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Tipologia: Notas de estudo
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Psicologia Aplicada à Enfermagem
História da Psicologia
A primeira ciência que se conhece desde as épocas mais remotas é a filosofia. Esta ciência tem por objetivo a reflexão, o questionamento, a crítica, a fim de obter da inteligência a sabedoria.
A psicologia é uma ciência comprovada que tem suas origens na filosofia.
Tem-se afirmado que a psicologia é uma ciência com um longo passado, mas com uma curta história, pois os povos desde a antiguidade sempre manifestaram a preocupação com os problemas da alma e da vida humana. Vários pesquisadores afirmam que o primeiro manual de psicologia vem da Grécia (390 A.C.), onde Aristóteles escreveu sobre a alma. È sua a tese de que o todo vem antes das partes e é, portanto mais que a somatória das suas partes. Outros filósofos e cientistas marcaram sua importância como Santo Agostinho em 354 (método da auto-observação e o da descrição da experiência interior), John Looke (papel das impressões sensoriais no desenvolvimento das experiências), etc.
No século XIX, com o desenvolvimento do capitalismo, destaca-se o papel da ciência, e seu avanço torna-se necessário para dar respostas e soluções praticas no campo da técnica industrial. O conhecimento torna-se independente da fé, a racionalidade do homem aparece. A noção da verdade passa a contar com o aval da ciência. Os problemas e temas da psicologia passam a serem investigados pela fisiologia e neurofisiologia, pois era necessário compreender o funcionamento da maquina de pensar humana: o cérebro.
A partir daí, a psicologia passa a definir seus objetos de estudo, delimitar seu campo, formular métodos e teorias.
Surgem as primeiras escolas de psicologia:
-Funcionalismo: procura compreender como funciona a consciência através do seu modo de adaptar-se ao meio;
-Estruturalismo: procura entender a consciência através do sistema nervoso central;
-Associacionismo: todo o comportamento tende a se repetir, se nos o recompensamos assim que nos o emitimos.
PRINCIPAIS TEORIAS DO SECULO 20
Behaviorismo: Comportamento -afirma que a única fonte de dados sobre o ser humano era o seu comportamento, o que as pessoas faziam e o que diziam. Esta concepção valorizou os experimentos com animais, cujo comportamento mais simples facilita a investigação e possibilita conclusões transponíveis para seres humanos. O condicionamento era a base para explicar toda a aprendizagem. O ambiente tinha papel primordial na formação da personalidade.
Gestalt: Esta linha afirmava que as outras linhas tinham o individuo como um ser passivo. Para esta linha o todo e mais do que a soma das partes.
Psicanálise: É a linha mais conhecida pelo publico, apesar de não ser compreendida. Quem fundou esta linha foi um medico alemão chamado Sigmund Freud. Insatisfeito com os tratamentos para tratar desordens mentais, passou a investigar as origens mentais dos comportamentos. Divulgou a motivação para o comportamento, a importância da primeira infância na formação da personalidade, deu grande ênfase à sexualidade do individuo o que gerou grande polemica na época.
Esta abordagem explicou o comportamento humano de forma radicalmente diversa das demais. Pela ausência de experimentação, costumam ser rejeitadas pelos cientistas de laboratório, mas o clinico tende a apoiá-la.
Humanismo: É um movimento mais recente em psicologia. Enfatiza a necessidade de estudar o homem e não os animais, os indivíduos normais psicologicamente e não os perturbados.
Enquanto área de conhecimento, a psicologia está relacionada com os diferentes fatores de natureza política, social, cultural e científica, pois para compreender o ser humano é necessário conhecer o meio em que ele está inserido, sua problemática, valores, tradições e história. Não devemos esquecer o fato de que o ser humano está em permanente movimento e transformação.
A psicologia está inserida nas mais diferentes áreas do saber como a médica, a educacional, a social, lazer, segurança, trabalho, justiça, comunidade, comunicação, ambiente, etc. têm por objetivo conhecer o ser humano individualmente e em grupo visando encontrar meios para ele viver de forma equilibrada nas mais diversas situações, desenvolver seus potenciais, prevenir possíveis problemas e auxiliando o relacionamento humano.
