodes, and level of physical ac-

tivity. simple and multiple Poisson regression analyses were performed.

Results: the prevalence of obesity was 23.5 (95% ci 21.6-25.3). the preva-

lence of obesity was higher in women (26.1%) than in men (19.3). in the

final model, adjusted for confounders, were associated with obesity among

women: older ages, low schooling and familial episodes of obesity; for

men were associated with obesity: older ages and those with insufficient

physical activity. Conclusion: Factors associated with obesity differ be-

tween men and women. the prevalence of obesity was higher in women

and it was associated with low income and elderly. (Arq Bras Endocrinol

Metab 2008; 52/7:1156-1162)

Keywords: obesity; epidemiology; Population studies in public health;

Prevalence

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INTRODUÇÃO

A

obesidade tornou-se preocupação mundial a partir de meados da década de 1990; desde en-

tão sua prevalência vem aumentando de maneira

alarmante em praticamente todos os países. São

apontados como causas a diminuição da atividade fí-

sica e o maior consumo de alimentos pobres em nu-

trientes e em fibras e de alta densidade energética. Os

riscos mais importantes da obesidade são o desenvol-

vimento de outras doenças crônicas não-transmissí-

veis (DCNTs), como diabetes tipo 2 e as doenças

cardiovasculares, tendo como conseqüência maior

risco de morte prematura ou redução da qualidade

de vida do indivíduo (1).

Mais recentemente, segundo a Organização Mun-

dial da Saúde (OMS), o sobrepeso atinge cerca de 1,

bilhões de indivíduos acima de 15 anos, destes 400 mi-

lhões apresentam obesidade. A obesidade é responsável

por cerca de 2% a 6% em média, do total de recursos

financeiros destinados à saúde (2).

No Brasil, a região sul é a que possui as maiores

prevalências de obesidade com índices semelhantes ou

até mais elevados do que os encontrados nos países de-

senvolvidos (3).

Inquéritos nacionais, como o Estudo Nacional

de Despesas Familiares (ENDEF), realizados entre

1974 e 1975 (4) e a Pesquisa sobre Padrões de Vida

(PPV), realizada entre 1996 e 1997 (5), revelaram

aumento da obesidade em todos os níveis de escola-

ridade para a população masculina. Para o sexo femi-

nino, a relação entre a obesidade e a escolaridade foi

semelhante à da população masculina no período de

1974/75 a 1989; entre 1974/75 e 1995/96 houve

a manutenção da tendência de aumento apenas em

mulheres de baixa escolaridade, apresentando esta-

bilização ou, até mesmo, redução de obesidade en-

tre mulheres de alta de escolaridade (6). Dados de

2003 da Pesquisa de Orçamento Familiar (POF) (7)

revelaram que o excesso de peso afeta 41,1% dos ho-

mens e 40% das mulheres, visto que, desse grupo, a

obesidade atingiu 8,9% dos homens e 13,1% das mu-

lheres adultas.

São escassos os estudos de base populacional em

cidades de médio porte, portanto, o presente estu-

do objetivou estimar a prevalência de obesidade e

os fatores potencialmente causais no município de

Lages, cidade de médio porte de Santa Catarina, sul

do Brasil.

MéTODO

O município de Lages situa-se na região serrana de Santa Catarina a 176,5 km da capital do estado, Flo- rianópolis. A população do município no ano 2005 foi de 166.733 habitantes, sendo 97,4% na zona urbana (162.397 habitantes). No período de 1996 a 2000, a taxa anual de crescimento estimada foi de 1,4%. O município apresenta razão de dependência de 53,8%. A razão de dependência expressa a relação en- tre a população dependente economicamente (meno- res de 15 anos e idosos com 65 anos e mais) no que diz respeito à população economicamente ativa (15 a 64 anos). O cálculo é feito da seguinte forma: soma-se a população de zero a 14 anos com a população com 65 anos e mais e divide-se o resultado pela população entre 15 e 65 anos.

O índice de desenvolvimento humano municipal foi de 0,813 em 2000, situando o município na 316 a posição entre todos os municípios brasileiros e na 73 a posição entre os municípios do estado de Santa Catari- na. A mortalidade infantil foi de 22,8/1.000 nascidos vivos em 2004; a esperança de vida é de 71,9 anos; a taxa de fecundidade de 2,5 filhos por mulher; a média de anos de estudo foi de 6,6; e a taxa de analfabetismo foi de 8,4%. A renda média per capita em 2000 foi de R$ 335,40 e a proporção de pobres foi de 22% (8).

