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Recursos fisioterapêuticos, Notas de estudo de Fisioterapia

texto word 2007

Tipologia: Notas de estudo

2010

Compartilhado em 24/04/2010

valdemon-silva-fonseca-10
valdemon-silva-fonseca-10 🇧🇷

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Recursos Fisioterapêuticos
A arte de cura
A cinesioterapia é denida etimologicamente como a arte de curar,
utilizando todas as técnicas do movimento. Licht (1965) deniu
exercício terapêutico como "movimento do corpo ou das partes
corporais para alívio de sintomas ou melhorar a função".
Auguste Georgii (1847), ao utilizar o termo cinesioterapia , propunha
esta denição: "O tratamento das doenças através do movimento"; a
cinesioterapia ativa é assim a parte da sioterapia que utiliza o
movimento provocado pela atividade muscular do paciente com uma
nalidade precisamente terapêutica. É o que muito tempo se
chamou de ginástica médica em oposição à ginástica geral, cujos
propósitos são essencialmente higiênicos ou estéticos. Entretanto
essa noção de movimento é muito restritiva, portanto se incluem
inteiramente no quadro da cinesioterapia ativa solicitações musculares
de estabilizações que não induzem nenhum deslocamento das
alavancas ósseas.
Boris Dolto propôs outra denição oposta à primeira, que era a
seguinte: "A cinesioterapia não é um tratamento através do movimento,
mas o tratamento do movimento"; a negação é por certo contrária ao
estabelecido, porém a integração dos conceitos neuros-musculares e
mesmo sensitivo-neuro-motores da organização gestual deve ser
aceita. Isso leva a uma ótica diferente da cinesioterapia e o aspecto, é
reforçado em especial pelas noções de regulagens de coordenação
das cadeias musculares por curvas de retroação com ponto de partida
proprioceptivo ou exteroceptivo Nesse esquema cibernético de
funcionamento, a noção de movimento deve ser entendida, inclusive
nesse caso, em um sentido amplo porque a atividade postural de
equilíbrio está inteiramente inclusa no processo terapêutico podendo
mesmo ser a iniciadora. É o que encontramos nos métodos
sioterapêuticos conhecidos como a base proprioceptiva ou ainda de
reprogramação neuromotora. 0 recrutamento da atividade muscular
não é somente voluntário mas também automático ou reexo.
Portanto de maneira muito ampla a cinesioterapia ativa pode ser
denida pela coloração em ação da atividade das bras musculares
contrárias do paciente da maneira analítica ou global voluntária ou
automático-reexa Essa atividade é realizada com uma nalidade
terapêutica local, regional ou geral.
A Cinesioterapia é a terapia ou tratamento através do
movimento e engloba recursos e técnicas variados, incluindo:
mobilização ativa e passiva, alongamento, exercícios
respiratórios, exercícios para fortalecimento muscular,
reeducação da postura, coordenação motora, equilíbrio,
dentre outros.
Seus procedimentos usam o movimento dos músculos, articulações,
ligamentos, tendões e estruturas ligados aos sistemas nervoso
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Recursos Fisioterapêuticos A arte de cura A cinesioterapia é definida etimologicamente como a arte de curar, utilizando todas as técnicas do movimento. Licht (1965) definiu exercício terapêutico como "movimento do corpo ou das partes corporais para alívio de sintomas ou melhorar a função". Auguste Georgii (1847) , ao utilizar o termo cinesioterapia , propunha esta definição: "O tratamento das doenças através do movimento" ; a cinesioterapia ativa é assim a parte da fisioterapia que utiliza o movimento provocado pela atividade muscular do paciente com uma finalidade precisamente terapêutica. É o que há muito tempo se chamou de ginástica médica em oposição à ginástica geral, cujos propósitos são essencialmente higiênicos ou estéticos. Entretanto essa noção de movimento é muito restritiva, portanto se incluem inteiramente no quadro da cinesioterapia ativa solicitações musculares de estabilizações que não induzem nenhum deslocamento das alavancas ósseas.

