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Resumo de Selantes: Guedes-Pinto 9 edição, Resumos de Pediatria

Resumo de Selantes do livro Guedes-Pinto 9 edição, consiste nos topicos: introdução; Indicações; Critérios de seleção; Técnica CIV; Técnica selante resinoso; Evidências clínicas;

Tipologia: Resumos

2020

Compartilhado em 19/06/2020

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marina-rezende-11 🇧🇷

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Selantes: Guedes-Pinto 9 edição
Como a alta incidência de cárie dentária na face oclusal relaciona-se com a retenção de
resíduos alimentares e microrganismos nas partes mais profundas dos sulcos e fissuras, a
possibilidade de obliterar ou vedar essas áreas foi o que induziu a idealização dos selantes.
Esses são materiais com características adesivas, que atuam penetrando nas fossas e fissuras,
criando uma barreira mecânica nessas superfícies. O selante não necessita preencher a fissura
em toda a sua profundidade, mas deve se estender ao longo de sua extensão, aderindo-se
firmemente na entrada da fissura. Hoje em dia, em decorrência dos inconvenientes
apresentados pelos outros selantes (cianoacrilatos e poliuretanos), pesquisas têm sido
desenvolvidas basicamente com os dimetacrilatos, semelhantes aos utilizados nas resinas
compostas. São resultados da reação entre o bisfenol A e o glicidilmetacrilato (BIS-GMA),
introduzidos por Bowen.12 Estes se apresentam nas formas química ou fotopolimerizável;
transparentes, opacos ou coloridos, e com ou sem carga. Embora a maioria dos selantes
oclusais disponíveis seja resinosa (tipo BIS-GMA), o interesse no uso do cimento de ionômero
de vidro (CIV) tem aumentado nos últimos anos. Apesar de sua retenção ser pior quando
comparado com os selantes resinosos, quando se avalia o efeito protetor, ou seja, o
desenvolvimento ou não de lesões de cárie, os resultados são semelhantes. Tem sido sugerido
que o fluoreto liberado pelo cimento de ionômero de vidro e adquirido pelo esmalte adjacente
exerceria efeito preventivo significativo, mesmo após a perda visível do material.13 Desse
modo, em período crítico de erupção (até 2 anos após seu primeiro irrompimento), pelo qual o
controle da umidade é dificultado, o cimento de ionômero de vidro poderia exercer efeito
preventivo, em particular, em pacientes com alta atividade de cárie (Figura 33.11). existe
evidência científica de que o cimento de ionômero de vidro protege fossas e fissuras de
maneira semelhante aos selantes resinosos.14 Os cimentos ionoméricos, quando indicados
como materiais para selar fissuras, podem ser aplicados sob isolamento relativo e seguem
protocolo relativamente simples.
Critérios de seleção:
Com base em informações mais recentes sobre o início e a progressão das lesões oclusais,
tornou-se cada vez mais comum recomendar critérios seletivos para selar as superfícies
oclusais. O selamento de todas as fossas e fissuras, apenas como medida preventiva, não pode
ser definido em bases econômicas (custo-benefício); na verdade, tal regime pode ser
considerado um sobretratamento. Baseando-se nas propriedades físicas do material a ser
empregado e nas informações obtidas a partir dos estudos clínicos, é possível estabelecer
regras gerais para o uso dos selantes:
-Tipo de dente: os primeiros e segundos molares permanentes, assim como os segundos
molares decíduos, são os candidatos mais importantes, ao passo que os pré-molares e os
primeiros molares decíduos raramente se beneficiam com a aplicação de selantes. Esse critério
de selamento está diretamente relacionado com a macromorfologia oclusal
-Estágio de erupção: a maior suscetibilidade à cárie de superfície oclusal ocorre no período
entre o início da erupção do dente e a oclusão funcional. Desse modo, a demora em
providenciar proteção por meio da aplicação de selante tenderá a reduzir a eficácia, bem como
a eficiência dessa tecnologia de tratamento
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Selantes: Guedes-Pinto 9 edição

