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Quantificadores, Predicados
e Validade
Matemática Computacional Prof. Aristóteles Meneses Análise e Desenvolvimento de Sistemas
Quantificadores, Predicados e Validade
- (^) Quantificadores : são frases do tipo “para
todo”, ou “para cada”, ou “para algum”,
isso é, frases que dizem quantos objetos,
em algum sentido, tem uma determinada
propriedade. O quantificador universal
é simbolizado por ∀ , e se lê ”para todo”,
“para qualquer” ou “para cada”.
- (^) Predicados: é a propriedade de uma
determinada sentença. A notação é P (x).
- (^) O Valor lógico dessa expressão depende do domínio dos objetos sobre os quais estamos nos referindo, isso é, a coleção de objetos dentre os quais x pode ser escolhido. Essa coleção se chama domínio de interpretação, ou conjunto universo.
- (^) Exemplo 1:
- (^) Se o conjunto universo consiste em todos os livros em sua biblioteca municipal.
- (^) Se (Px) é a propriedade de x ter a capa vermelha.
- (^) Logo ( ∀ x )(Px) diz que:” todos os livros em sua biblioteca municipal têm capa vermelha”.
- (^) É claro que o valor lógico dessa expressão, com essa interpretação, deve ser falso.
- (^) Exemplos 2:
- (^) Qual o valor lógico da expressão (∀ x )( Px ) nas duas interpretações:
- (^) A)( Px) é a propriedade que x é amarelo e o conjunto universo é o conjunto de todos os botões de ouro. (verdadeira)
- (^) B) (Px) é a propriedade que x é amarelo e o conjunto universo é o conjunto de todas as flores. (falsa)
- (^) Os predicados que vimos envolvem
propriedades de uma única variável, são
os predicados unários. Mas eles podem
ser binários, se envolvem duas variáveis ,
ternários, envolvendo propriedades de três
variáveis e assim por diante.
- (^) Exemplo: Na expressão: (∀ x) (∃ y) Q(x,y)
que é lida como “para todo x existe um y tal
que Q(x,y)”, há dois predicados para as
duas variáveis da propriedade binária.
ATENÇÂO: a ordem dos quantificadores é
muito importante, ela altera a interpretação.
- (^) O QUE É NECESSÁRIO PARA UMA INTERPRETAÇÃO:
- (^) 1º) Uma coleção de objetos, chamada de conjunto universo, que precisa incluir pelo menos um objeto.
- (^) 2º) A especificação de uma propriedade dos objetos no domínio para cada predicado na expressão.
- (^) 3º) A atribuição de um objeto particular no conjunto universo para cada símbolo constante na expressão.
- (^) Exemplo 5:
- (^) Na fbf (∀ x )(∃ y )[ S ( x , y ) ∧ L ( y , a )]
- (^) Considere a interpretação onde o conjunto universo consiste em todas as cidades do Brasil,
- (^) S(x,y) é a propriedade “x e y estão no mesmo estado”
- (^) L(y,z) é a propriedade “o nome da cidade y começa com a mesma letra que a cidade z”e é atribuído o valor Alfenas a a.
- (^) Logo a interpretação da fbf inteira é que “para qualquer cidade x existe uma cidade no mesmo estado que começa com a letra A ”. Com essa interpretação, a fbf é verdadeira.
TRADUÇÃO
- (^) Muitas declarações em português podem ser expressas como fbfs predicadas.
- (^) Exemplo:
- (^) “Todo papagaio é feio”
- (^) Significa, de fato, que “ Dada uma coisa, se é um papagaio, então é feio ”.
- (^) Denotando por P(x) a frase “x é um papagaio” e por F(x) “x é feio”, a proposição pode ser simbolizada como:
- (^) ( ∀ x) [P(x) → F(x)]
- (^) A fbf ( ∀ x) [P(x) ∧ F(x)] seria uma tradução incorreta, pois diz que “Dado x, x é papagaio e é feio”.
Observe as três sentenças abaixo: Elas podem ser reescritas como: João ama apenas Maria Se João ama alguma coisa, então essa coisa é Maria. Apenas João ama Maria Se alguma coisa ama Maria, então essa coisa é João. João apenas ama Maria Se João tem alguma relação com Maria, essa relação é amor. Dados: A(x) é “x é um cachorro” B(y) é “y é um coelho” C(x) é “x persegue y” Observe a tabela abaixo:
Declaração em Português Proposição intermediária Fbf
- Todos os cachorros perseguem todos os coelhos. Dada uma coisa qualquer, se for um cachorro, então, para qualquer outra coisa, se essa outra coisa for um coelho, então o cachorro vai persegui-lo. (∀ x )[ A ( x ) → (∀ y) (B( y ) → C ( x , y ))
- Alguns cachorros perseguem todos os coelhos. Existe uma coisa que é um cachorro e, para qualquer outra coisa, se essa coisa é um coelho, então o cachorro o persegue. (∃ x )[ A ( x ) ∧ (∀ y) (B( y ) → C ( x , y ))]
- Apenas cachorros perseguem coelhos Para qualquer coisa, se é um coelho, então, se alguma coisa o persegue, essa coisa é um cachorro. (∀ y)[ B ( y ) → (∀ x) (C( x , y ) → A ( x )) A(x) é “x é um cachorro” B(y) é “y é um coelho” C(x) é “x persegue y”
Exemplos: Vamos agora tentar determinar a validade:
- (^) 1. (∀ x ) P ( x ) →(∃ x ) P ( x ) (é válida)
Se todo elemento do conjunto universo
tem uma determinada propriedade, então
existe um elemento do conjunto que
tem essa propriedade. Logo sempre
que o antecedente for verdadeiro o
consequente também o é, o condicional é
verdadeiro.
- (^) 2. (∀ x ) P ( x ) → P ( a ) (é válida)
Como todo elemento do conjunto universo tem uma determinada propriedade, e a é um elemento particular do conjunto universo, portanto ele tem a propriedade que todos os elementos têm.
- (^) 3. (∀ x )[ P ( x ) ∧ Q ( x )] ↔(∀ x ) P ( x ) ∧(∀ x ) Q ( x )( é válida) Se P e Q forem verdadeiras para todos os elementos do domínio, então P é verdadeira para todos os elementos e Q é verdadeira para todos os elementos, e vice-versa. ( ↔ ; V V = V ou F F = V)
- (^) 4. (∃ x ) P ( x ) →(∀ x ) P ( x ) (não é válida) Por exemplo, como a interpretação onde o domínio é o conjunto dos inteiros e P(x) significa que x é par, é verdade que existe um inteiro par, mas é falso que todos os inteiros são pares. O antecedente do condicional é verdadeiro e o conseqüente é falso. Logo o condicional é falso. ( → ; V F = F )