A psicologia estuda nossa mente, nossas emoções, ações, sentimentos, relacionamentos, etc.
Como e por que agimos de determinada forma nas diferentes situações.
O que nos influencia; nada se perde e nada é por acaso. Tudo se transforma em dados para entendermos o indivíduo.
A psicologia é uma ciência biopsicossocial.
Para a psicologia o individuo é compreendido como um todo – corpo – mente-espírito.
Segundo Freud, a personalidade é composta por três grandes sistemas: o id, o ego e o superego. a. ID – É de origem orgânica e hereditária. Apresenta a forma de instintos inconscientes que impulsionam o organismo. Há duas formas de instintos: o da vida, tais como fome, sede, sexo, etc.; e os da morte, que representam a forma de agressão. O id não tolera tensão e utiliza o prazer para descarregá-la. b. EGO – O ego opera pelo princípio da realidade, isto é pelo que a nossa realidade considera correta. Para satisfazer o id, o ego pensa, percebe, planeja, decidi. c. SUPEREGO – É o representante das normas e valores sociais que foram transmitidas pelos pais através de castigos e recompensas impostos á criança. As principais funções do superego são: inibir os impulsos do id (principalmente os de natureza agressiva e sexual) e lutar pela perfeição. b. o componente psicológico e o superego o componente social. De maneira geral, o id é considerado o componente biológico da personalidade, o ego O comportamento do adulto normal é o resultado da interação recíproca dos três sistemas, pelo equilíbrio do organismo.
Nível de Consciência Para Freud um conteúdo mental pode estar em um dos três níveis de consciência: consciente, préconsciente e inconsciente.
Consciente – inclui tudo aquilo que estamos conscientes em um determinado tempo. Préconsciente (ou subconsciente) – se constitui nas memórias que podem se tornar acessíveis a qualquer momento para o perfeito funcionamento da mente. Inconsciente – são elementos instintivos e material reprimido, inacessíveis á consciência e que podem vir à tona num sonho, num ato falho. O tempo não altera tudo o que está guardado no inconsciente.
SONHOS
A análise dos sonhos e dos atos falhos também pode ser considerada métodos da teoria psicanalítica, constituindo-se em rica fonte de informações sobre a dinâmica da personalidade.
TEMPERAMENTO, CARATER E PERSONALIDADE.
Temperamento, personalidade e caráter, são palavras utilizadas com freqüência desde a antiguidade. Porém, seus significados quase sempre são confusos e/ou utilizados de forma errônea.
Temperamento
Há cerca de 2500 anos, Hipócrates, considerado o pai da Medicina, classificou o temperamento da espécie humana em quatro tipos básicos:
-Sangüíneo, típico de pessoas de humor variado; -Melancólico, característico de pessoas tristes e sonhadoras; -Colérico, peculiar de pessoas cujo humor se caracteriza por um desejo forte e sentimentos impulsivos, com predominância da bile; -Fleumático, encontrado em pessoas lentas e apáticas, de sangue frio.
A palavra temperamento tem sua origem do latim. Representa a peculiaridade e intensidade individual dos afetos psíquicos e da estrutura dominante de humor e motivação.
Atualmente, o que mais se aceita a respeito do temperamento é que certas características são decorrentes de processos fisiológicos do sistema linfático, bem como a ação endócrina de certos hormônios. Assim, pode-se explicar a genética e a interferência do meio sobre o temperamento de cada pessoa. Então, poderíamos definir temperamento como sendo uma disposição inata e particular de cada pessoa, pronta a reagir aos estímulos ambientais; é a maneira de ser e agir da pessoa, geneticamente determinada; é o aspecto somático da personalidade.
O temperamento pode ser transmitido de pais para filhos, porém, não é aprendido, nem pode ser educado; apenas pode ser abrandado em sua maneira de ser, o que é feito pelo caráter.
