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RELATÓRIO ESTÁGIO FARMACIA DE MANIPULAÇÃO, Notas de estudo de Farmácia

Estágio obrigatório no curso de farmácia

Tipologia: Notas de estudo

2019
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Compartilhado em 01/11/2019

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RELATÓRIO DE ESTÁGIO
Beatriz Lessa da Silva1
Resumo: O presente relatório é destinado a descrição das atividades desenvolvidas durante os estágios
curriculares do curso de farmácia do Centro Universitário Barriga Verde – UNIBAVE. Foram
realizados estágios em uma farmácia central (SUS) e em uma farmácia comunitária (Bianco Farma) no
município de Orleans, assim praticando a dispensação e realizando as atividades propostas que são
realizadas na rotina destes lugares, principalmente na atuação do farmacêutico nesses ambientes,
sendo orientada pelas supervisoras de cada local que acompanharam todas as atividades.
Palavras-chave: Farmácia Comunitária. Farmácia da saúde pública. Dispensação. Atenção
Farmacêutica.
Introdução
As atividades promovidas pelo profissional farmacêutico estão voltadas à promoção, proteção e
recuperação da saúde, tanto no nível individual como coletivo, tendo o medicamento como insumo
essencial e visando o acesso e o seu uso racional.Inclui decisões da terapia: doses, via de
administração, acompanhamento da terapia farmacológica, informação e conselhos aos pacientes
relacionados com os medicamentos. Todo o processo de Atenção Farmacêutica deve envolver as
atitudes de respeito aos princípios da bioética, as habilidades de comunicação e os conhecimentos
técnico-científicos. A Atenção Farmacêutica apresenta duas modalidades, a Atenção Farmacêutica
Global e a Atenção Farmacêutica de Grupos de Risco (doentes crônicos, idosos, pacientes em poli
medicação)(POSSAMAI; DACOREGGIO 2007).
Segundo a RESOLUÇÃO Nº 572 DE 25 DE ABRIL DE 2013, Ementa: Dispõe sobre a
regulamentação das especialidades farmacêuticas, por linhas de atuação. Art. 1º - As linhas de atuação
que agrupam as especialidades farmacêuticas são:
I - Alimentos; II - Análises Clínicas Laboratoriais; III - Educação; IV - Farmácia;V -
FarmáciaHospitalar e Clínica; VI - Farmácia industrial; VII - Gestão; VIII - Práticas Integrativas e
Complementares; IX - Saúde Pública; X – Toxicologia (BRASIL, 2013).
Assistência Farmacêutica no sistema único de saúde deve ser harmonizada e garantir o acesso ao
medicamento. É fundamental a padronização dos medicamentos, dos mecanismos de compra e a
logística de distribuição, proporcionando maior racionalidade administrativa. A padronização baseada
em critérios epidemiológicos e farmacológicos. (LENZI; GARCIA; PONTAROLO, 2011).
Na farmácia comunitária, as principais atividades estão voltadas ao medicamento que são aquisição, o
recebimento, a conservação, o armazenamento e controles. É um estabelecimento de prestação de
serviços farmacêuticos de interesse público ou privado, com dispensação de produtos com finalidade
profilática, curativa, paliativa, estética ou para fins de diagnóstico (CORRER; PONTAROLO;
RIBEIRO, 2010).
Relatório de Estágio Supervisionado (2019/A)
Curso de Farmácia
1
1 Acadêmico. E-mail: beatriz.lessaa@gmail.com
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RELATÓRIO DE ESTÁGIO

Beatriz Lessa da Silva

Resumo: O presente relatório é destinado a descrição das atividades desenvolvidas durante os estágios curriculares do curso de farmácia do Centro Universitário Barriga Verde – UNIBAVE. Foram realizados estágios em uma farmácia central (SUS) e em uma farmácia comunitária (Bianco Farma) no município de Orleans, assim praticando a dispensação e realizando as atividades propostas que são realizadas na rotina destes lugares, principalmente na atuação do farmacêutico nesses ambientes, sendo orientada pelas supervisoras de cada local que acompanharam todas as atividades.

Palavras-chave: Farmácia Comunitária. Farmácia da saúde pública. Dispensação. Atenção Farmacêutica.

