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Projeto de arquitetura de um centro social infantojuvenil
Tipologia: Teses (TCC)
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C E N T R O S O C I A L I N F A N T O J U V E N I L
Agradeço , primeiramente a Deus que permitiu que este momento fosse concretizado por mim. Agradeço de forma especial , à minha mãe Francisca, pelo seu amor incondicional e por todos os momentos que me incentivou nas horas de desanimo. E pelas inúmeras vezes que não mediu esforços para que eu pudesse levar meus estudos adiante. Ao meu orientador Giovanni di Prete Campari por aceitar esse desafio de me orientar, que tanta ajuda forneceu para que este trabalho fosse concluído com o êxito esperado. E a todos os professores da faculdade que direta ou indiretamente contribuíram para o minha formação e aprendizagem compartilhando seus conhecimentos conosco. Meus agradecimentos às amigas, Caroline Gomes ,Mariane Pacheco e Tainá Correia companheiros de trabalhos ,qυе fizeram parte da minha formação е vão continuar presentes em minha vida. Em especial agradeço aos colegas de trabalho da Casa Paulista pelos ensinamentos que obtive durante meu período de estágio.
01 Introdução Contexto Social Referências Projetuais Diagnóstico da área de estudo 02 04 4.1 Contexto de inserção 4.2 Histórico do bairro 4.4 Potencialidades e vulnerabilidades 4.3 Caracterização da área de estudo 03 01 05 Referencias Bibliográficas 07 2.1 História da assistência social 01 06 A Proposta Considerações Finais 5 5.1 CEU Pimentas 5.2 Centro Paula Souza Santa Ifigênia 03 Conceituação 3.1 Quadra aberta 3.2 Vazio Urbano 3.3 Apropriação dos espaços livres público 6.1 Terreno do projeto 6.2 O partido 6.3 O projeto 6.4 O partido estrutural
Atualmente uma das preocupações , no que se refere às crianças e adolescentes é a possibilidade do envolvimento desses no mundo das drogas e da violência. O tempo ocioso dos jovens ,a fragilidade decorrente da pobreza, aliada a falta de espaços urbanos de qualidade tem contribuído para intensificar a exclusão social. A falta de espaços adequados para a realização de atividades ligadas ao lazer , esporte e a cultura, sobretudo aos que vivem em áreas menos favorecidas tem produzido em nossa sociedade uma geração que cada vez mais passa seu tempo livre em frente à televisão ,computador ou em muitos casos na rua à mercê da marginalidade. Diante de tal realidade destaca-se a região central da cidade de São Paulo, que ao longo do tempo tem sofrido com grande número de crianças em situação de rua, condição que se agrava ainda mais, devido a presença da ‘’ Cracolândia ’’ área em que ocorre o intenso consumo e venda de drogas, além de toda a degradação e abandono, que ajudam a compor esse cenário. Esta realidade reforça a importância de espaços que forneçam práticas educativas, capazes de gerar transformações sociais consigam por si minimizar os problemas citados. Deste modo, o presente trabalho tem por proposta um equipamento público que visa o aproveitamento do tempo de crianças e adolescentes através do desenvolvimento educacional e social, bem como fornecer espaço de integração com a comunidade do entorno, unido a necessidade do local e a indução da renovação da área. Além disso , no projeto foi discutido a questão da valorização do patrimônio histórico já que a área dispõe de um edifício que se encontra em processo de tombamento ,no entanto ,hoje esta configurado pelo descaso do poder público. Desse modo, o projeto contará com a reestruturação do edifício existente e a construção de um novo ligado ao antigo. 01
2 .CONTEXTO SOCIAL
No Brasil ,por exemplo, a questão da pobreza era tratada como um caso de doença. E isso, pode ser confirmado com a construção das Santas Casas de Misericórdia que serviria para o acolhimento dos pobres. “A preocupação do país com a proteção social do indivíduo nasceu com a necessidade de implantação de instituições de seguro social, de cunho mutualista e particular, podendo-se observar a criação das santas casas de misericórdia, como a de Santos ( 1543 ), montepios, como o da Guarda Pessoal de D. João VI ( 1808 ) e das sociedades beneficentes.’‘(ARAÚJO, 2006 ). Nesse contexto, as organizações de beneficência mantinham a compreensão da assistência como um gesto de caridade ao próximo. 01
01 Somente em 1930 com o capitalismo, o Estado passa a desempenhar papel crucial na sociedade passando a reconhecer a pobreza como questão social. Iniciou-se no governo de Getúlio Vargas um processo de regulamentação das relações de trabalho no país. O país vivenciava um período de grande agitação politica com a mobilização de grupos sociais como :operários, classe média, militares e industriais crescendo assim o número de sindicatos. Foi a partir da Constituição Federal de 1988 , que houve o reconhecimento dos direitos humanos sociais como um avanço significativo. Pela primeira vez o brasileiro era tratado como cidadão, como sujeito e possuidor de direitos. “No Brasil, ampliou-se o conceito de seguridade social, a partir da Constituição de 1988 , conhecida como a Constituição Cidadã, preconizando-se que todos devem ter o direito aos benefícios que ela distribui e o dever de contribuir para manter a solidariedade entre gerações”. (ARAÚJO, 2006 ; MARTINEZ, 1999 ). Todo esse processo culminou na organização das definições das frentes de ação que caracterizariam o Sistema de Proteção Social brasileiro: Saúde, Previdência Social e Assistência Social, formando o tripé da Seguridade Social, tornando-se uma política pública que significa direito do cidadão e dever do Estado. “Art. 194. A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social.” (CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL, 2003 , p. 193 .) Em 1993 é ratificado pela Lei Orgânica da Assistência Social e, pelo Sistema Único de Assistência Social (SUAS), que por meio de um sistema descentralizado e participativo contribuem na criação de medidas que assistem e defendem os cidadãos que se encontram em situação de vulnerabilidade social.
