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Guias e Dicas
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Relatório Produção de linguiça, Provas de Engenharia de Alimentos

Relatório de produção de linguiça em planta piloto

Tipologia: Provas

2013

Compartilhado em 16/07/2013

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vitor-freire-1 🇧🇷

4.7

(32)

27 documentos

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CENTRO EDUCACIONAL DA FUNDAÇÃO SALVADOR ARENA
FACULDADE DE TECNOLOGIA TERMOMECÂNICA
CINTHIA M. SHINODA
FERNANDA R. CORREA
TALITHA M. DOS SANTOS
VITOR T. FREIRE
PRODUÇÃO DE LINGÜIÇA TOSCANA E DE FRANGO
Tecnologia de Carnes
Profª Joyce Barros
ESA – 3
São Bernardo do Campo
2013
1. Objetivo: Produção de lingüiça toscana e de frango em escala laboratorial.
2. Ingredientes e funções:
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Baixe Relatório Produção de linguiça e outras Provas em PDF para Engenharia de Alimentos, somente na Docsity!

CENTRO EDUCACIONAL DA FUNDAÇÃO SALVADOR ARENA

FACULDADE DE TECNOLOGIA TERMOMECÂNICA

CINTHIA M. SHINODA

FERNANDA R. CORREA

TALITHA M. DOS SANTOS

VITOR T. FREIRE

PRODUÇÃO DE LINGÜIÇA TOSCANA E DE FRANGO

Tecnologia de Carnes Profª Joyce Barros ESA – 3

São Bernardo do Campo 2013

1. Objetivo: Produção de lingüiça toscana e de frango em escala laboratorial.

2. Ingredientes e funções:

2.1 Linguiça suína

  • Carne suína (pernil): é a matéria prima básica para a produção da linguiça. Prefere-se carnes de animais adultos para embutidos maturados, carne fresca para que o rendimento seja maior, devido a sua maior capacidade de retenção de água e por conterem maiores quantidades de proteína miofibrilar (miosina) em estado livre.
  • Solução salina: Expõe as proteínas miofibrilares que são solúveis em solução salina, estabilizando a emulsão, retendo água (suculência), conferindo sabor e aroma e realçando o sabor dos condimentos. Sendo que a água gelada ajuda no controle de temperatura, inibindo a contaminação microbiológica, assim como o sal que é um conservante.
  • Toucinho: O toucinho pode ser adicionado ou não ao embutido, mas confere suculência e maior palatabilidade ao produto.
  • (^) Aromatizantes: conferem ou intensificam o sabor e/ou aroma.
  • Tripa: tem a finalidade de dar formato ao produto cárneo, podem ter calibres distintos e são de origem natural ou artificial.
  • **Compacto:
  • Estabilizante** (Polifosfatos): potencializam a capacidade de retenção de água e gordura, dando maior suculência e textura, melhoram a cor e o aroma dos cárneos e quando combinados com compostos alcalinos aumentam o rendimento, pois retém a salmoura adicionada.
  • Aromas naturais: conferem ou intensificam o sabor e/ou aroma.
  • Especiarias naturais: São condimentos utilizados para realçar ou dar sabor diferenciado aos alimentos e aroma.
  • Tripa: tem a finalidade de dar formato ao produto cárneo, podem ter calibres distintos e são de origem natural ou artificial.
  • **Compacto:
  • Conservantes**

Açúcar refinado: evita o salgamento excessivo, diminui a umidade, modera o sabor, proporciona aroma, evita o crescimento microbiológico e previne a oxidação dos pigmentos cárneos.

Nitrito e Nitrato de sódio: fixa e estabiliza a cor da carne curada, confere aroma característico de carne curada, inibe o crescimento de algumas bactérias, principalmente o Clostridium botulinum e retarda a rancificação.

- Antioxidantes

Eritorbato de sódio: melhoram, uniformizam e estabilizam a cor na carne, bloqueiam o desenvolvimento de N-nitrosaminas, que é carcinogênico e aumentam a velocidade das reações de cura.

- Estabilizante

Polifosfatos: potencializam a capacidade de retenção de água e gordura, dando maior suculência e textura, melhoram a cor e o aroma dos cárneos e quando combinados com compostos alcalinos aumentam o rendimento, pois retém a salmoura adicionada.

- Realçador de sabor

Glutamato monossódico: realça e melhora o sabor do produto, proporciona harmonização de diferentes gostos (doce, salgado, ácido e amargo), considerado o gosto umami.

3. Fluxograma de produção

Tanto a linguiça suína quanto a de frango, recebem tratamentos semelhantes, diferenciando-se apenas no tipo de carne e tripa utilizados. Abaixo, o fluxograma de produção do produto. Sendo a primeira, utilizada tripa suína e a segunda, tripa de ovino.

  • Na indústria, a etapa de mistura é feita por misturadores a vácuo, sendo que neles também é respeitada a ordem dos ingredientes: primeiro o sal, que expõe as proteínas miofibrilares (que são solúveis em soluções salinas), estabiliza a emulsão, ajuda a reter água (suculência), dá sabor e realça o sabor dos outros ingredientes quando numa concentração maior do que 1,4%; depois a água, que é gelada para ajudar no controle de temperatura, pois compensa o aumento da temperatura pelo agitamento, depois o toucinho (no caso da linguiça toscana) e então a mistura de temperos.
  • As tripas são hidratadas apenas para retirar o sal que é usado na sua conservação.
  • O pó compacto que contém os temperos é um produto industrializado que varia em sua composição, mas que contém obrigatoriamente antioxidantes, estabilizantes, condimentos e conservantes.
  • Embora a etapa do embutimento tenha tido um auxílio manual, na indústria obviamente se usa equipamentos, no caso, o próprio moedor, equipado com um funil onde se encaixa a tripa.

5. Conclusão

As linguiças preparadas foram analisadas informalmente pelos preparadores e consideradas semelhantes às encontradas no mercado. Não foi possível fazer um cálculo de rendimento, pois as amostras preparadas não foram pesadas posteriormente ao preparo, embora se suponha um rendimento alto no preparo de linguiça toscana, já que quase não há descarte de carne; e médio no caso da linguiça de frango, já que há o descarte de ossos (sendo que nesse caso seria possível um maior aproveitamento se usado um equipamento de CMS, embora tal procedimento não seja comum para esta parte da carne de frango). É interessante notar que os preparadores foram instruídos a não armazenar nem a carne homogeneizada nem as linguiças já preparadas já que não houve um controle da temperatura durante o processo de preparo, um fato extremamente importante e que com certeza deve ser observado na indústria. De modo geral, pode-se concluir então que as preparações das linguiças

toscana e de frango são ótimas formas de se processar a carne, oferecendo um produto saboroso, de fácil preparo e consumo e um relativo baixo custo.

6. Referências

BERAQUET, R. O. O mundo do frango: cadeia produtiva da carne de frango. Criciúma: Ed. do Autor.

PAULINO F. O. Efeito da redução de gordura e substituição parcial de sal em linguiça suína tipo toscana. 2005. 109 f. Dissertação (Mestrado) - Mestre em Higiene Veterinária e Processamento Tecnológico de Produtos de Origem Animal, Universidade Federal da Paraíba, Universidade Federal Fluminense, Niterói, 2005. Disponível em: <http://www.uff.br/higiene_veterinaria/teses /flavia_paulino_completa_mestrado.pdf>. Acesso em: 16 mar. 2013.

PEREDA, J. A. O. (Org.). Tecnologia de Alimentos: Alimentos de origem animal. 2º volume. Porto Alegre: Artmed, 2005.