Caráter
De acordo com Reich (1995), o caráter é o conjunto de reações e hábitos de comportamento que vão sendo adquiridos ao longo da vida e que especificam o modo individual de cada pessoa. Portanto, o caráter é composto das atitudes habituais de uma pessoa e de seu padrão consistente de respostas para várias situações. Incluem aqui as atitudes e valores conscientes, o estilo de comportamento (timidez, agressividade e assim por diante) e as atitudes físicas (postura, hábitos de manutenção e movimentação do corpo). É a forma com que a pessoa se mostra ao mundo, com seu temperamento e sua personalidade.
É por meio do caráter que a personalidade do indivíduo se manifesta. Portanto, conhecer o caráter de uma pessoa significa conhecer os traços essenciais que determinam o conjunto de seus atos.
Desde o momento da fecundação, todas as informações genéticas do pai e da mãe passam ao novo bebê, constituindo o seu temperamento. Ainda na gestação, o bebê apreende todos os estímulos provindos do meio. Sente e sofre com qualquer alteração sofrida pela mãe durante a gestação e gradativamente, vai incorporando esses estímulos e organizando-os em seu mundo interno, que já estão contribuindo para a formação de sua personalidade. Os possíveis comprometimentos que por ventura irá ter ao longo das etapas de desenvolvimento, irão determinar as suas forma de agir e reagir perante a vida, constituindo assim, o seu caráter.
Então, cada pessoa assumirá uma forma definida de funcionamento, padrão típico de agir frente às mais inusitadas situações. Como exemplo, podemos pensar numa sala de aula cheia de alunos, onde, sem ninguém esperar, entra um bandido armado. É provável que todos se assustem, porém, cada qual irá reagir com base em sua estrutura de caráter. Alguns desmaiam de medo; outros têm diarréia, sono, taquicardia, sudorese; encontramos também aqueles que querem persuadir o bandido; os que tentam seduzi-lo; os que procuram enfrentá-lo, mesmo ele estando armado. E assim, uma sucessão de comportamentos irá aparecer perante a mesma situação.
de todos os seus traços de personalidade. O que diferencia uma pessoa da outra é a amplitude e intensidade com que cada traço é vivido. Por convenção, o diagnóstico só deve ser dado a adultos, ou no final da adolescência, pois a personalidade só está completa nessa época, na maioria das vezes. Os diagnósticos de distúrbios de conduta na adolescência e pré-adolescência são outros.
A Importância da Vida Afetiva
Situações, sentimentos e lembranças representam algo diferente para diferente pessoas, por causa das nossas diferentes percepções. A perda de um ente querido, por exemplo costuma ser algo ruim para todos, mas mesmo assim representará algo diferente para cada um. Na verdade mais importante que a própria realidade é a representação dos fatos dessa realidade. Afeto é qualquer estado que engloba sentimento e emoção, ou seja, é um conjunto de estímulos que chegam ao nosso mundo interior e recebem significados. Os dois afetos básicos são: amor e ódio. São nossos afetos que dão colorido a nossa vida e expressam nossos desejos, sonhos, fantasias, medos. Conflitos, passado, presente e futuro. São nossos afetos que determinam nosso comportamento. Sentimento é um estado afetivo complexo e duradouro, ligado a certas emoções ou representações. As vivências produzem sentimentos no ser humano, que se manifestam de forma diferente em cada um, que variam de acordo com a sensibilidade, ansiedade, temperamento, raiva, etc. A emoção é um estado de excitação física e psíquica acompanhadas de breves reações em resposta a um acontecimento inesperado. Elas podem ser positivas e negativas, dependendo de como ocorre, o momento em que acontecem e o modo como chegam a ser decodificadas de acordo com as experiências das pessoas. Algumas emoções podem ser vistas como positivas e negativas como o choro, riso, etc. Em toda conduta, nunca há uma ação puramente intelectual, assim como não há atos que sejam puramente afetivos
ANSIEDADE
Um dos maiores problemas da mente é encontrar meios para resolver ou amenizar a ansiedade. A ansiedade é um aumento esperado ou previsto de tensão e pode aparecer em uma situação real ou imaginária. A ansiedade é uma sensação que se manifesta através de vários sintomas, fazem parte da vida de muitas pessoas, principalmente moradoras os centros urbanos. Sintomas Físicos – falta de ar, taquicardia, nervosismo, suores, problemas digestivos (prisão de ventre, enjôos, gases), fome exagerada, falta de apetite, etc. Esses sintomas indicam que seu emocional não esta bem, portanto não adianta tratar as causas emocionais que geram esta ansiedade. Sintomas Psicológicos – medos sem sentido, sentimento exagerado de irritação, ingestão exagerada de bebidas alcoólicas ou calmantes, mania de perfeição, medo de críticas, medo de errar, sentimentos de inveja, etc.
