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Relatorio do perfil de Alcantil, geologia estrutural
Tipologia: Trabalhos
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Relatório apresentado à disciplina de Geologia Estrutural do curso de Engenharia de Minas, como requisito para demonstração de aplicação dos conhecimentos adquiridos em sala de aula/ aula de campo.
Este relatório apresenta os resultados da aula de campo realizada no dia 18 de Abril desde ano, referente à disciplina de Geologia Estrutural, apresentada no curso de Engenharia de Minas da Universidade Federal de Campina Grande. Com base nos estudos realizados em sala de aula, ministrados pelo professor Harrizon Lima de Almeida, foram analisadas as propriedades litológicas de afloramentos nas proximidades do município de Alcantil à Barra de Santana, no "Terreno Alto do Moxotó". Parte fundamental no estudo da Mineração, a Geologia Estrutural é uma área de amplas aplicações pois estuda o resultado das deformações sofridas pela crosta terrestre, tencionando compreender a história deformacional de uma área. Para atingir tal objetivo, baseia-se no reconhecimento, descrição e medição das estruturas em campo, interpretando seus significados deformacionais, e integrando esses dados para a construção de mapas.
Este relatório tem como objetivo apresentar os resultados da experiência de campo realizada na região compreendida entre as cidades de Alcantil e Barra de Santana, ambas localizadas no semiárido paraibano. Em tal experiência, buscamos observar e analisar, no momento de sua realização, as impressões deixadas pelas deformações nas rochas, como foliação, lineação e a formação de zonas de cisalhamento. Além destas características, foram observados os tipos de rochas presentes na região e sua composição mineralógica. As medidas das atitudes dos afloramentos foi feita com bússola, cujo aprendizado do manuseio foi também um dos objetivos da experiência.
A região estudada localiza-se na região do nordeste brasileiro, no estado da Paraíba. O estudo está restrito as margens da BR-104, localizada entre os municípios de Alcantil e Barra de Santana, que constituem a região do semiárido paraibano, e estão a 67.3 km e 45.5 km de Campina Grande, respectivamente. Como via de acesso, foi percorrida a BR-104, tanto para ir e voltar, quanto para observar afloramentos O local está inserido na entidade geotectônica chamada de Província Borborema, que é dividida em três domínios Rio Grande do Norte, Domínio Sul e Zona Transversal. A Paraíba está toda inserida no domínio Zona Transversal que possui os subdomínios: Terreno Pageú Paraíba, Terreno Rio Capibaribe e Terreno Alto Moxotó (TAM), cada terreno possui uma história geológica particular, o perfil realizado está inserido basicamente no Terreno Alto Moxotó. A primeira parada está nas proximidades do km 185 da BR-104, à 5,9 km de Alcantil sentido Campina Grande cujas coordenadas em UTM são longitude 824260.00 m E, latitude 9148824.00 m S, zone 24 M. A segunda parada foi feita a 6,8 km de Alcantil sentido Barra de Santana com longitude UTM de 824387.00m E e latitude UTM de 9149741.00m S, zone 24 M. A terceira parada está localizada a 11,9 km de Alcantil sentido Barra de Santana com longitude UTM de 822356.00m E e latitude UTM de 9153235.00m S, zone 24 M. Cerca de 1,3 km após fica a quarta parada com longitude UTM de 822390.00m E e latitude UTM de 9154651.00m S, zone 24 M. A quinta parada fica a 14 km, da sua antecessor, com longitude UTM: 830119. m E, latitude UTM: 9164127.00m S, Zone 24 M. logo após vem a sexta e última parada que fica situada no município de Barra de Santana e suas coordenadas em UTM são longitude 169354.00 m e latitude 9167025.00 m S Zone 25 M. (conforme a figura 1). Fig. 1 Mapa Localização e vias de acesso, com marcadores destacando as paradas realizadas.
A Província Borborema compreende a parte central de um amplo cinturão orogenético Pan-Africano-Brasiliano, que foi formado como consequência de uma convergência e colisão dos crátons São Luís - Oeste da África e São Francisco-Congo-Kasai, no final do Neoproterozóico. Esta província é limitada pelas Províncias do São Francisco a sul (principalmente o Craton do São Francisco), Parnaíba a oeste (recoberta pela Bacia do Parnaíba), Costeira e a margem continental respectivamente limites norte e leste (recoberta pelas bacias do Ceará, Potiguar, Pernambuco-Paraíba e Sergipe-Alagoas e a Formação Barreiras). A denominação de Província Borborema ou Região de Dobramentos Nordeste coube a Almeida et al. (1977). Nesta área a atuação de fenômenos termais, tectônicos e magmáticos, ela foi muito atuante no neoproterozóico, e perdurando até mesmo no decorrer do Cambro Ordoviciano. De acordo com Silva Junior (1997), todas as unidades da Província são intrudidas por granitóides brasilianos, e somando-se a isto, tem-se o desenvolvimento de megazonas de cisalhamento. Há também remanescentes de depósitos paleozóicos e pequenos riftes mesozóicos, geneticamente relacionados às bacias da margem continental. Onde as unidades da Província consistem de terrenos arqueanos a mesoproterozóicos, compostos por gnaisse- migmatitos-granitos os quais representam maciços ou microplacas, e faixas dobradas. O esboço geotectônico da Província Borborema tem suscitado vários modelos e divisões em faixas, maciços, terrenos, domínios e blocos caracterizados, por uma evolução tectônica específica. Em resumo, na Província Borborema são individualizados três segmentos tectônicos fundamentais, limitados por importantes zonas de cisalhamento brasilianas aqui denominados de: Subprovíncia Setentrional, Subprovíncia da Zona Transversal ou Central e Subprovíncia Externa ou Meridional, as quais foram subdivididas em domínios, terrenos ou faixas, com base no patrimônio litoestratigráfico, feições estruturais, dados geocronológicos assinaturas geofísicas. A região ao qual visitamos encontra-se no Domínio Zona Transversal ou Central, especificamente no Terreno Alto Moxotó e Rio Capibaribe.
