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resumo sobre a atuação do psicologo
Tipologia: Resumos
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O caminho que psicologia social comunitária seguiu ao longo dos anos está fortemente conectado a um momento específico em que a psicologia social estava recebendo críticas pelo seu viés cognitivista e experimental, o surgimento da PSC pode ser colocado como uma resposta nem um pouco tímida a essas críticas por propor mudanças fundamentais para a psicologia social no brasil (GONÇALVES, PORTUGAL, 2012). Mudanças estas que aproximaram o profissional de psicologia da realidade latente da população, o afastando dos lugares tradicionais de trabalho como a clínica e incentivando a busca por novas possibilidades do fazer saúde mental. Pode-se dizer que a década de 60 é o marco inicial para o surgimento do que chamamos hoje de psicologia social comunitária, que na época ainda sem ser chamada pelo nome era exercida por meio de práticas de psicologia aplicadas pelo serviço social e movimentos de saúde e educação voltados à comunidade. Os movimentos de saúde mental comunitária, em geral, evidenciaram aspectos culturais (diferenças culturais) e políticos (minorias, excluídos sociais) que não só influíram em seu próprio desenvolvimento, senão também contribuíram para o surgimento de uma Psicologia mais contextualizada, preocupada com os problemas sociais e questões ideológicas. (GOIÁS, 2005, p. 24) A psicologia se iniciou no brasil acessível apenas às classes privilegiadas tornando-a uma prática elitista muito alicerçada no modelo biomédico, com a inserção do psicólogo no contexto da saúde pública surgiu a necessidade da construção de novas posturas profissionais e modelos de atendimentos que fossem de encontro com o perfil da maioria dos usuários do sistema público de saúde e que observassem o sujeito de maneira mais ampla. O psicólogo comunitário busca conhecimento a respeito das realidades de cada comunidade assistida, no contexto da saúde pública enfoca nas redes de serviços observando seu funcionamento, estrutura e dificuldades, tendo uma ação preventiva. Os trabalhos em psicologia social comunitária de acordo com Serrano-García e Vargas Molina (1992) podem ser divididos em dois modelos: o clínico-comunitário e o sócio-comunitário. O primeiro se utiliza do ponto de vista da saúde mental comunitária, já o segundo enfoca a PSC a partir da ó tica sociopolítica dos problemas humanos e sociais. As estratégias utilizadas em campo são múltiplas, escolhidas de acordo com o contexto e demanda coletada pelo profissional dentro da comunidade podendo ser feitas entrevistas formais, dirigidas ou nao, conversas informais, visitas domiciliares, interação dentre os espaços comuns aos moradores
como escolas, mercearias, lanchonetes e também dentro das UBS e CAPS locais (POUBEL, 2014). Expandir os locais de interação é basal para que o indivíduo seja assistido de forma amplificada, inserido em seu contexto social, frente às problemáticas enfrentadas em seu dia-a-dia e não somente como um ser doente e portador de sintomas que procura serviços de saúde. Compreender que devido às desigualdades sociais os processos de vulnerabilização que os moradores de comunidades experienciam afetam negativamente a saúde mental desses indivíduos desencadeando demandas específicas, é um exemplo do modelo de trabalho sócio-comunitário. Buscar estratégias de promoção de saúde mental comunitária como por exemplo oficinas de terapia ocupacional, arteterapia e psicoeducação contempla o modelo de trabalho clínico-comunitário. Apesar dessa diferenciação teórica, na prática em campo o psicólogo comunitário deve ter em mente que esses dois modelos de trabalho estão conectados e que consequentemente terá que utilizá-los concomitantemente, não apenas pelo fato de que vários indivíduos serão assistidos ao mesmo tempo trazendo múltiplas demandas mas para que suas ações tenham o caráter interventivo e preventivo. Por fim cabe ressaltar, a presença do trabalho interdisciplinar no contexto de saúde pública, modelo de trabalho este que possibilita a abordagem integral dos indivíduos atendidos observando o processo de adoecimento como multifatorial e favorecendo a ruptura dos profissionais da saúde com o modelo biomédico. GÓIS, Cezar Wagner de Lima. Psicologia comunitária: atividade e consciência. Fortaleza, CE: Publicações Instituto Paulo Freire de Estudos Psicossociais, 2005.