Introdução

As atividades promovidas pelo profissional farmacêutico estão voltadas à promoção, proteção e recuperação da saúde, tanto no nível individual como coletivo, tendo o medicamento como insumo essencial e visando o acesso e o seu uso racional.Inclui decisões da terapia: doses, via de administração, acompanhamento da terapia farmacológica, informação e conselhos aos pacientes relacionados com os medicamentos. Todo o processo de Atenção Farmacêutica deve envolver as atitudes de respeito aos princípios da bioética, as habilidades de comunicação e os conhecimentos técnico-científicos. A Atenção Farmacêutica apresenta duas modalidades, a Atenção Farmacêutica Global e a Atenção Farmacêutica de Grupos de Risco (doentes crônicos, idosos, pacientes em poli medicação)(POSSAMAI; DACOREGGIO 2007).

Segundo a RESOLUÇÃO Nº 572 DE 25 DE ABRIL DE 2013, Ementa: Dispõe sobre a regulamentação das especialidades farmacêuticas, por linhas de atuação. Art. 1º - As linhas de atuação que agrupam as especialidades farmacêuticas são:

I - Alimentos; II - Análises Clínicas Laboratoriais; III - Educação; IV - Farmácia;V - FarmáciaHospitalar e Clínica; VI - Farmácia industrial; VII - Gestão; VIII - Práticas Integrativas e Complementares; IX - Saúde Pública; X – Toxicologia (BRASIL, 2013).

Assistência Farmacêutica no sistema único de saúde deve ser harmonizada e garantir o acesso ao medicamento. É fundamental a padronização dos medicamentos, dos mecanismos de compra e a logística de distribuição, proporcionando maior racionalidade administrativa. A padronização baseada em critérios epidemiológicos e farmacológicos. (LENZI; GARCIA; PONTAROLO, 2011).

Na farmácia comunitária, as principais atividades estão voltadas ao medicamento que são aquisição, o recebimento, a conservação, o armazenamento e controles. É um estabelecimento de prestação de serviços farmacêuticos de interesse público ou privado, com dispensação de produtos com finalidade profilática, curativa, paliativa, estética ou para fins de diagnóstico (CORRER; PONTAROLO; RIBEIRO, 2010).

Curso de Farmácia

1 Acadêmico. E-mail: beatriz.lessaa@gmail.com

O objetivo do presente trabalho é relatar a experiência dos estágios curriculares e citar a atividades desenvolvidas. Relacionar as atividades práticas com a literatura.

Fundamentação teórica

Podendo ser individual ou coletiva, a Assistência Farmacêutica (AF) é definida pela resolução N° 338 de 06 de maio de 2004, como o conjunto de ações que visam à promoção, proteção e recuperação da saúde, que tem por objetivo o acesso e o uso racional do medicamento. A OMS ainda acrescenta “Este conjunto envolve a pesquisa, o desenvolvimento e a produção de medicamentos e insumos, bem como a sua seleção, programação, aquisição, distribuição, dispensação, garantia da qualidade dos produtos e serviços, acompanhamento e avaliação de sua utilização, na perspectiva da obtenção de resultados concretos e da melhoria da qualidade de vida da população.” (BRASIL, 2004).

O objetivo geral da AF é apoiar as ações de saúde promovendo o acesso da população aos medicamentos e seu uso racional. Desta forma encontramos as etapas da programação da AF. Estas são descritas pelo Ministério da Saúde (2002) na seguinte ordem: integrar com as áreas técnicas afins; elaborar formulários apropriados para registrar todas as informações de interesse no processo; escolher os métodos e critérios a serem utilizados para elaborar a programação, definindo o período de cobertura; proceder a levantamentos de dados de consumo, demanda e estoques existentes de cada produto, considerando os respectivos prazos de validade; analisar a programação dos anos anteriores; estimar as necessidades reais de medicamentos; elaborar planilha constando a relação dos medicamentos, contendo as especificações técnicas, as quantidades necessárias e o custo estimado para a cobertura pretendida no período; encaminhar ao gestor planilha elaborada para que seja realizada a aquisição dos medicamentos; acompanhar e avaliar (BRASIL, 2001).

