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Resumo hematologia sexto período, Resumos de Hematologia

Resumo sobre hemácias,hematócritos

Tipologia: Resumos

2019

Compartilhado em 04/10/2019

Aline-123_
Aline-123_ 🇧🇷

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INTRODUÇÃO À HEMATOLOGIA BÁSICA
O que é o sangue?
O sangue é um tecido líquido que veicula os elementos indispensáveis à vida.
As células sanguíneas formam-se principalmente na medula óssea, sobretudo nos ossos chatos
e extremidades dos ossos longos.
Volume total de sangue no individuo varia de 6 a 8 % do peso corporal.
Ex: Homem adulto normal 75 kg: seu volume de sangue seria em torno de 5 litros.
pH do sangue
pH do sangue = 7,4 (NEUTRO)
É regulado pelas trocas gasosas do pulmão e pela filtração glomerular dos rins.
Viscosidade do sangue
Viscosidade= 4,5, podendo ser mais ou menos viscoso. A viscosidade depende do numero de
células em suspensão no plasma e da composição química do plasma.
A viscosidade depende do hematócrito: Relação entre o volume de glóbulos vermelhos e o
volume de plasma.
Densidade do sangue
Varia de 1048 à 1066
Composição do sangue
O sangue é composto de duas fases:
1ª FASE SÓLIDA = celular ou globular: que corresponde a 45% do volume total de sangue.
2ª FASE LÍQUIDA = acelular que é o plasma e corresponde a 55% do volume total de sangue.
Funções do sangue
Transporte de hormônios e enzimas.
Manutenção da temperatura do corpo.
Remoção dos resíduos tóxicos.
Transporte de oxigênio e substâncias nutrientes.
Defesa do organismo.
A extensão de um exame de sangue como também a sua abrangência vai além do que uma
pessoa leiga possa imaginar.
Com apenas uma pequena amostra de sangue obtida por punção venosa ou arterial, em
anticoagulante específico (EDTA), pode-se realizar inúmeros exames.
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INTRODUÇÃO À HEMATOLOGIA BÁSICA

O que é o sangue?

O sangue é um tecido líquido que veicula os elementos indispensáveis à vida.

As células sanguíneas formam-se principalmente na medula óssea, sobretudo nos ossos chatos e extremidades dos ossos longos.

Volume total de sangue no individuo varia de 6 a 8 % do peso corporal.

Ex: Homem adulto normal 75 kg: seu volume de sangue seria em torno de 5 litros.

pH do sangue

pH do sangue = 7,4 (NEUTRO)

É regulado pelas trocas gasosas do pulmão e pela filtração glomerular dos rins.

Viscosidade do sangue

Viscosidade= 4,5, podendo ser mais ou menos viscoso. A viscosidade depende do numero de células em suspensão no plasma e da composição química do plasma.

A viscosidade depende do hematócrito: Relação entre o volume de glóbulos vermelhos e o volume de plasma.

Densidade do sangue

Varia de 1048 à 1066

Composição do sangue

O sangue é composto de duas fases:

1ª FASE SÓLIDA = celular ou globular: que corresponde a 45% do volume total de sangue.

2ª FASE LÍQUIDA = acelular que é o plasma e corresponde a 55% do volume total de sangue.

Funções do sangue

  • Transporte de hormônios e enzimas.
  • Manutenção da temperatura do corpo.
  • Remoção dos resíduos tóxicos.
  • Transporte de oxigênio e substâncias nutrientes.
  • Defesa do organismo.

A extensão de um exame de sangue como também a sua abrangência vai além do que uma pessoa leiga possa imaginar.

Com apenas uma pequena amostra de sangue obtida por punção venosa ou arterial, em anticoagulante específico (EDTA), pode-se realizar inúmeros exames.

FASE CELULAR (FASE SÓLIDA)

  • Série branca: Leucócitos ou glóbulos brancos.

Se dividem em 5 tipos celulares: Neutrófilos, eosinófilos, monócitos, linfócitos e os basófilos.

Leucemia: divisão acelerada e desordenada dos leucócitos.

