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Resumo nível técnico sobre a praia de Jardim de Alah, focando nos aspectos petrológicos e na geotectônica, tendo como referência teses já apresentadas sobre o local.
Tipologia: Resumos
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Não perca as partes importantes!
DEPARTAMENTO DE GEOLOGIA – DGeo
Relatório técnico apresentado à disciplina de Petrografia Ígnea e Metamórfica, do curso técnico de Geologia do Instituto Federal da Bahia, sobre saída a campo, como requisito parcial para aprovação da 4ª Unidade do ano letivo de 2015.
No dia 05 de março de 2016 a turma 10821, do curso de Geologia do Instituto Federal da Bahia – IFBa, realizou uma visita técnica à praia de Jardim de Alah, no bairro do Costa Azul, na cidade do Salvador, na Bahia, Brasil. Tal evento teve como orientadora a professora Ana Carolina, docente da referida disciplina.
O principal objetivo, interpretado pelo grupo, da saída ao campo foi a identificação e caracterização das litologias presentes na praia, bem como analisar o evento metamórfico e tectônico que ocorreram no passado geológico da região, a partir das estruturas e texturas encontradas nas rochas. Como as observações foram feitas em escala local, o estudo foi feito a nível de detalhe, in situ.
Para estudar o local de forma mais sistematizada, a fim da turma ser mais produtiva, a docente dividiu a área em pontos, impondo um determinado tempo para os mesmos para os grupos realizarem suas atividades.
Cada integrante da turma levou consigo suas respectivas cadernetas de campo, disponibilizadas pela instituição, para fazer as devidas anotações sobre os afloramentos. Os mesmos utilizaram como ferramentas um martelo geológico, bússolas, aparelhos celulares (para fazer fotografias) e lupas de bolso de 10x e 20x de aumento. Foram recolhidas amostras do local, porém as mesmas não foram estudadas em laboratório, ficando apenas como uso pessoal. Cabe ressaltar que o foi inferido pelo grupo, foi a partir dos aspectos observados em campo.
Muitas das informações que se encontram neste documento foram obtidas em campo, durante a visita, assim como foi utilizado pelo grupo outros dados relevantes previamente feitos por geocientistas em suas teses sobre o local.
Essa unidade tectônica denominada por Almeida et al. ( 1977) apud Souza, (2008) de Cráton do São Francisco (CSF) se consolidou desde os tempos pré- brasilianos do Mesoproterozoico até os tempos brasilianos do Neoproterozoico (ALVES, Daniel, 2013).
O Estado da Bahia, inserida neste cráton, possui como embasamento os seguintes embasamentos crustais: Bloco Gavião (BG), Bloco Jequié (BJ), Bloco Serrinha (BS) e o Bloco Itabuna-Salvador-Curaçá (BISC) todos com idades arqueanas. O Bloco Gavião é composto de rochas graníticas, granodioríticas e migmatíticas. O Bloco Serrinha é composto por ortognaisses graníticos- granodioríticos e tonalíticos com idades entre 3.1 e 2.8Ga. O Cinturão Itabuna- Salvador-Curaçá (CISC), é constituído por tonalitos-trondhjemitos e faixas de rochas supracrustais associadas à gabros/basaltos de back-arc ou fundo oceânico, todos estes litotipos reequilibrados na fácies granulito (ALVEIS, Daniel, 2003)
2.2. CINTURÃO ITABUNA-SALVADOR-CURAÇÁ
O Cinturão Itabuna-Salvador-Curaçá (CISC) que faz parte do Orógeno Itabuna-Salvador-Curaçá, corresponde a uma megaestrutura existente ao longo da costa baiana, seguindo em direção ao norte do Estado até as proximidades da cidade de Curaçá (ALVES, Daniel, 2013).
Esse segmento é constituído por granulitos tonalíticos-trondhjemitos cujos protólitos têm idade mesoarqueana a paleoproterozoica, sendo essas rochas interpretadas como resultado da fusão de crosta oceânica toleiítica.
A praia do Jardim de Alah está localizada na parte sul do Cinturão Salvador- Esplanada. Este ocorre como uma bifurcação do CISC e é constituído por rochas metamórficas de alto grau, incluindo granulitos, que se estendem até Boquim, no Estado de Sergipe. As mesmas encontram-se orientadas segundo a direção NE-SW.
