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Problemas de r.n e latentes, Notas de estudo de Enfermagem

PROBLEMAS DO R.N E LACTENTE ENFERMAGEM

Tipologia: Notas de estudo

2010

Compartilhado em 15/11/2010

iris-marinho-jireh-o-deus-da-minha-
iris-marinho-jireh-o-deus-da-minha- 🇧🇷

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PROBLEMAS MAIS COMUNS DO RECÉM- NASCIDO E LACTANTE
MANUAL ENFERMAGEM
2010
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PROBLEMAS MAIS COMUNS DO RECÉM- NASCIDO E LACTANTE

MANUAL ENFERMAGEM

1- PROBLEMAS DO R.N:

1-1-CONSTIPAÇÃO INTESTINAL

Consideramos constipação intestinal a dificuldade de evacuar ou evacuação com fezes seca, duras e volumosas. R.N – menor de 7 dias- constipação intestinal funcional. Tratamento: óleo mineral até 5ml 02 vezes ao dia. 1.2- CÓLICAS DO LATENTE: Considera-se cólica do latente , quando afastada as possibilidades de outras patologias tais como: hipertensão craniana, glaucoma congênito ou lesão da córnea. Por isso é importante uma anamnese e exame físico detalhado. Tratamento: Criança que recebe leite de vaca , troca-se pelo de soja. Glicerina supositório infantil; Uso de analgésicos tipo acetaminofen em doses habituais; Orienta-se aos pais e responsáveis que as cólicas devem parar nos 1°s meses de vida , e não deixam problemas importantes. 1.3-REGURGITAÇÃO E VÔMITO Vômito: Retorno de substância pré-ingeridas do estômago, a criança que vomita fica apática e inquieta. O vomito é passível de preocupação , pois a criança pode ficar com baixo peso. As causas mais comuns de vomito no lactente são:

  1. Infecções: otite,gastrenterite, infecção urinária, sepse e meningite.
  2. Mecânica: estenose hipertrófica do piloro, acalasia,estenose duodenal e atresia do duodeno.
  3. Metabólica : erros inatos do metabolismo e insuficiência adrenal.
  4. Intolerância alimentar : leite de vaca.
  5. Refluxo gastroesofágico patológico. Regurgitação: conteúdo gástrico é eliminado para o exterior, sendo as vezes deglutido novamente, pois retorna a boca sem esforço, é considerado normal para o lactente. 1.4- REFLUXO GASTROESOFÁGICO É a passagem do conteúdo gástrico através do esôfago. A DRGE apresenta uma grande variedade de manifestações clínicas, secundárias ao refluxo do material gástrico refluído para o esôfago ou, nas formas atípicas, pela ação do material refluído para os órgãos adjacentes, ou ainda através da exacerbação dos reflexos mediados pelo vago como, por exemplo, o reflexo esofagobrônquico. O refluxo é considerado patológico quando o pH intra-esofágico se mantém abaixo de quatro por mais de 4% do tempo total da duração do exame. O diagnóstico da DRGE é realizado por meio de detalhada anamnese, que pode ser seguida de exames especializados (endoscopia, exame radiológico contrastado do esôfago, cintilografia, manometria, pH metria de 24 horas, teste terapêutico. As principais manifestações clínica s típicas da DRGE são :
  6. disfagia;
  7. regurgitação ácida
  8. vômito;
  9. esofagite;
  10. ganho de peso insuficiente;
  11. dor abdominal ou subesternal;
  12. problemas respiratórios.

