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Guias e Dicas
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Resolução Reitz Cap 1, Exercícios de Eletromagnetismo

Resolução do capítulo 1 do livro de eletromagnetismo reitz

Tipologia: Exercícios

2019
Em oferta
30 Pontos
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Compartilhado em 09/10/2019

samuel-mafra-2
samuel-mafra-2 🇧🇷

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bg1
Cap´ıtulo 1
An´alise Vetorial
1.1
Sejam os dois segmentos de reta AB eCD, com
AB =~
B~
Ae
CD =~
D~
C,
tal que:
AB = ˆı + ˆ
k
CD =ı 6ˆ + 3ˆ
k
Para verificar que
AB e
CD ao paralelos basta verificar que
AB ×
CD = 0 ou
simplesmente que
CD =3·
AB. Ent˜ao,
AB e
CD ao paralelos e CD/AB = 3.
1.2
Para ~
A~
B, o produto interno ~
A·~
Bdeve ser igual a zero, a que ao existe uma
proje¸ao ao nula de ~
Asobre ~
B. Nesse caso, ~
A= ˆı + + 3ˆ
ke~
B= 4ˆı + 2ˆ 4ˆ
k:
~
A·~
B= 4 + 8 12 = 0
Ou seja, ~
Ae~
Bao perpendiculates.
1.3
Para que ~
A,~
Be~
Csejam os lados de um triˆangulo retˆangulo, tem-se que:
~
A+~
B=~
C
ou
~
B+~
C=~
A
ou
~
C+~
A=~
B
| {z }
definic˜ao de triˆangulo
e
~
A·~
B= 0
ou
~
B·~
C= 0
ou
~
C·~
A= 0
| {z }
ˆangulo reto
Verifica-se que: ~
A+~
B=~
Ce~
A·~
B= 0. Logo, ~
A,~
Be~
Cformam um triˆangulo
retˆangulo.
1
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Cap´ıtulo 1

An´alise Vetorial

Sejam os dois segmentos de reta AB e CD, com

AB =

B −

A e

CD =

D −

C,

tal que:

AB = ˆı + 2ˆ −

k

CD = −3ˆı − 6ˆ + 3

k

Para verificar que

AB e

CD s˜ao paralelos basta verificar que

AB ×

CD = 0 ou

simplesmente que

CD = − 3 ·

AB. Ent˜ao,

AB e

CD s˜ao paralelos e CD/AB = 3.

Para

A ⊥

B, o produto interno

B deve ser igual a zero, j´a que n˜ao existe uma

proje¸c˜ao n˜ao nula de

A sobre

B. Nesse caso,

A = ˆı + 4ˆ + 3

k e

B = 4ˆı + 2ˆ − 4

k:

A ·

B = 4 + 8 − 12 = 0

Ou seja,

A e

B s˜ao perpendiculates.

Para que

A,

B e

C sejam os lados de um triˆangulo retˆangulo, tem-se que:

A +

B =

C

ou

B +

C =

A

ou

C +

A =

B

def inic˜ao de triˆangulo

e

A ·

B = 0

ou

B ·

C = 0

ou

C ·

A = 0

ˆangulo reto

Verifica-se que:

A +

B =

C e

A ·

B = 0. Logo,

A,

B e

C formam um triˆangulo

retˆangulo.

2 CAP

ITULO 1. AN

ALISE VETORIAL

A =

B −

C

Tomando o produto escalar em ambos os lados da

equa¸c˜ao, obtem-se:

A ·

A =

B ·

B +

C ·

C − 2 ·

B ·

C

Como

B ·

C = BC cos θ, onde B e C s˜ao os m´odulos de

B e

C, respectiva-

mente, e θ ´e o ˆangulo formado entre os dois vetores, obtem-se:

A

2

= B

2

  • C

2

− 2 BC cos θ

︸ ︷︷ ︸

lei dos cossenos

A interpreta¸c˜ao geom´etrica ´e evidente e leva `a conhecida desigualdade trian-

gular |

A| + |

C| ≥ |

B| e ao teorema de Pit´agoras, quando θ = π/2, um triˆangulo

retˆangulo.