Foi realizado inquérito epidemiológico de base po- pulacional do tipo transversal. A população-alvo foi constituída de adultos de ambos os sexos, na faixa etária entre 20 e 59 anos de idade e residentes na zona urbana do município, totalizando cerca de 52% da população total ou 86.998 pessoas (9).

Este estudo é um subestudo de uma pesquisa mais abrangente cujo objetivo foi estudar a auto-avaliação das condições de saúde da população adulta de Lages e fatores associados (socioeconômicos, comportamen- tais, nutricionais, morbidades e utilização de serviços) (9). Para o cálculo da amostra do estudo mais amplo utilizou-se prevalência de 50% (desconhecida), com erro de 3,5 pontos percentuais, efeito do desenho de delineamento de 2%, ao qual se somou 10% referente a perdas e recusas, mais 20% para o controle de fatores de confusão, calculado no módulo statcalc do pacote estatístico Epi Info (10), obtendo-se o total de 2. indivíduos. Para o cálculo do tamanho da amostra ne- cessária para estimar a prevalência de obesidade consi- derou-se prevalência (9,9%) encontrada em estudo realizado em Pelotas, RS (11), obtendo-se amostra

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e de história familiar de obesidade o nível intermediá-

rio e a variável comportamental, atividade física, a mais

proximal ao desfecho.

Fatores socioeconômicos: renda escolaridade

nível 3: determinantes distais

nível 1: determinantes proximais

variáveis demográficas: idade nº filhos nas mulheres

variáveis comportamentais: atividade física

vAriÁvel resPostA obesidade sim/não

Figura 1. Modelo teórico de investigação dos efeitos de fa- tores relacionados ao sobrepeso e à obesidade estruturado em blocos hierarquizados.

A análise multivariável foi realizada por meio da re-

gressão de Poisson, que apresenta como medida de

efeito a razão de prevalência. A análise de regressão se-

guiu o modelo conceitual proposto (Figura 1).

As variáveis com p < 0,25 obtido na análise biva-

riada foram selecionadas para comporem a análise

múltipla. O critério de permanência das variáveis nos

seus níveis hierárquicos e no modelo final foi p ≤ 0,

e/ou caso ajustassem o modelo. Foram apresentadas

estimativas por ponto e por intervalo com 95% de

confiança.

Todas as análises consideraram o efeito do delinea-

mento do estudo usando-se o comando svy do Stata

9.0. O projeto do estudo foi submetido e aprovado

pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Uniplac sob Pro-

tocolo nº 01/2007. Foram solicitadas assinaturas dos

termos de consentimento livre e esclarecido dos parti-

cipantes da pesquisa. Caso fosse observado algum pro-

blema de saúde com o participante da pesquisa, o

entrevistador o encaminhava à unidade de saúde mais

próxima.

RESUlTADOS

Entre os indivíduos investigados, 462 (23,5%; IC95%: 21,6-25,3) foram classificados como obesos. Obser- vou-se maior prevalência de obesidade entre as mu- lheres, 314 (26,1%; IC95%: 23,6-28,6) do que entre os homens (19,3%; IC95%:16,5-22,1), motivo pelo qual foram realizadas análises estratificadas por sexo.

Nas análises bivariadas, encontrou-se, para o sexo masculino, relação linear positiva da obesidade com a idade (p < 0,001) e negativa com a atividade física (p = 0,001). Entre as mulheres, também foi observada rela- ção linear positiva da obesidade com a idade (p < 0,001), com a história familiar de obesidade (p < 0,001) e com o maior número de filhos (p < 0,001) (Tabela 1). Para renda e escolaridade, as associações foram negati- vas com valores de p = 0,001 e p < 0,001, respectiva- mente.

Na análise múltipla, foram associados à obesidade, em homens, o sedentarismo (RP = 1,55; IC 95% 1,21- 2,00) e o aumento da idade RP = 1,72 para 30 a 39 anos e RP = 2,15 para 50 a 59 anos. Para o sexo femi- nino, observou-se que a obesidade aumenta com a ida- de, porquanto na faixa etária de 50-59 anos a RP é 2, (IC 95%:1,88-3,65). Constatou-se, também, que a obesidade aumenta com a diminuição da renda e da escolaridade e com a história familiar de obesidade (Tabela 2).

