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Resumo de Obstetrícia: Condições Patológicas Origem Materna, Exercícios de Medicina Veterinária

Uma resumo de obstetrícia, com ênfase em condições patológicas de origem materna. O texto aborda diversas condições, como policarência, insuficiência contrátil, distúrbios da via dura e via mole, torção uterina, bloqueio nervoso, entre outras. Além disso, o documento discute sinais, etiologia, prognóstico, tratamento e casos específicos para cada condição. O texto também aborda os conceitos de autólise, mumificação e maceração, e os tratamentos possíveis, como fetotomia, cesareana e cesareana e fetotomia.

O que você vai aprender

  • Qual é a etiologia da insuficiência contrátil primária?
  • Qual é o tratamento para distúrbios da via mole?
  • Quais são os sinais de insuficiência contrátil secundária?

Tipologia: Exercícios

2021

Compartilhado em 19/10/2021

lilian-ferrari-2
lilian-ferrari-2 🇧🇷

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Resumo de obstetrícia av2
PARTO PATOLÓGICO DE ORIGEM MATERNA
CONDIÇÕES - Policarência - Insuficiência Contrátil - Distúrbios da via dura - Distúrbios
da via mole - Torção Uterina - Bloqueio Nervoso
POLICARÊNCIA - Erro de manejo nutricional - Problema crônico (casco, dente, etc..) -
Baixa glicemia, fetos pequenos - Parto precoce (stress) preparo insuficiente
INSUFICIÊNCIA CONTRÁTIL PRIMÁRIA - Etiologia: distensão excessiva, senilidade -
2% em novilhas; 25% vacas velhas - Prenhez gemelar na vaca - Muitos fetos (porca e
cadela) - Hidropsia – Tratamento:
INSUFICIÊNCIA CONTRÁTIL SECUNDÁRIA - Etiologia: Exaustão, parto demorado -
Defeitos de estática, ninhadas grandes - Sinais: via mole seca, cianótica - Prognóstico, riscos
– Tratamento
DISTÚRBIOS DA VIA DURA - Estreitamento primário (pelve): boxer - Pelve juvenil:
novilhas - Deformidades – Tratamento
DISTÚRBIOS DA VIA MOLE - 3 pontos críticos: cérvix, hímen, rima vulvar - Estenose
cervical: - Primária: preparo insuficiente - Secundária: retração - Estenose da vagina:
tumores, hematomas - Estenose de vulva e vestíbulo - Primípara, cicatrizes, deformidades
BLOQUEIO NERVOSO - Situação de estresse, lib. Epinefrina - Estímulo receptores B2 -
Relaxamento musculatura lisa - Inexperiência, medo, dor - Psicose do parto
TORSÃO UTERINA - Incidência: 95% Bos taurus 30% novilha, 70% vacas porca e cadela -
Etiologia: Lig largo do útero - Sinais Cl: - 1 O est. longo - Cólicas - Deslocamento vulvar
TORSÃO UTERINA (cont) - Prognóstico: mãe produto - Tratamento : - Rolamento -
Rolamento c/ tábua - Suspensão – Cesareana
PARTO PATOLÓGICO DE ORIGEM FETAL
CONDIÇÕES - Feto Absolutamente Grande - Malformações Fetais - Feto Morto - Fetos
Múltiplos - Alterações na Estática Fetal
FETO ABSOLUTAMENTE GRANDE - Gigantismo fetal é raro em bovinos - Alterações
eixo adrenal, gestação prolongada - Fetos de embriões manipulados - Diabetes gestacional -
Feto único – Tratamento:
FETO MORTO - Etiologia: anóxia (compressão, ruptura, desco_ lamento) trauma. -
Autólise: orgãos parenquimatosos, opacidade e afundamento da córnea (6 a 12 hr). -
Mumificação: morte sem contaminação externa, cérvix fechado, desidratação e reabsorção
MALFORMAÇÕES FETAIS - Monstros Simples: alterações na forma, número, tamanho de
órgãos isolados - Monstros Complexos: (duplos) ocorrem como resultado de uma divisão
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Resumo de obstetrícia av PARTO PATOLÓGICO DE ORIGEM MATERNA