Assim, em seu artigo 1º, inciso IV, a Resolução 338/2004, do Conselho Nacional de Saúde, define como um dos pontos básicos da Política Nacional de Assistência Farmacêutica: “As ações de Assistência Farmacêutica envolvem aquelas referentes à Atenção Farmacêutica, considerada como um modelo de prática farmacêutica, desenvolvida no contexto da Assistência Farmacêutica e compreendendo atitudes, valores éticos, comportamentos, habilidades, compromissos e co- responsabilidades na prevenção de doenças, promoção e recuperação da saúde, de forma integrada à equipe de saúde. É a interação direta do farmacêutico com o usuário, visando uma farmacoterapia racional e a obtenção de resultados definidos e mensuráveis, voltados para a melhoria da qualidade de vida (grifo nosso). Esta interação também deve envolver as concepções dos seus sujeitos, respeitada as suas especificidades bio-psico-sociais, sob a ótica da integralidade das ações de saúde.” (CFF, 2010).

A assistência farmacêutica também é definida como: “um grupo de atividades relacionadas com o medicamento, destinadas a apoiar as ações de saúde demandadas por uma comunidade. Envolve o abastecimento de medicamentos em todas e em cada uma de suas etapas constitutivas, a conservação e controle de qualidade, a segurança e a eficácia terapêutica dos medicamentos, o acompanhamento e a avaliação da utilização, a obtenção e a difusão de informação sobre medicamentos e a educação permanente dos profissionais de saúde, do paciente e da comunidade para assegurar o uso racional de medicamentos.” (BRASIL, 2001).

Dentre as prioridades da reorientação da Assistência Farmacêutica “a estruturação da Assistência Farmacêutica (AF) é um dos grandes desafios que se apresentam aos gestores e profissionais do SUS, uma vez que sua reorientação propõe uma mudança no modelo de organização e na forma de gerenciamento, tendo por base uma nova lógica de atuação. Não deve se limitar apenas a aquisição e distribuição de medicamentos, exigindo para a sua implementação a elaboração de planos, programas

Curso de Farmácia

assistentes sociais, professores de educação física, fisioterapeutas, farmacêuticos, funcionários administrativos e agentes comunitários de saúde (SBC, 2019).

A dispensação é conceituada como fornecimento de medicamentos ao consumidor com prescrição médica ou não, juntamente com a promoção do uso racional dos medicamentos. Para uma prática mais responsável quanto ao emprego dos recursos terapêuticos, é necessária a compreensão da dispensação como um serviço de saúde com informações essenciais, estrutura, trabalhadores e gestão orientados para a atenção à saúde das pessoas (LEITE et al., 2017).

A Secretaria de Vigilância Sanitária passou a controlar através da Portaria 344/98 a dispensação de medicamentos entorpecentes e psicotrópicos considerando seus efeitos adversos e o uso indiscriminado de medicamentos que precisam de receituários especiais que devem ser obrigatoriamente preenchidos pelo médico e essencial para dispensação (ANDRADE et al., 2004).

Estão sujeitas a controle especial as seguintes listas de substâncias: A1 e A2 que constam medicamentos entorpecentes, A3, B1 e B2 os psicotrópicos, C1 que são de outras substâncias sujeitas a controle especial, C2 para substancias retinóicas de uso sistêmico, C3 que são as imunossupressoras e D1 estão as substancias precursoras (BRASIL, 1998).

Se tratando de medicamentos psicotrópicos, o profissional farmacêutico é responsável pela dispensação, e também por oferecer atenção, para prevenir possíveis efeitos adversos, interações medicamentosas ou mesmo uso errado do medicamento. Alguns possíveis erros que podem ocasionar prejuízo ao tratamento como: falta de informações e letra ilegível no receituário, abreviações, rasuras (GRASSI; CASTRO, 2014)

De acordo com a Portaria SVS/MS 344/98 nas prescrições precisam constar nome, carimbo e assinatura do prescritor com sua inscrição no Conselho Regional. E na Notificação de Receita, que é um documento que autoriza a dispensação dos medicamentos das listas A1, A2, A3, B1 e B2, precisa estar nome e endereço completo do estabelecimento, nome do responsável pela dispensação e data do atendimento. Os requisitos para as receitas da lista C1, também são mencionados na legislação, que determina, por exemplo, que estas possuem validade de trinta dias a partir da sua emissão.

É necessário em quaisquer ambientes farmacêuticos um gerenciamento de estoque, que é uma atividade que garante a disponibilidade dos medicamentos previamente selecionados nas quantidades adequadas para atender as necessidades da população. Deve-se fazer uma programação para avaliar as necessidades locais de cada serviço de saúde (BELTRAME, 2007).