DISCUSSÃO

A prevalência de obesidade encontrada na cidade de Lages foi de 23,5%, superior em mais de três vezes a média mundial de 7% (2); em nível nacional, as maiores prevalências são encontradas nas regiões sul e sudeste do Brasil (11). Em Lages, a obesidade apresenta-se maior entre as mulheres quando comparada aos ho- mens (26,1% e 19,3%, respectivamente). Investigações com metodologias semelhantes realizadas na cidade de Pelotas, RS, nos anos de 1994 (1) e 2000 (12), mos- tram resultados similares ao presente estudo. Segundo recente inquérito nacional de fatores de risco para DCNTs do Instituto Nacional do Câncer, as prevalên- cias de obesidade para a região sul variam de 12,2% a 10,9% (18).

Nesta pesquisa, a obesidade esteve positivamente associada com a faixa etária para ambos os sexos. Na população feminina, a prevalência de obesidade dobra

nível 2: determinantes intermediários

História familiar de obesidade

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Tabela 1. Prevalência de obesidade de acordo com variáveis exploratórias de acordo com o sexo (Lages, Santa Catarina, Brasil, 2007).

Masculino Feminino

n Prevalência de obesidade %

Razões de prevalência

IC95% n Prevalência de obesidade %

Razões de prevalência

IC95%

Idade (anos)

20-29 257 11,30 1,00 348 13,50 1,

30-39 172 18,68 1,63 1,04-2,56 258 19,71 1,41 1,06-1,

40-49 181 24,99 2,12 1,39-3,24 335 30,43 2,19 1,69-2,

50-59 155 27,14 2,30 1,42-3,71 259 44,00 3,15 2,33-4,

Escolaridade (anos)

12 e mais 179 12,68 1,00 269 17,55 1,

9-11 251 19,33 0,87 0,57-1,35 340 20,62 1,16 0,83-1,

5-8 229 28,58 0,68 0,44-1,04 328 28,11 1,54 1,03-2,

0-4 102 37,72 1,01 0,64-1,59 244 40,64 2,27 1,69-3,

Renda familiar (per capita – salário mínimo) 1,59-19,74 201 23,40 1,00 256 18,44 1,

0,89-1,58 208 19,20 0,82 0,59-1,15 295 26,82 1,39 0,99-1,

0,60-0,88 187 17,64 0,75 0,55-1,02 299 26,13 1,39 0,96-2,

0,026-0,59 159 15,13 0,62 0,42-0,92 329 31,33 1,65 1,18-2,

História familiar de obesidade Não 388 18,05 1,00 539 19,32 1,

Pai ou mãe 277 20,66 1,15 0,77-1,71 467 29,56 1,50 1,21-1,

Ambos (pai e mãe) 89 20,23 1,06 0,65-1,75 167 38,37 2,00 1,54-2,

Número de filhos

nenhum 228 16,25 1,

1 269 17,87 1,06 0,74-1,

2 304 27,60 1,64 1,21-2,

≥ 3 400 36,23 2,13 1,48-3,

Atividade física

Ativo 290 21,74 1,0 327 27,83 1,

Sedentário 154 27,30 1,66 1,30-2,13 826 25,36 1,18 0,89-1,

após os 40 anos, em relação à faixa etária de 30 a 39 anos. Segundo dados do IBGE, homens e mulheres apresentam prevalências de obesidade semelhantes até os 40 anos, mas a partir desta idade, as mulheres apre- sentam prevalências duas vezes mais elevadas em rela- ção aos homens (19).

A obesidade é determinada por vários fatores, visto que estes atuam em conjunto na determinação clínica da doença. Portanto, o resultado encontrado seria produto da

combinação entre fatores genéticos, demográficos (maior idade), fatores ambientais e comportamentais (20).

As mulheres com maior escolaridade e com maior renda familiar apresentaram menor prevalência de obe- sidade, corroborando o estudo de Sichieri e cols. (21) e de Gigante e cols. (3) em Pelotas. Entre os homens, a associação entre obesidade e as variáveis socioeconômi- cas parece mais complexa. Na década de 1990, a obesi- dade passou a se deslocar para os estratos econômicos

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Endereço para correspondência:

Giana Zarbato Longo Uniplac – Programa de Pós-graduação em Saúde Coletiva, Mestrado – Centro de Ciências Jurídicas Av. Castelo Branco, 170 – Bairro Universitário 88.509-900 Lages, SC E-mail: gianalongo@yahoo.com.br