A = cos αˆı + sin αˆ

B = cos βˆı + sin βˆ

Os ˆangulos de cada vetor com o eixo x s˜ao obtidos a partir do produto escalar

entre cada um deles e o versor da dire¸c˜ao x, ˆı. Fica evidente que o ˆangulo θ

entre

A e

B ´e igual a β − α.

Tomando, ent˜ao, o produto escalar de

A com

B, obtem-se:

A ·

B = |

A| · |

B| · cos θ = cos α · cos β + sin α · sin β

Como |

A| = |

B| = 1, ent˜ao:

cos (β − α) = cos α · cos β + sin α · sin β

~r = xˆı + yˆ + z

k

A = A

x

ˆı + A y

ˆ + A

z

k

Tomando o produto interno

~r −

A

A = (x − A x

) A

x

  • (y − A y

) A

y

(z − A z

) A

z

= 0 e lembrando que a equa¸c˜ao greal de um plano ´e da forma

ax + by + cz + d = 0, verifica-se que

~r −

A

A ´e a equa¸c˜ao do plano que passa

4 CAP

ITULO 1. AN

ALISE VETORIAL

Como

B ×

B = 0 e |

P ×

Q| = |

P | · |

Q| · sin (θ P Q

C| · sin (θ BC

A| · sin (θ AB

Com um processo an´alogo ao anterior, por´em efetuando o produto vetorial

da equa¸c˜ao com

C, obtem-se a lei dos senos da trigonometria:

A|

sin (θ BC

B|

sin (θ CA

C|

sin (θ AB

Seja o plano definido pelos trˆes pontos A, B e C. Assim, todo vetor ~v da forma

~v = c 1 ·

C −

A

v 1

+c 2 ·

A −

B

v 2

+c 3 ·

C −

B

v 3

com c 1

, c 2

e c 3

escalares reais, pertence ao plano.

Para verificar que

N =

A ×

B +

A ×

C +

C ×

B

define um vetor normal

ao plano, basta mostrar que

N × ~v 1 =

N × ~v 2 =

N × ~v 3 = 0.

X =

C ×

A

A ·

A

  • k

A

O objetivo ´e mostrar que o vetor

X satisfaz `a equa¸c˜ao

C =

A ×

X.

Substituindo, ent˜ao,

X na equa¸c˜ao, obtem-se:

C =

A ×

C ×

A

A ·

A

  • k

A ×

A

=

Utilizando a identidade vetorial

A ×

B ×

C

B

A ·

C

C

A ·

B

obtem-se que

A ×

C ×

A

C

A ·

A

A

C ·

A

. O ´ultimo termo

C ·

A ´e

identicamente nulo pela equa¸c˜ao

C =

X. Ent˜ao,

X definido acima ´e solu¸c˜ao

da equa¸c˜ao dada.

Afirmar que

A ·

B ×

C

= 0 ´e equivalente a afirmar que o determinante

A

x

A

y

A

z

B

x

B

y

B

z

C

x

C

y

C

z

´e nulo.

Deve-se mostrar que a condi¸c˜ao acima ´e satisfeita se, e somente se,

A,

B e

C s˜ao linearmente dependentes:

  1. Se os trˆes vetores s˜ao linearmente dependentes ent˜ao ´e poss´ıvel escrever

C = k 1

A + k 2

B. Assim,

A ·

B ×

C

= k 1

A ·

B ×

A

  • k 2

A ·

B ×

B

  1. O determinante anula-se somente se uma linha (ou coluna) for nula ou

uma combina¸c˜ao linear das outras.

Assim:

A ·

B ×

C

C = k 1

A + k 2

B

Para

A = ˆ + 3

k

B = ˆı − 2

k

C = ˆı + ˆ +

k

claramente,

C =

A +

B. Assim:

A ·

B ×

C

Seja ϕ = ϕ (~r) um campo escalar. A equa¸c˜ao ϕ (~r) = constante define uma

superf´ıcie, de forma que:

dϕ =

∂ϕ

∂x

dx +

∂ϕ

∂y

dy +

∂ϕ

∂z

dz = 0

Essa equa¸c˜ao pode ser reescrita como

∇ϕ (~r) ·

dr = 0. Isso mostra que

∇ϕ (~r) ´e perpendicular ao vetor

dr, que ´e um vetor paralelo `a superf´ıcie num

dado ponto ~r.