É importante a implantação de um sistema de informações e gestão de estoque eficiente, para que a programação possa ser realizada com base em dados fidedignos, tais como perfil epidemiológico, consumo histórico, consumo ajustado, oferta de serviços, entre outros (BELTRAME, 2007). Em 2017, foi criado um novo sistema pelo Ministério da Saúde para integrar as informações de distribuição, estoques e acesso aos medicamentos do SUS em todo o país. Sendo possível obter um planejamento da compra, do controle da data de validade e a realização de remanejamentos, evitando desperdícios dos fármacos entregues (BRASIL a, 2017).

Apesar da descentralização das ações de saúde no setor público ter-se iniciado em 1990, até 1997 os processos de aquisição de medicamentos obedeceram a um modelo centralizado de gestão, realizado pela Central de Medicamentos (Ceme). A extinção desse órgão, aliada à publicação da Política Nacional de Medicamentos em 1998, reforçou a política de descentralização proposta para o Sistema Único de Saúde (SUS), transferindo responsabilidades de operacionalização da gestão da assistência farmacêutica para os municípios. (OMS, 2013)

Curso de Farmácia

Relacionado às aquisições de medicamentos no serviço público são realizadas mediante processo licitatório, com concorrência entre participantes. Contudo, considerando que os recursos são finitos, o desafio dos gestores públicos é planejar o processo de aquisição de medicamentos para que a qualidade do produto adquirido não seja prejudicada pela necessidade de economia. Todas as compras de medicamento no Serviço Público precisam passar por um processo licitatório, exceção dada à dispensa de licitação e exigibilidade. As regras desse procedimento formal estão principalmente nas Leis nº 8.666/1993e nº 10.520/2002 (Brasil, 2006).

São tipos de licitação: Menor preço, Melhor técnica, Técnica e preço e Maior lance e oferta. E as modalidades de licitação para aquisição de produtos são: Concurso, leilão, Convite, Tomada de preço, Concorrência, e o Pregão. Com exceção as duas primeiras, todas poderão ser aplicadas à compra de medicamentos. Cada modalidade tem suas particularidades e requisitos (Figueiredo, 2002).

Em uma licitação procura-se a condição mais vantajosa para a Administração Pública e deve ser obrigatoriamente realizada observando os princípios de igualdade entre licitantes, publicidade e observância das condições exigidas no instrumento de abertura (De Castro, 1999).

No Brasil existe a Relação Nacional de Medicamentos essenciais (RENAME), a qual é tida como base para as listas municipais e estaduais e busca promover o acesso, a disponibilidade, a qualidade e o uso racional de medicamentos. No entanto, existem desafios a serem superados com a lista como a maior disseminação da mesma e a adesão pelos prescritores. A seleção dos medicamentos deve ser feita por uma comissão permanente com diferentes profissionais da saúde (Wannmacher, 2006).

Faz parte do âmbito do SUS a judicialização da saúde que é um fenômeno que pode prejudicar a execução de políticas de saúde no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), uma vez que o cumprimento de determinações judiciais para fornecimento de medicamentos, insumos e serviços de saúde acarreta gastos elevados e não programados. Após a aprovação da Constituição Federal Brasileira de 1988 tornou-se cada vez mais freqüente a interferência do poder judiciário em questões que, primariamente, são da competência dos poderes executivos ou legislativos. A este novo papel exercido pelo Judiciário na garantia de direitos individuais tem sido atribuída a noção de judicialização (Chieffi, 2009) O Conselho Nacional de Secretários de Saúde divulgou em 2004 que ações judiciais para fornecimento de medicamentos excepcionais ocorreram de forma freqüente em 18 estados brasileiros, tendo como principais razões a falta de medicamentos, o não cumprimento de critérios de protocolos clínicos e a solicitação de medicamentos não padronizados Medicamentos disponíveis na rede de atenção básica e outros sem registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) ou sem evidências de eficácia também são pleiteados dessa forma (Vieira, 2007).