Para Portzamparc a quadra aberta seria a solução para os grandes aglomerados urbanos fugindo assim das aspirações da modernidade onde as qualidades urbanas são deixadas de lado pelo urbanismo moderno com a ideia dos espaços claustrofóbicos crítica ao modelo de quadra hausmaniana. “ A quadra aberta permite reinventar a rua: legível e ao mesmo tempo realçada por aberturas visuais e pela luz do sol. Os objetos continuam sempre autônomos, mas ligados entre eles por regras que impõem vazios e alinhamentos parciais. Formas individuais e formas coletivas coexistem. Uma arquitetura moderna, isto é, uma arquitetura relativamente livre de convenção, de volumetria, de modenatura, pode desabrochar sem ser contida por um exercício de fachada imposto entre duas fachadas contíguas " .(PORTZAMPARC, 1997 ). Croqui 2: Mostrando a cidade da segunda era a publicado no site http://www.vitruvius.com.br Croqui 1 : mostrando a cidade da primeira era a publicado no site http://www.vitruvius.com.br
“A quadra aberta é por essência um elemento híbrido conciliador. Permite a diversidade, a pluralidade da arquitetura contemporânea. Ela recupera o valor da rua e da esquina da cidade tradicional, assim como entende as qualidades da autonomia dos edifícios modernos. A relação entre os distintos edifícios e a rua se dá por alinhamentos parciais, o que possibilita aberturas visuais e o acesso mais generoso do sol. Os espaços internos gerados pelas relações entre as distintas tipologias podem variar do restritamente privado ao generosamente público, sem desconsiderar as nuances entre o semipúblico e o semiprivado.”(MÁRIO FIGUEROA, 2006 ) 01 Figura 01: Esquema de implantação das edificações na quadra aberta Fonte: FIGUEROA,M. Habitação o Coletiva e a evolução da quadra. 2006. Disponível em: http://www.vitruvius.com.br/arquitextos O uso da quadra aberta permite a permeabilidade espacial o que confere ao espaço urbano maior vitalidade e uma maior circulação e permanência de pessoas no espaço. Assim a adoção de tais ideias nos projetos atuais são de grande incentivo para a apropriação do espaço urbano.
Dittmar em ( 2006 ) configurou as áreas de vazios urbanos como os de uso onde existe construção, no entanto, encontram-se abandonados. Ou o vazio físico, em que o espaço é dotado de infraestrutura ,mas permanece desocupado. A partir de tais concepções o vazio pode ser divididos em três tipologias: remanescente urbano, área ociosa e espaço residual. 01
VAZIO DE USO Remanescente^ Urbano^ espaço abandonados descontinuidades e rupturas remanescente de reconfigurações urbanas espaço em mutação
Não-lugar é o conceito proposto por Marc Augé em 1994 , sendo este nada mais do que espaços efémeros e transitórios como os supermercados, aeroportos, hotéis, autoestradas, entre outros. O autor define não-lugar , como espaços que não estabelece relação de identidade individual, ou seja, não existe a relação de cada individuo com o lugar e consigo próprio. Sem a existência de referencia com as quais os indivíduos possam se identificar e partilhar com os outros. São lugares que embora partilhado por muitos ,promovem uma verdadeira individualização social. Sendo isso reflexo de uma sociedade instável , caracterizada pela circulação, pelo consumo e pela comunicação. Adaptados a uma atualidade de espaços com o caráter temporário , espaços fluidos e de fluxos. 01 “Espaços onde coexistimos ou coabitamos sem vivermos juntos, onde o estatuto de consumidor ou de passageiro solitário passa por uma relação contratual com a sociedade. Estes não-lugares empíricos (e as atitudes de espírito, as relações com o mundo que suscitam) são características do estado de sobremodernidade definido por oposição à modernidade”(MARC AUGE,
01 Os espaços livres podem ser entendidos como aqueles formados pela ausência de construção como por exemplo ruas ,parques e praças. Importantes para a articulação da cidade estes se projetados com qualidade favorecem o convívio social e amenizam o ambiente urbano. Ao estabelecer espaços públicos de permanência a vida urbana se torna mais dinâmica o que possibilita a segurança , senso de pertencimento com o lugar e a apropriação da cidade.
4 .DIAGNÓSTICO DA ÁREA DE ESTUDO