Prevenção: tratar a vulvovaginite materna, limpeza de bicos de mamadeira e chupeta. Obs.: em criança debilitadas e institucionalizadas pode aparece amonilíase mesmo com bons cuidados higiênicos. 1.6- MILIÁRIA OU BROTOEJA - É um problema cutâneo-erupções na pele, relacionada com as glândulas sudoríparas (que produzem o suor). Afeta principalmente as crianças, mas também pode atingir os adultos. O quadro está relacionado com o aumento do calor e da produção do suor que, extravasando dentro da pele, antes de atingir a superfície, provoca um processo inflamatório. Manifestações clínicas A localização mais comum é o tronco e a região cervical. As lesões vem acompanhadas por prurido. Formam-se "bolinhas avermelhadas" ou vesículas (pequeninas bolhas) sobre pele avermelhada, podendo, em alguns casos, formar lesões mais exuberantes Existe duas formas: Tipos de Miliária

  1. Cristalina : Obstrução na parte final da glândula;
  2. Rubra : retenção profunda do suor. Tratamento Para evitar a miliária deve-se: Preventivo
  3. usar roupas frescas,
  4. banhos frios e se proteger do calor, evitando o excesso de suor.
  5. O ar condicionado é um grande aliado no combate à patologia.
  6. evitar o excesso de roupas nas crianças pequenas, principalmente nos recém-nascidos, hábito comum entre mães com preocupação excessiva em agasalhar seus filhos. Terapêutico Amido de milho cozido com água , passar no local afetado; Caso haja maceração : usar acetato de alumínio 1: 30 A miliária e as infecções secundárias que podem acompanhar a doença têm tratamento, que será determinado pelo médico dermatologista, de acordo com cada caso. **1.7-LESÕES NAS REGIÕES DAS FRALDAS As principais doenças que originam essas lesões são :
  7. Dermatite por fricção;
  8. Dermatite por irritação;
  9. Dermatite de Jaquet;
  10. Intertrigo;
  11. Dermatite seborreica de fralda;
  12. Candidíase cutânea;
  13. Psoríase;
  14. Sífilis congênita 1- Dermatite por fricção :** ocorre em áreas de maior contaminação com as fraldas , como face

interna das coxas, genitais nádegas e abdômen. Agravam-se com o uso de talco. Tratamento: Pasta de Lassar; Troca constante de fralda; 2- Dermatite por irritação; limita-se a superfície convexa das nádegas , períneo, baixo ventre , parte proximal das coxas e dobra cutânea. Causada por contato com enzimas proteolíticas e produtos químicos tais como amaciante, sabão em pó usados na lavagem das fraldas e ás vezes por medicação tópica. O calor excessivo contribui para este tipo de dermatite. Tratamento: Evitar o uso de produtos químicos nas roupas e fraldas da criança – lavar com sabão neutro; Deixar a criança um período sem fralda , inclusive à noite. Usar compressa de água morna , acetato de alumínio 1:30, caso a dermatite for menos aguda -usar pasta de lassar. 3- Dermatite de Jaquet: 3- Dermatite de Jaquet:. É uma dermatite de múltiplas etiologias, é o resultado da combinação da umidade, calor fricção e proliferação bacteriana. A lesão é comparada a cratera de um vulcão e deve ser diferenciada da sífilis congênita. Na criança dom sexo masculino ,a lesão pode estar localizada no prepúcio e meato uretral, pode levar a estenose do meato em crianças postectomizadas. Tratamento: Idêntico aos das outras dermatites , não havendo boa resposta no uso dos fármacos deve- se pensar em sífilis congênita. 4-Intertrigo : localiza-se nas dobras da pele com maceração e secreção, em geral vem acompanhada de miliária. Tratamento: evitar o excesso de roupas e calças plásticas; Uso de compressas; Solução de acetato de alumínio 1:30. 5- Dermatite Seborreica da área das fraldas: caracterizada por lesões gordurosas , com crostas amarelas nas zonas intertriginosas b. O envolvimento concomitante de escalpo, face, pescoço e zona retroauricular vai facilitar o diagnóstico. Com frequência há infecção secundária: candidíase. Tratamento: O tratamento deve ser feito com corticoide tópico não fluorado. Caso haja candidíase deve ser feito o tratamento desta patologia também. Forma eficiente de tratamento desta patologia: secar bem o local do períneo, nádegas, com secado de cabelo , após higiene adequada, quando evacuarem ou urinarem. 6- Candidíase cutânea: Infecção cutânea por fungos do tipo levedura, como a cândida. A cândida é a causa mais comum da erupção das fraldas nos lactentes, que se aproveita das

8- -Sífilis congênita Chama-se sífilis congênita aquela que a infecção se processou por via transplacentária. A genitora da criança é preciso ter sífilis para que o bebe nasça c sifilítico. O causador da sífilis é um pequeno microrganismo espiralado, o Treponema pallidum , que cruza rapidamente a membrana placentária já com nove a dez semanas de gestação. A transmissão vertical do T. pallidum pode ocorrer em qualquer fase gestacional ou estágio clínico da doença materna.

