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Relatorio de estágio supervisionado, matemática, ensino fundamental 1, faculdade São Camilo
Tipologia: Trabalhos
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São Paulo /Uniceu Vila Rubi Setembro de 2019
Relatório de Estágio apresentado ao Curso de Pedagogia do Centro Universitário São Camilo, polo Uniceu vila Rubi, orientado pela Profa. Elisa Vieira, como requisito parcial para conclusão da Unidade Educacional XV: Estágio Supervisionado em Ensino Fundamental: Educação Matemática. São Paulo/ Uniceu Vila Rubi Agosto/
Por meio deste relatório, pretendo expor observações e reflexões acerca do trabalho pedagógico observado durante o Estágio Supervisionado de Ensino Fundamental, ao qual faz relação com o tema abordado durante o 5° semestre da faculdade de Pedagogia São Camilo/Uniceu, Educação Matemática, presente em toda unidade educacional estudada durante esse semestre. Foi possível desenvolver as observações em sala de aula na Escola Municipal de Ensino Fundamental - EMEF Deputado Flores da Cunha, localizada na zona leste de São Paulo, bairro de Sapopemba. O estágio foi realizado no período entre os dias 15 e 28 de agosto de 2019. A escola conta com 18 salas de aulas, que atendem ensino fundamental I e II, conta com 50 funcionários, o espaço físico apresenta sala de diretoria, sala de professores, laboratório de informática, laboratório de ciências, quadra de esportes coberta, cozinha, sala de leitura, parque infantil, banheiro dentro do prédio e adequado à alunos com deficiência ou mobilidade reduzida, sala de secretaria, banheiro com chuveiro, refeitório, despensa, almoxarifado e pátio coberto. Estar presente em sala de aula, possibilita um contato mais próximo com a realidade da educação brasileira, especialmente nas aulas de matemática, estabelecer uma conexão com o conteúdo visto nas apostilas com a prática educativa torna o aprendizado muito mais significativo e completa com saberes práticos, todo o conteúdo trabalhado, dando a oportunidade de observar as dificuldades, assim como entender as metodologias aplicadas para que as crianças possam compreender a importância da matemática e ao mesmo tempo perder o medo que se formou dessa disciplina. Considero essa experiência de vital importância na formação de um pedagogo, pois assim se constrói a identidade do profissional da educação que faça de seu trabalho algo significativo e de importância para a sociedade.
A matemática desempenha papel fundamental na vida do ser humano, sua história narra que os primeiros homens utilizavam pedras para poder contar suas ovelhas, ferramentas e alimentos, podendo ter um controle do que possuíam para assim, evitar perdas. Com a evolução, novas metodologias foram se desenvolvendo, até chegarmos aos números e em como a matemática se apresenta hoje. Segundo VITTI (1999, p. 50): “A história dos números tem alguns milhares de anos. É impossível saber exatamente como tudo começou. Mas uma coisa é certa; os homens não inventaram primeiro os números para depois aprenderem a contar. Pelo contrário, os números foram se formando lentamente, pela prática diária das contagens.” Pode-se entender que os conhecimentos de onde a matemática se originam, eram então baseados na prática, ela surge de modo natural para facilitar o dia-a-dia dos indivíduos, a partir do momento em que passa a ser tratada como ciência, possuidora de teorias e sistematização, passa a ser vista como algo extremamente difícil de ser compreendido, algo a ser temido em sala de aula. É interessante refletir sobre onde está a causa desse mito que cerca a Educação Matemática. Seria essa ciência realmente a vilã do ensino? Muito se leva a acreditar que a causa do problema seja a metodologia e a forma mecanizada que se emprega a transmissão desse conteúdo nos meios tradicionais de ensino que utiliza metodologias ultrapassadas como exercícios mecanizados e memorização da tabuada, favorecendo a construção da imagem negativa que a Matemática carrega. Segundo os PCNS (1997, p. 37); “Essa prática de ensino tem se mostrado ineficaz, pois a reprodução correta pode ser apenas uma simples indicação de que o aluno aprendeu a reproduzir alguns procedimentos mecânicos, mas não apreendeu o conteúdo e não sabe utilizá-lo em outros contextos.”
O estágio foi desenvolvido no 2º ano B, com 29 crianças matriculadas na turma, com idades entre 7 e 8 anos, as quais mostraram-se receptivas e curiosas com a minha presença. Foi possível notar que as crianças se comportam relativamente bem em sala de aula, entrando e se organizando, cada um em seu lugar pré determinado, mesas e cadeiras, então organizadas em fileiras, os alunos com mais dificuldade se sentam mais próximo á mesa da professora, enquanto os demais se posicionam de acordo com o que a professora determinou, eventualmente mudando um ou outro de lugar, conforme a necessidade. Foi possível identificar que estão desenvolvendo uma sequência de aulas de matemática onde se abordam a adição. Quanto às atividades observadas; a primeira explorava uma situação do campo aditivo com o significado de comparação. A segunda atividade explorava a realização de subtrações e a observação de regularidades. A professora Gleice explicou que o desenvolvimento da primeira atividade propicia às crianças estabelecer a comparação entre quantidades e determinar a diferença entre elas. Ela iniciou a aula organizando as crianças em duplas e propôs que as crianças tentassem ler o enunciado para que pudessem resolvê-lo. Observei que alguns se propuseram a ler, enquanto outros estavam se escondendo da função, algumas crianças tiveram melhor êxito na leitura e compreensão do enunciado, sendo necessário que a professora fizesse a leitura novamente e explicasse o proposto para os outros que não compreenderam. Os procedimentos utilizados pelas crianças era basicamente o mesmo, identificar os números na questão e visualmente classificar quais eram maiores. Quando surgiu a conta 23 + 18 por exemplo, a professora buscou esclarecer tentando questionar logicamente para a resolução do problema, por haver na pergunta a expressão “a mais”, ela questionou; – Quantos gols Fabiano marcou? – Se ele marcou 23 gols, quantos gols pode ter marcado a mais que o outro? Estimulando as crianças a entenderem que iriam realizar subtrações (e não contas de menos), para propiciar assim, a familiarização com a nomenclatura matemática. Depois de resolucionadas as contas foram socializados os resultados com toda a turma para que observassem acertos e erros nos procedimentos efetuados.
O material utilizado durante as aulas foi desenvolvido a partir de um conjunto de ações com o objetivo de articular o processo de desenvolvimento curricular em Matemática, a formação de professores, o processo de aprendizagem dos alunos em Matemática e a avaliação dessas aprendizagens, elementos-chave de promoção da qualidade da educação de qualidade. Tendo como princípio norteador o fato de que o professor é essencial no desenvolvimento do currículo em sala de aula e na construção das aprendizagens dos alunos, a material didático exerce a função de base para que as aulas sejam planejadas de acordo a desenvolverem todas as expectativas de aprendizagem esperadas para a sala de aula a qual está responsável. As aulas observadas foram planejadas e realizadas em sala de aula com harmonia e dentro do cronograma estipulado, em um processo interativo, em que é fundamental a observação atenta das atitudes e do processo de aprendizagem de cada criança, para que intervenções pertinentes sejam feitas. Neste momento da aprendizagem das crianças, ao longo do ano letivo e depois de muito trabalho em matemática, é esperado da turma que procedimentos de comparação de números naturais e identificação do maior e do menor número em uma listagem numérica tenham sido desenvolvidos com êxito, apesar de alguns casos pontuais em que não se alcançou essa expectativa, a maior parte da turma possui competência para seguir adiante nas metas de ensino propostas para a turma nesse ano letivo que consiste em dar prosseguimento ao trabalho com números e operações ampliando o estudo dessas ideias, estudando problemas do campo aditivo com os significados de composição e transformação e a decomposição de escritas numéricas para a realização de cálculos que envolvam a adição e explorando o uso dos sinais numéricos convencionais. Assim foi possível entender que embora pareça o método tradicional de ensino de matemática, onde se usa livros, quadros negros, giz papel e lápis, a forma com que a matemática foi abordada, seus problemas e questões leva ao universo infantil pois trata de assuntos de seu cotidiano, aos quais existem familiaridade e remetem ao mundo lúdico das brincadeiras infantis, estimulando assim o interesse pelo conteúdo mesmo que seja a tão temida matemática, quando se associa á bolas, gols, brinquedos e diversão se tira um pouco o peso sobre o tema e alivia a tensão existente em sala de aula.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: matemática. Brasília: MEC/SEF, 1997. PARRA, C. SAIZ, I. Didática da matemática: Reflexões Psicopedagógica. Porto Alegre, Artmed (Artes Médicas). 1996. 258p. VITTI, C. M. Matemática com prazer, a partir da história e da geometria. 2. ed. Piracicaba, São Paulo: Editora UNIMEP. 1999. 103p.