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PROJETO DE PESQUISA: CÂNCER DE MAMA
Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas
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Setor de Ciências Sociais Aplicadas Unidade Universitária de Guarapuava – Extensão em Laranjeiras do Sul
Laranjeiras do Sul, 2010
1. Introdução
O projeto de pesquisa realizado tem como ênfase mostrar informações sobre o Câncer de Mama, um mal que atinge milhares de mulheres e, mais raramente, homens, em todo o mundo. Câncer é o nome dado a um conjunto de mais de cem (100) doenças que tem em comum o crescimento rápido e desordenado do número de células, podendo se espalhar para outras partes do corpo. Os diferentes tipos de câncer correspondem aos vários tipos de células do corpo. Outra característica que diferencia os diversos tipos de câncer entre si, são as velocidades de multiplicação das células e a capacidade de invadirem tecidos e órgãos vizinhos ou distantes. O Câncer de Mama propriamente dito é um tumor maligno, ou seja, é originado por uma multiplicação exagerada e desordenada de células, que formam um tumor. O tumor é maligno quando suas células têm a capacidade de originar metástases, ou seja, invadir outras células sadias à sua volta, originando novos tumores. Já os tumores benignos não possuem essa capacidade. Eles possuem um crescimento mais lento, não ultrapassando certo tamanho, além de não se espalharem por outros órgãos. Os tumores benignos não se transformam em câncer. Os tipos de Câncer de Mama são:
O assunto e o tema foram estabelecidos devido à necessidade de realizar um melhor estudo, alcançar uma melhor clareza e distinções mais precisas, desenvolvimento e observação de fatos ocorridos, levantamento de hipóteses e suspeitas, a fim de solucionar com qualidade os problemas levantados sobre o assunto Câncer de Mama. O título foi escolhido a partir de observações no objetivo a ser estudado, por ser uma questão social mundial, de interesse de todos e, principalmente, de todas.
2.1 Assunto
O assunto estudado baseia-se em uma questão de interesse mundial, pois trata de saúde. Câncer de Mama é, infelizmente, um tema pouco abordado, pois há muita falta de informação sobre esse assunto. A escolha do mesmo fundamentou-se nos critérios básicos exigidos para se ter um tema de qualidade para ser explanado e estudado. Dentre esses critérios pode-se levar em consideração a facilidade de ser tratado como forma de pesquisa, da contribuição que pode oferecer para a sociedade, entre outros.
2.2 Tema
Está voltada em abordar com clareza o Câncer de Mama de uma forma geral, particularizando-se na falta de campanha, de prevenção, de informação e, até mesmo, de médicos especializados nessa área. Trata-se de um tema que é de interesse de todos, pois cada nova informação que se tem sobre esse assunto, esclarece muitas coisas para a prevenção de cada pessoa.
3. Problema
O problema abordado especifica-se na falta de informação da população sobre o Câncer de Mama. O que realmente as pessoas sabem ou o que elas pensam que sabem sobre esse assunto que é tão amplo. Quais são os métodos de prevenção? As pessoas, geralmente, nem sabem que o Câncer de Mama pode ser evitado tomando alguns cuidados básicos para com a sua saúde.
Estão sujeitas a ter Câncer de Mama mulheres que usam contraceptivos orais de dosagens elevadas de estrogênio, que fizeram uso da medicação por longo período e as que usaram anticoncepcional em idade precoce, antes da primeira gravidez. O INCA não estimula o autoexame das mamas como método isolado de detecção precoce do Câncer de Mama. A recomendação é que o exame das mamas pela própria mulher faça parte das ações de educação para a saúde que completem o conhecimento do próprio corpo.
3.1.3 Quais são os sintomas
Os sintomas palpáveis são os nódulos ou tumor no seio, acompanhado ou não de dor mamaria. Podem surgir alterações na pele que recobre a mama como abaulamentos, retrações ou um aspecto semelhante à casca de uma laranja, enrugamentos, ou elevação da pele em uma área do seio, inclusive no mamilo. Secreção no mamilo, mudança do tamanho ou formato do seio, nódulos palpáveis na axila, inchaço significativo ou distorção da pele e/ ou mucosas, alteração na coloração ou na sensibilidade da pele da mama ou da aréola, também são sinais de alerta.