  • Os principais fatores que determinam a probabilidade de transmissão vertical do T. pallidum são o estágio da sífilis na mãe e a duração da exposição do feto no útero. A sífilis congênita apresenta, para efeito de classificação, dois estágios: precoce, diagnosticada até dois anos de vida e tardia, após esse período. Tipos: Sífilis Congênita Precoce A síndrome clínica da sífilis congênita precoce surge até o 2o ano de vida e deve ser diagnosticada por meio de uma avaliação epidemiológica criteriosa da situação materna e de avaliações clínica. Sintomatologia: Além da prematuridade e do baixo peso ao nascimento, as principais características dessa síndrome são, excluídas outras causas: hepatomegalia com ou sem esplenomegalia, lesões cutâneas (como por exemplo, pênfigo palmo-plantar,condiloma plano), periostite ou osteíte ou osteocondrite (com alterações características ao estudo radiológico), pseudoparalisia dos membros, sofrimento respiratório com ou sem pneumonia, rinite sero-sanguinolenta, icterícia, anemia e linfadenopatia generalizada (principalmente epitroclear). Outras características clínicas incluem: petéquias, púrpura, fissura peribucal, síndrome nefrótica, hidropsia, edema, convulsão e meningite. Sífilis Congênita Tardia A síndrome clínica da sífilis congênita tardia surge após o 2o ano de vida. Da mesma forma que a sífilis congênita precoce, o diagnóstico deve ser estabelecido por meio da associação de critérios epidemiológicos, clínicos e laboratoriais. Além disso, deve-se estar atento na investigação para a possibilidade de a criança ter sido exposta ao T. pallidum por meio de exposição sexual. As principais características dessa síndrome incluem: tíbia em “Lâmina de Sabre”, articulações de Clutton, fronte “olímpica”, nariz “em sela”, dentes incisivos medianos superiores deformados (dentes de Hutchinson), molares em “amora”, rágades periorais, mandíbula curta, arco palatino elevado, ceratite intersticial, surdez neurológica e dificuldade no aprendizado. Tratamento: Prevenção e tratamento O recém-nascido deve necessariamente ser tratado e acompanhado clinicamente, baseado na história clínico-epidemiológica da mãe e no diagnóstico clínico presuntivo quando a criança apresentar sinais e/ou sintomas. No caso de natimorto ou óbito fetal, o diagnóstico de sífilis congênita deve ser estabelecido considerando-se a história clínico-epidemiológica da mãe e o diagnóstico clínico presuntivo quando a criança apresentar sinais,pois Um recém-nascido com sífilis pode ter grandes bolhas cheias de líquido ou uma erupção plana de cor acobreada nas palmas das mãos e nas plantas dos pés com altos à volta do nariz e da boca, assim como na zona da fralda. Regra geral, observa-se um aumento dos gânglios linfáticos, do fígado e do baço. A sífilis congênita pode prevenir-se quase completamente injetando penicilina à mãe durante a gravidez. Porém , o tratamento na última etapa de gravidez não reverte totalmente as anomalias

