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Resumo de Fisiologia Humana (Guyton), Resumos de Fisiologia Humana

O resumo contém os temas de introdução, sistema nervoso, transmissão sináptica, sistema sensorial, sistema nervoso autônomo, contração músculo esquelética, controle da motricidade e sistema respiratório.

Tipologia: Resumos

2021

Compartilhado em 14/04/2021

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Fisiologia Humana
- Estuda o funcionamento mecânico, físico e químico dos seres
vivos.
- As células são a unidade viva básica do organismo.
- Os órgãos são agregados de células unidas por estruturas de
suporte.
- Cada tipo de célula é adaptado para realizar funções
determinadas.
- Todas as células combinam oxigênio com nutrientes para
gerar energia pro seu próprio funcionamento.
- 60% do corpo humano adulto é composto por líquidos.
Água Total (AT) = 0,6 x peso corporal.
LIQUIDO EXTRACELULAR
- Se encontra fora das células, está em movimento constante.
Nele estão os íons e nutrientes que a célula precisa é
chamado de meio interno.
- Contem grandes quantidades de sódio, cloreto e íons de
bicarbonato, além de nutrientes como oxigênio, glicose, ácidos
graxos e aminoácidos.
Volume Extracelular (VEC) = 1/3 da AT.
LIQUIDO INTRACELULAR
- Está dentro das células e em movimento constante através
do transporte de membranas.
- Contem grandes quantidades de íons de potássio, magnésio
e fosfato.
Volume Intracelular (VIC) = 2/3 da AT.
HOMEOSTASIA
- Propriedade de um sistema aberto, seres vivos, de regular o
seu ambiente interno de modo a manter uma condição estável
mediante múltiplos ajustes de equilíbrio dinâmico controlados
por mecanismos de regulação interrelacionados.
Sistema Digestório: absorve nutrientes e água e
elimina resíduos.
Sistema Respiratório: realiza as trocas gasosas.
Sistema Urinário: remove o excesso de água e
resíduos metabólicos.
Sistema Circulatório: distribui substancias por meio
do bombeamento do sangue através dos vasos
sanguíneos.
Sistema Locomotor: realiza a locomoção, movimento
e proteção.
Sistema Nervoso e Endócrino: coordenam as funções
corporais.
Sistema Reprodutor: produz gametas masculinos e
femininos.
Sistema imunológico: defesa.
Sistema sensorial: perceber o ambiente.
TRANSPORTE ATRAVES DA MEMBRANA CELULAR
- A bicamada lipídica das membranas forma uma barreira para
moléculas de água e substancias hidrossolúveis entre os
compartimentos intra e extracelulares.
- A membrana impede a livre passagem de íons entre o meio
intra e extracelular, porém ela não é completamente
impermeável, pois possui canais iônicos e proteínas
transportadoras que permitem a mobilidade iônica seletiva.
- As moléculas e proteínas atravessam a membrana formando
uma via alternativa através da mesma, permitindo a passagem
de água e substancias hidrossolúveis.
PROTEINAS DE TRANSPORTE
- As proteínas transportadoras são seletivas e o sentindo do
transporte é a favor do gradiente de concentração da partícula.
- Proteínas de canal = contem espaços aquosos permitindo o
livre movimento da água, íons e moléculas selecionadas.
Sem comporta: estão permanentemente abertos.
Com comporta: abrem-se mediante estímulos
específicos.
- Proteínas carreadoras = se fixam as substancias que vão ser
transportadas, enquanto transformações em sua conformação
movem as substancias pelos interstícios da molécula até a
outra face da membrana.
TRANSPORTE PASSIVO
- Difusão = movimento molecular aleatório de substancias,
através dos espaços intermoleculares da membrana ou em
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Fisiologia Humana

  • Estuda o funcionamento mecânico, físico e químico dos seres vivos.
  • As células são a unidade viva básica do organismo.
  • Os órgãos são agregados de células unidas por estruturas de suporte.
  • Cada tipo de célula é adaptado para realizar funções determinadas.
  • Todas as células combinam oxigênio com nutrientes para gerar energia pro seu próprio funcionamento.
  • 60% do corpo humano adulto é composto por líquidos.
    • Água Total (AT) = 0,6 x peso corporal. LIQUIDO EXTRACELULAR
  • Se encontra fora das células, está em movimento constante. Nele estão os íons e nutrientes que a célula precisa – é chamado de meio interno.
  • Contem grandes quantidades de sódio, cloreto e íons de bicarbonato, além de nutrientes como oxigênio, glicose, ácidos graxos e aminoácidos.
    • Volume Extracelular (VEC) = 1/3 da AT. LIQUIDO INTRACELULAR
  • Está dentro das células e em movimento constante através do transporte de membranas.
  • Contem grandes quantidades de íons de potássio, magnésio e fosfato.
    • Volume Intracelular (VIC) = 2/3 da AT. HOMEOSTASIA
  • Propriedade de um sistema aberto, seres vivos, de regular o seu ambiente interno de modo a manter uma condição estável mediante múltiplos ajustes de equilíbrio dinâmico controlados por mecanismos de regulação interrelacionados.
    • Sistema Digestório: absorve nutrientes e água e elimina resíduos.
    • Sistema Respiratório: realiza as trocas gasosas.
    • Sistema Urinário: remove o excesso de água e resíduos metabólicos.
    • Sistema Circulatório: distribui substancias por meio do bombeamento do sangue através dos vasos sanguíneos.
    • Sistema Locomotor: realiza a locomoção, movimento e proteção.
    • Sistema Nervoso e Endócrino: coordenam as funções corporais. - Sistema Reprodutor: produz gametas masculinos e femininos. - Sistema imunológico: defesa. - Sistema sensorial: perceber o ambiente. TRANSPORTE ATRAVES DA MEMBRANA CELULAR
  • A bicamada lipídica das membranas forma uma barreira para moléculas de água e substancias hidrossolúveis entre os compartimentos intra e extracelulares.
  • A membrana impede a livre passagem de íons entre o meio intra e extracelular, porém ela não é completamente impermeável, pois possui canais iônicos e proteínas transportadoras que permitem a mobilidade iônica seletiva.
  • As moléculas e proteínas atravessam a membrana formando uma via alternativa através da mesma, permitindo a passagem de água e substancias hidrossolúveis. PROTEINAS DE TRANSPORTE
  • As proteínas transportadoras são seletivas e o sentindo do transporte é a favor do gradiente de concentração da partícula.
  • Proteínas de canal = contem espaços aquosos permitindo o livre movimento da água, íons e moléculas selecionadas.
  • Sem comporta: estão permanentemente abertos.
  • Com comporta: abrem-se mediante estímulos específicos.
  • Proteínas carreadoras = se fixam as substancias que vão ser transportadas, enquanto transformações em sua conformação movem as substancias pelos interstícios da molécula até a outra face da membrana. TRANSPORTE PASSIVO
  • Difusão = movimento molecular aleatório de substancias, através dos espaços intermoleculares da membrana ou em

combinação com proteína transportadora, que gera energia e calor.