3.1.4 Como é diagnosticado
O melhor meio para se diagnosticar o Câncer de Mama é a mamografia, que é capaz de detectar o tumor antes mesmo que ele se torne palpável. A partir do momento que tiver idade para ter exames ginecológicos, as pessoas devem fazer um auto-exame mensal (é um método onde a própria mulher faz um exame visual e de palpação na frente do espelho. Este exame deve ser feito aproximadamente sete dias após cada menstruação, ou, se a mulher não menstrua mais, pelo menos uma vez por mês em qualquer época), fazer exame médico anual a (mamografia), a partir dos 40 anos de idade. A cada seis meses, a mulher deve se submeter a um exame de rotina com o ginecologista, se tiver alguma dúvida ou suspeita, deverá encaminhá-la ao mastologista, que é um médico especializado em doenças das mamas. Quando o diagnostico é feito no início as chances de cura se tornam muito maiores, não ocorrendo a retirada da mama, inclusive.
3.1.5 Como é tratado
Se um nódulo do seio é cancerígeno, a decisão para o tratamento é baseada no tipo e no tamanho do câncer e se ele estendeu-se para o nódulo ou para outras partes do corpo. A cirurgia para o tratamento do Câncer de Mama pode ser conservadora ou radical. Quando retira apenas uma parte da mama ela é conservadora (quadrantectomia), e radical quando retira toda a mama. O tipo de cirurgia varia de caso para caso. No caso da retirada parcial, a cirurgia deverá ser complementada pela radioterapia. A radioterapia é um tratamento à base de aplicação de radiação direcionada ao tumor ou ao local deste e tem por objetivo, se antes da operação, reduzir o tamanho do tumor, e se após, evitar a volta da doença. A radiação bloqueia o crescimento das células, e deve ser utilizada apenas na área afetada, evitando atingir o tecido normal. As aplicações duram cerca de 15 minutos e devem ser feitas diariamente, variando de 25 a 30 aplicações. O tratamento não apresenta complicações. O local das aplicações adquire uma coloração parecida com a de uma queimadura de sol. Outro tratamento utilizado nos casos de câncer é a quimioterapia. A quimioterapia é o uso de medicamentos extremamente potentes no tratamento do câncer. É usado para completar a cirurgia, podendo começar antes ou após a operação. Ao contrário da cirurgia e da radioterapia que tem efeito local, a quimioterapia age em todo o corpo, visando evitar a volta do tumor e o aparecimento em outros órgãos. A quimioterapia age sobre as células que tem crescimento e multiplicação acelerados, como as do câncer. Outro procedimento que pode ser útil é a harmonioterapia. Durante muitos anos acreditou-se que o surgimento do Câncer de Mama tivesse intima relação com os hormônios femininos, em especial os estrogênios. Hoje se sabe que nem sempre isso ocorre. Por isso é feito um exame para averiguar a utilidade ou não desse tratamento. O exame consiste na medição na dosagem dos receptores de estrogênios das células do tumor. De acordo com o resultado avalia-se a necessidade ou não da harmonioterapia, que consiste na ingestão de um a dois comprimidos por dia durante não menos que dois anos.
4. Objetivo
4.1. Objetivo Geral
Como já foi apresentado o problema, que é a falta de informação das pessoas sobre o Câncer de Mama, foi elaborado hipóteses que servirão de apoio para se chegar à melhor resolução desse problema.
6.1 Autoexame
Durante muito tempo, as campanhas de conscientização para o Câncer de Mama divulgaram a ideia de que o autoexame das mamas, baseado na palpação, era a melhor forma para detectá-lo precocemente. Mas o tempo passou, a medicina evoluiu e as recomendações mudaram. O autoexame continua sendo importante, mas de forma secundária. Quando o tumor atinge o tamanho suficiente para ser palpado, já não esta no estágio inicial, e as chances de cura não são máximas. Infelizmente, ainda há muita desinformação no Brasil. Uma pesquisa realizada em 2008 pelo Datafolha a pedido da Femana revelou que 82% das mulheres acham que o autoexame é a principal forma se diagnostico precoce. Apenas 35% apontaram a mamografia.
6.2 Desigualdade Social
O Brasil é um país de desigualdades, que se destaca mais na área de saúde. O acesso a mamografia é um infeliz exemplo. O número de brasileiras que realizam o exame anualmente ainda é muito baixo, as que dispõem de plano de saúde privados tem mais facilidade, mas representam uma pequena parcela da população. A grande maioria depende do Sistema Único de Saúde (SUS), em que as dificuldades são bem conhecidas, havendo muitas diferenças de região para região. Até recentemente, o Ministério da Saúde recomendava que a mamografia anual fosse realizada, pelo SUS, a partir dos 50 anos. Mas esse limite de idade mudou com a Lei Federal n° 11.664/2008, em vigor desde 29 de abril de 2009, garantindo o beneficio a partir dos 40 anos. No entanto, essa conquista precisa ser posta em prática, e sem a pressão da sociedade isso pode levar muito tempo, pois são conhecidos os problemas de infraestrutura e de profissionais especializados para atender a essa demanda.
6.3 Detecção Precoce
Um outro problema relacionado a falta de informação e ao Câncer de Mama, é a detecção precoce, devido a má qualidade das mamografias feitas no país. O INCA realizou uma pesquisa, onde 77% dos exames foram rejeitados por problemas técnicos relacionados à má qualidade da imagem, ao posicionamento incorreto dos equipamentos. O resultado é um grande número de mamografias que precisam ser refeitas.
7. Metodologia
O método utilizado foi baseado na estatística e coleta de dados, que serviram de apoio ao estudo realizado. Foram coletados números junto à Secretaria Municipal de Saúde e alguns hospitais de Laranjeiras do Sul, cujos dados indicam o crescente número de casos do câncer no município. A partir do método estatístico foi permitido utilizar o método observacional, onde foram realizadas observações sobre as informações prestadas, cujas informações foram fundamentais para a realização das hipóteses e alcançar melhor resolução do problema abordado.
8. Delimitação do Universo
Através do assunto generalizado Câncer de Mama, foi procurado delimitar as informações através de dados de grande importância ao estudo efetuado. Os números foram coletados na Secretaria Municipal de Saúde de Laranjeiras do Sul.
8.1 Mulheres diagnosticadas em Laranjeiras do Sul
No período de Janeiro à Setembro de 2010, foram diagnosticadas 10(dez) mulheres no município, sendo que todas essas mulheres estão em tratamento.
os hospitais, isso em todo o país, porque de nada adianta fazer isso em uma cidade ou um estado, sendo que essa doença atinge homens e mulheres no mundo todo.
10. Anexos
1- Qual a faixa etária que mais procura fazer exame?
30 a 35 anos 35 a 40 anos 40 a 45 anos 45 a 50 anos acima de 50 anos
2- Qual a faixa etária que mais são diagnosticadas?
30 a 35 anos 35 a 40 anos 40 a 45 anos 45 a 50 anos acima de 50 anos
3- Quem tem antecedentes na família corre maior risco de ter o câncer de mama?
SIM NÃO
4- Qual a idade certa para começar a fazer o auto-exame e exames específicos?
30 a 35 anos 35 a 40 anos 40 a 45 anos 45 a 50 anos acima de 50 anos
5- Em média quantas mulheres são diagnosticadas com câncer por mês?
Abaixo de 5 10 mulheres 10 a 15 15 a 20 acima de 20 mulheres
6- E por ano?
Abaixo de 5 10 mulheres 10 a 15 15 a 20 acima de 20 mulheres
7- Mulheres diagnosticadas, são tratadas no município?
SIM NÃO OUTRA
8- Se não , em qual Cidade?
9- Em caso de deslocamentos para outro município, quem paga a viagem?( Em caso do SUS)
Paciente Municipio Governo Paciente/Município Paciente/Governo
10- Quantas mulheres já foram diagnosticadas?
