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Principais doenças infecciosas em suínos, Esquemas de Medicina Veterinária

Este documento aborda as principais doenças infecciosas que afetam os suínos, incluindo a síndrome da diarreia pós-desmame (sdpd), a disenteria suína, a parvovirose suína e a brucelose suína. Cada doença é detalhada em termos de etiologia, epidemiologia, sinais clínicos, lesões macroscópicas, diagnóstico e controle. O documento fornece informações valiosas sobre a identificação, prevenção e manejo dessas doenças, que são de grande importância na suinocultura. Com uma descrição abrangente e orientações práticas, este documento pode ser útil para estudantes, profissionais da área e produtores rurais interessados em compreender melhor as principais enfermidades que acometem os suínos.

Tipologia: Esquemas

2024

Compartilhado em 28/05/2024

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manoela-assuncao-1 🇧🇷

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ROTAVIROSE EM SUÍNOS
DIARREIA E VÔMITO em neonatos
Preferencialmente leitões entre 2 a 6
semanas e recém-desmamados (devido a
imunidade)
Baixa frequência em leitões com menos
de 1 semana (de rebanhos imunes)
ETIOLOGIA
Rotavírus (RV) suíno
Resistente: de 18-20 ºC, poeira e fezes
(resiste de 7-9 semanas)
Sensível: fenóis, hipoclorito de sódio 1% e
álcool 70%
EPIDEMIOLOGIA
Mortalidade oscila entre 3 e 20%,
podendo atingir 50%
Morbidade pode atingir 80%
Severidade varia em função: grau de
imunidade, manejo, ambiente e idade dos
leitões
Transmissão: principalmente via fecal-oral
Leitões infectados eliminam nas fezes o RV
por 1-14 dias, enquanto porcas entre 5
dias antes do parto até 2 semanas após
Multíparas são mais susceptíveis a
transmitir
SINAIS CLÍNICOS
Rebanhos com bom manejo: raramente
ocorre, quando presente é de curta
duração
Rebanhos com baixa imunidade ou recém-
formado: grave, diarreia branca-
amarelada (continua de 3-7 dias), vômitos
em menos de 4h de infecção, mortalidade
superior a 50%
Rebanhos com imunidade: leitões de 2-8
semanas, anorexia, depressão e vômitos
ocasionais (geralmente após a
alimentação), fezes com leite não digerido,
desidratação e perda de peso
Morte: 3-7 dias após início da diarreia
Sobreviventes: sinais regridem 4-6 dias
após a infecção
LESÕES MACROSCÓPICAS
Estômago: aparência flácida, geralmente
contendo alimento
ID: dilatado e flácido
Conteúdo intestinal: aquoso, cinza
amarelado, observado através da fina
parede intestinal
DIAGNÓSTICO
Histórico, sinais e histopatológico
Conclusivo: vírus nas fezes ou conteúdo
mucosa intestinal (isolamento viral,
imunofluorescência e imunohistoquimica)
CONTROLE
Tratamento: não tem especifico
Solução hidratante contendo glicose,
glicina
Antibióticos para controle de infecções
secundarias como Clostridium perfringens
(penicilina, ampicilina ou amoxilina) e
Escherichia coli (cafalosporinas,
gentamicina e neomicina)
Vazio sanitário por pelo menos 5 dias
entre cada lote (creche e maternidade)
VACINAÇÃO
Fêmeas prenhas: período final da gestação
Leitoas/primíparas: 2 doses (60-70 e 90-
100)
Porcas: 1 dose (reforço)
MANOELA ASSUNÇÃO
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ROTAVIROSE EM SUÍNOS

  • DIARREIA E VÔMITO em neonatos
  • Preferencialmente leitões entre 2 a 6 semanas e recém-desmamados (devido a imunidade)
  • Baixa frequência em leitões com menos de 1 semana (de rebanhos imunes) ETIOLOGIA
  • Rotavírus (RV) suíno
  • Resistente: de 18-20 ºC, poeira e fezes (resiste de 7-9 semanas)
  • Sensível: fenóis, hipoclorito de sódio 1% e álcool 70% EPIDEMIOLOGIA
  • Mortalidade oscila entre 3 e 20%, podendo atingir 50%
  • Morbidade pode atingir 80%
  • Severidade varia em função: grau de imunidade, manejo, ambiente e idade dos leitões
  • Transmissão: principalmente via fecal-oral
  • Leitões infectados eliminam nas fezes o RV por 1-14 dias, enquanto porcas entre 5 dias antes do parto até 2 semanas após
  • Multíparas são mais susceptíveis a transmitir SINAIS CLÍNICOS
  • Rebanhos com bom manejo: raramente ocorre, quando presente é de curta duração
  • Rebanhos com baixa imunidade ou recém- formado: grave, diarreia branca- amarelada (continua de 3-7 dias), vômitos em menos de 4h de infecção, mortalidade superior a 50%
  • Rebanhos com imunidade: leitões de 2- 8 semanas, anorexia, depressão e vômitos ocasionais (geralmente após a alimentação), fezes com leite não digerido, desidratação e perda de peso
  • Morte: 3-7 dias após início da diarreia
  • Sobreviventes: sinais regridem 4-6 dias após a infecção