O QUE DEVEMOS FAZER?
Aprender a lidar positivamente com nossas ansiedades, não mascarando nossos sentimentos, mas tentando entender as causas deles.
Se a ansiedade não for entendida, resolvida ou descarregada, poderá ameaçar o corpo e a mente através da negação ou deformação da situação e a isso damos o nome de Mecanismo de Defesa.
Todos os mecanismos de defesa podem ser encontrados em pessoas saudáveis, e sua presença excessiva é, via de regra, indicação de possíveis problemas neuróticos.
Repressão: afasta da consciência uma idéia que provoca ansiedade, contudo o material reprimido continua fazendo parte da mente, exigindo grande quantidade de energia para mantê-lo assim. Ex.: doenças psicossomáticas. As fobias e impotência ou a frigidez derivem de sentimentos reprimidos.
Negação: é a tentativa de não aceitar na consciência algum fato que perturba o ego. Os adultos têm a tendência de fantasiar que certos acontecimentos não são, de fato, do jeito que são, ou que na verdade nunca aconteceram. A notável capacidade de lembrar-se incorretamente de fatos é a forma de negação encontrada com maior freqüência.
Racionalização: é o processo de achar motivos lógicos e racionais aceitáveis para pensamentos e ações inaceitáveis.
Formação Reativa: inversão clara e em geral inconsciente, do verdadeiro desejo. Como outros mecanismos de defesa, as formações reativas são desenvolvidas, em primeiro lugar na infância.
Projeção: é o ato de atribuir a uma pessoa, animal ou objeto, as qualidades, sentimentos ou intenções que se originam em si próprio.
Regressão: é um retorno a um nível do desenvolvimento anterior ou a um modo de expressão mais simples ou mais infantil.
Sublimação: a energia a impulsos e instintos constrangedores é, canalizada para atividades socialmente reconhecidas.
Deslocamento: é um mecanismo psicológico de defesa onde a pessoa atribui sua intenção para outra mais aceita socialmente.
Fantasia: satisfação ilusória para desejos que não se podem realizar. Em dose exagerada a pessoa pode se desviar da realidade, acostumando-se a um mundo irreal, sentindo dificuldades de viver sua realidade.
Fuga: o indivíduo não procura obter satisfação de suas necessidades, pois ele se recusa a participar de qualquer situação que possa provocar fracasso. Quando somos submetidos constantes frustrações, aprendemos a encarar tudo pelo lado negativo e a esperar o pior. As formas mais comuns de fuga são o isolamento, a fantasia e a timidez. Pessoas que possuem um complexo de inferioridade podem desenvolver este mecanismo de defesa por não se acharem capazes. A fuga também está presente no alcoolismo, no uso de drogas e até mesmo na ingestão de doces ou alimentos.
Os sintomas também variam de pessoa para pessoa, e podem ser: irritabilidade, ansiedade excessiva, insônia ou excesso de sono, dores de cabeça e nas costas, fraqueza, cansaço constante, dificuldade de concentração, perda ou excesso de apetite, falhas de memória, alterações repentinas no estado emocional (agressividade), fobias, diminuição da criatividade, perda de interesse sexual, dificuldades de digestão, maior vulnerabilidade ás doenças.
Conseqüências fisiológicas do excesso de estresse:
Males menores: taquicardia, gastrite, alergias e problemas respiratórios; Males maiores: ataque cardíaco, derrame cerebral ou outros distúrbios fatais;
Conseqüências emocionais do excesso de estresse :
Aumento das tensões físicas e psicológicas; Aumento da hipocondria; Mudanças nos traços de personalidade; Enfraquecem as restrições de ordem moral e emocional; Depressão e sensação de desamparo; Auto-estima diminui de forma aguda.
Tratamento: exercícios físicos, técnicas de autocontrole e relaxamento; alimentação equilibrada; tratamento psicológico específico.
Prevenção: Aprender a administrar o tempo; juntar as pessoas agradáveis; praticar diariamente técnicas de relaxamento; fazer algum tipo de exercício aeróbico; não permitir que o trabalho domine toda a sua vida reduzir seu peso se este o incomoda mantendo-o num nível agradável; preservar suas liberdades pessoais; encontrar tempo todos os dias para ficar sozinho e pensar; ter um ou mais passatempos relaxantes; abrir- se a novas experiências, reduzir ou eliminar o hábito de ver tv.
NEUROSE
A neurose é um conjunto de conflitos, que conduzem a uma inibição das condutas sociais. É a intermediária entre a normalidade e a psicose. A pessoa neurótica tenta superar seus conflitos e ansiedades usando mecanismos inadequados. Ex. mania de limpeza, objetos que quando utilizados dão sorte, etc.
A neurose se manifesta por muitos sintomas, onde os mais comuns são os seguintes:
Estado de Angustia – são momentos de inquietação, ansiedade na qual a pessoa fica em alerta psíquico diante de uma ameaça indeterminada (algumas vezes não sabe explicar porquê está sentindo tal sensação).
Hipocondria – é uma doença imaginária, em que a pessoa numa solução de fuga, acha- se doente e torna-se doente;
Histeria – envolve conflitos, onde a pessoa sem saída produz comportamentos descontrolados ou com sintomas de doença (cegueira, paralisia, etc.).
Fobia – é um medo irracional, que substitui o medo real.
A organização de todo o grupo de trabalho envolve também o estabelecimento de canais de comunicação entre seus membros. Esses canais dizem respeito a maneira como as pessoas se comunicam dentro da equipe, ou seja, o modo como manifestam suas opiniões e são ouvidas pela equipe.
Devemos lembrar-nos que a comunicação não se limita a palavras faladas ou escritas, mas sim através da comunicação não-verbal. Além destas existe também a comunicação formal e nãoformal. Muitas vezes colhemos informações fundamentais informalmente, através de uma conversa durante o banho, o curativo, com o familiar na sala de espera, etc..
Todos os membros da equipe devem ter assegurado o direito de participar do processo de divulgação da informação. Em um hospital, por exemplo, cada profissional deve ser incentivado a escrever no prontuário do paciente e a ler o que os outros companheiros escrevem, compartilhando com a equipe a sua experiência e tomando conhecimento das impressões dos colegas.
Um grupo de profissionais integrado, no qual todos se sintam igualmente importantes, produzindo e recebendo informação, fazendo parte da rede de comunicação, traz maior satisfação e em conseqüência, melhor participação no cotidiano de trabalho.
Linguagem Verbal – as dificuldades de comunicação ocorrem quando as palavras têm graus distintos de abstração e variedade de sentido. O significado das palavras não esta nelas mesmas, mas nas pessoas que as ouvem.
Linguagem Não Verbal – as pessoas não se comunicam apenas por palavras. Os movimentos faciais e corporais, os gestos, os olhares, a entoação da voz também são importantes elementos de comunicação. Os significados de gestos e comportamentos variam muito de uma cultura para outro e de época para época.