  • CONDIÇÕES - Policarência - Insuficiência Contrátil - Distúrbios da via dura - Distúrbios da via mole - Torção Uterina - Bloqueio Nervoso
  • POLICARÊNCIA - Erro de manejo nutricional - Problema crônico (casco, dente, etc..) - Baixa glicemia, fetos pequenos - Parto precoce (stress) preparo insuficiente
  • INSUFICIÊNCIA CONTRÁTIL PRIMÁRIA - Etiologia: distensão excessiva, senilidade - 2% em novilhas; 25% vacas velhas - Prenhez gemelar na vaca - Muitos fetos (porca e cadela) - Hidropsia – Tratamento:
  • INSUFICIÊNCIA CONTRÁTIL SECUNDÁRIA - Etiologia: Exaustão, parto demorado - Defeitos de estática, ninhadas grandes - Sinais: via mole seca, cianótica - Prognóstico, riscos
    • Tratamento
  • DISTÚRBIOS DA VIA DURA - Estreitamento primário (pelve): boxer - Pelve juvenil: novilhas - Deformidades – Tratamento
  • DISTÚRBIOS DA VIA MOLE - 3 pontos críticos: cérvix, hímen, rima vulvar - Estenose cervical: - Primária: preparo insuficiente - Secundária: retração - Estenose da vagina: tumores, hematomas - Estenose de vulva e vestíbulo - Primípara, cicatrizes, deformidades
  • BLOQUEIO NERVOSO - Situação de estresse, lib. Epinefrina - Estímulo receptores B2 - Relaxamento musculatura lisa - Inexperiência, medo, dor - Psicose do parto
  • TORSÃO UTERINA - Incidência: 95% Bos taurus 30% novilha, 70% vacas porca e cadela - Etiologia: Lig largo do útero - Sinais Cl: - 1 O est. longo - Cólicas - Deslocamento vulvar
  • TORSÃO UTERINA (cont) - Prognóstico: mãe produto - Tratamento : - Rolamento - Rolamento c/ tábua - Suspensão – Cesareana PARTO PATOLÓGICO DE ORIGEM FETAL
  • CONDIÇÕES - Feto Absolutamente Grande - Malformações Fetais - Feto Morto - Fetos Múltiplos - Alterações na Estática Fetal
  • FETO ABSOLUTAMENTE GRANDE - Gigantismo fetal é raro em bovinos - Alterações eixo adrenal, gestação prolongada - Fetos de embriões manipulados - Diabetes gestacional - Feto único – Tratamento:
  • FETO MORTO - Etiologia: anóxia (compressão, ruptura, desco_ lamento) trauma. - Autólise: orgãos parenquimatosos, opacidade e afundamento da córnea (6 a 12 hr). - Mumificação: morte sem contaminação externa, cérvix fechado, desidratação e reabsorção
  • MALFORMAÇÕES FETAIS - Monstros Simples: alterações na forma, número, tamanho de órgãos isolados - Monstros Complexos: (duplos) ocorrem como resultado de uma divisão

incompleta do embrião. Diagnóstico: depende do caso, facilmente se confunde com gêmeos.

  • Tratamento: - Fetotomia - Cesareana - Cesareana e fetotomia
  • Enfisema: inicia nas extremidades próximas da vulva, no verão a partir de 6 hrs. - Maceração: liquefação dos tecidos moles. De 3 a 10 Dias
  • Sinais: corrimento vaginal fétido, via mole seca e inflamada, pelos soltos, crepitação. - Prognóstico: reservado no enfisema, 20% mantém fertilidade. Desfavorável na maceração, até de 30% mortalidade. - Tratamento: tração qdo. recente, fetotomia na maceração, cesareana ventrolateral qdo ñ acessível
  • FETOS MÚLTIPLOS - Apresentação: ambos anteriores (35 - 40%); anterior-posterior (30 - 40%). - Etiologia: contrações fracas ñ seletivas. Em gestação bicornual há impactação, em unicornual o feto anterior empurra o posterior. Diag. Diferencial: diferenciar de monstros e apresentação transversa. - Tratamento: auxílio fácil pelo pequeno tamanho dos fetos. Repulsão do feto com apresentação anterior e tração da apresentação posterior. Diag. Diferencial: diferenciar de monstros e apresentação transversa. - Tratamento: auxílio fácil pelo pequeno tamanho dos fetos. Repulsão do feto com apresentação anterior e tração da apresentação posterior.
  • ALTERAÇÃO NA ESTÁTICA FETAL - Incidência: 5% dos partos bovinos tem apresentação posterior, 1% nos equinos. É a forma mais comum de distocia em bovinos - Etiologia: apresentação e posição na vaca são definidas cedo, na égua bem mais tarde. Pouca importância em suínos e caninos. Apresentação: relação entre o eixo materno e o eixo fetal. Pode ser: longitudinal (ant ou post) ou transversa (ventral ou dorsal) - Posição: relação entre a coluna do feto e a via dura. Pode ser: dorso-sacral, -púbica, -ilíaca, céfalo-ilíaca - Postura (atitude): relação das partes móveis do feto com seu próprio corpo
  • • Quando intervir • Bovinos • Ovinos • Suínos • Caninos
  • Contenção • Física • Equipamentos • Química
  • • Higiene e Lubrificação • Reposição de líquido • Produtos • Material
  • O que levar em conta? • Higiene do parto; • Supressão da dor; • Local do parto; • Posicionamento da parturiente.
  • Métodos operativos de auxílio ao parto • Extração forçada; • Correção de posição e apresentação; • Indução artificial ao parto; • Cesariana conservativa em grandes e pequenos animais; • Fetotomia: • Indicações, preparação e anestesia, instrumentos, fundamentos e técnica dos cortes. • Vulvoplastias, plásticas de dilaceração perineal de primeiro, segundo e terceiro graus.
  • Indução artificial do parto • Ocitocina: • Cadelas: dose de 0,2 mL/kg por via intravenosa (IV) ou 1,0 a 5,0 mL/SC; • Gatas: 2 a 5UI, por via intramuscular (IM), a cada 20 a 30 minutos
  • Cesariana conservativa • Planejamento • Contagem de dias • Previsão de recuperação • Retorno a atividade
  • Cesariana conservativa • Planejamento • Contagem de dias • Previsão de recuperação • Retorno a atividade
  • CESARIANA Bovinos • Indicações: • Fetos vigorosos e de grande valor que não podem se desenvolver; • Sem prejuízo para a mãe, em condições naturais como. Ex.: fetos gigantes • Quando a gestação estiver com 270 a 295 dias se a ruptura das bolsas não tenha ocorrido há mais de 6 a 8 horas e ainda não foram efetuadas tentativas demoradas de extração. • Nas torções uterinas irreversíveis, especialmente na torsio uteri ante cervicem.
  • Conta-indicações • Mesmo existindo as condições anteriores citadas, não se possa responder pelo êxito final; • Em septicemia adiantada, com grave comprometimento do aparelho cardiocirculatório; • Em rupturas do útero; • Más condições gerais do paciente, com rupturas de vulva com grandes perdas de sangue; • Partos muito demorados e fetos enfisematosos; • Grandes torções uterinas, com edema das paredes por congestão e nas fraturas da pelve.
  • CESARIANA DA VACA EM ESTAÇÃO • Pode-se fazer através de dois métodos incisão ventro-lateral do abdomen (em decúbito) e incisão no flanco esquerdo (em pé). • A posição em estação pode ser aplicada quando o estado geral é bom e existe perfeita capacidade de permanecer em pé.