  • Simples: movimento dos íons ou moléculas diretamente através dos espaços intermoleculares ou orifícios na membrana celular. Depende da concentração e do movimento cinético molecular da substancia, além do número de orifícios da membrana.
  • Facilitada: requer a interação com uma proteína transportadora, por meio de ligação química com as moléculas ou íons e facilita a passagem através da membrana. DIFUSÃO EFETIVA DA ÁGUA
  • Osmose = é o movimento efetivo da água, causado por diferença de concentração da própria água.
  • Pressão osmótica = é a quantidade de pressão necessária para impedir a osmose. É dada pela presença de um soluto não difusível, concentração, em um dos lados da membrana semipermeável, e é maior quanto maior for o número das partículas do soluto e não de sua massa.
  • Osmolaridade = é a capacidade de exercer pressão osmótica por um soluto. TRANSPORTE ATIVO
  • Ocorre quando a membrana celular transporta as moléculas ou íons contra o gradiente de concentração.
  • Primário: a energia é derivada diretamente da degradação do ATP ou de qualquer outro composto de fosfato com alta energia.
  • Bomba de Sódio-Potássio (Na+^ - k+) = processo de transporte que bombeia íons sódio para fora e íons potássio ao mesmo tempo para dentro. É responsável pela manutenção das diferenças de concentração entre sódio e potássio e pelo estabelecimento da voltagem elétrica negativa dentro da célula.
  • Bomba de cálcio = uma bombeia cálcio para o exterior da célula e a outra para dentro de uma ou mais organelas vesiculares intracelulares como o reticulo sarcoplasmático e mitocôndrias.
  • Bomba de hidrogênio = bombeia H+^ para o interior de determinadas células, como nas glândulas gástricas do estomago e nos túbulos distais finais e coletores corticais dos rins.
  • Secundário: a energia é derivada secundariamente da energia armazenada na forma de diferentes concentrações iônicas de substancias moleculares, gerada originariamente por transporte ativo primário.
  • Cotransporte = ocorre quando os íons sódio são transportados para fora das células, criando um gradiente de concentração que tende a reintroduzir o íon para o interior da célula, gerando energia capaz de arrastar outras substancias com o íons para a proteína carreadora. o Sódio-aminoácido: utiliza proteínas carreadoras especificas e ocorre especialmente no epitélio intestinal, na absorção de nutrientes.
  • Contratransporte = nesse caso a substancia a ser transportada está na parte interna da célula e deve ser transportada para o lado externo. o Sódio-hidrogênio: ocorre nas células tubulares renais, produzindo excreção de grandes quantidades de H+, regulando-o nos líquidos corporais.

  • É um conjunto de elementos responsáveis por eventos conscientes e inconscientes, que controla e coordena as funções de todos os sistemas do organismo.
  • Função: detecta, processa, transmite, utiliza informações e estabiliza as condições internas do organismo.
  • Propriedades celulares:
  • Irritabilidade = capacidade da célula em ser sensível a um estimulo.
  • Condutibilidade = o estimulo é conduzido a outras células.

SUBSTÂNCIA BRANCA

  • É composta prevalentemente por axônios e alguns corpos celulares que possuem bainha de mielina.
  • Algumas células são excitáveis: neuronais, musculares e endócrinas.
  • Excitabilidade celular: capacidade de uma célula em gerar potencial de ação elétrico e propagá-lo, transportando a informação.
  • O potencial de ação causa a excitação celular o que gera um influxo de íons, e isso aumenta a concentração de íons intracelulares, ocorrendo a liberação de transmissores químicos e hormônios. NOÇÕES BÁSICAS DE ELETRICIDADE
  • Os átomos são eletricamente neutros, por possuir em proporções equilibradas:
    • Prótons = positivamente carregados.
    • Elétrons = negativamente carregados.
    • Nêutrons = sem carga.
  • Íons: são partículas carregadas geradas pela carga residual de quando há adição ou remoção de um elétron.
    • Cátions = predomínio de carga positiva.
    • Ânions = predomínio de carga negativa. SINAIS ELÉTRICOS
  • São classificados em dois tipos:
    • Potencial graduado = apresenta força variada e percorre curtas distancias, perdendo força gradualmente. É mais frequente e sua amplitude é proporcional a força que o origina. Os de grande amplitude podem atingir a zona de disparo neuronal e iniciar um potencial de ação.
    • Potencial de ação = sinalização rápida por longa distância. POTENCIAL DE REPOUSO
  • Potencial de membrana: diferença na voltagem causada pela separação das cargas do meio intracelular do extracelular.
  • Em repouso a célula nervosa tem grande quantidade de cargas negativas na parte interna e cargas positivas na parte externa.
  • Meio intracelular: é composto principalmente por potássio (k+) que é um cátion. Além dele, também apresenta ânions como o fosfato e proteína negativamente carregadas.
  • Meio extracelular: constituído pelo sódio (Na+) que é um cátion e por ânions como os íons de cloreto (Cl-).
    • O K+ é importante para a manutenção do potencial de membrana durante o repouso.
    • Na membrana há um canal permeável ao K+. A tendência é que ocorra o efluxo de K+ para o ambiente extracelular, a favor de seu gradiente de concentração.
    • Como a membrana não é permeável às proteínas aniônicas, elas permanecem no interior da célula, tornando-o negativo gradativamente.
    • A perda de íons positivos origina um gradiente elétrico, como cargas opostas atraem-se, as proteínas aniônicas intracelulares tendem a “puxar” o K+ para o interior celular.
    • A taxa de K+ que sai da célula a favor de seu gradiente de concentração é igual à taxa de íons que entram na célula a favor do gradiente elétrico.
    • Já o Na+ está presente em abundância no meio extracelular. A tendência é que ocorra o influxo a favor de seu gradiente de concentração.
    • Porém, o Cl– está em altas concentrações no líquido extracelular, proporcionando uma carga negativa, criando um gradiente elétrico, que tende ao efluxo de Na+.
    • A diferença elétrica que vai promover o equilíbrio de acordo com a diferença de concentração de íons pode ser determinada pela Equação de Nernst:
    • O Na+ que permanece em pequena quantidade intracelular, torna o compartimento menos negativo do que deveria ser, então ele é retirado através da bomba Na+/ K+, e, simultaneamente, os íons K+ que vazaram para o compartimento extracelular retornam ao ambiente intracelular.
    • O fluxo de cátions e ânions entrando ou saindo da célula provoca uma modificação na separação de cargas alterando a polarização da membrana, gerando um sinal elétrico.
      • Despolarização: há uma redução na separação de cargas, então, o potencial de membrana será menos negativo.
      • Hiperpolarização: há um aumento na separação de cargas, e o potencial de membrana tornar-se mais negativo. POTENCIAL DE AÇÃO
    • Sinal que leva a informação ao longo do sistema nervoso. Resposta gerada pelo neurônio mediante um estimulo.
    • Há uma rápida mudança de negativo para positivo no potencial transmembrana, retornando também rapidamente ao potencial de repouso (negativo).
  • Impulso nervoso: é a propagação de uma variação elétrica ao longo da membrana plasmática neuronal, a partir da onde foi iniciado o estimulo.
  • Para o potencial de ação ser gerado, a despolarização (potencial gerador) deve ser igual ou atravessar a limiar (nível crítico).
  • É tudo ou nada: ou o estimulo é suficiente pra gerar o potencial ou nada acontece. FASE DE DESPOLARIZAÇÃO
  • Se o estimulo despolarizar a membrana até atingir o limiar (~ - 50mV), o potencial é desencadeado – fase ascendente.
  • Os canais de Na+ regulados por voltagem possuem duas comportas – de ativação e de inativação.
  • Na membrana em repouso, a comporta de inativação está aberta e a comporta de ativação está fechada.
  • Quando a membrana é despolarizada alcançando o seu limiar, há a ativação dos canais de Na+, favorecendo seu influxo para o meio intracelular, a favor de seu gradiente eletroquímico.
  • A despolarização também provoca o fechamento da comporta de inativação, que ocorre milésimos de segundos após a abertura dos canais de ativação, com isso, há um considerável aumento no potencial de membrana e uma inversão em sua polaridade. FASE DE REPOLARIZAÇÃO
  • Fase descendente.
  • Após a despolarização, ocorre a abertura dos canais regulados por voltagem de K+, mais lentamente, ocorrendo quase simultaneamente ao fechamento das comportas de inativação de Na+.
  • À medida que as comportas de inativação de Na+ se fecham, ocorre uma lentificação no influxo de Na+.
  • Como os canais de K+ estão se abrindo, o efluxo de K+ é agilizado. Este fenômeno, faz com que haja novamente uma inversão na polaridade do potencial de membrana.
  • Assim, os canais de ativação e inativação de Na+ voltam ao repouso, e os canais de K+ são fechados.