Para ϕ (~r) = ax

2

  • by

2

  • cz

2 , obtem-se

∇ϕ (~r) = 2axˆı + 2byˆ + 2cz

k e:

ˆn ︸︷︷︸

versor normal `a superf

´ icie

axˆı + byˆ + cz

k

(ax)

2

  • (by)

2

  • (cz)

2

ds

∇ϕ ·

ds

ds

Em coordenadas cil´ındricas,

ds = ˆrdr +

θrdθ +

kdz e

Nota-se aqui que os termos acima entre parˆenteses correspondem `as defini¸c˜oes

de derivada parcial. Portanto:

F =

r

∂r

(r · Fr ) +

r

∂Fθ

∂θ

∂Fz

∂z

F = ˆı

x

2

  • yz

y

2

  • zx

k

z

2

  • xy

F =

∂F

x

∂x

∂F

y

∂y

∂F

z

∂z

= 2 x + 2y + 2z

∇ ×

F =

ˆı ˆ

k

∂/∂x ∂/∂y ∂/∂z

Fx Fy Fz

∇ ×

F = ˆı

∂F

z

∂y

∂F

y

∂z

∂F

x

∂z

∂F

z

∂x

k

∂F

y

∂x

∂F

x

∂y

Assim, para que

∇ ×

F seja perpendicular `a

F , o produto interno entre eles

deve ser nulo. Entretanto

F ·

∇ ×

F

= Fx

∂Fz

∂y

∂Fy

∂z

  • Fy

∂Fx

∂z

∂Fz

∂x

  • Fz

∂Fy

∂x

∂Fx

∂y

e, obviamente, esse resultado n˜ao ´e identicamente nulo.

Utilizando a derivada do produto,

2 (ϕψ) pode ser reescrito da seguinte forma:

2 (ϕψ) =

[

∇ (ϕψ)

]

∂x

ψ

∂ϕ

x

  • ϕ

∂ψ

x

∂y

ψ

∂ϕ

y

  • ϕ

∂ψ

y

∂z

ψ

∂ϕ

z

  • ϕ

∂ψ

z

Aplicando mais uma vez a derivada do produto:

2 (ϕψ) = 2

∂ψ

∂x

∂ϕ

∂x

  • ψ

2 ϕ

∂x

2

  • ϕ

2 ψ

∂x

2

2 ψ +

2 ϕ + 2

∇ψ

∇ϕ

8 CAP

ITULO 1. AN

ALISE VETORIAL

~r = xˆı + yˆ + z

k

∇ · ~r =

∂x

∂x

∂y

∂y

∂z

∂z

∇ × ~r = ˆı

∂z

∂y

∂y

∂z

∂x

∂z

∂z

∂x

k

∂y

∂x

∂x

∂y

  • ~u = u x

ˆı + u y

ˆ + u z

k

~u ·

~r =

ux

∂x

  • uy

∂y

  • uz

∂z

= ux

∂~r

∂x

= ˆı

+uy

∂~r

∂y

= ˆ

+uz

∂~r

∂z

=

ˆ k

Portanto

~u ·

~r = ~u.

Sejam os vetores:

A = Axˆı + Ayˆ + Az

k =⇒ constante

~r = xˆı + yˆ + z

k

Tomando seu produto interno, obtem-se:

A · ~r = Axx + Ay y + Az z

Ent˜ao:

A · ~r

∂x

A · ~r

ˆı +

∂y

A · ~r

∂z

A · ~r

k =

A

ϕ

F

?