Além dos granulitos, segundo os estudos realizados por Oliveira Jr. (1990), e Delgado et al. (2002), este cinturão apresenta como litologias Ortognaisses charnoenderbíticos e charnockíticos; ortognaisses migmatíticos com tendência alcalina a subalcalina; e ortognaisses com termos félsicos, tonalíticos-granodioríticos e máficos, (gabros anfibolitizados com filiação toleiítica), além de granitos com tendência alcalina.
Em sua porção nordeste, o Cinturão Salvador-Esplanada encontra-se coberto pelosdepósitos neogénicos da Formação Barreiras e na parte sudoeste pelas rochas sedimentares da Bacia do Recôncavo-Tucano (ALVES, Daniel, 2013).
Figura SEQ Figura * ARABIC 1: A) Localização do cráton no Brasil. B) Mapa Geológico do Cráton. C) Mapa geológico regional
presença de granadas nas mesmas. Devido a isso, os paragranulitos apresentam uma coloração avermelhada típica. Dessa forma, pode-se inferir que o protólito foi sedimentar pelítico e rico em alumínio, o qual forneceu o elemento para a formação das granadas.
Além da granada, utilizando a lupa de bolso, identificou-se quartzos, k- feldspatos e piroxênios como constituintes minerais.
A atitude encontrada e tirada pelo grupo foi NE-SW de sentido, utilizando uma bússola.
Os mesmos apresentam como feição marcante uma esfoliação esferoidal, além de apresentar bastante fraturas.
Discordando dos ortogranulitos, foram encontrados diques máficos. Os mesmos possuem coloração preta a preta-esverdeada. Como principal evidência que o grupo encontrou para classificar este plúton foi a sua relação com a rocha encaixante (ortogranulitos) e a diferença de coloração. Tais diques cortavam as rochas encaixantes de forma reta. Possuíam textura afanítica e formato tabular, estando discordante com os granulitos.
Foi observado também em alguns pontos dos diques a presença de feições de esfoliação esferoidal, e com uma partição geométrica cúbica ao longo dos mesmos. O grupo realizou a atitude de um dos diques, apresentando direção N350º e mergulho de S87ºE. Apesar de tal medida, os diques máficos apresentam orientação diversa. Suas espessuras situam-se entre 1,8m e 1,5m, respectivamente.
Mostram também, assim como os granulitos, fraturas e falhas, preenchidos por material sedimentar.
Estes diques possuem pequenas dimensões e foram encontrados em poucos pontos na área visitada. Cortam os diques félsicos, assim como os granulitos ortoderivados. Apresentam abundância em k-feldspatos, possuindo assim uma composição granítica. A esfoliação esferoidal não se encontra presente aqui neste tipo de dique, diferentemente dos diques máficos.
Foi observado pela orientadora a presença de pórfiroclastos de k-feldspato, imersos em uma matriz mais fina, em uma rocha com foliação milonítica.
Durante a evolução geológica do evento colisional entre os blocos, houve um evento de transcorrência entre os mesmos. Isso pode explicar a formação dos
pórfiroclastos, que acabam derformando a foliação em sua volta, indicando que ele foi formado anteriormente ao processo de metamorfismo da rocha que está inserido.
Com a visita técnica à praia de Jardim de Alah, o grupo pôde se aproximar de uma área bastante rica do ponto de vista geológico, tendo o contato direto com muito do que se estuda em sala de aula, colocando em prática os seus conhecimentos, além também de estar sendo feito, de uma forma indireta, uma auto avaliação dos mesmos.
Dessa forma, a saída ao campo de estudo foi bastante positiva e satisfatória, enriquecendo ainda mais a bagagem geológica adiquirida ao longo do curso, tanto de Geologia quanto o de Petrografia Ígnea e Metamórfica, atribuindo uma importante contribuição para a futura vida profissional de cada integrante da turma.
Pode-se concluir que o mais importante que apresenta a praia foi visto e debatido entre os discentes, que foram o metamorfismo local, a formação de granadas, os diques e os granulitos que constituem de forma abundante o local.