O SUS tem como uma de suas atribuições executar ações de assistência terapêutica integral. A Política Nacional de Medicamentos (PNM) e^ foi elaborada para garantir o acesso da população a medicamentos seguros, eficazes e de qualidade, e para promover seu uso racional. Contudo, pacientes têm recorrido ao Poder Judiciário, e o uso desse mecanismo para o recebimento de medicamentos pode acarretar prejuízos à equidade na saúde. A PNM determina as responsabilidades de cada esfera do governo no âmbito da assistência farmacêutica e o processo de judicialização da saúde desconsidera essa normatização. O município é freqüentemente obrigado a fornecer medicamentos do Programa de Medicamentos de Dispensação Excepcional que são de responsabilidade da gestão estadual, e esta, por sua vez, é compelida a fornecer medicamentos da atenção básica (Messeder, 2005).

Curso de Farmácia

  • Conhecimento dos sistemas MIDAS, SESMED, SISMEDEX e como utilizar e realizar a dispensação e cadastro dos pacientes em cada um;
  • Dispensação dos medicamentos;
  • Análise de receitas: o paciente traz a prescrição para busca de medicamento, e é analisado a data da prescrição, carimbo e assinatura do profissional, medicamento e as devidas dosagens e quantidades. Prescrição de medicamentos constados na Portaria 344/98 tem validade por 30 dias a partir da data prescrita e a receita vale somente uma vez, prescrição de antibióticos tem validade de 10 dias a partir da data prescrita, prescrição de medicamentos de uso agudo (antialérgicos) tem validade de 30 dias. É necessário atenção nessa análise para não dispensar medicamento com receita vencida;
  • Conhecimento das classes de medicamentos disponíveis na farmácia: a Juliana explicou e mostrou todos os medicamentos que constavam em estoque, e entendimento de como são armazenados os medicamentos de atenção básica, da Portaria 344/98 e antibióticos que são devidamente separados ;

- Atenção farmacêutica: a Cristine fez uma breve explicação sobre a posologia

dos antibióticos e ela juntamente com a Kenia e Beatriz (estagiária) auxiliaram

durante as dispensações explicando como informar ao paciente a quantidade dos

medicamentos que ele está levando e orienta-lo sobre a administração, tirando as

possíveis dúvidas dos pacientes.

- Separação dos medicamentos judiciais por cada paciente;

- Conhecimento sobre os medicamentos que o governo disponibiliza e para

quais CIDs, no caso do Componente especializado;

- Contagem de estoque;

- Separação dos pedidos semanais para os postos;

- Passar as receitas no Livro de Registro específico;

- Pedido bimestral ao consórcio Cisanrec;

- Arquivamento de recibos;

- Conhecimento sobre a RENAME, REREME e REMUNE.

Farmácia Comunitária

Curso de Farmácia

- Dispensação;

- Atenção farmaceutica;

-Gerenciamento de estoque;

- Orientação ao paciente;

- Conferencia de estoque de controlados;

- Envio do arquivo para o SNGPC;

- Prestação de serviços farmacêuticos como aferição de pressão;

- Leitura de POPs para observar como funciona;

- Balanço das receitas (B1 e B2 envio mensal, C e antibióticos envio

trimestral);

- Revisão de documentação (alvará, AE, AFE);

- Limpeza do balcão e organização dos medicamentos.

Resultados e Discussão

Em Unidade Básica de Saúde (UBS):

- Descrever como é o processo de dispensação de medicamentos.

Para o fornecimento geral é necessário identidade, CPF, cartão do SUS e comprovante de residência atual. O paciente procura a farmácia central trazendo uma prescrição médica, onde será avaliado primeiramente se a medicação prescrita consta em estoque e se a posologia está correta, depois se ele possui cadastro ou ficha (no caso de controlados), para assim ser entregue ao paciente. Atualmente o município atende tanto prescrições do SUS, como prescrições particulares. Para cada classe ou tipo de medicamento é realizado a dispensação de forma diferente.

Pelo sistema componente são feitos processos para medicamentos de alto custo que o estado fornece. O estado fornece medicamentos apenas para alguns CIDs, é necessário que o médico

Curso de Farmácia

assim sendo possível ter um controle. Também pude perceber que muitos médicos prescrevem pelo nome comercial ao invés do nome do principio ativo o que dificulta a dispensação, além de ocorrer erros na prescrição (dosagem, quantidade).

-Qual o conhecimento técnico-científico do profissional farmacêutico é requerido?

O profissional que realiza a dispensação deve ter conhecimento sobre os nomes das medicações, muitas vezes são feitas pelos nomes comerciais dos medicamentos. E deve conhecer sobre farmacologia e farmacoterapeutica para saber orientar corretamente o paciente.

O farmacêutico deve ser alguém capaz de comunicar-se com os prescritores e os pacientes, e ter conhecimento para lidar com esta relaçao. A informação repassada ao médico e paciente deve ser fundamentada (GALATO et al., 2008).

- Que tipo de informações são solicitadas por parte de outros profissionais do estabelecimento? E dos pacientes?

Informações sobre as datas que poderiam vir buscar novamente os medicamentos, e sobre o tratamento/eficácia.

- Ocorre substituição de medicamentos em falta?

Não, apenas se o médico prescrever em receita uma substituição do medicamento que conste no estoque da farmácia. O estágio traz uma visão diferente da farmácia, pois por ser uma farmácia pública quando falta medicação ou a não possui a medicação que o paciente necessita, muitas vezes eles são desrespeitosos com o funcionário público, já outros são educados e entendem, se tornando algumas vezes até amigos dos funcionários.

- Como é feita a dispensação de controlados (Portaria 344/98)?

Seguindo a Portaria 344/98, e conforme citado anteriormente.

- Existe acompanhamento farmacoterapêutico dos pacientes no local de estágio? Caso sim, como ele é feito?

Não, porém no momento da dispensação sempre é observado os medicamentos que os pacientes utilizam e as profissionais intervem quando necessário

- Existe um consultório farmacêutico dentro do estabelecimento para conversa com o paciente? Caso não, como é realizado o atendimento de pacientes que necessitariam de privacidade?

Não existe consultório farmacêutico, porém é um dos planos que está em andamento. Os atendimentos são realizados em guichês, assim o paciente já tem um pouco de privacidade.

- Quais são os profissionais e especialidades que a UBS atende?

Cinco farmacêuticas, e duas estagiárias.

- Quais os programas implantados e realizados na UBS?

Curso de Farmácia

Na farmácia não existe nenhum programa, porém são separados medicamentos para o programa hiperdia que é realizado nos postos. E também existe uma farmacêutica Cinthia Soares Lotin Librelato que fica no NASF (Nucleo de apoio a saúde da família), lá ela auxilia nos programas de tabagismo, curso de bem-estar para grávidas.

Em farmácia comunitária:

- Descrever como é o processo de dispensação de medicamentos.

Na farmácia os medicamentos podem ser dispensados com retenção de

receita, apresentação de receita ou podem ser por solicitação do próprio paciente ou

indicação farmacêutica no caso de medicamentos não tarjados. A farmacêutica e os

atendentes que são orientados por ela, auxiliam o paciente explicando mecanismo

de ação, possíveis interações, posologia e dão a opção para o paciente escolher

entre os medicamentos de referencia ou genérico. Segundo Arrais, Barreto e Coelho

(2007), durante a dispensação o farmacêutico é responsável por respeitar o direito

do paciente de conhecer o medicamento que vai ser dispensado e orienta-lo sobre a

utilização correta do medicamento.

Quando a venda é de um medicamento controlado com retenção de receita,

é preciso ter mais atenção com a data de validade da receita (antibióticos 10 dias e

demais 30 dias), medicamento a ser dispensado, concentração, quantidade e com

relação as informações do paciente pois assim que é feito a venda o próprio sistema

já está interligado com o SNGPC (o relatório é enviado a cada 7 dias). Com relação

aos antibióticos sempre é dispensado a quantidade suficiente para o tratamento,

geralmente olhando pela posologia.

Durante esse processo a farmacêutica me orientou e explicou sobre as

classes de medicamentos, posologia, alguns mecanismos de ação e como realizar a

atenção farmacêutica. Durante as dispensações é importante observar se aquele

medicamento ainda tem em estoque ou não para realizar o pedido, ou reposição no

caso de medicamentos com maior saída.

- Qual o conhecimento técnico-científico do profissional farmacêutico é

requerido?

Deve conhecer os medicamentos e princípios ativos, conhecimento em

farmacologia e farmacoterapeutica principalmente, porém também anatomia,

fisiologia.

- Que tipo de informações são solicitadas por parte de outros

profissionais do estabelecimento? E dos pacientes?