A comunicação verbal e plenamente voluntária; o comportamento não verbal pode ser uma reação involuntária ou um ato comunicativo propositado.
Podemos observar o que uma pessoa esta sentindo ou pensando através de diversas expressões, como: expressão facial; movimento dos olhos; movimento da cabeça; postura e movimentos do corpo; entoação da voz; aparência, etc.
O Trabalho de Equipe
Uma equipe de trabalho constitui-se de vários profissionais, cada um com o seu saber especifico, que muitas vezes atendem individualmente sem a necessidade de obter informações de outros profissionais e em outras situações há profissionais que trabalham em conjunto para a melhor solução de um problema. Na área da saúde é de comprovada importância a utilização dessa segunda equipe para melhor entender o paciente, sua doença e a forma mais eficiente de tratamento.
Equipes Pluridisciplinares: estudo do mesmo objeto por diferentes disciplinas sem que haja convergência de conceitos e métodos. Na área da saúde, o paciente é atendido por deferentes especialistas havendo pouco ou nenhuma troca de informação.
Equipes Transdisciplinares: trabalho coletivo que compartilha conceitos, teorias e abordagens para tratar problemas em comum. A disciplina em si perde seu sentido e não há limites precisos na identidade disciplinar. Esta equipe segundo os especialistas deverá ser a disciplina do futuro. Equipes Interdisciplinares: há um nível de associação entre as disciplinas onde a cooperação entre elas provoca intercâmbios reais, trazendo enriquecimentos mútuos. Ocorre um aprofundamento entre as disciplinas que acaba ou criando uma outra disciplina ou transferindo o método de uma disciplina para outra. Equipes Multidisciplinares: nesse caso as várias disciplinas, os diversos profissionais trocam idéias e informações sobre sua pratica. debatem pontos de vista e complementam os entendimentos sobre o problema em questão. É extremamente difícil o trabalho em equipe. Trabalhar em harmonia e de forma integrada com profissionais de formações diferentes, mesmo quando exige um objetivo em comum, é muito complicado. Nem sempre conseguimos abrir mão de nossas vaidades profissionais ou encarar as inseguranças que temos ao compartilhar com o grupo a nossa forma de atuar. É preciso ter habilidade inter e intrapessoal para que o trabalho tenha bons resultados.
Se todos nos profissionais conseguíssemos superar suas limitações, teríamos um cotidiano criativo e interessante, contribuindo assim para vencer as grandes dificuldades que a área da saúde enfrenta hoje no Brasil.
Podemos dizer que trabalho em equipe é um conjunto de pessoas com habilidade complementares, comprometidas umas com as outras pela missão em comum e com um plano de trabalho bem definido. Reconhece-se a diversidade de conhecimentos e a importância de cada um, já que o paciente é visto como um todo.
É importante que se defina com clareza para todos do grupo, os objetivos individuais e do grupo a ser alcançados, a importância de se construir em conjunto um plano de trabalho e definir as responsabilidades de cada membro; a avaliação constante dos processos e resultados; percepção de que o sucesso e o fracasso de um é de todos; trabalhar as diferenças e conflitos e não eliminá-las; ouvir e considerar as experiências de cada um. Os objetivos devem ser desafios para o grupo alem de estímulos para seus integrantes.
Fazer parte de um grupo e um grande desafio que passa pela mão de todos.
A TRANSDICIPLINARIDADE PARA O BEM DO SER HUMANO
A questão da transdisciplinaridade tem despertado crescente atenção nos últimos tempos. A tendência de atravessar as fronteiras do conhecimento especializado é um dos elementos da perspectiva pós-moderna que se firmou no final do século XX.
Para as ciências humanas, essa tendência é oportuna à medida que o estudo aprofundado dos fenômenos humanos requer uma abordagem de conjunto. Ele supõe que se considere a interface dos aspectos biológicos, psicológicos e socioculturais que compõem a realidade humana, a qual deve, ainda, ser considerada em sua dinâmica de espaço e tempo.