LESÕES MACROSCÓPICAS

  • Estômago: aparência flácida, geralmente contendo alimento
  • ID: dilatado e flácido
  • Conteúdo intestinal: aquoso, cinza amarelado, observado através da fina parede intestinal DIAGNÓSTICO
  • Histórico, sinais e histopatológico
  • Conclusivo: vírus nas fezes ou conteúdo mucosa intestinal (isolamento viral, imunofluorescência e imunohistoquimica) CONTROLE
  • Tratamento: não tem especifico
  • Solução hidratante contendo glicose, glicina
  • Antibióticos para controle de infecções secundarias como Clostridium perfringens (penicilina, ampicilina ou amoxilina) e Escherichia coli (cafalosporinas, gentamicina e neomicina)
  • Vazio sanitário por pelo menos 5 dias entre cada lote (creche e maternidade) VACINAÇÃO
  • Fêmeas prenhas: período final da gestação
  • Leitoas/primíparas: 2 doses (60-70 e 90-
  • Porcas: 1 dose (reforço)

DISENTERIA SUÍNA

• DIARREIA MUCO-HEMORRÁGICA

  • Presentes somente no ceco e cólon
  • Animal pode se recuperar, porém com emagrecimento progressivo ETIOLOGIA
  • Brachyspira hyodysenteriae (agente primário, espiroqueta anaeróbio)
  • Sensível: calor e pH ácido, não sobrevive muito tempo fora do hospedeiro exposto ao ar ou sol
  • Resistente: fezes acumuladas EPIDEMIOLOGIA
  • Influenciada por condições estressantes, sem vazio sanitário e superlotação
  • Morbidade: até 90%
  • Mortalidade: até 30%
  • Suínos de todas as idades, mais comum em recria e terminação
  • Dificulta o tratamento devido a ser próximo a saída (período de carência), atrasando o lote
  • Disseminação: água, fômites, botas e roupas sujas de fezes. Introdução de portadores
  • Surto ligado a comercialização de reprodutores com infecção subclínica (assintomático) sem realização de quarentena
  • Porcas portadoras SINAIS CLÍNICOS
  • Superaguda: morte em menos de 24h (raro)
  • Crônica: diarreia persistente
  • Aguda: anorexia, sede intensa, emagrecimento progressivo, diarreia, temperatura corporal até 40ºC
  • Após 48h de diarreia, observa muco, sangue e partículas de ração, eliminadas de forma continua e sem esforço
  • Fezes: odor fétido
  • Animal: olhos fundos, costelas salientes, pele áspera e cauda caída
  • Morte: devido desidratação LESÕES MACROSCÓPICAS
  • IG: muco e sangue
  • Mucosa edematosa, avermelhada e recoberta de muco
  • Aumento do liquido abdominal DIAGNÓSTICO
  • Sinais clínicos e necropsia
  • Diferencial: salmonela e colite espiroqueal
  • Confirmação: isolamento, identificação bioquímica (pouco frequente) e PCR (frequente) TRATAMENTO
  • Individual: ração ou água (mais eficiente devido maior consumo de bebida – constante)
  • Compostos de: tiamulina e valnemulina ( eficaz), lincomicina e tilosina (resistente), por aproximadamente 3 semanas (longo) CONTROLE Erradicação: sem despovoamento e depende 2 condições:
  1. Eliminação do suíno :
  • Usar drogas que inativam o agente (tiamulina e valnemulina)
  • Retirada de animais jovens e venda de todos os leitões da creche, crescimento e terminação
  1. Eliminação do ambiente:
  • Biosseguridade Quarentena mínima de 28 dias