que já possa ter sofrido o feto. Depois de nascer, o bebe afetado também é tratado com penicilina. Diagnóstico: VDRL (sigla de Venereal Disease Research Laboratory) é um teste para identificação de pacientes com sífilis. Porém mais recentemente, testes para amplificação de ácidos nucleicos, como a reação em cadeia da polimerase (PCR), vêm sendo desenvolvidos e avaliados, com resultados que indicam o aumento da sensibilidade (91%) para o diagnóstico da infecção pelo T. pallidum. Entretanto, esses testes, além do elevado custo e da complexidade de realização, ainda não estão disponíveis comercialmente, estando limitados a centros de pesquisa. Entre as alterações laboratoriais incluem-se: anemia, trombocitopenia, leucocitose (pode ocorrer reação leucemoide, linfocitose e monocitose) ou leucopenia. Após os seis meses de vida, a criança com VDRL reagente deve ser investigada, exceto naquelas situações em que a criança está em seguimento. Para os testes treponêmicos, uma sorologia reagente após os 18 meses de idade define o diagnóstico de sífilis congênita. 1.7- IMPETIGO É uma infecção muito comum, que afeta a camada mais superficial da pele(infecção primária da pele). Sendo o impetigo altamente contagioso. A infecção se espalha através do contato físico de uma criança com a outra. Traumas da pele, tais como um corte ou uma rachadura, vão possibilitar o desenvolvimento da infecção. Roupas e toalhas também podem ser veículos de contaminação desta infecção, mas são bem menos importantes que o contato direto. Em geral o impetigo é uma doença benigna de cura completa. Mas eventualmente pode ocorrer um tipo de doença renal grave denominada de glomerulonefrite. Caso essa patologia não seja tratada, a infecção pode se espalhar e a bactéria poderá se instalar em outros órgãos, podendo até causar infecção disseminada (sepse). Tipos de lesão causadas pelo Impetigo:

  1. Bolhosa:Causada pelo estafilococos dourado fago II;as lesões neste tipo ocorrem geralmente na região peri-umbilical,face do R.N, pois nas narinas,olhos e cordão umbilical são os reservatórios naturais da bactéria. A lesão tem aspecto de queimadura de cigarro.
  2. Vesículo pustular:Causada pelo estreptococos beta hemolítico do grupo Aparece nas regiões inferiores , e com frequência em tempos quentes. Tratamento e Prevenção; Antibióticos tomados por via oral- Usados o Cefamox-40mg/kg/dia de 12/12 hs por 10 dias; Eritromicina 50mg/kg/dia de 6/6 hs por 10 dias durante 7-10 dias geralmente irão resolver totalmente o impetigo. Estes antibióticos incluem os derivados de penicilina, eritromicina, e cefalexina. Ampicilina + clavulonato ou sulfas são muito eficazes, já a eritromicina é ineficaz pela

período, são uma potencial porta de entrada de bactérias. A queda do coto umbilical costuma ocorrer entre a 1ª e a 2ª semana de vida. A permanência do coto além de 30 dias em geral está associada a problemas de função dos neutrófilos ou importante contaminação bacteriana. Aproximadamente 33% das crianças com artéria umbilical única tem mal formações congênitas , sendo a trissomia 18 uma das mais frequentes. O umbigo do recém -nascido pode facilmente contaminar-se , provocando infecções e colocando a vida do R.N em risco. Por isso é de extrema importância o cuidado com este coto umbilical:.