Ou seja, a transdisciplinaridade não é a negação da disciplina: é um avanço para além desta. Nas ciências sociais, temos vários ramos de conhecimento com seus respectivos
O que se observa hoje é um reflexo da forma como foi construindo-se a profissão de enfermagem. Não é de se estranhar que o contingente de trabalhadores na área de enfermagem seja ainda feminino.
Outro fato observável é o grande numero de auxiliares em relação a técnicos, já que se levando em conta o valor diferenciado de salários, é possível a contratação de um maior numero de auxiliares, pois são os que recebem os menores salários. Alem disso, são se pode negar o fato de que em diversos serviços não há uma clara diferenciação entre as atribuições do auxiliar e do técnico em enfermagem.
O auxiliar de enfermagem de hoje, não pode ser imaginado como uma pessoa submissa, cumpridora de escalas, alheio a todo o processo que envolve a doença, o paciente, o hospital, etc.
Mudou-se o olhar sobre a doença. Hoje se busca a saúde. Assim, o auxiliar de enfermagem também se desloca de seu local tradicional, o hospital e se faz presente nas escolas, clubes, empresas, comunidades, etc. Dessa forma, pode-se dizer que houve uma flexibilização do papel do auxiliar de enfermagem, passando a ser um ser critico, consciente, capaz de refletir sobre os limites de sua ação e de intervir em prol do cliente de acordo com os recursos existentes. Para isso, espera-se que ele seja uma pessoa critica, atenta as transformações do mundo moderno, já que conhecer a realidade em que esta inserido é quesito fundamental para que sua intervenção possa ser realmente eficaz. Deve ainda perceber sua co-responsabilidade social a partir do papel que desempenha papel esse que não se resume ao de um simples cuidador, mas de alguém que interage e modifica a realidade através de ações de saúde. A sensibilização para o cuidado em saúde é uma das inúmeras preocupações que o professor / educador tem tido com o graduando dos cursos de enfermagem. Cabe a nós, como educadores, instrumentalizar tecnicamente o aluno para o desenvolvimento de sua habilidade manual, isso não quer dizer, que a técnica em si torna o cuidado sensível (ESPIRIDIÃO & MUNARI, 2004).
A utilização da saúde mental como tema transversal no currículo de Enfermagem já é realidade em algumas escolas no Brasil, pois, apesar da saúde mental constantemente estar associada a práticas que só se desenvolvem em ambientes considerados da psiquiatria, ela pode auxiliar o enfermeiro a desenvolver durante sua prática assistencial uma atitude de responsabilização, preocupação e envolvimento afetivo com o outro.O ser humano é um ser singular em um mundo plural que merece atenção e o enfermeiro merece estar alerta para não cair na ilusão de que o cuidado está atrelado apenas ao corpo, esquecendo que esse sujeito doente é possuidor de vontade, sentimentos e expectativas que não podem ser esquecidas (MONTEIRO, 2003).
Logicamente observamos alunos que desempenham suas atividades com um desvelo digno de apreciação, outros são extremamente hábeis nas tarefas que lhe foram designadas, mas extrapolam para o meio externo dos laboratórios de enfermagem atitudes de distanciamento do sujeito de sua ação, como se estivessem cuidando do boneco no qual aprenderam as técnicas de enfermagem, como, por exemplo, no caso da
administração de medicamentos. Um braço mecânico não sente dor, não tem uma história de vida, não tem pai, nem mãe. É apenas um artefato de ensino, recurso tecnológico imprescindível para o desenvolvimento da habilidade manual.