FASE DE HIPERPOLARIZAÇÃO

  • Acontece enquanto os canais de K+ ainda estão abertos, e há um excessivo efluxo desse íon, para o compartimento extracelular, devido ao aumento da permeabilidade da membrana plasmática ao K+.
  • Porém com o fechamento desses canais, a membrana regressa ao potencial de repouso e a maioria dos canais de K+ não apresentam inativação, oscilando entre o estado de repouso (fechado) e ativado (aberto). PERÍODO REFRATÁRIO
  • Está relacionado com as comportas de ativação e inativação de Na+, e é classificado em absoluto e relativo:
    • Absoluto = quando um potencial de ação (PA) é gerado, um novo só pode ser iniciado durante 2ms aproximadamente, isso ocorre devido as comportas dos canais de Na+ estarem fechadas, ou seja, uma nova despolarização só acontece ao fim da anterior, quando as comportas voltam ao estado de repouso.
    • Relativo = grande parte das comportas voltam ao seu estado original, porem algumas continuam fechadas, com isso uma nova despolarização pode ser iniciada sendo capaz de abrir as comportas que ainda não entraram em repouso, gerando um novo potencial de ação. VELOCIDADE E INTENSIDADE DO PA
  • A velocidade de propagação está relacionada com o diâmetro do axônio do neurônio e se ele é ou não é mielinizado.
  • A temperatura também interfere, quando aquecidos os axônios conduzem o impulso mais rápido e quando são resfriados há uma diminuição na propagação.
  • Os axônios de maior diâmetro conduzem o impulso nervoso mais rápido do que os menores.
  • Os que possuem mielina também conduzem mais rápido, pelo fato dela funcionar com um isolante no axônio.
  • Sentidos gerais = tato pressão, vibração, dor, temperatura. Receptores na superfície do corpo.
  • Sentidos especiais = visão, audição, olfato, gustação. Receptores localizados na cabeça.
  • Para que os estímulos sejam percebidos e convertidos em sinal elétrico, é preciso receptores sensoriais:
  • Mecanorreceptores = são receptores sensíveis a energia mecânica (audição, equilíbrio, tato e propriocepção).
  • Quimiorreceptores = são receptores sensíveis a energia química (olfato e paladar).
  • Termorreceptores = são receptores sensíveis a temperatura corporal, do ar ambiente e temperatura de objetos em contato com a pele (temperatura).
  • Fotorreceptores = são receptores sensíveis a energia eletromagnética (especifico da visão).
  • Nociceptores = respondem a estímulos que geram dor. CLASSIFICAÇÃO DO SISTEMA SENSORIAL
  • Somático: está relacionado com a parte interna do organismo. Ele é exteroceptivo, fora do corpo (sentidos gerais e especiais) e proprioceptivo, percepção do corpo no espaço.
  • Visceral: está relacionado com a parte interna do organismo. Ele é interoceptivo, sentidos viscerais. TIPOS DE RECEPTORES
  • Os receptores cutâneos são neurônios sensoriais de dois tipos:
  • Terminações livres: parte do neurônio e funciona como receptor.
  • Terminações encapsuladas: são células receptoras (células de Corti, corpúsculo de Pvasine). PROCESSO DE TRANSDUÇÃO
  • A célula sensorial recebe um sinal e gera um potencial de receptor (excitatório ou inibitório), que é um potencial local.
  • Esse potencial recebe o estimulo que provoca a abertura dos canais iônicos presentes no receptor, provocando a passagem de íons. O íon entra e despolariza a célula, e o neurônio gera o potencial de ação.
  • A célula sensorial não gera diretamente o potencial de ação, quem gera é o neurônio.
  • Os estímulos são graduados, dependem de sua intensidade. Quando o estimulo é mais forte, o potencial de receptor é mais forte e é maior o número de potencial de ação que vai chegando. E quando o estimulo é mais fraco, o potencial de receptor é mais fraco e menor é o número de potenciais de ação. VIA SENSORIAL OU VIA DE TRANSMISSÃO DO SINAL
  • É uma cadeia de neurônios relacionada a um determinado receptor sensorial. O número de neurônios de via sensorial depende da modalidade.
  • O sinal é interpretado no córtex sensorial.
  • Terminação sensitiva: local de transdução do estimulo sensorial (detecção do estimulo) → Neurônio de 1 ordem (medula): conduz o impulso sensorial para o SNC → Neurônio de 2 ordem (bulbo) → Neurônio de 3 ordem (tálamo): exceto via olfatória → neurônio de 4 ordem (córtex): área de projeção primaria.
  • Via antero lateral: o neurônio sai da terminação sensitiva, ativa o receptor sensorial e leva o sinal até a medula, conectando com o neurônio de 1 ordem. Na medula ele muda de direção e faz sinapse com o neurônio de 2 ordem no bulbo, seguindo para o tálamo onde faz sinapse com o neurônio de 3 ordem e vai para o córtex, onde faz sinapse com o neurônio de 4 ordem.
  • Via da coluna dorsal: o neurônio sai da terminação sensitiva, ativa o receptor sensorial, passa pela medula e conecta com o neurônio de 1 ordem. Ao chegar no bulbo, faz sinapse com o neurônio de 2 ordem e lá muda de direção, indo para o tálamo e fazendo sinapse com o neurônio de 3 ordem, seguindo para o córtex onde faz sinapse com o neurônio de 4 ordem.
  • O calibre dos axônios interfere na velocidade do sinal pela via sensorial: as fibras do tipo C são responsáveis pela dor lenta e as fibras do tipo A (delta) são responsáveis pela dor rápida. MAPEAMENTO DO CÓRTEX
  • Existem regiões determinadas para receber estímulos específicos:
  • Córtex somestésico = toda representação do corpo (sensação) chega nesse córtex. A face e mão representam grande parte do córtex sensitivo, pois possui muitos nervos nessas regiões, devido a exploração do ambiente ser feito mais pelas mãos e face.
  • Córtex somestésico primário (S1) = área de projeção contralateral da metade do corpo (áreas 3a, 3b, 1 e 2).
  • Córtex somestésico secundário (S2) = recebe aferências de S1 e tem projeções para o lobo temporal e córtex insular (memória e aprendizagem tátil).
  • Córtex parietal superior = área de associação somestésica tátil e proprioceptiva. Área 5: integração inter-hemisférica manual. Área 7: combina informações somestésicas e visuais; avaliação de relações espaciais entre os objetos e destes com o seu corpo. CAMPO RECEPTIVO (TESTE DO COMPASSO)
  • Cada região do corpo direciona um neurônio para o cérebro. É possível dividir em espaços pequenos e grandes. Nos campos receptivos pequenos, ao tocar 2 campos, é possível fazer uma discriminação da área. Nos campos receptivos grandes, apenas um campo é tocado, então não é possível fazer uma discriminação. DERMÁTOMO
  • São regiões do corpo inervadas por cada segmento medular. PROPRIEDADES DOS RECEPTORES: ADAPTAÇÃO
  • Receptores de adaptação rápida (fásicos) = alguns receptores se adaptam ao estimulo. Ele dá o sinal e com o tempo é cessado. Os receptores fásicos se adaptam com a sua roupa, o cérebro não insiste em mandar essa informação.
  • Receptores de adaptação lenta (tônicos) = outros receptores nunca se adaptam aos estímulos e continuam sempre mandando os sinais. Os receptores tônicos não se adaptam a uma mochila pesada, o cérebro estará sempre te avisando através de dor e desconforto.