  1. No momento do nascimento a manipulação em condições assépticas químicos locais álcool a 70% para reduzir a contaminação bacteriana , especialmente por estafilococos. O coto umbilical deve ser higienizado pelo menos 3 vezes ao dia, utilizando álcool 70%, sempre depois do banho e nas trocas de fralda. Um pequeno sangramento às vezes é normal. Se houver secreção em excesso ou sangramento, faça o curativo sempre que trocar a fralda.
  2. O coto umbilical pode ser lavado com água filtrada e sabão neutro. Depois deve ser feito a secagem e limpeza.
  3. Não é aconselhado utilizar faixas, cinteiros ou qualquer outra peça de roupa que impeça o arejamento natural da região. Assim como a colocação de moedas e botões não tem nenhuma indicação já que não modifica a hérnia. Faça uma dobra na fralda, embaixo do coto umbilical.
  4. Depois da queda do coto, a região ainda deve ser limpa com álcool e algodão por pelo menos dez dias, já que o tecido ainda está em fase de cicatrização. Um alerta: não use mercúrio ou mertiolate, pois intoxicam e, no caso o mercúrio, “camufla” uma possível intoxicação devido à cor avermelhada. Se a região ao redor do coto umbilical apresentar-se excessivamente avermelhada, secreção exagerada ou forte sangramento pode ser infecção e o pediatra deve ser agenda o tão logo possível. Em alguns bebês, depois que o coto cai, o umbigo pode inchar e continuar a vazar um pouco. Isso é chamado de granuloma umbilical e desaparece rapidamente com o tratamento adequado.
  5. Em algumas crianças pode ocorrer uma protuberância logo abaixo do umbigo conhecida como hérnia umbilical. Dificilmente causa problemas mas sérios e desaparece aos poucos, antes da criança completar cinco anos. Como não a risco de complicações a cirurgia corretiva só é realizada no 3º ou 4º ano de vida, por motivos estéticos. 1.10-HÉRNIA INGUINAL Hérnia inguinal é a protrusão de uma alça do intestino através de um orifício que se formou na parede abdominal na região da virilha. As hérnias acontecem por descuido da natureza na formação dessa parede, que tem de suportar pressões muito altas. Durante o esforço da evacuação, a parede abdominal funciona como uma prensa, prensa de que as mulheres também se valem, na hora do parto, para expulsar o feto do interior do útero. Existem dois tipos de hérnias inguinais que ocorrem com mais frequência: a direta e a indireta. 1)Indireta: se forma pela passagem da alça intestinal para o interior da bolsa que envolve o testículo através de um ponto frágil, o anel herniário. 2)Direta: como o próprio nome sugere, forma-se diretamente num ponto da parede abdominal enfraquecida, que se rompe, permitindo a penetração de um segmento do intestino na bolsa escrotal. Toda criança com hérnia inguinal deve ser encaminhada para o especialista, pois o tratamento é cirúrgico.

1.11- HIDROCELE

Esta patologia se caracteriza pelo acúmulo anormal de líquido no escroto ou bolsa testicular. Os testículos se constituem de várias camadas de tecidos, existe um líquido que protege os testículos. Normalmente há um equilíbrio entre a produção do líquido e sua absorção pelo organismo, o que mantém o volume estável. A hidrocele se forma quando o volume aumenta, com aumento do tamanho do escroto. A principal causa de hidrocele nos recém-nascidos é o não fechamento do conduto inguinal, canal pelo qual o testículo - que se forma no abdome - desce, no período de desenvolvimento do feto no útero da mãe, até atingir a região escrotal e fixar-se lá. Na maioria das crianças, o conduto se fecha após a descida para o escroto; em uma parte delas, porém, se mantém aberto, dando passagem a líquidos do abdome, que se acumulam no escroto, formando a hidrocele. Existem outras causas desta patologia em bebês como: são as infecções no epidídimo por bactérias e vírus, além de tumores no testículo. A Hidrocele em recém-nascidos em geral é percebida logo pelo médico neonatologista. Um exame chamado transiluminação permite diagnosticar o problema. Transiluminação: Este exame consiste em pegar uma lanterna e, no escuro, fazer com que sua luz atravesse a bolsa testicular. Como o líquido é claro, pode-se ver nele o testículo escuro. Se este exame não conseguir o esperado, há indício de outra doença, como infecção ou câncer, comprováveis com ultrassom escrotal. Tratamento: Antibióticos , se a causa for infecção e Cirúrgico , se incomodar. 1.12- ESCROTO VAZIO- CRIPTORQUIDIA(de Cripto, caverna, esconderijo + orquis Testículo) Também chamado de criptorquidia, é a ausência do testículo dentro do saco escrotal A criptorquidia é muito comum em bebes prematuros e afeta 3 a 4% dos bebes de termo. Aproximadamente 65% dos testículos descem por volta dos nove meses de gestação. Quando o testículo é palpável no escroto considera-se que desceu, ainda que possa estar retráctil posteriormente. O testículo retráctil ocupa o escroto, mas ocasionalmente (e temporariamente) retorna ao canal inguinal, por ação da força do reflexo muscular (reflexo cremastérico) que retrai os testículos antes da puberdade. Quadro Clínico Em geral a criptorquidia não apresenta sintomas, exceto quando o testículo abdominal apresentar alguma complicação, como infecção (orquite). O diagnóstico é realizado pelo exame clínico, durante o qual o testículo não é detectado no escroto.