PARVOVIROSE SUÍNA

  • Cosmopolita
  • Causa: morte embrionária, mumificação e natimortos, leitegadas de tamanho reduzido ETIOLOGIA
  • Parvovírus suínos (PVS)
  • Resistente: maioria dos solventes e detergentes, resiste meses em secreções e em instalações desocupadas por mais de 20 semanas
  • Não é de notificação obrigatória, porém é necessário GRSC (controle) EPIDEMIOLOGIA
  • Aquisição de reprodutores sem quarentena
  • Disseminação: fezes e secreções, fetos e envoltório fetais de porcas e via venérea (sêmen e secreção vaginal)
    • numero de partos das porcas = - problemas
  • Eliminação do vírus nas fezes e secreções até 14 dias após a infecção
  • Anticorpo do colostro até 5 meses PATOGENIA
  • Cobrição até o 9º dia de gestação:
  • Morte de todos os leitões (retorno ao cio de 18-24 dias)
  • Morte de alguns embriões (leitegada pequena, em média 6 leitões)
  • De 10º a 35º dias de gestação:
  • Morte de todos os embriões (retorno ao cio de até 50 dias ou falsa gestação)
  • Morte de alguns embriões (leitegadas pequenas, leitões fracos, baixo peso e malformados
  • De 35º a 65º dias de gestação:
  • Morte de todos os fetos (gestação prolongada de 124 - 135 dias e presença de leitões mumificados)
  • Morte de alguns fetos (nascimento de leitões normais, junto com fracos, malformados e fetos mumificados)
  • Do 65º dia de gestação até o parto:
  • Sem efeito sobre os fetos, porém com a imunização ativa dos mesmos (nascimento de leitões normais e com anticorpos contra o parvovírus) SINAIS CLÍNICOS
  • Na maioria das vezes assintomático
  • Febre de 4-5 dias após infecção
  • Retorno de cio
  • Nascimento reduzido no número de leitões
  • Fêmeas vazias na época do parto
  • Fetos mumificados (diferentes tamanhos, difusão da infecção modo horizontal = feto a feto)
  • Difusão do vírus é lento: podendo ter fetos infectados, mumificados ou normais na mesma leitegada
  • Mortalidade neonatal
  • Fêmeas e machos assintomáticos, sem efeito sobre a qualidade do sêmen DIAGNÓSTICO
  • Enviar ao laboratório: fetos mumificados, restos fetais e tecido necrótico
  • Imunofluorescência, hemaglutinação, ELISA e sorologia (a cada 6 meses)
  • Diferencial: Leptospirose, Brucelose, Doença de Aujeszky e Síndrome Reprodutiva e Respiratória Suína CONTROLE
  • Não tem tratamento especifico Vacinação (reforço 1 mês antes da reprodução)
  • machos: a cada 6 meses
  • fêmeas: 7-10 dias após cada parto
  • primíparas: 2 doses (70 dias de gestação e 30 dias após – reforço)
  • Se não vacinar: fazer contato das fêmeas com o PVS antes da primeira gestação, através de porcas mais velhas ou contato com a placenta e fetos contaminados
  • Não introduzir porcas em gestação

BRUCELOSE SUÍNA

  • Bactéria
  • Aborto , endometrites
  • Machos: orquites, perda de libido e infertilidade
  • Agente: Brucella (B) suis EPIDEMIOLOGIA
  • Zoonose
  • Suínos a partir de 4-5 meses são susceptíveis devido a puberdade
  • Rápida disseminação
  • Mortalidade alta: entre 50-80%
  • Infecção: digestiva e genital (água, material abortado e descargas genitais), suínos a suíno, ingestão de fetos abortados e membranas fetais, cachaços infectados através do sêmen SINAIS CLÍNICOS
  • Porcas: aborto em media de 35 dias de gestação
  • Fase inicial da gestação: retorno de cio entre 5-8 semanas após a cobertura
  • Fase final: do 2º mês de gestação e início do 3º mês, aborto apresentando descargas vulvares purulentas ou com sangue
  • Não gestantes: endometrite, irregularidade no ciclo estral
  • Aborto, infertilidade, orquite e claudicação (problema locomotor em machos)
  • Leitões: paralisia dos membros posteriores, articulações alteradas em ambos os sexos, paralisia e manqueira DIAGNÓSTICO
  • Sorológico (aglutinação e antígeno acidificado = Card Test)
  • Obtido a partir dos gânglios linfáticos mandibulares, fetos abortados e seus envoltórios e de corrimentos vaginais CONTROLE
  • Produção distante de bovinos
  • Sacrifício de todos animais infectados
  • Vazio sanitário de 3 meses
  • Granjas GRSC (controle sanitário semestralmente)
  • Reprodutores introduzidos devem passar por quarentena e durante a mesma, realizar testes sorológicos
  • Não tem vacina
  • Notificação obrigatória