TERMORRECEPÇÃO

  • São os receptores de frio ou de calor. Se a temperatura ambiente aumenta, ativa o termorreceptor de calor e se a temperatura ambiente diminui, ativa o termorreceptor de frio.
  • Extremos de temperatura: abaixo de 10o^ e acima de 50o.
  • Os receptores cutâneos medeiam a sensação extereoceptiva: dor superficial (lenta e rápida); temperatura (frio e calor); tato- pressão; tato-vibração e coceira ou prurido (ocorre na pele e na mucosa).
  • Quando uma lesão acomete o lado direito, o paciente perde a noção da parte do seu próprio corpo e do ambiente extracorpóreo: todas as informações sensoriais quem chegam pelo lado esquerdo são ignoradas (síndrome da negligencia corporal), como se ele não existisse.

  • O SNA é a porção do sistema nervoso central que controla a maioria das funções viscerais do organismo. Ele ajuda a controlar a PA, a motilidade gastrointestinal, secreção gastrointestinal, esvaziamento da bexiga, sudorese, temperatura corporal e outras.
  • As características que se destacam são a rapidez e a intensidade com que ele pode alterar as funções viscerais.
  • Ele é ativado por centros localizados na medula espinal, tronco cerebral e hipotálamo. E também opera por meio de reflexos viscerais (reflexos subconscientes diretamente dos órgãos).
  • Do ponto de vista funcional, o sistema nervoso é dividido em SN somático e SN visceral, sendo que o somático (voluntario) relaciona o organismo com o meio e o visceral (involuntário) relaciona-se com a inervação das estruturas viscerais e é importante para a integração da atividade das vísceras (homeostase).
  • O SNV possui uma parte aferente e outra eferente:
    • Aferente = conduz os impulsos nervosos originados em receptores das vísceras (visceroceptores) a áreas especificas do SNC.
    • Eferente = traz impulsos de certos centros nervosos até as estruturas viscerais terminando em glândulas, musculo liso ou musculo cardíaco.
  • SN autônomo: corresponde apenas ao componente eferente do SNV. Ele se divide em simpático e parassimpático.
  • No sarcoplasma há um reticulo sarcoplasmático que é importante para regular o armazenamento, a liberação e a recaptação de cálcio, portanto, a contração muscular. MECANISMO GERAL DA CONTRAÇÃO MUSCULAR
  • O início e a execução ocorrem nas seguintes etapas:
    1. Os potenciais de ação passam pelo nervo motor até suas terminações nas fibras musculares.
    2. Em cada terminação, o nervo secreta pequena quantidade da substancia neurotransmissora, acetilcolina.
    3. A acetilcolina age em área local da membrana da fibra muscular para abrir múltiplos canais de cátion, por meio de moléculas de proteína que estão na membrana.
    4. A abertura dos canais permite a difusão de grande quantidade de íons de sódio para o lado interno da membrana das fibras. Isso causa despolarização local que causa abertura dos canais de sódio, que desencadeiam o potencial de ação na membrana.
    5. O potencial se propaga por toda a membrana da fibra muscular.
    6. O potencial despolariza a membrana, e grande parte da eletricidade do potencial flui pelo centro da fibra. Isso faz com que o reticulo sarcoplasmático libere grande quantidade de íons cálcio que nele estão armazenados.
    7. Os íons cálcio ativam as forças atrativas entre os filamentos de miosina e actina, fazendo com que deslizem um do lado do outro: contração.
    8. Após segundos, os íons cálcio são bombeados de volta para o reticulo, pela bomba Ca++ da membrana, onde ficam armazenados até um novo potencial iniciar. A remoção desses íons faz com que a contração cesse. MECANISMO MOLECULAR DA CONTRAÇÃO MUSCULAR
  • A contração muscular ocorre por um mecanismo de deslizamento dos filamentos.
  • Essa ação resulta das forças geradas pela interação das pontes cruzadas dos filamentos de miosina com os de actina. Em repouso essas forças estão inativas.
  • Quando o potencial de ação passa pela fibra muscular ele faz com que o reticulo sarcoplasmático libere grande quantidade de íons cálcio, que ativam as forças entre os filamentos de miosina e de actina, e a contração inicia.
  • É preciso energia para que o processo de contração continue. Esta é derivada das ligações de alta energia da molécula de ATP que é degradada ao ADP para liberar energia.
  • Filamento de miosina: são compostos por múltiplas moléculas de miosina, elas possuem uma cauda ou haste, formada por uma dupla hélice de cadeias polipeptídicas. A ponta de cada uma dessas cadeias é dobrada para um dos lados formando a cabeça da miosina. A cauda das moléculas de miosina forma o corpo do filamento, e partes do corpo de cada molécula estão penduradas nas partes laterais formando os braços. As projeções dos braços e das cabeças formam as pontes cruzadas.
    • Cada ponte é flexível em dois locais, chamados de dobradiças.
    • A cabeça da miosina tem função como uma enzima adenosina trifosfatase (ATPase), essa propriedade permite que a cabeça clive o ATP e utilize a energia derivada das ligações de alta energia do fosfato do ATP para energizar o processo de contração.
    • Filamentos de actina: são compostos por actina, tropomiosina e troponina. Possui um filamento duplo e de duas moléculas de proteína F actina, esses dois se enroscam em forma de hélice. Cada dupla hélice da actina F é composto por moléculas de actina G polimerizadas, e ligadas a elas há uma molécula de ADP. As moléculas de ADP são os locais ativos com as quais interagem as pontes cruzadas dos filamentos de miosina, para conduzir a contração muscular.
    • Os filamentos contem tropomiosina, elas estão espiraladas nos sulcos da dupla hélice da actina F. Durante o repouso essas moléculas recobrem os locais ativos do filamento, de forma a impedir que ocorra a atração entre os filamentos de actina e miosina para produzir a contração.
    • Ligado aos lados das moléculas de tropomiosina existe a troponina, que são complexos de três subunidades proteicas frouxamente ligadas, cada uma com participação especifica na regulação da contração.
      • Troponina I = tem forte afinidade com a actina.
      • Troponina T = tem afinidade com a tropomiosina.
      • Troponina C = tem afinidade com os íons de cálcio.
    • Esse complexo é responsável pela ligação da tropomiosina com a actina. E sua forte afinidade pelos íons de cálcio é o evento que desencadeia o processo da contração.
    • O filamento puro de actina em presença de íons magnésio e de ATP se liga instantânea e fortemente as cabeças das moléculas de miosina. Se for adicionado a ele o complexo troponina-tropomiosina (inibitórios), essa união não acontece.
    • Em presença de grande quantidade de íons cálcio, os efeitos inibitórios do complexo troponina-tropomiosina são inibidos. A

relação entre o complexo com a actina é alterada pelos íons cálcio criando uma nova condição que leva a contração.