pode ser em zig-zague; • Sutura contínua na pele com fio nylon zero, festonada ou sutura contínua simples.

  • PÓS-OPERATÓRIO • Antibióticoterapia; Antinflamatório; Curativo local; Retirar os pontos 10 dias; • Avaliações para que não ocorra retenção de placenta
  • CESARIANA CADELAS • INDICAÇÕES: tempo de gestação em torno de 58 a 63 dias • Distocias • Sinais clínicos: após 12 horas de trabalho de parto e nenhum feto veio a termo • Sinais do início do parto: • Diminuição temperatura; Cadela ou gata procuram fazer ninho; Lactação; Diminui a apetite; Inquietação;
  • CUIDADOS DE PRÉ-OPERATÓRIO • Exames laboratoriais (hemograma, ppt, plaquetas pelo menos), Raio-x / ultrassom • Preparo do campo operatório (tricotomia). • Antissepsia – evitar iodo pela lactação.
  • TÉCNICA CIRÚRGICA • Incisão na linha média ventral começando no umbigo • Cuidado para não invadir o tecido mamário; • Cuidado no momento da abordagem da cavidade para não lesionar o útero; • Exteriorizar o primeiro corno uterino, fazer uma incisão com bisturi em uma área relativamente avascular na face dorsal ou ventral do corpo uterino;
  • • Cuidado a retirar o útero da cavidade, pois poderá ocorrer choque devido a descompressão rápida dos grandes vasos; • Cuidado com o feto no momento da incisão com o bisturi; • Em casos em que o feto esteja no canal do parto, deve-se remover primeiro o feto que está no canal do parto, caso não consiga tracionar pela vagina; • Trazer cada feto através de compressão suave do corno uterino
  • • À medida que remove cada feto rompe-se o saco amniótico para permitir que se inicie a respiração; • Remover os fluidos fetais do campo operatório para minimizar a contaminação
  • • Pinçar os vasos umbilicais e romper os mesmos aproximadamente 2 a 3 cm da parede abdominal fetal; • Colocar o neonato em uma compressa estéril, passar para um assistente; • Remover lentamente a placenta, com tração suave; • Repetir esse procedimento em todos os fetos;
  • Antes do fechamento do útero fazer a inspeção através da palpação do útero a partir do canal pélvico até os ovários, para certificar-se que todos os fetos e a placenta tenham sido removidos; • Suturar a incisão do útero com fio de sutura absorvível como a prolactina 910 (de 2-0, 3-0, 4-0 depende do tamanho do paciente); • Sutura contínua de Cushing ou Utrecht;
  • • Lavar o local da incisão com solução fisiológica aquecida, trocar as luvas cirúrgicas, reintroduzir o útero para a cavidade abdominal; • Fechar a cavidade abdominal como de rotina, descrito na técnica de OSH em pequenos animais
  • PÓS-OPERATÓRIO • Limpar a ferida com solução fisiológica duas vezes ao dia, Anti- inflamatório (cetoprofeno 2mg/kg); Analgésico (tramadol 2mg/kg); Retirar os pontos em 10 dias; • CUIDADO COM OS FETOS • Aquecer; Aspirar às fossas nasais; Doxapram – estímulo respiratório; • Adrenalina (1gota língua)
  • COMPLICAÇÕES PÓS-OPERATÓRIO • Hemorragia – abrir e fazer OSH • Peritonite – antibiótico, lavar bem a cavidade ante de fechar, quando os líquidos do útero caírem na cavidade, trocar as luvas cirúrgicas após contato com a placenta