como parafimose, obstrução do jato urinário, hematúria ou dor prepucial. Parafimose é a incapacidade de reduzir um prepúcio retraído sobre a glande para sua posição de ocorrência natural. A constrição pela banda apertada do prepúcio retraído pode rapidamente levar a edema e congestão venosa da glande e do prepúcio. Muitas crianças tem prepúcio longo e fazem um pequeno balonete durante a micção , não requerendo nenhum tipo de tratamento. Exame físico:

  1. Edema, dor à palpação e eritema da glande.
  2. Edema do prepúcio distal.
  3. Flacidez da haste peniana proximalmente à área de parafimose (a menos que haja balanopostite acompanhante ou infecção do pênis). Diagnóstico diferencial:
  4. Urticária
  5. Hematoma peniano
  6. Fratura peniana
  7. Edema peniano idiopático
  8. Balanite
  9. Celulite
  10. Dermatite de contato Procedimentos para a redução da parafimose: Deve assegurar a ausência de um corpo estranho em volta, como pêlo, roupa, objetos metálicos ou elásticos de borracha. Depois de determinar a ausência de um corpo estranho em volta, pode-se prosseguir para a redução de urgência da parafimose. Foram descritas muitas técnicas de redução de parafimose. O principal objetivo de cada método é reduzir o prepúcio à sua posição de ocorrência natural sobre a glande por manipulação da glande edematosa ou do prepúcio distal. Quando necessário, todos os seguintes procedimentos podem ser facilitados pelo uso de anestesia local ou bloqueio peniano usando cloridrato de lidocaína sem adrenalina. Ocasionalmente, algumas crianças precisam de sedação consciente. A redução manual do prepúcio sobre a glande pode ser obtida colocando-se ambos os dedos indicadores na borda dorsal do pênis atrás do prepúcio retraído enquanto se colocam ambos os polegares na extremidade da glande. Esta é empurrada de volta através do prepúcio com a ajuda da pressão do polegar, enquanto os indicadores puxam o prepúcio sobre a glande. O uso de pinças que não provocam esmaga mento, como a Babcock, em cada quadrante da parte do prepúcio em constrição pode facilitar a redução, se a redução manual falhar. Outros cuidados ambulatoriais: Fimose: De outra forma, uma fimose congênita deve ser deixada em sua evolução. É necessária somente a limpeza manual, sem retração forçada do prepúcio. Deve ser sugerida a higiene apropriada do prepúcio para o adulto e a criança com fimose adquirida. A fimose que causa obstrução urinária, será necessário o encaminhamento a um urologista (para realização da postectomia). Parafimose: Depois da redução de emergência, é obrigatório o encaminhamento a um urologista para postectomia, já que é provável a recorrência da afecção. Em geral, realiza-se postectomia depois da resolução do edema. Complicações: Gangrena da glande; postite (inflamação do prepúcio). 1.14-DISPLASIA EVOLUTIVA DO QUADRIL A displasia evolutiva do quadril é a condição na qual a cabeça do fêmur está fora da fossa

acetabular, localizada posteriormente a ela.. É de herança poligênica , incidindo mais em meninas que em meninos , determinadas vezes mais frequentes em crianças de posição pélvica , e duas vezes mais em criança que nascem de cesariana. Sinais clássicos : Sinal de Ortolani , o qual consiste em sentir-se um estalido na articulação coxo-femural ao tentar abduzir a coxa da criança. No recém – nascido e latente pequeno geralmente se consegue abduzir completamente a coxa formando um ângulo de 180°, de tal modo que os joelhos tocam a mesa do exame. (assimetria da abdução da coxa). Exames :

  1. Ecografia ou radiografia- caso seja confirmado a suspeita de displasia evolutiva do quadril, a criança deve ser encaminhada ao ortopedista. Tratamento: Em geral cirúrgico , caso não seja tratado a criança pode ficar com dificuldade de deambular fique limitada devido a sequela. O encaminhamento ao profissional Fisioterapeuta é importante.