  • Quando os filamentos de actina são ativados pelos íons cálcio, as pontes cruzadas das cabeças dos filamentos de miosina são atraídas pelos locais ativos dos de actina, o que produz a contração.
  • Quanto maior o número de pontes cruzadas ligadas ao filamentos de actina, maior será a força da contração.
  • Ao se contrair o musculo, é realizado trabalho com necessidade de energia. Grandes quantidades de ATP são degradadas formando ADP durante o processo da contração; quanto maior a quantidade de trabalho realizado pelo musculo, maior a quantidade de ATP degradada: efeito Fenn.
  • Esse efeito ocorre na seguinte sequência:
    1. Antes da contração, as pontes se ligam ao ATP, com isso a ATPase das cabeças cliva o ATP e deixa o ADP e Pi como produtos da clivagem ligados a cabeça.
    2. O complexo troponina-tropomiosina se liga aos íons cálcio, os locais ativos do filamento de actina são descobertos, e as cabeças da miosina se ligam nesses locais.
    3. Essa ligação causa alteração conformacional da cabeça, fazendo com que ela se incline em direção ao braço da ponte, gerando um movimento de força para puxar o filamento de actina (ir para diante).
    4. Quando ela se inclina ocorre a liberação do ADP e Pi que estavam ligados a cabeça. E onde ocorre a liberação uma nova molécula de ATP se liga, que causa o desligamento da cabeça pela actina.
    5. Após isso o ATP novo é clivado pra iniciar um novo ciclo.
  • O processo ocorre sucessivamente até que os filamentos de actina puxem a membrana Z contra as extremidades dos filamentos de miosina, ou até que a carga sobre os músculos fique muito forte para que haja mais tração. ENERGÉTICA DA CONTRAÇÃO MUSCULAR
  • Quando o músculo se contrai contra uma carga, ele realiza trabalho, a energia utilizada para realiza-lo é derivada de reações químicas nas células musculares durante a contração.
  • A maior parte da energia necessária para a contração é utilizada para o mecanismo de ir para diante, e uma pequena quantidade é necessária para: o bombeamento dos íons cálcio do sarcoplasma para o reticulo sarcoplasmático quando cessa a contração; e para o bombeamento dos íons sódio e potássio através da membrana para manter o ambiente iônico apropriado para a propagação do potencial de ação das fibras.
    • O ADP é refosforilado para formar novo ATP, permitindo que o musculo continue sua contração. Fontes de energia para a refosforilação:
      • Primeira fonte = é a fosfocreatina, que transporta uma ligação fosfato de alta energia similar as ligações do ATP. Ela é clivada instantaneamente e sua energia liberada causa a ligação de novo íon fosfato ao ADP, para reconstruir o ATP.
      • Segunda fonte = é a “glicólise” do glicogênio previamente armazenado nas células musculares. O desdobramento enzimático do glicogênio a ácidos pirúvicos e lático libera energia que é utilizada para converter o ADP em ATP.
      • Terceira fonte = é o metabolismo oxidativo, combinação do oxigênio com os produtos finais da glicólise e com vários outros nutrientes celulares para liberar ATP. CARACTERÍSTICAS DA CONTRAÇÃO DO MÚSCULO
    • Podem ser demonstradas pela produção de um abalo muscular. Este pode ser produzido por meio da excitação elétrica instantânea do nervo muscular ou por breve estimulo elétrico, que origina contração breve e abrupta.
    • Contração isométrica: quando o músculo não encurta durante a contração.
    • Contração isotônica: quando o musculo encurta, mas sua tensão permanece constante por toda a contração.
    • No sistema isométrico, o músculo se contrai contra um transdutor de força sem que ocorra encurtamento do músculo. Já no sistema isotônico, o músculo se encurta contra carga fixa.

que está sendo executado e o que está sendo produzido, o Cerebelo informa o Córtex Límbico, Associativo e Motor e é feita uma correção do gesto, o que gera um novo padrão de informação que atinge o músculo e novamente as estruturas sensoriais informam o resultado desse processo e o Cerebelo novamente gera estímulos de correção e sucessivamente é gerado esse arco, de forma a gerar um movimento absolutamente preciso e controlado.

  • Em cada movimento, essas alças de correção ocorrem milhares de vezes, de forma a gerar um movimento absolutamente preciso e coordenado.
  • Caso tiver um paciente com uma lesão cerebelar (com danos no cerebelo), esse ciclo de coordenação não irá ocorrer, o chamado refinamento, o controle fino do movimento se perde e se gera então movimentos absolutamente descoordenados.
  • Um bebê em processo de aprendizagem da marcha, já apresenta o desejo da marcha, já apresenta algumas estruturas desenvolvidas para possibilitar a marcha, no entanto, ainda não tem na sua forma plena, os processos coordenativos, a sequência de eventos coordenativos que gerem uma marcha precisa, uma marcha madura. Isso irá ocorrer ao longo de inúmeras repetições, irá testar, na verdade, inúmeras vias coordenativas e ao longo desse processo por mecanismos de tentativa e erro, ele irá refinar a sequência coordenativa neuromuscular e ao mesmo tempo fortalecer as estruturas musculares, ligamentares e até ósseas que permitirão a marcha e ao longo do tempo, isso ir gerar a marcha rudimentar (primeira marcha que o bebê executa), que é uma marcha com uma base aumentada (o que gera mais equilíbrio), normalmente também com os braços afastados (o que também gera equilíbrio), muitas vezes com o centro de gravidade rebaixado (semiflexão de joelhos, de quadril, aumentando o equilíbrio).
  • Ao longo do tempo essa via coordenativa vai se refinando e em especial, as estruturas de planejamento vão perdendo importância, partindo direto do sistema de programação (uma coisa mais automática), diminuído barbaramente a importância das ações de planejamento (diferente do bebê que precisa planejar cada passo), partindo diretamente para a programação e finalmente para a execução, ou seja, o indivíduo adulto já desenvolveu o Engrama, que é a sequência de ativação neuromuscular, que torna o movimento automático (já tem a sequência e a partir do estímulo passa para a execução).
  • Os Engramas são extremamente úteis, como em casos de esportistas que precisam de gestos extremamente precisos e coordenados, mas também podem gerar problemas. Se desenvolvemos um padrão motor (engrama) ruim, que foi desenvolvido ao longo da vida é muito difícil de corrigir, como escrever, nadar. Para corrigir é necessário reaprender a escrever, a nadar.
  • Em processos de reabilitação motora, quando um indivíduo tem uma lesão ou mesmo um quadro neurológico mais severo, é preciso reaprender a realizar determinados movimentos. E tudo isso é ou faz parte do processo de instalação de um novo engrama.
    • A precisão com que um músculo executa sua ação depende do tamanho de suas unidades motoras, do número de células musculares inervadas por cada motoneurônio.
    • O engrama motor permite com que executemos ações motoras com o mínimo planejamento.
    • O desenvolvimento do engrama depende de repetições, tentativas e erros, ou seja, treinamento. Treinamento que muitas vezes demora anos para que se conclua. REFLEXOS NEUROMUSCULARES
    • Os reflexos neuromusculares são ações motoras involuntárias que dependem de um Impulso Sensorial a partir de uma estrutura sensorial periférica, que gera potenciais de ações aferentes, ou seja, que caminham em direção ao SNC na região da Medula (cada impulso sensorial é processado na medula, que envia uma resposta diretamente aos músculos), a partir de uma integração medular são retidos potenciais de ação eferentes, ou seja, Impulsos Motores, que se encaminham para a musculatura periférica, gerando a ação motora propriamente dita.
    • Não há modulação superior, não há controle de Córtex Motor ou de outras estruturas superiores. O que existe é, em um segundo momento a tomada de conhecimento da ação motora é produzida, por meio de impulsos sensoriais que acendem em direção ao Córtex Sensorial, então são ações involuntárias.
      • Reflexo Miotático: o principal reflexo neuromuscular é o Reflexo Miotático, que é um reflexo que dependem de estruturas sensoriais chamadas Fusos musculares, localizados no ventre muscular em paralelo (mesmo sentido das fibras musculares), de forma que esse fuso pode detectar variações no comprimento do músculo, submetido a diferentes graus de tensão. Esse estiramento muscular gera potenciais de ação que são conduzidos por meio da fibra nervosa até o H medular. Existe uma Integração Monosináptica (e esse é o único reflexo monosináptico que possuímos), gerando um potencial de ação eferente que se encaminha para o mesmo músculo gerador do estímulo, existe, portanto, uma contração reflexa a partir do estiramento muscular.
    • Observando o Fuso Muscular com mais cuidado, é notado 2 tipos de fuso: o Fuso Muscular em Saco e o Fuso Muscular em Cadeia. Eles são chamados assim porque os núcleos do primeiro (em saco) estão agrupados no centro, formando uma bolsa, e o segundo (em cadeia) apresenta seus núcleos apresentados em cadeados, um atrás do outro, formando uma estrutura mais alongada. Mas independente da forma desse fuso, ele emite uma fibra sensorial do tipo Ia ou II, essas fibras são, portanto, aferentes e levam os potenciais de ação a partir do estímulo (estiramento dos fusos). Existe também a fibra chamada Fusimotora, que são as fibras gama, e essas fibras através de estímulos vão gerar a contração do próprio fuso muscular. No entanto, existe uma pequena diferença em relação a uma fibra chamada, Fibra Extrafusal, que é a fibra muscular que normalmente conhecemos.
      • Reflexo Miotático Inverso: O órgão responsável por esse reflexo é o órgão tendinosos de Golgi, que é uma

terminação nervosa livre, encapsulada, localizada nos tendões. Uma vez localizados nos tendões esse órgão é capaz de detectar varrições de tensão a qual a musculatura produz. Quando os órgãos tendinosos de Glogi são ativados geram potencial de ação que vão até o H Medular, gerando 2 sinapses ( interneurônios, um excitatório e outro inibitório). MENSAGENS FINAIS