O Domínio corresponde a uma grande estrutura situada entre os lineamentos Patos e Pernambuco, e ocupa toda a porção sul do Estado da Paraíba. O domínio Zona Transversal acumula terrenos tectono-estratigráficos de idade meso e neoproterozóica, ocorrendo blocos de idade arqueana e paleoproterozóica. Este domínio possui uma história de sedimentação-vulcanismo e de deformação orogênica única dentro da Província Borborema, ocorrida a partir do final do Mesoproterozóico, envolvendo os ciclos Cariris Velhos e Brasiliano. Ele está subdividido em quatros terrenos: Piancó-Alto Brígida, Alto Pajeú, Alto Moxotó e Rio Capibaribe. Fig.3 Traços estruturais do Domínio da Zona Transversal (Fonte: modificado de Revista Brasileira de Geociências, 1995)
O Terreno Alto Moxotó (TAM) limita-se com o Terreno Rio Capibaribe através da zona de cisalhamento transcorrente Cruzeiro do Nordeste-Congo. E “ocupa” toda porção ao sul do Terreno Alto Pajeú, a partir das cidades paraibanas de Mari e Lucena, na faixa costeira, até o oeste de Pernambuco, guardando paralelismo com os alinhamentos do Terreno Alto Pajéu (ao sul) e da Zona Tectônica Teixeira-Terra Nova (ao norte). O que difere este terreno dos outros do Domínio Transversal, é em razão de dois fatos relevantes: frequência de rochas antigas arqueanas e paleoproterozóicas, principalmente ortognaisses, e raridade de rochas neoproterozóicas, inclusive de granitos neoproterozóicos, que são abundantes em toda a Província Borborema. Fundamentalmente, o Terreno Alto Moxotó é composto por rochas ortognássicas de alto grau e uma banda de supracrustais aluminosas mais ao sul designado como Complexo Sertânia. Algumas das características especiais dessa área como: a riqueza de tipos de ortognaisses, desde termos mais plagioclásicos até mesmo termos sienogranítivos, de fácil identificação; a presença de rochas trondhjemíticas e gabroanortosíticas, do paralelo de Pilar, na Paraíba até o oeste de Pernambuco; as ocorrências da gabro-acamadas, gabros com Fe-Ti-V, oficalcitos que são indicadores de um ambiente pretérito de convergência de placas; a presença de muitos eventos de migmatização e granitização; e a presença(mais ao sul) das supracrustais aluminosas de fácies anfibolito(a granada e sillimanita) do Complexo Sertânia.
Afloramento 2: ZN 24M Long: 824387.00 m E Lat: 9149741.00m S O segundo afloramento fica a 6,9 km de Alcantil sentido Barra de Santana pela BR 104. E neste afloramento foi constatado uma rocha com estrutura foliada, com uma foliação homogenia e xisto. Tendo curto espaçamento entre as foliações, fechamento recumbente. Gnaisse de composição granodiorítica e anfibólio. Foram aferidas as seguintes atitudes, foliação 2.1: (266/27NW) e foliação 2.2: (262/24NW). Fig.5 Afloramento 2 – Ponto 2.1 e 2. 3Representação estereográfica do aflora- mento 1 contendo a foliação 1 e 2
Afloramento 3: ZN 24M Long: 822356.00 m E Lat: 9153235.00 m S O terceiro afloramento encontra-se a 11,9 Km de Alcantil sentido Barra de Santana pela BR 104. Neste afloramento foi encontrado uma rocha gábrica com veio de quartzo e uma granulação fina. Com foliações de alto ângulo por bandamento composicional, uma foliação Sn, e algumas lineações, foi constatado também a presença de granadas na mesma. Foram obtido as seguintes atitude, foliação (245/78NW) uma foliação de alto ângulo e (325/48NW) aferiu-se também as lineações (325/48) e (50/65). Fig.6 Afloramento 3 – Ponto 3
Afloramento 4: ZN 24M Long: 822390.00m E Lat: 9154651.00 m S O quarto afloramento encontra-se a 13,2 Km de Alcantil sentido Campina Grande pela BR 104. Foram identificada uma rocha com níveis de xisto e presença de biotita, onde foram aferida as atitudes a seguir. Lineação de crenulação paralela ao seu eixo de dobra, foliação (180/85NW) e (60/26NW), e as Lineações (04/273) e (12/79). Fig.7 Afloramento 4 – Ponto 4
Representação estereográfica da foliação do aflora- mento 4 Representação estereográfica da lineação do aflora- mento 4
Afloramento 6: ZN 25M Long: LG 169354.00 m E LA 9167025.00 m S O sexto e último afloramento situado no município de Barra de Santana foram identifi- cados foliações milonítica associadas a zona de cisalhamento e também pode-se constatar que houve remobilização sindeformacional, foi notada a semelhança entre os afloramentos analisa- dos. Observou-se também rocha milonito com intrusão pegmatítica, onde houve a diminuição do cisalhamento ao se aproximar das extremidades. Fig.8 Afloramento 6 – Ponto 6 Fig.9 Afloramento 6 – Ponto 6
Representação estereográfica da foliação do aflora- mento 6 Representação estereográfica da lineação do aflora- mento 6