Para nós a idéia de que o bom enfermeiro é aquele que com os anos de profissão passa a ser ‘frio em suas ações, como se nossa profissão para ser reconhecida deva perder sua humanidade, esquecendo o sofrimento do outro é perversa. Essa atitude se dá segundo ROCHA et al (2003) quando esses agentes do cuidar não se permitem fazer contato com suas sensações, seus sentimentos e emoções. Deixando de lado as dores humanas, o aluno reproduz esse ciclo vicioso e histórico da frieza e distância do enfermeiro, esquece da necessidade de acolher e escutar, da necessidade de aprender a lidar com emoções que são suas, mas, que também são do outro. Quando nos deparamos com essa afirmação, nos perguntamos. Que cuidado é esse? Que ignora o sofrimento de estar doente, a dúvida de não saber o que se tem, a espera pela consulta médica ou pela visita que não chega; o odor da ferida, que mostra à pessoa doente o quanto o nosso corpo é vulnerável. Onde está o cuidado em instalar uma punção venosa sem ao menos dizer o próprio nome, identificando-se como profissional.
Todos esses afetam, a nosso ver a credibilidade do nosso fazer cotidiano, não desmerecendo a necessidade da competência técnica, mas apenas fazendo um alerta para a competência do olhar amoroso em direção ao outro.
A incursão por uma disciplina extremamente técnica como a intitulada em nosso curso de Enfermagem – Bases técnicas da assistência de Enfermagem e, em outras escolas de enfermagem, como Cuidados de acesso ao homem, fundamentos de enfermagem, entre outros; fez-nos lançar um olhar amoroso em relação ao tema. Nossa formação em saúde mental nos ensina, diariamente que não devemos ignorar a dor do outro, nem suas dificuldades, ou diferenças no agir e no pensar. Em contrapartida, observamos e vivenciamos o quanto essas atitudes tão caras à saúde mental em alguns momentos são deixadas de lado por outras áreas consideradas ‘mais técnicas’. O contato com uma disciplina em que, geralmente, a habilidade manual é valorizada em detrimento da necessidade de acolher o outro, (sujeito de nosso cuidado), nos fez desenvolver algumas estratégias de ensino de técnicas de enfermagem utilizando ferramentas teóricas e metodológicas da saúde mental.
Durante a discussão da estratégia destacamos algumas questões que foram levantadas pelos alunos, entre elas;
a. a necessidade do respeito ao outro; b. a humanização do atendimento; c. a falta de preparo do enfermeiro para esse tipo de situação; d. a utilização do termo ‘pacote’ como impessoal desrespeitoso e depreciativo; e. o vínculo com o paciente; f. a necessidade ou não de ser mais ‘frio’ nesse tipo de situação; g. a dúvida se o enfermeiro está pronto para dar a notícia do óbito à família. São questões que apontam para um caminho que os docentes da área devem considerar quando construírem seus planos de ensino. Outras estratégias foram criadas por nós para essa disciplina, considerando sempre que o aluno é fundamental nessa construção e que
troca de melhor prognostico, mas sim uma parte da pessoa que tem uma função e significados específicos. Tal medida requeira um aprendizado para se conviver com a nova situação. Assim, é mais aconselhável tentar entender a sua tristeza e estar disposto a escutá-lo, ao invés de tentar reanimá-lo.
É compreensível um certo desconforto, uma certa estranheza e, muitas vezes, para negar essas sensações, se mantem uma distancia emocional em relação aos pacientes, por meio de uma padronização dos mesmos, que são vistos como iguais, no pior sentido que isso possa ter, no que se refere a perda da identidade.
Todos nos sentimos medo, vergonha, culpa, tristeza, alegria, amor, etc. Nem tudo pode ser explicado pela razão. Sentimentos são para ser sentidos, experimentados, respeitados, para aprendermos a lidar com eles e deforma que possamos nos conhecer e viver melhor.
Um auxiliar de enfermagem sensível, bom observador, conhecedor de suas próprias emoções, limites e possibilidades tem maior chance de maior atuação junto aos clientes.
É importante perceber que cada paciente é único, apesar das tarefas executas serem as mesmas. Isso entendido pode ser um facilitador para ambas as partes, propiciando ao paciente um tratamento mais humanizado e ao profissional um melhor desempenho.
Bibliografia
ESSA – Escola da Saúde
Apostila de enfermagem El Shaday