  • Um reflexo é constituído de uma integração em arco-reflexo, sem modulação superior, portanto, meramente em nível medular.
  • O Reflexo Miotático é um reflexo monosináptico, ativado em momentos de estiramento muscular.
  • O Reflexo Miotático Inverso tem o OTG (órgão tendinosos de Golgi) como sensor e é ativado em condições de aumento da tensão muscular, de forma a proteger a musculatura contra lesões, contra estiramentos severos.
  • Reflexos Medulares Clássicos:
    • Reflexo Miotático: garante o tônus muscular, exerce controle sobre o comprimento muscular e protege contra estiramento passivo. o Estímulo: estiramento excessivo; o Resposta: contração muscular; o Receptor: fuso muscular; o Número de Sinapses: monosináptico (o neurônio sensitivo faz conexão direta com o motoneurônio); o Exemplo: reflexo patelar, bate no tendão patelar, estira o músculo quadríceps, que resulta na contração (extensão da perna);
    • Reflexo Miotático inverso: protege contra a contração excessiva e exerce controle sobre o nível de excitação dos motoneurônios. o Estímulo: Contração excessiva; o Resposta: Relaxamento muscular; o Receptor: OTG; o Número de Sinapses: Dissináptico (o neurônio sensitivo faz conexão com um interneurônio e este faz conexão com o motoneurônio); o Exemplo: o comando vem do córtex (voluntário) e vai para a medula. Ele manda estímulos excitatórios para o musculo contrair, porém, precisa inibir essa contração. Então, inibe o motoneurônio da medula. Quem manda o sinal para o interneurônio na medula é o OTG, interpretando o sinal excitatório, se inibe o motoneurônio, põe fim a contração;
    • Reflexo Flexão-Retirada: proteção contra estímulos nociceptivos. o Estímulo: receptores sensoriais localizados na pele; o Resposta: flexão do membro estimulado e extensão contra-lateral; o Receptor: noroceptores; o Número de Sinapses: Polissináptico (quando envolve 2 ou mais interneurônios); o Exemplo: As fibras aferentes nociceptivas (dor rápida), através de interneurônio excitatório, estimulam os neurônios motores flexores causando a contração dos músculos flexores do membro afetado do mesmo lado. REFLEXO DE INIBIÇAO CRUZADA: o membro do lado oposto por sua vez, deve se estender, isto é, contrair os extensores e relaxar os flexores para suportar o peso. REFLEXO DE INIBIÇAO RECIPROCA: quando um membro flete, os músculos flexores contraem-se e os antagonistas são inibidos; PADRÕES BÁSICOS DE MOVIMENTO DO CORPO
  • Atos reflexos: respostas motoras simples (participação de poucos músculos), estereotipados (sempre do mesmo jeito), involuntárias (inconsciente) e causadas por estímulos específicos. Exemplo: reflexo patelar, reflexo flexão e retiradas.
  • Padrões motores rítmicos: combinam características de atos reflexos e voluntários. Para serem iniciados precisam de comandos voluntários, porém, uma vez iniciados, seguem um padrão reflexo, de movimentos repetitivos. Exemplo: andar, correr, mastigar, coçar.
  • Movimentos voluntários: movimentos complexos, altamente aprendidos e intencionais. Uma vez aprendido, repetido e incorporado ao nosso repertório, os mecanismos de aprendizagem motora garantem que, ao evocarmos a tarefa voluntariamente, as sequencias de movimentos são realizados automaticamente. Exemplo: escrever, tocar piano, falar, cantar. RECEPTORES PROPIOCEPTIVOS MUSCULARES
  • As unidades ordenadoras (os motoneurônios) recebem informações acerca da tensão e da variação do comprimento das fibras musculares.
  • Fuso Muscular: detectam a variação do comprimento muscular. Está dentro do ventre muscular, perto das fibras musculares. Dentro do fuso tem fibras intrafusais (em bolsa ou em cadeias), que detectam alterações no comprimento muscular. A função do fuso é informar o grau de comprimento do músculo, ao exercer um estiramento. A inervação do tipo gama mantém o fuso sensível durante a contração, promovendo sua contração junto com o músculo (para não perder a sensibilidade).
  • Órgão Tendinoso de Golgi (OTG): detectam a variação da tensão muscular. É uma rede de tecido conjuntivo e fica no meio do tendão e do músculo. Toda vez que o músculo contrai, ele puxa o tendão, e assim, o OTG “fala” qual o grau de contração (tensão) do músculo. Ele protege contra uma contração excessiva, para evitar lesões musculares).
  • Espaço morto: é o volume de ar que não participa da troca gasosa. Na nossa respiração normal, respiramos em media 500 ml de ar (inspira 500 ml e expira 500ml). Desses 500 ml cerca de 150 ml vai preencher o espaço morto e apenas 350 ml chega nos alvéolos para a troca gasosa.
    • Espaço morto anatômico = é o volume de ar perdido nas vias aéreas condutoras – cerca de 150 ml.
    • Espaço morto fisiológico = é o volume de ar nos pulmões que não participa das trocas gasosas por algum motivo – era pra acontecer, mas não acontece. MECÂNICA RESPIRATÓRIA
  • Como o pulmão é movimentado e sustentado.
  • Inspiração: o pulmão se distende, amenta o volume e a pressão cai entrando o ar. O musculo se contrai e puxa a caixa torácica, puxando assim o pulmão causando a sua expansão. A pressão intrapulmonar fica menor do que a pressão atmosférica.
  • Expiração: o pulmão volta para a posição normal, se contrai, diminui o volume, a pressão aumenta e o ar sai. O musculo relaxa e volta com a caixa torácica para o normal. A pressão intrapulmonar fica maior do que a pressão atmosférica.
  • A entrada e saída de ar se dá pela diferença de pressão entre o ar atmosférico (0 cmH 2 O) e o ar pulmonar.
  • O ar se move de uma região de maior pressão para uma de menor pressão. INSPIRAÇÃO NORMAL TRANQUILA
    1. O cérebro inicia o esforço respiratório;
    2. Nervos transmitem o comando inspiratório aos músculos inspiratórios;
    3. Os motores primários da inspiração se contraem;
      1. O volume torácico aumenta à medida que a parede torácica se expande;
      2. A pressão intra pleural torna-se mais negativa;
      3. O gradiente de pressão transmural alveolar aumenta;
      4. Os alvéolos se expandem;
      5. A pressão alveolar cai em relação a pressão atmosférica à medida que o volume alveolar aumenta e há um estabelecimento de um gradiente de pressão para o fluxo aéreo;
      6. O ar flui para o interior dos alvéolos até a pressão alveolar se igualar a pressão atmosférica.
  • Ciclo respiratório (pressão transpulmonar): é a diferença entre a pressão intra pleural e a pressão alveolar. Na inspiração ocorre a queda da pressão alveolar (que possibilita a entrada do ar) e na expiração ocorre o aumento da pressão. Com relação a pressão intra pleural, ela é sempre negativa em relação a pressão atmosférica. Durante a inspiração ela fica mais negativa ainda e durante a expiração ela fica menos negativa. MÚSCULOS DA INSPIRAÇÃO E DA EXPIRAÇÃO
  • Respiração basal: é a nossa respiração normal.
  • Inspiração basal = utiliza os músculos diafragma e intercostais externos.
  • Expiração basal = é passiva, não há trabalho adicional de músculos.
  • Respiração forçada: é a entrada e saída forçada de ar.
  • Inspiração forçada = além do diafragma e dos intercostais externos há também a ação dos músculos esternocleidomastoideo e escaleno.
  • Expiração forçada = há participação dos intercostais internos e dos músculos abdominais.
  • Os músculos envolvidos no sistema respiratório estão sob o comando do SNC, no bulbo. Os grupos de neurônios saem do

bulbo, emitem sinais através dos nervos respiratórios (o principal é o frênico que inerva o diafragma e os intercostais), para os músculos dando início a respiração.

