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SLIDES SOBRE CAIXA LÚDICA, A IMPORTÂNCIA DO LÚDICO NO ATENDIMENTO A CRIANÇA.
Tipologia: Slides
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Não perca as partes importantes!
Freud o primeiro estudioso que refletiu sobre a função e o mecanismo psicológico da atividade lúdica infantil, quando interpretou a brincadeira de seu neto de 18 meses de idade. O menino brincava com um carretel amarrado em um barbante e, sempre segurando o fio, lançava o carretel por cima de seu berço, cercado por uma cortina, onde esse desaparecia.
Para Freud (1976), as crianças repetem, nas suas brincadeiras, tudo que na vida lhes causou profunda impressão e, brincando, se tornam senhoras da situação. O menino do carretel tinha em seu jogo um representante da mãe atado ao cordão. Simbolicamente, deixava-a se afastar, até a atirava longe e, depois, quando sua vontade o demandasse, a fazia voltar.
As crianças, então, segundo Freud (1976), brincam para fazer alguma coisa que, na realidade, fizeram com elas. Nas brincadeiras, após idas a médicos, onde o corpo é examinado, ou após alguma cirurgia, muitas vezes, essas lembranças, mesmo sendo penosas, se transformam em conteúdo de jogo.
A criança poderá ser o médico que estará atacando um corpo, passando a provocar, num objeto/brinquedo ou num companheiro de seu grupo de iguais, a sensação desagradável por ela experimentada.
Então, passando da passividade do fato para a atividade do jogo, estará representando, com algum brinquedo ou companheiro, o que não pode exercer sobre a pessoa do médico. É, portanto, na situação do brinquedo, que a criança procura se relacionar com o real, experimentando-o a seu modo, procurando construir e recriar essa realidade.
Freud estabeleceu os marcos referenciais da técnica do jogo, demonstrando que o brincar não é só um passatempo para viver situações prazerosas, mas também uma maneira de elaborar circunstâncias traumáticas.
Melanie Klein colocou o brinquedo num lugar de destaque na luta contra a angústia mobilizada pelas pulsões sexuais. Segundo essa autora, ao brincar, a criança domina realidades dolorosas e controla medos instintivos, projetando-os ao exterior, nos brinquedos.
A conceituada psicanalista argentina Arminda Aberastury (1978) entendeu que a criança não só estabelece uma transferência positiva e/ou negativa com o psicoterapeuta, como expressava Klein, como também é capaz de estruturar, através dos brinquedos, a representação de seus conflitos básicos, suas principais defesas e fantasias de doença e cura, deixando em evidência, já nos primeiros encontros do acompanhamento, o seu funcionamento mental.
Aberastury sugeriu, ainda, que possivelmente esses fenômenos surgem devido ao temor da criança de que seu psicoterapeuta repita com ela a conduta negativa dos objetos originários que lhe provocaram a perturbação, prevalecendo agora o desejo de que o psicólogo assuma uma função através da qual lhe dê condição para melhorar.
Entretanto, quando se trata da primeira hora de jogo de tratamento, ao finalizar a sessão, além do terapeuta estabelecer as condições do contrato psicoterápico, deverá guardar junto com a criança todo o material lúdico numa caixa, que ficará fechada e à qual só terão acesso a criança e o terapeuta.
Essa caixa, sem dúvida, se transforma durante o tratamento no símbolo do sigilo, similar ao contrato verbal que se estabelece com o adulto quando se inicia o tratamento.
A hora de jogo diagnóstica, fundamentada num referencial teórico psicodinâmico, é um recurso técnico que o psicólogo utiliza dentro do processo psicodiagnóstico, que tem começo, desenvolvimento e fim em si mesmo, operando como unidade para o conhecimento inicial da criança, devendo interpretá-la como tal, e cujos dados serão ou não confirmados com a testagem.
Entretanto, a primeira hora de jogo terapêutica é apenas um elo dentro de um contexto maior, onde irão surgir novos aspectos e modificações estruturais em função da intervenção ativa do terapeuta.