Psicologia da Saúde, Notas de estudo de Psicologia da saúde

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Psicologia da Saúde

Aula 2-

Definição

Área de atuação da

psicologia da saúde

A psicologia da Saúde

• (^) Não se restringe somente aos ambientes hospitalares
• (^) É utilizada em centros de saúde, programas preventivos, cartilhas explicativas, treinamentos comunitários responsáveis em diagnosticar ou prevenir doenças específicas, políticas de saúde, etiologia e manutenção da saúde.
• (^) De acordo com Taylor (1995) a psicologia da saúde é um campo que estuda as influências psicológicas na saúde, como, por exemplo, quais os fatores responsáveis pelo adoecimento, porque as pessoas são saudáveis ou quais as mudanças de comportamento quando se começa a adoecer.
• (^) Quais as informações são mais eficientes para estimular a adesão de pacientes em programas de utilização de medicamentos para doenças crônicas.

Compreendendo o ser-humano

• (^) O ser-humano deve ser entendido como um todo biológico, estruturado com base em sua herança e experiência individual, relacionando-se com o meio ambiente. Essa experiência se constitui na sua dimensão psicológica e se torna fundamental para examinar as condições que o distinguem em seu funcionamento biológico. (Iñesta,1990,p.17).
• (^) A psicologia da saúde é portanto um campo vasto, que acaba por se inter-relacionar com diversas outras profissões e áreas de atuação.

Áreas de atuação da Psicologia

da saúde

• (^) Segundo Belar (1997), temos os seguintes aspectos dentro da área de psicologia da saúde.
• (^) Condições psicológicas derivadas da doença. (depressão pós-parto, seqüelas psicológicas de derrame cerebral).
• (^) Representações somáticas de disfunções psicológicas (dor no peito em ataques de pânico).
• (^) Desordens psicofisiológicas (dor de cabeça em decorrência de tensão).
• (^) Sintomas físicos em decorrência de intervenções comportamentais (incontinência fecal, náusea antecipatória).

A importância da Psicologia da

saúde

• (^) O trabalho desta área do conhecimento contribui para a diminuição do número de reinternações.
• (^) Proporciona o aumento da qualidade de vida dos pacientes.
• (^) Desenvolvimento de programas funcionais de prevenção de diversas doenças.
• (^) Desenvolver programas de adesão a aspectos relacionados a boa saúde (utilização adequada de medicamentos, avaliações periódicas de saúde, adesão a exercícios físicos, dietas balanceadas, diminuição da ingestão de drogas).
• (^) Podemos concluir portanto que através de programas bem definidos e freqüentemente avaliados, podemos oferecer ganhos, em nível de qualidade e custos ao sistema de saúde vigente.

Psicologia da Saúde e outras

áreas afins

• (^) A psicologia na mídia- Aborda a utilização de drogas, prática de exercícios ou dietas alimentares.
• (^) A psicologia no trânsito- pode auxiliar na reformulação de leis que diminuam os acidentes com vítimas fatais ou com conseqüências graves.
• (^) Outras políticas que podem diminuir as conseqüências de diversos problemas ligados à saúde do ser humano.

Humanização em ambientes

médicos

• (^) Humanização significa a ação ou efeito de humanizar, tornar mais sociável, mais tratável.
• (^) É o desejo de levar em consideração as necessidades verdadeiras do paciente, não sendo unicamente materiais, mas também psicológicas e da personalidade do doente.
• (^) É importante reintroduzir o humano no funcionamento do hospital, não reduzindo o paciente ao papel de uma usina de órgãos danificados, podendo desta forma possibilitar que cada paciente continue vivendo como ser humano.
• (^) Para humanizar o ambiente é preciso desenvolver algumas características (estruturais e pessoais), revelando a individualidade de cada paciente.
• (^) A humanização envolve também os familiares.

Humanização ao longo dos

tempos

• (^) Focalizou o bem-estar do indivíduo, seja o perfeito estado de satisfação física ou moral;
• (^) As condições ambientais envolvidas;
• (^) Condições de tratamento;
• (^) O relacionamento entre as pessoas;
• (^) O termo humanização é bastante amplo e depende sobretudo da concepção e dos valores de cada profissional envolvido no processo de assistência ao paciente hospitalizado.
• (^) A humanização envolve todos os profissionais de saúde.

O psicólogo no hospital

• (^) A atuação do psicólogo no contexto hospitalar é uma das temáticas mais revestidas de polêmicas quando se evocam discussões sobre o papel da psicologia na realidade institucional.
• (^) Os profissionais de saúde possuem funções definidas o que facilita sua atuação.

A despersonalização do paciente

• (^) Ao ser hospitalizado o paciente sofre um processo chamado de despersonalização. Deixa de ter um nome e passa a ser um número ou então alguém que é portador de uma patologia.
• (^) A hospitalização será algo único enquanto vivência, não havendo possibilidade de previsão anterior à sua própria ocorrência.
• (^) Pelo simples estigma “hospitalizado” faz com que a pessoa adquira os signos que irão enquadrá-lo numa nova performance existencial e até mesmo seus vínculos passarão existir a partir desse novo signo.

A situação hospitalar

• A despersonalização do paciente derivada da

fragmentação ocorrida a partir dos diagnósticos cada

vez mais específicos que , além de abordarem a pessoa

em sua amplitude existencial, fazem com que apenas

um determinado sintoma exista naquela vida.

• A situação de hospitalização passa a ser determinante

de muitas situações que irão ser consideradas invasivas

e abusivas na medida em que não se respeita os limites

e imposições dessa pessoa hospitalizada.

A psicologia hospitalar

• Tem como objetivo principal a

minimização do sofrimento provocado pela

hospitalização.

• A atuação do psicólogo no contexto

hospitalar difere dos moldes do setting

terapêutico.

• O processo de hospitalização deve ser

entendido não apenas como processo de

institucionalização hospitalar mas, e

principalmente, como um conjunto de

fatores que decorrem desse processo e

suas implicações na vida do paciente

Finalidade da Psicologia

Hospitalar

• Ajudar o paciente a atravessar a experiência do

adoecimento. Geralmente, a doença chega como um

susto, desarrumando a vida da pessoa e sacudindo sua

subjetividade. É aí que entra em cena o psicólogo se

oferecendo para ajudar o paciente a encontrar uma

resposta para esta pergunta. Enquanto a medicina

objetiva curar a doença, a psicologia hospitalar busca

reposicionar o sujeito em relação a sua doença.

Resistências

• (^) A inserção do psicólogo no meio hospitalar se deve a resistências por parte da instituição, dos médicos e dos próprios pacientes, suscitadas por medo da subjetividade suscitada, trazida à tona pelo psicólogo. Medo da leitura do não-dito, que permeia muitas das relações, pondo em jogo as verdades; onipotência do médico – que detém o discurso do saber; onipotência do psicólogo – que em sua leitura própria do sujeito encontra todas as respostas; diversidades de técnicas de atendimento psicológico (que variam de acordo com as necessidades do paciente e princípios do psicoterapeuta, indo desde uma escuta analítica até uma intervenção direta e auxiliar como relaxamento) e vulgarização da psicologia pelos próprios profissionais (quando os profissionais de psicologia trazem respostas prontas e simplistas, colocando em dúvida a veracidade das mesmas).