Boris Dolto propôs outra definição oposta à primeira, que era a seguinte: "A cinesioterapia não é um tratamento através do movimento, mas o tratamento do movimento"; a negação é por certo contrária ao estabelecido, porém a integração dos conceitos neuros-musculares e mesmo sensitivo-neuro-motores da organização gestual deve ser aceita. Isso leva a uma ótica diferente da cinesioterapia e o aspecto, é reforçado em especial pelas noções de regulagens de coordenação das cadeias musculares por curvas de retroação com ponto de partida proprioceptivo ou exteroceptivo Nesse esquema cibernético de funcionamento, a noção de movimento deve ser entendida, inclusive nesse caso, em um sentido amplo porque a atividade postural de equilíbrio está inteiramente inclusa no processo terapêutico podendo mesmo ser a iniciadora. É o que encontramos nos métodos fisioterapêuticos conhecidos como a base proprioceptiva ou ainda de reprogramação neuromotora. 0 recrutamento da atividade muscular não é somente voluntário mas também automático ou reflexo. Portanto de maneira muito ampla a cinesioterapia ativa pode ser definida pela coloração em ação da atividade das fibras musculares contrárias do paciente da maneira analítica ou global voluntária ou automático-reflexa Essa atividade é realizada com uma finalidade terapêutica local, regional ou geral.

A Cinesioterapia é a terapia ou tratamento através do movimento e engloba recursos e técnicas variados, incluindo: mobilização ativa e passiva, alongamento, exercícios respiratórios, exercícios para fortalecimento muscular, reeducação da postura, coordenação motora, equilíbrio, dentre outros.

Seus procedimentos usam o movimento dos músculos, articulações, ligamentos, tendões e estruturas ligados aos sistemas nervoso

central e periférico, tendo como objetivo recuperar a função dos mesmos.

Um dos seus principais aspectos é englobar, através da realização de exercícios estáticos e dinâmicos associados à respiração e à reeducação da postura e do movimento, a conscientização corporal, o resgate da auto-imagem e a orientação de condutas para as atividades da vida diária.

A cinesioterapia pode ser realizada de forma manual, podendo ser realizados os movimentos e exercícios ao ar livre ou na água (hidroterapia), utilizando-se também bolas, pranchas, therabands, barras, pesos e outros recursos para se alcançar os objetivos.

O programa de cinesioterapia é individual e prescrito e aplicado por um fisioterapeuta habilitado

Eletroterapia - Ultra Som Terapêutico

Procedimento com aparelhos geradores de sinais elétricos, como: o Ultra-som Terapêutico, o LASER, TENS, dentre outros.

A Eletroterapia consiste no uso de correntes elétricas dentro da terapêutica. Os aparelhos de eletroterapia utilizam uma intensidade de corrente muito baixa, são miliamperes e microamperes. Os eletrodos são aplicados diretamente sobre a pele e o organismo será o condutor.

Os equipamentos atuais empregam diferentes tipos de correntes, onde o aparelho emite a energia eletromagnética que é então conduzida através de cabos condutores até os eletrodos que ficam aderidos à pele do paciente. Outras formas incluem a utilização de agulhas ao invés de eletrodos, sendo este emprego mais reservado ao uso para terapia estética ou para métodos diagnósticos.

Uso Terapêutico da Corrente Elétrica

  • Controle da dor aguda e crônica;
  • Redução de edema;
  • Redução de espasmo muscular;
  • Minimização de atrofia por desuso;
  • Facilitação da reeducação muscular;
  • Fortalecimento muscular;
  • Facilitação da cicatrização tecidual;
  • Facilitação da consolidação de fraturas;
  • Realização da substituição ortésica

O Uso do Calor ou Frio para o Alívio da Dor

A aplicação do calor ou do frio são recursos valiosos na prática da fisioterapia.

As terapias usando o calor (termoterapia) e usando o frio (crioterapia) não levam à cura de nenhuma enfermidade, porém são instrumentos importantes que auxiliam no tratamento de várias patologias ortopédicas e neurológicas. São recursos sintomáticos, que quando aplicados adequadamente, reduzem o espasmo muscular e a sintomatologia dolorosa, preparando a região afetada para a aplicação das técnicas terapêuticas.

Calor = Frio

Há vários tipos de distúrbios onde o calor e o frio produzem efeitos semelhantes. O espasmo muscular que acompanha a hérnia de disco, lombalgias, cervicalgias, e problemas articulares podem ser reduzida por esses dois processos.