  • O ajuste voluntario da respiração parte do córtex. Conseguimos ficar sem respirar por alguns segundos e voltar, porém, não é possível optarmos por parar de respirar voluntariamente ate morrer, pois o SNC faz o ajuste para que isso não aconteça. VOLUMES E CAPACIDADES PULMONARES
  • Quantidade de ar que pode entrar e sair do pulmão.
  • Espirômetro: aparelho que mede o volume e a capacidade de ar respirados de forma basal e forçada.
  • Volume corrente (VC): é o volume que entra e sai do pulmão durante a respiração basal. Em torno de 500 ml.
  • Volume de reserva: é a capacidade de respirar além da respiração basal, é a respiração forçada.
    • Volume de reserva inspiratório (VRI) = é tudo o que uma pessoa consegue inspirar forçadamente, depois de uma respiração basal.
    • Volume de reserva expiratório (VRE) = é tudo o que uma pessoa consegue expirar forçadamente, depois de uma respiração basal.
  • Volume residual (VR): é o volume de ar que permanece no pulmão depois de uma expiração forçada máxima. Não é medido na espirometria.
  • Quando se tem mais de um volume, há uma capacidade pulmonar que é a soma de mais de um volume.
  • Capacidade pulmonar total (CPT): é a soma de todos os volumes pulmonares
    • CPT = VC + VRI + VRE + VR
  • Capacidade vital (CV): é a capacidade de inspiração e expiração forçada. É a quantidade máxima de ar que se consegue colocar e tirar dos pulmões.
    • CV = VC + VRI + VRE
  • Capacidade inspiratória (CI): é tudo que uma pessoa consegue inspirar.
    • CI = VC + VRI
  • Capacidade residual funcional (CRF): é o volume de ar que permanece nos pulmões após uma expiração basal.
    • CRF = VRE + VR
  • A espirometria é usada como método diagnostico para saber se uma pessoa possui doenças respiratórias que comprometem ou o volume o a capacidade respiratória.
  • Doenças obstrutivas: tem um comprometimento da saída de ar do pulmão, causando uma dificuldade para respirar. Impossibilita o ar de sair, não consegue tirar o ar do pulmão.
    • Exemplo = asma e enfisema pulmonar.
      • Doenças restritivas: tem comprometimento da entrada de ar nos pulmões, causando uma dificuldade para respirar. Impossibilita o ar de entrar, o pulmão não expande.
        • Exemplo = fibrose pulmonar e problemas de coluna.
      • Relação VEF/CVF: é a quantidade de ar que sai do pulmão no primeiro segundo da expiração. A pessoa normal solta cerca de 80% da capacidade vital, de tudo que ela tem se soltar. O volume expirado forçado (VEF) é cerca de 4 litros e a capacidade vital forçada (CVF) é em torno de 5 litros. Logo VEF/CVF é 4/5 = 0,8 = 80%. NORMAL OBSTRUTIVA RESTRITIVA VEF = 4,0 L VEF = 1,3 L VEF = 2,8 L CVF = 5,0 L CVF = 3,1 L CVF = 3,1 L VEF/CVF = 80% VEF/CVF = 42% VEF/CVF = 90% PADRÕES NORMAIS DE VENTILAÇÃO
      • Volume Minuto (VM): é o número de vezes que respiramos por minuto. O número de vez que respirou pelo volume de ar - Volume Corrente X Frequência Respiratória. VM = VC x FR VM = 500 ml x 16 VM = 8000
      • ml/min. (quantidade de ar que entra por minuto)
      • 16 = padrão normal de respiração.
      • Uma parte desse ar, fica no espaço morto (150 ml) e a outra parte vai para os alvéolos (350 ml)
      • Ventilação do Espaço Morto (VEM): fica no espaço morto. Volume do Espaço Morto X Frequência Respiratória. VEM = Vol. EM x FR VEM = 150 ml x 16 VEM = 2.400 ml/min.
      • Ventilação Alveolar (VA): é o que vai para as trocas gasosas. (Volume Corrente – Volume do Espaço Morto) X Frequência Respiratória VA = (VC – Vol. EM) x FR VA = (500 – 150 ml) x 16 VA = 350 x 16 VA = 5.600 ml/min. MODIFICAÇÕES NA RESPIRAÇÃO
      • Respiração Curta e Rápida: metade do volume corrente ( ml) e o dobro da frequência respiratória (32).
        • Volume Minuto: VM = VC x FR VM = 250 ml x 32 VM = 8.000 ml/min.
  • Transporte de gás: existem 3 formar do gás ser transportado. Ele pode ser em forma de gás dissolvido; pode ser em forma de gás fixado com proteínas plasmáticas (hemoglobina); ou pode ser na forma de gás quimicamente modificado (CO2 → HCO3- bicarbonato). A quantidade total de gás transportado, precisa somar todos esses tipos de transporta de gás.
  • Transporte de gás no pulmão (Alveolar-Capilar): do lado direito, vem sangue venoso que está vindo dos tecidos, é rico em CO2 e pobre em O2. A pressão venosa de O2 é igual a 40 mm/Hg e a de CO2 é igual a 46 mm/Hg. Esse sangue vai em direção aos alvéolos.
  • Quando chegam realmente nos alvéolos, o O2 chega com a pressão de 100 mm/Hg, enquanto a pressão de CO2 é igual a
  1. Quando o O2 sai do alvéolo e passa para o capilar (para ir para os tecidos), a pressão arterial do O2 é igual a 100 mm/Hg e a do CO2 é igual a 40 mm/Hg. Pressão Venosa O2: 40 mm/Hg Pressão Arterial de O2: 100 mm/Hg Pressão Venosa CO2: 46 mm/Hg Pressão Arterial de CO2: 40 mm/Hg
  • Ar inspirado seco: PO2 = 160 mm/Hg e PCO2 = 0
    • 760 x 0,21 = 160
  • Ar úmido da traqueia: PO2 = 150 mm/Hg e PCO2 = 0
    • 760 – 47 x 0,21 = 150
  • Ar alveolar: PAO2 = 100 mm/Hg e PACO2 = 40 mm/Hg
  • Relação Ventilação-Perfusão (V/Q): para ocorrer a troca gasosa, o alvéolo precisa ser ventilado, ou seja, receber ar, e precisa ser perfundido, ou seja, receber sangue. Se o alvéolo é ventilado, mas não é perfundido, não ocorre troca. E se o alvéolo for perfundido, mas não for ventilado, também não ocorre troca.
    • Se a Ventilação (receber ar) for reduzida, os gases alveolares terão a mesma proporção do sangue venoso.
    • Se a Perfusão (receber sangue) for reduzida, os gases alveolares terão a mesma proporção do ar inspirado.
  • A posição que o individuo se encontra dá diferença na ventilação/perfusão.
  • O desequilíbrio V/Q é responsável pela maioria das trocas gasosas defeituosas nas doenças pulmonares.
  • HIPOXEMIA: Pressão arterial de O2 anormalmente baixa de oxigênio no sangue arterial. TRANSPORTE DE OXIGÊNIO
  • O2 dissolvido: 2 a 3% do volume total de oxigênio transportado;
    • Obedece a lei de henry: a quantidade de O2 dissolvida é proporcional à pressão parcial deste gás. Para cada 1 mmHg de PO2 existe 0,003 mlO2/100ml de sangue. O sangue arterial normal com PO2 de 100 mmHg contém 0,3 mlO2/100ml.
  • O2 ligado a hemoglobina (oxiemoglobina): 97 a 98 % do volume total de oxigênio transportado
  • O “heme” é um composto ferro-porfirina que está ligado a proteína globina que consiste de 4 cadeias polipeptídicas.
  • O O2 forma uma combinação facilmente reversível com a Hemoglobina para formar a OXIEMOGLOBINA O2 + Hb HbO
  • Capacidade de o2: quantidade máxima de O2 que pode ser combinada com a Hb → 1 g de Hb é capaz de combinar-se com 1,39mlO2 → O sangue normal possui cerca de 15gHb/100ml → A capacidade de O2 = 1,39 x 15 (em cada 100 ml de sangue) → 20, mlO2/100 ml de sangue.
  • Saturação de oxigênio (SatO2): é a % de locais de ligação na HB que têm anexado O2. Em condições normais = 98%. Então é preciso relacionar o O2 combinado com a Hb com a SatO2. Na verdade a capacidade de O2 = 20,8 x 0,98 = 20,43mlO2/ ml de sangue.
  • Hemoglobina: a pressão de O2 em 100 mm/Hg já é suficiente para a saturação de 100% das hemácias, ou seja, quando a hemoglobina vai chegando nos tecidos, a pressão de O2 vai caindo e a hemoglobina vai largando o O2 que estava ligado a ela. A pressão cai e a saturação também cai. Em uma pressão de 50 mm/Hg (p50), tem 50% da saturação das hemácias. Quando aumenta ou reduz a afinidade da hemoglobina com o O2, vai alterando a p50.
  • Desvio da curva para a direita: reduz a afinidade (a hemoglobina vai largar o O2 com mais facilidade), mesmo quando aumenta a pressão. Fatores: aumento da produção de CO2, redução do pH, aumento da temperatura, aumento da 2,3-DiPG (difosfoglicerol).
  • Desvio da curva para a esquerda: aumenta a afinidade (a hemoglobina vai se ligar ao O2 com mais facilidade), mesmo quando diminui a pressão. Fatores: redução da produção de CO2, aumento do pH, redução da temperatura, redução da 2,3-DiPG (difosfoglicerol). TRANSPORTE DE DIOXIDO DE CARBONO
  • CO2 dissolvido: 7% do volume total de CO2 transportado;
  • CO2 ligado à hemoglobina (carbominemoglobina): 23 % do volume total de CO2 transportado;
  • Transformado em bicarbonato (HCO3-), dentro da hemácia: 70% do volume total de CO2 transportado. CO2 + H2O → H2CO3 → H+ + HCO3-
  • Equilibro ácido-básico: o oxigênio não participa do equilíbrio ácido-básico, quem participa é o CO2. Através da ligação do CO2 com o íon H+, ele é convertido em bicarbonato, e assim, consegue ser transportado. Através desse equilíbrio, o CO2 é capaz de interferir no pH, tornando-o mais ácido ou mais básico