Abaixo de 5 10 mulheres 10 a 15 15 a 20 acima de 20 mulheres
11- Quantas já foram tratadas?
Abaixo de 5 10 mulheres 10 a 15 15 a 20 acima de 20 mulheres
12- Quantos casos obtiveram cura?
Abaixo de 5 10 mulheres 10 a 15 15 a 20 acima de 20 mulheres
13- Quantos casos diagnosticados acabaram em obto?
10.2.1 Quitação do Financiamento da Casa Própria
Terá direito à quitação de parcelas de um imóvel financiado, o proprietário que comprovar invalidez total ou permanente causada por acidente ou doença (câncer) e estiver incapacitado para o trabalho. A quitação do imóvel só ocorre se a doença que incapacitou o proprietário for adquirida após a assinatura do contrato de compra e o valor a ser quitado é correspondente ao valor da renda que o paciente deu para o financiamento, terá seu imóvel totalmente quitado.
10.2.2 Saque do PIS
O PIS poderá ser retirado na Caixa Econômica Federal pelo trabalhador cadastrado que tiver câncer ou que possuir dependente portador da Neoplasia Maligna. O trabalhador poderá receber o total das quotas depositadas. Caso o PIS não esteja cadastrado na Caixa Econômica Federal, o trabalhador deverá verificar junto ao Banco do Brasil.
10.2.3 Saque do FGTS
Pacientes portadores de câncer poderão realizar o saque do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) junto à Caixa Econômica Federal, podendo receber o saldo de todas as suas contas, inclusive a do atual contrato de trabalho. O trabalhador que possuir um dependente com câncer também terá direito ao saque desde que o paciente esteja registrado como dependente no INSS ou no Imposto de Renda.
10.2.4 Renda Mensal Vitalícia / Amparo Assistencial ao Deficiente e Idoso
O doente que apresentar deficiência ou o idoso com mais de 65 anos de idade tem direito a uma renda mensal vitalícia de um salário mínimo, desde que: O total da renda mensal de sua família, dividido pelos integrantes, seja menor que ¼ (um quarto) do salário mínimo vigente;
O deficiente ou o idoso não esteja vinculado à previdência social; O deficiente ou o idoso não receba nenhum benefício. O paciente com câncer tem direito ao benefício desde que se enquadre nos critérios acima ou na condição de deficiência, comprovando por laudo médico e realizando a perícia no INSS. É considerado doente portador de deficiência aquele que está incapacitado para o trabalho ou é dependente (a criança deficiente também tem direito ao benefício). Este benefício independe de contribuição ao INSS.
10.2.5 Auxílio-Doença
Terá direito ao auxílio-doença o trabalhador com carteira de trabalho assinada (que tenha inscrição no Regime Geral de Previdência Social – INSS) e que ficar afastado de suas atividades por um período superior a 15 dias consecutivos. Não existe carência para requerer o auxílio-doença em casos de Neoplasia Maligna. Os primeiros 15 dias de afastamento por motivo de doença serão pagos pela empresa, devendo o trabalhador em seguida encaminhar a documentação devida ao INSS.
10.2.6 Isenção do Imposto de Renda (IR) na Aposentadoria
O aposentado com câncer tem direito a isenção do IR mesmo que a doença tenha sido identificada após a aposentadoria. Depois de solicitado a isenção junto ao órgão que paga sua aposentadoria, através de requerimento protocolado e realização de perícia médica, a isenção será automática após a aprovação do pedido.
10.2.7 Aposentadoria por Invalidez
O trabalhador assalariado que não puder mais garantir seu sustento devido a problemas ocasionados por sua doença, tem direito a requerer a aposentadoria por invalidez, que só é garantida às pessoas que realmente estão incapacitadas ao trabalho, de acordo com a avaliação da perícia médica do INSS.
02 Gráfi co – Cânc er de Mam a no Brasi l, No Para ná e em Curit iba.
03 Gráfico – Taxas de Mortalidade por Região Brasileira.
04 Gráfico – Câncer de Mama – Percentual Anual Estimada - Brasil