  • Plaquetas ou trombócitos:

Fragmentos celulares dos megacariócitos responsáveis pela coagulação do sangue.

  • Série vermelha: Hemácias, eritrócitos ou glóbulos vermelhos.

São responsáveis pelo transporte de oxigênio.

  1. Glóbulos brancos

Leucócitos: o processo responsável pela sua origem se chama LEUCOPOESE e está subdividido, pois existem diferentes tipos de leucócitos.

1º granulopoiese: Forma os granulócitos- Neutrófilos, eosinófilos e basófilos.

2º Monopoiese: Forma os monócitos.

3º Linfopoiese: Forma os linfócitos T (LT), LB (plasmócitos) e NK (Natural Killer).

  1. Glóbulos vermelhos

Eritropoese: processo responsável pela formação das hemácias.

  1. Plaquetas

Trombocitopoiese: processo responsável pela formação das plaquetas.

FASE LÍQUIDA

É o plasma que corresponde a 55% do volume total de sangue.

É um líquido complexo, sua formação se dá através da ingestão de água, alimentos e da trocas de líquidos entre vários compartimentos do organismo.

O plasma é formado por 92% de H2O, 7% de proteínas plasmáticas e 1% de sais orgânicos e substâncias orgânicas.

  1. Proteínas plasmáticas

O plasma é formado por mais de 100 tipos de proteínas diferentes. A mais importante é a amlbumina, porque ela contribui para a pressão osmótica do sangue além de outras funções.

A maioria delas são sintetizadas no fígado com exceção das imunoglobulinas que são formadas por linfócitos B (plasmócitos).

FORMAÇÃO DO TECIDO SANGUÍNEO (HEMATOPOESE)

Estima-se que para a manutenção do pool de células hematopoéticas de um adulto de 70 kg a medula óssea (MO) deva produzir um trilhão de células ao dia.

O baço e o fígado perto do nascimento perdem a sua função hematopoética, podendo voltar a sua função hematopoética em determinadas patologias.

O baço continua somente como órgão linfoide secundário (ajuda somente na maturação dos linfócitos).

  1. Período Medular

Ocorre a partir do 5º mês de vida IU. Porque nessa ocasião o tecido do feto já esta todo formado.

A partir do 6º mês de vida IU a medula e o tecido linfóide superam a atividade do baço e o fígado.

No inicio a MO tem função apenas leucopoética.

Nesse momento a criança é um individuo que já tem todos os elementos sanguíneos.

Hematopoese Pós-natal

Logo depois do nascimento, cessa a hematopoese no fígado e a medula passa a ser o único local de produção de eritrócitos, leucócitos e plaquetas. As células-tronco hematopoiéticas e as células progenitoras comprometidas são mantidas na medula óssea.

Nos dois primeiros anos, toda a medula óssea é hematopoiética, mas durante o resto da infância há substituição progressiva da medula dos ossos longos por gordura. A medula hematopoiética no adulto é confinada ao esqueleto central e as extremidades dos ossos longos.

FETO 0 - 2 MESES (SACO VITELINO) FETO 2 – 7 MESES (FÍGADO, BAÇO) FETO 5 – 9 MESES (MEDULA ÓSSEA) LACTENTES MEDULA ÓSSEA (praticamente todos os ossos) ADULTOS Vértebras, costelas, crânio, esterno, sacro e pelve, extremidades dos ossos longos.

Tipos de Medula

  • Medula óssea vermelha (MOV)
  • Medula óssea amarela (MOA)

No recém-nascido a MO é toda vermelha até +/- 3 anos.

Com o desenvolvimento da criança a MOV se transforma em MOA.

A MOA é constituída de células adiposas e também algumas células reticulares primitivas. Ela armazena gordura, energia e nutrientes. É capaz de reverter para hematopoese e, em muitas doenças, também pode haver expansão da hematopoese aos ossos longos, além disso, o fígado e o baço podem retomar seu papel hematopoiético (hematopoese extramedular).

A MO possui 50 à 60% de precursores granulocíticos (em todas as fases de amadurecimento)

  • 20 à 25% de precursores eritrocíticos.
  • 10 à 15% de linfócitos B, plasmócitos, LT, LNK, megacariócitos, células de retículo (sustentação, células do estroma).