Como a alta incidência de cárie dentária na face oclusal relaciona-se com a retenção de resíduos alimentares e microrganismos nas partes mais profundas dos sulcos e fissuras, a possibilidade de obliterar ou vedar essas áreas foi o que induziu a idealização dos selantes. Esses são materiais com características adesivas, que atuam penetrando nas fossas e fissuras, criando uma barreira mecânica nessas superfícies. O selante não necessita preencher a fissura em toda a sua profundidade, mas deve se estender ao longo de sua extensão, aderindo-se firmemente na entrada da fissura. Hoje em dia, em decorrência dos inconvenientes apresentados pelos outros selantes (cianoacrilatos e poliuretanos), pesquisas têm sido desenvolvidas basicamente com os dimetacrilatos, semelhantes aos utilizados nas resinas compostas. São resultados da reação entre o bisfenol A e o glicidilmetacrilato (BIS-GMA), introduzidos por Bowen.12 Estes se apresentam nas formas química ou fotopolimerizável; transparentes, opacos ou coloridos, e com ou sem carga. Embora a maioria dos selantes oclusais disponíveis seja resinosa (tipo BIS-GMA), o interesse no uso do cimento de ionômero de vidro (CIV) tem aumentado nos últimos anos. Apesar de sua retenção ser pior quando comparado com os selantes resinosos, quando se avalia o efeito protetor, ou seja, o desenvolvimento ou não de lesões de cárie, os resultados são semelhantes. Tem sido sugerido que o fluoreto liberado pelo cimento de ionômero de vidro e adquirido pelo esmalte adjacente exerceria efeito preventivo significativo, mesmo após a perda visível do material.13 Desse modo, em período crítico de erupção (até 2 anos após seu primeiro irrompimento), pelo qual o controle da umidade é dificultado, o cimento de ionômero de vidro poderia exercer efeito preventivo, em particular, em pacientes com alta atividade de cárie (Figura 33.11). Já existe evidência científica de que o cimento de ionômero de vidro protege fossas e fissuras de maneira semelhante aos selantes resinosos.14 Os cimentos ionoméricos, quando indicados como materiais para selar fissuras, podem ser aplicados sob isolamento relativo e seguem protocolo relativamente simples. Critérios de seleção: Com base em informações mais recentes sobre o início e a progressão das lesões oclusais, tornou-se cada vez mais comum recomendar critérios seletivos para selar as superfícies oclusais. O selamento de todas as fossas e fissuras, apenas como medida preventiva, não pode ser definido em bases econômicas (custo-benefício); na verdade, tal regime pode ser considerado um sobretratamento. Baseando-se nas propriedades físicas do material a ser empregado e nas informações obtidas a partir dos estudos clínicos, é possível estabelecer regras gerais para o uso dos selantes: -Tipo de dente: os primeiros e segundos molares permanentes, assim como os segundos molares decíduos, são os candidatos mais importantes, ao passo que os pré-molares e os primeiros molares decíduos raramente se beneficiam com a aplicação de selantes. Esse critério de selamento está diretamente relacionado com a macromorfologia oclusal -Estágio de erupção: a maior suscetibilidade à cárie de superfície oclusal ocorre no período entre o início da erupção do dente e a oclusão funcional. Desse modo, a demora em providenciar proteção por meio da aplicação de selante tenderá a reduzir a eficácia, bem como a eficiência dessa tecnologia de tratamento

-Risco de cárie: os selantes estão indicados em pacientes com experiência anterior de lesões oclusais, ou, ainda, cuja atividade de cárie é favorável ao desenvolvimento de lesões nessas superfícies. Técnica CIV: Profilaxia prévia Isolamento relativo com roletes de algodão e sugador Condicionamento superficial prévio realizado com o líquido do material ou com condicionadores especiais, à base de ácido poliacrílico de 10 a 15%, seguindo as instruções do fabricante. O produto é aplicado com penso de algodão, pincel ou aplicador do tipo microbrush Lavagem por, aproximadamente, 30 s e secagem Manipulação cuidadosa do material, com proporcionamento adequado e aglutinação do pó ao líquido, em tempo inferior a 30 s Aplicação do material com espátula de inserção e adaptação pela realização de pressão digital com luva vaselinada. Proteção superficial com verniz apropriado ou vaselina sólida Avaliação da oclusão Técnica selante resinoso: Uma vez indicado o selamento de determinada superfície oclusal, o clínico deve sempre ter em mente que a efetividade desse recurso preventivo está diretamente relacionada com a sua retenção completa na superfície oclusal e que esse nível de retenção, por sua vez, está em estreita ligação a uma técnica de aplicação correta: -Isolamento do campo operatório: o isolamento mais seguro é obtido com o dique de borracha, embora isolamento relativo possa ser empregado -Profilaxia: esse procedimento é importante, pois qualquer material orgânico na superfície de esmalte interferirá no condicionamento ácido e, consequentemente, no grau de retenção do material. Essa manobra é efetuada com o auxílio de escova com cerdas rotatórias, com pasta profilática abrasiva. O jato de bicarbonato de sódio também é eficiente na remoção dos indutos presentes na fissura -Condicionamento ácido: a técnica envolve a aplicação de ácido fosfórico na superfície de esmalte, o qual produz sua desmineralização seletiva, que permite microembricamento mecânico com o material restaurador por meio da formação de projeções resinosas (tags). Outro aspecto importante a ser lembrado é o efeito bactericida da solução ácida sobre os microrganismos dentro das fossas e fissuras. Pesquisas indicam redução de 70 a 95% dos microrganismos viáveis. A concentração do ácido fosfórico pode variar de 35 a 37%. Ambas as formas de apresentação do ácido (gel ou solução) são efetivas, contudo o gel permite melhor controle das áreas condicionadas. No entanto, a apresentação ácida em forma de solução é mais capaz de penetrar nas fossas e fissuras. Além do quê, se se optar pela formulação do ácido-gel, obtêm-se melhores resultados ao se realizar, durante o tempo de condicionamento, aplicações