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Resenha do artigo 'Avaliação de técnicas fisioterapêuticas no tratamento do linfedema pós-cirurgia de mama em mulheres' apresentada na disciplina de Fisioterapia Dermatofuncional.
Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas
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Avaliação de técnicas fisioterapêuticas no tratamento do linfedema pós- cirurgia de mama em mulheres
Autores do Artigo:
Meirelles MCCCI
Mamede MVII
Panobianco MSII
I (^) Curso de Fisioterapia, Universidade de Ribeirão Preto, Ribeirão Preto, SP - Brasil II (^) Departamento de Enfermagem Materno-Infantil e Saúde Pública, Escola de Enfermagem de
Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo - USP, Ribeirão Preto, SP - Brasil IIIDepartamento de Medicina Social, Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, USP, Ribeirão
Preto, SP - Brasil
O artigo apresenta um estudo de caso avaliando técnicas fisioterapêuticas no tratamento de linfedema pós-operatório de mama em mulheres, onde verificou- se a afetividade do tratamento do linfedema, por um período de até dois anos. Foi avaliado também o volume do braço tratado aos 6, 12, 18 e 24 meses após o tratamento do linfedema.
Segundo os autores as mulheres que se submetem à retirada cirúrgica de linfonodos axilares para tratar do câncer de mama estão sujeitas a complicações, entre elas, o linfedema de braço, definido como uma condição crônica, na qual existe acúmulo excessivo de líquido, com alta concentração proteica no interstício e de tratamento e reversibilidade difíceis e complexos. Foi ressaltado que até o momento não existe um padrão universal para a mensuração do linfedema, o que acaba contribuindo para uma grande diversidade de resultados a respeito da sua incidência.
O aumento anormal da concentração de proteínas no interstício, resulta em um edema de alta concentração proteica. A principal causa do linfedema pós- cirurgia mamária para o tratamento do câncer de mama é a retirada dos linfonodos axilares; alguns fatores como a radioterapia, as complicações pós- operatórias, a infecção, a linfangite, o nível da radicalidade da técnica cirúrgica e outros são relatados na literatura como fatores desencadeantes ou agravantes do linfedema, o que indica sua natureza multifatorial.
O linfedema pós-tratamento para o câncer de mama traz muitas complicações para a mulher, ela se torna mais susceptível a diminuição da capacidade de distensibilidade do tecido subcutâneo das estruturas envolvidas, como ombro, cotovelo, pulso e mão do lado comprometido, com prejuízo de movimentos e diminuição de amplitude. Isso pode causar desde um simples incômodo a uma forte dor no braço; a mulher pode ter suas atividades prejudicadas entre outros fatores prejudiciais a saúde corporal, interferindo além do mais em sua auto- imagem, causando problemas sociais e afetivos.
Comprova-se que protocolos fisioterapêuticos para o tratamento do linfedema, que incluem drenagem linfática manual (DLM), enfaixamento compressivo funcional (ECF), exercícios, orientações ao autocuidado e à automassagem e uso de braçadeira elástica, divididos em uma fase intensiva e outra de manutenção do tratamento, mostram que a fase intensiva de tratamento é eficiente para reduzir significativamente o linfedema dessas mulheres, e que esta redução se dá, principalmente, na primeira semana de tratamento, sendo que após a terceira semana, a redução ocorre de maneira pouco significativa.
O estudo foi feito com participação de 36 mulheres atendidas em um serviço especializado em reabilitação de mulheres com câncer de mama, as quais atendiam aos seguintes critérios: terem sido submetidas à cirurgia mamária e linfadenectomia axilar unilateral, apresentarem 3cm ou mais de diferença entre as medidas dos braços à perimetria e terem completado a fase intensiva do tratamento do linfedema. Essas mulheres foram avaliadas aos 6, 12, 18 e 24 meses após o término dessa fase. O estudo teve algumas fases como: fase intensiva, fase de manutenção e avaliação do linfedema.
Conclui-se com tal estudo que os resultados do tratamento do linfedema com técnicas fisioterapêuticas como drenagem linfática manual, enfaixamento compressivo funcional, vestimentas elásticas, exercícios e orientações de autocuidados e automassagem, utilizadas para o tratamento do linfedema revelam-se como bons, melhores e mais rápidos do que outros métodos não invasivos para o tratamento do linfedema.
Conclui-se também que houve redução do linfedema e essa se manteve ao longo dos períodos estudados; não houve influência na redução do linfedema dos fatores como idade, estado civil, escolaridade, tipo de cirurgia, índice de massa corporal, grau do linfedema, radioterapia, circunferência, hipertensão arterial ou limitação articular; não houve adesão total às estratégias de autocuidado com o braço, realização de exercícios, automassagem e ao uso da braçadeira elástica por todas as mulheres estudadas.
Observação: torna-se evidente a importância da realização de novas pesquisas que analisem o papel de cada uma dessas orientações na evolução do linfedema, após a fase intensiva do tratamento, de forma sistemática e controlada.