Curso de Farmácia

- Carga horária de estágio deve ser mantida?

Sim, pois assim consegui ter uma rotina e ficar mais tempo realizando o estágio para participar de atividades que eram mensais.

- As atividades desenvolvidas no estágio ampliaram seu conhecimento de forma satisfatória?

O estágio permitiu um contato com a realidade do farmacêutico no contexto do SUS e no balcão, afirmando cada vez mais importância do farmacêutico no contexto da saúde.

- O contato com profissionais do estabelecimento foi satisfatório? E com o público?

Sim, consegui aprender muito sobre a prática da nossa profissão nos dois ambientes e tive a experiência de estar em contato com os pacientes realizando as dispensações e orientando os mesmos.

- O supervisor acompanhou seu estágio de forma satisfatória?

Sim, as supervisoras me acompanharam, orientaram, e auxiliaram nas todas as questões que precisei e/ou tive dúvidas.

- As dúvidas sobre as atividades foram sanadas? De que maneira?

Sim, muitas das dúvidas as supervisoras explicaram durante o estágio, e em alguns casos me mostraram na prática como por exemplo, na farmácia central sobre as validades das receitas e livro de registro específico, e na farmácia comunitária (Bianco Farma) sobre os balanços das receitas de controlados e pedidos. Me mostraram como são realizadas as atividades.

- Houve aproveitamento?

Sim.

- Superou suas expectativas?

Sim, não imaginava como era a rotina nesses ambientes, principalmente na farmácia central e nem que pudesse ser tão complexo.

- Houve contribuição do estágio para sua formação como profissional farmacêutico?

Sim.

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Referências

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ANVISA. Agencia Nacional de Vigilância Sanitária Resoluçãordc nº 306, de 7 de dezembro de 2004. Disponível em: <http://portal.anvisa.gov.br/documents/33880/2568070/ res0306_07_12_2004.pdf/95eac678-d441-4033-a5ab-f0276d56aaa6>. Acesso em: 08 mai. 2019.

ARRAIS, Paulo Sérgio Dourado; BARRETO, Maurício Lima; COELHO, Helena Lutéscia Luna. Aspectos dos processos de prescrição e dispensação de medicamentos na percepção do paciente: estudo de base populacional em Fortaleza, Ceará, Brasil. Cadernos de Saúde Pública , v. 23, p. 927-937, 2007.

BELTRAME, Alberto et al. Assistência farmacêutica no SUS. 1ª ed. Brasília: Conass, 2007. 186p.

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Resolução nº 338, de 06 de maio de 2004. Brasília, DF. Disponível em: <http://

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BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância Sanitária. Portaria nº 344, de 12 de maio de 1998. Aprova o Regulamento Técnico sobre substâncias e medicamentos sujeitos a controle especial. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 15 de maio de 1998. Poder Executivo. Disponível em: http:// www.cff.org.br/userfiles/file/portarias/344.pdf Acesso em: 25/03/

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos. Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos Aquisição de medicamentos para assistência farmacêutica no SUS – orientações básicas. Brasília: Ministério da Saúde, 2006a.

BRASIL. Portaria n. 344, de 12 de maio de 1998. Aprova o Regulamento Técnico sobre substâncias e medicamentos sujeitos a controle especial. Diário Oficial da União. Brasília, 15 maio 1998. Disponível em: http://www.cff.org.br/userfiles/file/portarias/344.pdf Acesso em: 25/03/2019.

BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. SECRETARIA DE POLÍTICAS DE SAÚDE. DEPARTAMENTO DE ATENÇÃO BÁSICA. GERÊNCIA TÉCNICA DE ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA. Assistência Farmacêutica: instruções técnicas para a sua organização. Brasília: Ministério da Saúde, 2001.

CAFURE, Vera Araujo; PATRIARCHA-GRACIOLLI, Suelen Regina. Os resíduos de serviço de saúde e seus impactos ambientais: uma revisão bibliográfica. 2014. 14 f. Universidade Católica Dom Bosco (ucdb) e Unigran Capital, Campo Grande, 2014.

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Nº2 - Maio 2011 – Prática profissional: Descarte de medicamentos - Disponível em: www.ufrgs.br/ boletimcimrs

PENIDO, Alexandre. 100% dos medicamentos do SUS terão monitoramento online. [S.I.: s.n.5],

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