Composição interna da Medula Óssea: O estroma

O espaço medular é preenchido por células do estroma e de uma rede microvascular. As células do estroma incluem adipócitos, fibroblastos, células endoteliais e macrófagos, além de secretarem varias moléculas e fatores de crescimento hematopoéticos necessários à sobrevivência das células-tronco.

Fatores de crescimento hematopoéticos

Os fatores de crescimento hematopoéticos são hormônios glicoprotéicos que regulam a proliferação e a diferenciação das células progenitoras hematopoéticas.

Além da proliferação e diferenciação os fatores de crescimento podem estimular a maturação, prevenir apoptose e função celular.

  • Fatores Estimulantes de Colônia (CSFs): Atuam especificamente sobre células mielóides. (?)
  • Fator Estimulante de Colônia: CSF-GM; CSF-G; CSF-M; CSF-EO; CSF-BAS.
  • Interleucinas: Agem especificamente nos linfócitos.

Esses fatores são citoquinas e estão presentes no microanbiente medular. Sua síntese é controlada por genes presentes no DNA do núcleo da célula que o sintetiza.

São os linfócitos, macrófagos e células do estroma.

APOPTOSE

Processo regulado de morte celular fisiológica.

Muitas alterações genéticas associadas a doenças malignas diminuem o índice de apoptose e prolongam a sobrevida celular.

ÓRGÃOS FORMADORES DE LEUCÓCITOS

  • (^) Neutrófilos, eosinófilos e basófilos: tem grânulos

Série branca

Os leucócitos se dividem:

  • Neutrófilos,
  • Eosinófilos,
  • Basófilos,
  • Monócitos
  • Linfócitos

Identificação dos Leucócitos

  • Microscopia de esfregaços corados
  • Tamanho da célula
  • Relação Núcleo/Citoplasma
  • Características citoplasmáticas
  • Cor, contornos, vacuolização, inclusões
  • Granulação (presença, cor e tamanho)
  • Características do núcleo
  • Cor, cromatina e nucléolos

Os Neutrófilos:

  • Tem sua função de defesa contra microorganismos (bactérias, fungos, vírus etc).
  • (^) A produção e a diferenciação de neutrófilos na medula óssea leva de 6 a 10 dias.
  • Grande número de células em bastão e segmentados são mantidas na medula como “depósito de reserva”.
  • Depois de sua liberação da medula óssea, elas gastam 6 a 12 horas na circulação antes de migrarem para os tecidos onde realizam sua função fagocitária.
  • (^) Elas sobrevivem 2 a 4 dias nos tecidos antes de ser destruídas.
  • Têm núcleo denso característico, com dois a cinco lóbulos, citoplasma pálido com contorno irregular, contendo muitos grânulos finos rosa azulado (azurofílicos) ou cinza- azulado.
  • Os precursores neutrofílicos normalmente não aparecem no sangue periférico.
  • (^) O primeiro precursor reconhecível no microscópio é o mieloblasto.
  • Por divisão celular omieloblasto se transforma em promielócito, depois em mielócitos, esses geram metamielócitos, células que não mais se dividem. Dando origem aos bastões que por fim se transformam em segmentados. ( Neutrófilos segmentados.

Os monócitos:

  • Tem sua função de defesa contra microorganismos (bactérias, fungos, vírus ect.)
  • Depois de circularem 4-8 horas, os monócitos deixam o sangue para penetrar nos tecidos onde amadurecem e realizam suas funções principais. Lá são chamados de macrófagos
  • O período de vida extravascular pode ser de meses e até anos.
  • Em geral os monócitos são maiores que os demais leucócitos
  • O citoplasma é abundante, de cor cinza ou azul claro, com vacúolos citoplasmáticos.
  • O núcleo é grande oval ou indentado, posicionado no centro da célula. Cromatina nuclear delicada. Os Eosinófilos:
  • A função dos eosinófilos não está completamente elucidada. Essas células proliferam em resposta a estímulos imunológicos.
  • Os eosinófilos são particularmente importantes nas doenças alérgicas e parasitárias.
  • Eles destroem os helmintos, pela geração de oxidantes potentes e liberação de proteínas catiônicas.
  • Participam de certos quadros inflamatórios, particulannente das reações alérgicas, asma e certas doenças miocárdicas.
  • Tem como característica peculiar presença de grânulos com alta afinidade pela eosina (corante ácido).