=

∇ϕ

F + ϕ

F

. Reescrevendo a equa¸c˜ao:

ϕ

F

∂x

(ϕFx) +

∂y

(ϕFy ) +

∂z

(ϕFz )

= ϕ

∂F

x

x

∂F

y

y

∂F

z

z

∂ϕ

∂x

F

x

∂ϕ

∂y

F

y

∂ϕ

∂z

F

z

Portanto

ϕ

F

∇ϕ

F + ϕ

F

10 CAP

ITULO 1. AN

ALISE VETORIAL

Para ξ =

A · ~r, com

A = A

x

ˆı + A y

ˆ + A

z

k constante e ~r = xˆı + yˆ + z

k, obtem-se

∂ξ

∂x

= A

x

∂ξ

∂y

= A

y

e

∂ξ

∂z

= A

z

Utilizando a regra da cadeia,

∇ϕ (ξ) =

∂ϕ

∂x

ˆı +

∂ϕ

∂y

∂ϕ

∂z

k

pode ser reescrito da seguinte forma:

∇ϕ (ξ) =

∂ϕ

∂ξ

∂ξ

∂x

ˆı +

∂ϕ

∂ξ

∂ξ

∂y

∂ϕ

∂ξ

∂ξ

∂z

k

Como ϕ ´e fun¸c˜ao apenas de ξ, ent˜ao

∂ϕ

∂ξ

. Portanto:

∇ϕ (ξ) =

A ·

∇ ×

∇ ×

F

?

=

F

2 ~ F

Desenvolvendo o lado esquerdo da equa¸c˜ao:

∇ ×

∇ ×

F

∇ ×

[(

∂F

z

∂y

∂F

y

∂z

ˆı +

∂F

x

∂z

∂F

z

∂x

∂F

y

∂x

∂F

x

∂y

k

]

= ˆı

[

∂y

∂Fy

∂x

∂Fx

∂y

∂z

∂Fx

∂z

∂Fz

∂x

)]

[

∂z

∂Fz

∂y

∂Fy

∂z

∂x

∂Fy

∂x

∂Fx

∂y

)]

k

[

∂x

∂Fx

∂z

∂Fz

∂x

∂y

∂Fz

∂y

∂Fy

∂z

)]

Desenvolvendo, agora, o lado direito:

F

F = ˆı

[

∂x

∂F

x

∂x

∂F

y

∂y

∂F

z

∂z

2 F x

∂x

2

2 F x

∂y

2

2 F x

∂z

2

)]

[

∂y

∂Fx

∂x

∂Fy

∂y

∂Fz

∂z

2 Fy

∂x

2

2 Fy

∂y

2

2 Fy

∂z

2

)]

k

[

∂z

∂Fx

∂x

∂Fy

∂y

∂Fz

∂z

2 Fz

∂x

2

2 Fz

∂y

2

2 Fz

∂z

2

)]

Basta, ent˜ao, comparar as duas igualdades e verificar que s˜ao iguais.

1-2-2 Sejam ϕ = ϕ (~r) e

F , um vetor constante. Utilizando a propriedade

ϕ

F

∇ϕ

F + ϕ

F

obtem-se que

ϕ

F

∇ϕ

F , j´a que

F ´e constante.

tomando o produto interno da express˜ao

V

∇ϕdv

com

F e aplicando a propriedade acima descrita, obtem-se que:

V

∇ϕdv ·

F =

V

ϕ

F

dv

Aplicando, ent˜ao, o teorema do divergente:

V

ϕ

F

dv =

S

ϕ

F · ndsˆ

V

∇ϕdv

F =

S

ϕˆnds

F

A igualdade ´e v´alida para todo

F (vetor arbitr´ario), logo ela n˜ao depende

de sua escolha, de forma que:

V

∇ϕdv =

S

ϕndsˆ

1-2-4 Sejam

G =

G (~r) e

F =

F (~r) duas fun¸c˜oes vetoriais.

V

G +

G ·

F dv = ˆı

V

G +

G ·

Fxdv

V

G +

G ·

F

y

dv

k

V

G +

G ·

Fz dv

Comparando com o item anterior, nota-se que

Fu

G

∇Fu

G + Fu

G =

G +

G ·

Fu

em que u = x, y ou z.

Substituino, ent˜ao, a propriedade acima em cada componente da integral

e aplicando o teorema do divergente obtem-se: