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O estudo de caso do projeto de auditorio da sala são paulo, localizada no centro de são paulo, brasil. A sala é considerada uma das melhores do mundo em termos de acústica e foi projetada para abrigar a orquestra sinfônica do estado de são paulo e do coro da osesp. O documento detalha a história da sala, sua arquitetura, a solução inovadora adotada para garantir a flexibilidade acústica e a importância da adequada qualidade acústica em uma sala de concertos.
Tipologia: Trabalhos
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Trabalho apresentado no Curso Superior de Arquitetura e Urbanismo UNIP. Orientador (a): Izabel GOIÂNIA 2017
das dez melhores casas de concerto do mundo. Em 1999, a Sala São Paulo foi tombada pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico Arqueológico, Artístico e Turístico (CONDEPHAAT).
A princípio, buscavam-se três objetivos. Era preciso definir as características da sala de concertos e de sua implantação no interior de um edifício existente. Era necessário pontuar os critérios de ação para recuperar a edificação, atendendo à preservação desse patrimônio histórico. E, por último, era necessário viabilizar as inumeráveis questões arquitetônicas, estruturais, materiais e técnicas imprescindíveis a uma sala de concertos atual, com todas as exigências ambiental e de isolamento acústico. Segundo Nelson, a adequada qualidade acústica em uma sala de concertos deve responder, pelo menos, a duas preocupações distintas e complementares. “Externamente, a sala deve estar isolada do seu meio ambiente, funcionando como uma caixa estanque e impermeável a sons e vibrações vindos de fora. Internamente, deve prover adequada difusão, tanto dos sons diretos quanto dos refletidos em suas superfícies, sem que a demora entre som refletido e som direto configure uma percepção diferenciada (eco)”. Essas características devem ser usufruídas, em princípio, em qualquer ponto da sala, inclusive pelos instrumentistas, cantores e maestro. Prédio da Sala São Paulo, que também abriga a estação ferroviária, no centro de São Paulo Foto: Dario de Freitas
Embora as proporções do antigo pátio da Estação Júlio Prestes fossem ideais para uma sala de concertos, executar o projeto original da cobertura, de autoria de Stockler das Neves, mostrava-se inviável e inadequado. Assim, o fechamento acústico da parte superior da sala foi integrado ao novo projeto arquitetônico e estrutural da Sala São Paulo por meio de uma cobertura curva e relativamente sobressalente, mas fiel ao perfil externo do projeto original. A nova cobertura mais alta deveria conter um forro mais baixo e abrigar os sistemas de controle dos painéis do forro e de ar condicionado, tudo com completo isolamento acústico. “O problema era que se o novo forro fixo atendesse ao volume acústico indicado, sua posição e altura impediriam a vista para os magníficos vitrais superiores, localizados entre a sala de concertos e os dois halls laterais de acesso”, detalha Dupré. Para garantir as visuais, foi adotado um forro móvel, cuja movimentação permite a modificar a geometria da sala, propiciando a variação volumétrica do seu interior, de maneira a adaptá-la a uma grande variedade de situações musicais, conforme andamento de partituras ou tempos de reverberação desejáveis. “A solução inovadora e audaciosa 'afina' a arquitetura da sala à situação de excelência necessária, de acordo com os diversos espetáculos, desde um solista, passando por um concerto de câmara, até grandes orquestras, bandas e corais”, comenta Nelson Dupré. Imagem - Posição do forro 1
Para garantir essa flexibilidade acústica foi proposto um forro totalmente móvel, cujo deslocamento faria variar o volume da Sala, criando ademais um ‘espaço acústico acoplado’, situado entre o forro e o piso técnico (onde estão alojados os equipamentos de acionamento do forro). O som atinge não só o forro mas o espaço acoplado, e com isso podem ser alteradas algumas nuances na resposta acústica da Sala. A potência e as características de reverberação deste espaço acoplado podem ser sintonizados por meio de bandeiras acústicas de veludo, que são acionadas ou recolhidas a partir de mecanismos situados no piso técnico. Tais bandeiras, por estarem acima do forro móvel, não são vistas pelos ouvintes, mas sua presença é certamente ouvida. O forro é composto por quinze painéis, com espaçamento estrategicamente definido; sua movimentação permite o aumento controlado do volume da Sala e de seu tempo de reverberação. Projetados para operação em painéis independentes com total mobilidade e controlados por sistema computadorizado, os forros acústicos projetados são únicos em todo o mundo, distinguindo a Sala São Paulo nos meios especializados internacionais. Seu perfeito funcionamento começa em cima do forro, onde há um espaço vazio variável, resultante do ajuste da volumetria da sala em função das necessidades acústicas de cada evento. Acima do vazio, o piso técnico possui lajes em estrutura metálica de aço com capeamento de concreto
Com uma forma original de paralelepípedo ou de ‘caixa de sapato’ e elementos arquitetônicos decorativos pré-existentes, a Sala São Paulo teve agregados novos materiais, densos e macios, como o compensado naval e as madeiras pau-marfim em portas, painéis, pisos, cadeiras e revestimentos dos balcões, e o freijó no palco. Tudo isso para potencializar a dispersão do som interno. O consultor acústico brasileiro José Augusto Nepomuceno – colaborador no projeto executivo