Calor: Efeitos Terapêuticos do Calor:

Ø Alivia a dor. Ø Aumenta a flexibilidade dos tecidos músculo-tendíneos. Ø Diminui a rigidez das articulações. Ø Melhora o espasmo muscular. Ø Melhora a circulação. Ø A aplicação do calor, promove alteração das propriedades físicas dos tecidos que compõem os tendões, cápsulas articulares e cicatrizes, melhorando suas respostas ao alongamento.

Contra-indicação : Não aquecer regiões do corpo que estiverem anestesiadas, edemaciadas, inflamadas, feridas com sangramento, em áreas onde haja tumores, sobre os testículos, sobre o abdome de gestantes ou em áreas do corpo de pessoas inconscientes.

Técnica de Tratamento: O tratamento domiciliar pelo calor deve ocorrer na freqüência de 3 vezes ao dia, durante 20 a 30 minutos, usando bolsas quentes nos locais a serem tratados.

Frio: Efeitos Terapêuticos do Frio:

Ø Diminui o espasmo muscular. Ø Alivia a dor. Ø Nos traumatismos (entorses, contusões, distensões musculares, etc.), previne o edema e diminui as reações inflamatórias. Ø Para se ter um efeito mais efetivo, o resfriamento deve ser aplicado imediatamente após o trauma, antes que o edema esteja formado.

Técnica de Tratamento: O tratamento pelo uso do frio deve ser feito com bolsas geladas durante 10 minutos, no local da dor, 3 vezes ao dia.

O uso de calor é contra-indicado nos casos de traumatismo porque aumenta o edema.

O uso do frio é contra-indicado nos casos de artrite porque aumenta a rigidez articular. Nestes casos é preferível usar calor.

RPG: Reeducação Postural Global

Baseia-se em um trabalho corporal ativo em que, através das posturas praticad

as, traciona-se todas as cadeias musculares. A RPG é indicada em todos os casos em que há desarmonia muscular, desvios posturais (escoliose, hipercifose, hiperlordose), hérnias discais, dor ciática, cervicalgia, lombalgia, torcicolo, artrose, tendinites, etc.

RPG acredita que cada indivíduo é um módulo único , onde cada doença repercutirá de uma forma em cada um. Assim é necessário tratar os doentes, e não a doença, já que toda agressão é automaticamente compensada pelos mecanismos destinados a suprimir a dor. Ao longo do tempo, essas compensações, geram outros problemas tais como fadiga, deformações, e dores secundárias. Trabalhando unicamente sobre a dor, de maneira sistemática e analítica, a reeducação clássica combate o efeito e não suprime a causa.

A RPG olha para o corpo globalmente, e não partes específicas, trabalhando com posturas ativas em alongamento, que podem devolver aos músculos hipertônicos, rígidos e dolorosos, sua força, seu comprimento e sua flexibilidade.

Na posição ereta, temo

s a participação dos chamados músculos da estática, que garantem a manutenção da postura.

Esta atividade contínua, tende a encurtar músculos isolados, já que outros grupos, como os abdominais por exemplo, que não participam ativamente da nossa posição ereta, não são praticamente solicitados e se distendem de forma excessiva. A flexibilidade dos músculos da estática, que são responsáveis pela boa ou má sustentação, é primordial.

A retração de um músculo, gera a retração de outros, e só as posturas de estiramento progressivo cada vez mais globais, permitem alongar todos os músculos rígidos, assim reencontrando a retração de origem.

A prática das auto- posturas é indispensável na prevenção das deformações e das dores , e permite corrigir de forma eficiente as anomalias posturais leves, e suprimir as dores ligadas ao enrijecimento muscular articular.