Eritrograma É um estudo detalhado dos elementos pertencentes a série vermelha do sangue (hemácias ou eritrócitos)

  • Contagem de hemácias
  • Dosagem de hemoglobina
  • (^) Hematócrito
  • Índices hemantimétricos Contagem de Hemácias (Hm): A contagem de hemácias ajuda o médico no diagnóstico de algumas doenças
  • Hemácias aumentadas, também chamadas de poliglobulia ou policitemia: Podem ocorrer nas diarreias graves, queimaduras, policitemia Vera, intoxicação por álcool etílico, diabetes, etc...
  • Hemácias diminuídas: Estão presentes em diversas anemias, hemorragias, infecções severas, leucemias, etc. Nestes casos é necessário exames para diagnósticos específicos. Técnica: Temos duas maneiras de realizar esta contagem de hemácias, automaticamente ou manualmente. O número de eritrócitos por milímetro cúbico fornece uma estimativa indireta do conteúdo de Hb no sangue. Os métodos manuais de câmara de contagem produzem erros de 7-14% ou mais, dependendo da experiência do técnico.

Vantagens dos sistemas automatizados.

  • Custo por exame.
  • (^) Tempo.
  • Maior reprodutibilidade.
  • Coeficiente de variação entre 1 e 2%. Técnica Contagem de Hemácias (Hm): As máquinas de contagem automática reduzem este erro para cerca de 1%. Todavia, muitos laboratórios de menor porte não possuem essas máquinas. Os valores de referência são de:
  • 4,5-6,0 milhões/mm3 para homens
  • 4,0-5,5 milhões/mm3 para mulheres. Dosagem de hemoglobina (Hb): Hemoglobina é a substância contida nos eritrócitos cuja principal função é o transporte de oxigênio.
  • Aumentada: contagem elevada de eritrócitos, fumantes inveterados, desidratação.
  • (^) Diminuída: criança, mudança de posição, gravidez, variação diurna (à tarde), sexo feminino, líquidos intravenosos. A determinação da Hb é mais sensível que o Htc na detecção de anemias. Técnica: Temos duas maneiras de realizar esta dosagem de hemoglobina, automaticamente no colter ou em um espectrofotômetro. Hematócrito (Htc) Após centrifugação, a altura da coluna de eritrócitos é comparada com a altura da coluna do sangue total original. A percentagem de massa de eritrócitos em relação ao volume original de sangue é hematócrito. Centrifuga-se uma amostra de sangue total anticoagulado num tubo especial. Por conseguinte, o hematócrito depende principalmente do número de eritrócitos, embora seja afetado (em grau muito menor) pelo tamanho médio das células. Na maioria dos sistemas de contagem automática, o hematócrito não é medido diretamente, porém calculado a partir do valor da contagem de eritrócitos e do volume corpuscular médio (VCM). Os valores de referência são de:
  • 40-54% para os homens
  • 37-47% para as mulheres. O erro médio na determinação do hematócrito é de cerca de 1-2%. As relações úteis entre a Hb, o Htc e a Hm incluem: Unidades tradicionais
  • Hb X 3 = Hct
  • (^) Hm (milhões) X 3 = Hb
  • Hm (milhões) X 9 = Hct Índices hemantimétricos
  • Volume Corpuscular Médio (VCM ou VGM)
  • VCM = Htc x 10 / Hm
  • (^) Hemoglobina corpuscular media (HCM ou HGM)
  • HGM = Hb x 10 / Hm
  • Concentração de Hemoglobina corpuscular media (CHCM ou CHGM) CHGM = Hb x 100 / Htc
  • Volume Corpuscular Médio (VCM ou VGM) VCM = Htc x 10 / Hm A determinação do VCM utiliza o efeito do tamanho médio das hemácias sobre o hematócrito.

Por fim a observação das características morfológicas das células tanto da série vermelha quanto branca. Contagem global de leucócitos: Pode ser feita manualmente em câmara de newbauer ou automaticamente no Colter. Valores Aumentados (Leucocitose) A leucocitose pode ser fisiológica ou patológica.

  • Leucocitose fisiológica a) No recém-nascido - O número de leucócitos pode atingir 15.000 a 25.000 pl mm3 de sangue. b) Na gravidez - Aparece no 3º mês de gestação, aumentando progressivamente até cifras de 18.000/ mm3. c) Durante o parto - Em geral ocorre leucocitose próxima de 18.000l mm3, desaparecendo após os primeiros dias de puerpério. d) Variações leucocitárias ao fim do dia- As taxas são sempre maiores que as apresentadas pela manhã. e) Variações dependentes de diferentes atitudes do corpo. As taxas leucocitárias são sempre mais elevadas nos indivíduos deitados, do que quando em pé ou sentados. f) Em decorrência de exercícios físicos extenuantes, massagens, convulsões, crises de pranto e banhos frios.
  • Leucocitose patológica: Consiste em um aumento da contagem global de leucócitos, a qual pode apresentar cifras elevadíssimas em certas patologias. Geralmente, o aumento de leucócitos se deve ao predomínio de uma variedade, quase sempre o neutrófilo. Os outros tipos de células (eosinófilos, Linfócitos, etc.), em geral resultam em pequenos aumentos. Entretanto, os diversos tipos de leucemias apresentam aumentos segundo o tipo de célula com neoplasia. A presença da leucocitose é quase uma constante em todos os processos infecciosos, com exceção de alguns que serão mencionados em leucopenias. A leucocitose está presente nas seguintes condições: pneumonias, meningite meningocócica ou não, difteria, cólera, febre amarela, coqueluche, varicela (nem sempre), varíola (nem sempre), apendicite, peritonite, colecistite, endocardite, amigdalite, otite, osteomielite, pielite, salpingite, septicemias, etc. E ainda pode ocorrer nas neoplasias, intoxicações medicamentosas, etc. Podemos ter varias situações:
  • Eosinofilia
  • Eosinopenia
  • Basofilia
  • Basopenia
  • Linfocitiose
  • Linfopenia
  • (^) Monocitose
  • Neutrofilia
  • Neutropenia

Contagem diferencial de leucócitos: Feita na lâmina corada. Para efetuar tal contagem, devemos proceder a confecção de um filme sanguíneo, através da extensão do sangue total sem anticoagulante e coloração da lâmina. AMOSTRA: Sangue periférico colhido por punção digital ou de coleta venosa, com o uso de anticoagulantes adequados (heparina ou soluções de EDTA). Esfregaços de medula óssea. Os esfregaços feitos a partir de sangue colhido com anticoagulantes devem ser confeccionados em até 30 minutos, para se evitar deformações celulares sob efeito do anticoagulante. Técnica para confecção do esfregaço sanguíneo 1- Utilizar lâmina limpa, completamente desengordurada e seca. 2- Identificar o esfregaço com o nome e o nº do paciente. 3- Colocar uma gota de sangue sem anticoagulante em uma das laterais da lâmina (a gota não deve ser muito grande). 4- Pegar outra lâmina e colocar sua borda contra a superfície da lâmina com a gota de sangue, na frente da gota de sangue. 6- Deslizar a lâmina em 45º graus até que a gota de sangue forme uma película, fazer o esfregaço rapidamente, antes que comece a coagulação do sangue fixando as células nas lâminas. 7- Secar o esfregaço. 8- Devem ser feitos três esfregaços para cada paciente. 9- Corar somente um esfregaço e guardar os dois restantes como reserva. 10- Evitar que o esfregaço toque as margens da lâmina, devido ao fato que na maioria dos esfregaços em que a camada de sangue se espalha até as margens da lâmina, as células maiores (monócitos, eosinófi1os, neutrófilos) acumulam-se em grupos nas margens, enquanto que os menores (linfócitos) vão para o centro. 11- O bom esfregaço deve ser fino e homogêneo, pois somente os esfregaços que reunem estas condições, apresentam leuc6citos e hemácias sem deformações e convenientemente distribuídos. 12- Após a extensão efetuar a coloração do filme sangüíneo, fazemos a leitura ao microscópio utilizando a objetiva de imersão (100X). 13- A leitura é feita contando 100 células e marcando no contador diferencial de células. Limitações do sistema

  • Para obter ótimo desempenho do sistema, é necessário que o procedimento técnico seja rigorosamente seguido conforme instruções de uso.

O terceiro é um corante de característica básica. Introduzir a lâmina obedecendo a uma sequência deixando a lâmina por 5 segundos em cada corante. Na passagem de um para outro usar um papel filtro para não contaminar o corante seguinte. Lavar em água corrente e secar na posição vertical. Obs : As células nem sempre se distribuem de maneira uniforme no esfregaço. Por isso, usamos normalmente 2 métodos para contagem diferencial, os quais visam reduzir o erro, devido ao fato citado acima. Contagem de plaquetas

  • Aumentada: trombocitose
  • (^) Diminuída: trombocitopenia ERITOPOESE Em condições normais um adulto produz cerca de 200 bilhões de hemácias por dia. A proporção de células produzidas e destruídas diariamente corresponde a cerca de 0,83% do total. Após o período embrionário e fetal, a eritropoese pode ocorrer fora da medula óssea. Isso ocorre devido a circunstâncias como anemia hemolítica e quadros de neoplasia. Nas anemias hemolíticas o nível elevado de eritropoetina podem levar a substituição a medula gordurosa por ativa. Estímulos persistentes podem fazer aparecer tecido eritróide no baço, fígado e outros tecidos. A eritropoese é regulada pelo hormônio eritropoetina. A eritropoetina é um polipeptídeo glicosilado. Normalmente 90% são produzidos nas células peritubulares renais e 10% no fígado e outros locais. O estimulo para sua produção é a tensão de oxigênio. A produção de eritropoetina é portanto estimulada nas, anemias, quando o O2 atmosférico esta baixo, quando a disfunção cardíaca, pulmonar ou lesão renal. Eritropoetina recombinante. Células eritróides Os precursores da linhagem eritróide constituem 1/3 das células da medula óssea. Os precursores eritróides têm capacidade proliferativa intensa. Cada um proeritroblasto gera de 8-32 eritroblastos ortocromáticos. Outra característica é a síntese de proteína. Hemoglobina A medida que amadurece, o núcleo vai diminuindo e a cromatina fica mais condensada. O núcleo se torna picnótico, essas células agora não se dividem mais, apenas sofrem alterações morfológicas e amadurecem. No citoplasma observa-se inicialmente uma coloração basófila devido a presença de RNA. A medida que amadurece, a hemoglobina vai se acumulando dando uma tonalidade rósea ao citoplasma (acidófila). Por fim essa célula perde o núcleo que é rapidamente fagocitado por macrófagos.

Com a perda do núcleo a célula se transforma num Reticulócito. O reticulócito é, portanto uma célula anucleada que ainda conserva no citoplasma restos de RNA, ribossomos e mitocôndrias, tendo então alguma capacidade de síntese protéica. Os reticulocitos são ligeiramente maiores que as hemácias maduras e por terem restos de RNA tem um citoplasma mais basofílico. Policromatofilia. O reticulócito, portanto se apresenta num esfregaço sanguíneo como macrócitos e policromatófilos. Após perder todo o resto de RNA, a célula já esta madura e agora se chama hemácia. HEMÁCIAS

Por que a hemácia perde o núcleo? A hemácia perde o núcleo porque ela precisa ter uma membrana extremamente flexível, para poder atravessar a microcirculação (a hemácia precisa mudar de forma constantemente e o núcleo iria impedir esta mudança). As hemácias sofrem constantemente impactos, bloqueios, com isso sua membrana vai esfoliando, tornando-se cada vez mais frágil, sendo desintegrada então em aproximadamente 120 dias (Esgotamento metabólico). Quando ela chega ao esgotamento metabólico sofre o sequestro esplênico pelo baço, onde é retirada da circulação.