É muito importante alertar que este procedimento não é indicado para mulheres.

experiência prática de acupuntura existente nesta época. O "Nan Ching" foi um pouco esquecido como referência básica nos séculos seguintes, a visão sincrética e controversa do "Nei Ching" se estabelecendo como a principal, inclusive tendo sido a que primeiro se conheceu no Ocidente. A Acupuntura no Ocidente Notícias sobre uma forma exótica de medicina praticada pelos chineses já chegavam ao Ocidente desde 1255, com a "Viagem à Terra dos Mongóis", de William de Rubruk. Padres jesuítas portugueses, ao viverem longos períodos no Japão à partir do século 16, puderam conhecer mais detalhes da forma japonesa de praticar a medicina chinesa. No século 17 começaram os relatos médicos propriamente ditos, feitos por médicos ocidentais que viveram na Ásia, como Jakob de Bondt, Buschof, Willem ten Rhijne, Engelbert Kaempfer. Houve então um período de enorme interesse pela acupuntura, que já havia passado quando Dabry de Thiersant publicou em 1863 "A Medicina dos Chineses", citando inclusive trechos do "Da Cheng". Talvez por causa da presença francesa na Indochina, somente na França ainda encontraríamos algum interesse esporádico em acupuntura, até que Soulié de Morant publicou "A Acupuntura Chinesa". Soulié de Morant tentou despertar o interesse médico pela acupuntura, porém o fato de não ser médico contribuiu para uma reação negativa por parte da comunidade científica da época. Alguns dos termos empregados por ele, como "energia", "meridianos", permanecem em uso até hoje em algumas escolas ocidentais de acupuntura. Depois, surgem os trabalhos de Chamfrault, e Niboyet, médicos franceses pioneiros, além de Nguyen van Nghi, médico vietnamita que vive na França. O interesse da comunidade médica foi finalmente aceso quando houve a notícia de que o jornalista americano James Reston foi tratado com acupuntura, e de que na China a acupuntura era usada como analgesia em cirurgias. Várias clínicas de dor crônica passaram a usá-la como terapia, e com o despertar do movimento alternativo, mais e mais médicos passaram a se interessar pela acupuntura.

Hidroterapia

A Hidroterapia é a utilização dos efeitos físicos, fisiológicos e

cinesiológicos, advindos da imersão do corpo, ou parte deste, em

meio aquático, como recurso auxiliar na reeducação funcional

neuromotora, musculoesquelética ou cardiorespiratória, visando

cura, manutenção ou ainda prevenção de uma alteração funcional

orgânica.

A utilização pragmática da água com objetivo terapêutico é

antiga, tendo registros datados de 400 a.C.,mas somente no final

do século XV iniciou-se as pesquisas que fundamentaram o uso

clínico deste recurso. Seu reconhecimento nos meios científicos é

recente e deve-se a quatro fatores:

1º. A Física é uma ciência que tradicionalmente se desenvolveu

com constância e com uma produção altamente significativa.

A hidrostática, hidrodinâmica e termodinâmica, ramos da física

que fundamentam a hidroterapia, acompanharam este

desenvolvimento.

2º. A necessidade de estudar os reajustes da função

cardiopulmonar e renal normal durante alterações inesperadas,

levou os pesquisadores a descobrirem que a imersão seria o meio

adequado para estes estudos.

3º. A necessidade de pesquisas com simulação de ausência de

gravidade durante a preparação para enviar homens ao espaço, e

mais recentemente, a avaliação do treinamento físico na ausência

de gravidade.

4º. Os bons resultados obtidos com o tratamento hidroterapêutico

de uma série de disfunções, por vários grupos de trabalho, que

começam a ser difundidos.

Desta forma, a hidroterapia está bem fundamentada em pesquisas

realizadas pelas áreas básicas, talvez até mais que outros recursos

utilizados pela fisioterapia (Becker, 1997, Campion, 1999).

A formação de profissionais para atuarem como especialistas na

aplicação de exercício físico em meio aquático, iniciouse em

1930, com a inauguração, na Inglaterra, do primeiro centro de

formação de hidroterapeutas. Posteriormente, este curso foi

integrado ao programa de graduação em Fisioterapia (Ruoti,

Morris e Cole, 2000).

No Brasil a hidroterapia é uma disciplina obrigatória nos cursos

de graduação em Fisioterapia.

Os conhecimentos de hidroterapia, inseridos no conjunto de

conhecimentos fisioterapêuticos, vão permitir ao fisioterapeuta

compreender as possibilidades de utilização do meio aquático,

seus benefícios limites e contra-indicações.

O conteúdo de hidroterapia é ministrado, normalmente, no

terceiro ou quarto semestre do curso, que tem duração de quatro

anos. É o primeiro ou segundo contato do aluno com recursos

A