Hemácias normais:

  1. Morfologia
  • Disco bicôncavo.
  • (^) Diâmetro entre 7,5 e 8,7 mm.
  • Volume globular médio de 90 fL.
  1. Fisiologia
  • Grande superfície de contato.
  • Plasticidade. Na sua constituição química apresenta 65% de água, 30% de hemoglobina e 5% de lipídios, proteínas, sais e enzimas.

Destruição das Hemácias Após cerca de 120 dias em circulação, pelo seu esgotamento metabólico, as hemácias são removidas da circulação, especialmente no baço, fígado e medula óssea. Uma vez fagocitada, a hemácia é decomposta até se transformar em bilirrubina. O ferro será armazenado na forma de ferritina no fígado ou vai para a medula óssea para produzir hemoglobina. A bilirrubina formada a partir da abertura do anel do heme e liberação do ferro, circula ligada a albumina e são retiradas de circulação pelos hepatócitos. Nos hepatócitos a bilirrubina é conjugada e excretada nos canalículos hepáticos indo para o duodeno como parte da bile. No intestino esse conjugado é chamado de Urobilinogênio fecal o qual da a coloração as fezes.

  • Fezes claras: pode ser uma falha na transformação de bilirrubina em urubilinogênio.
  • Bilirrubina aumentada: pode ocorrer nas anemias hemolíticas e em problemas hepáticos. Causa a Icterícia.
  • (^) Essas hemácias estão presentes no sangue periférico ou em condições de hipóxia (prova de falcização provocada) pode ser diagnosticada também por eletroforese de hemoglobina. HEMÁCIAS EM ALVO (DIANÓCITOS, CODÓCITOS, TARGET CELL.)
  • Ocorre condensação da hemoglobina nessas células na parte central.
  • Estão presentes em alta porcentagem nas anemias hemoliticas, Talassemias Major.
  • Presentes em pequenas quantidades nas talassemias Minor e também nas hemoglobinopatias C (AC e CC).

HEMÁCIAS ESFEROCÍTICAS (ESFERÓCITOS)

  • São menores do que as hemácias normais
  • Coloração compacta sendo vermelhas e redondas.
  • Sofrem lesão (fragilidade osmótica), são mais frágeis frente a soluções hipotônicas.
  • Não possui halo central.
  • Estão presentes em anomalias hereditárias denominadas de Anemia Hemolítica Esferocítica.
  • São esféricas, não conseguem manter sua biconcavidade.

Persistência de restos de núcleo Corpúsculos de Howell- Joley: São restos de núcleo cujo tamanho não permite considera-lo como núcleo.

  • São arredondados medindo 1μm de Ø, de coloração vermelho violáceo(roxo) contendo material nuclear(DNA).
  • Aparecem na hemácia que não teve sua maturação completa.
  • (^) Ocorrem devido a uma retração progressiva do núcleo.
  • Estão presentes nas anemias hemolíticas, nas leucemias, e na hemofilia.
  • Pode aparecer 1 a 3 corpúsculos na célula.
  • Deve-se mudar o plano de visualização no microscópio através do micro, se desfocar junto com a hm é o corpúsculo, se não desfocar é plaqueta.

Ponteado Basófilo: Tem aspecto granuloso, são grânulos basófilos de tamanhos diferentes.

  • Se coram de azul e a sua constituição é de RNA Ribossômico.
  • Nos reticulócitos patológicos visualizamos os ponteados basófilos mesmo pala coloração panótica.
  • Estão presentes na intoxicação por chumbo, nas talassemias, na anemia perniciosa e anemia ferropriva.

Anel de Cabot: são filamentos em forma de anel ou oito que se coram de vermelho violáceo (roxo).

  • Presentes nas intoxicações com chumbo, Anemia Perniciosa, Anemia Hemolítica e Talassemia.

Corpúsculos de Heinz: são inclusões citoplasmáticas de forma arredondada ou oval ou angulares.

  • De maneira geral são excêntricos e únicos.
  • Estão presentes nas anemias por deficiência de glicose GP desidrogenase.
  • São visualizados somente por coloração supravital.