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Trata-se de um resumo de histologia do fígado, esôfago, estômago, intestino e placenta. Feito com base em aula e consulta bibliográfica.
Tipologia: Resumos
Oferta por tempo limitado
Compartilhado em 08/05/2021
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O fígado é revestido por uma cápsula delgada de tecido conjuntivo denso não modelado que constitui seu estroma, a cápsula de Glisson, e é recoberto pelo peritônio. O tecido conjuntivo da cápsula estende-se para o interior do parênquima hepático na forma de septos, onde se observa unidades estruturais chamadas lóbulos hepáticos. Na periferia dos lóbulos, existe uma massa de tecido conjuntivo chamada de espaço porta, que apresentam a tríade portal: ramos da artéria hepática, da veia porta, dos ductos biliares e vasos linfáticos Em cortes histológicos fígado é visto como um órgão bastante homogêneo. A maior parte de seu parênquima é formado por ácinos hepáticos, que são as unidades funcionais do fígado. Compreende várias células denominadas hepatócitos, responsáveis por quase todas as funções exócrinas e endócrinas exercidas pelo órgão, dependente do suprimento sanguíneo através do trato porta. Os hepatócitos se organizam em cordões ou placas. Entre os cordões ou placas há espaços “vazios” – são capilares sinusoides. Suas paredes são revestidas de células endoteliais típicas e macrófagos que, no fígado, recebem o nome de células de Kupffer. As células de Kupffer têm função fagocitária e pertencem ao sistema retículo endotelial. Os capilares sinusoides desembocam em uma veia localizada no centro do lóbulo chamada veia centrolobular a qual é o ramo inicial da veia hepática. As
veias centrolobulares atravessam os lóbulos em sentido longitudinal e, ao saírem destes, desembocam em ângulo reto nas veias sublobulares que penetram nas trabéculas do estroma hepático e se unem para formar as veias hepáticas. Como o sangue percorre os sinusoides da periferia para o centro dos lóbulos, os hepatócitos estão sob gradiente de composição sanguínea. Os mais periféricos recebem em primeiro lugar tanto nutrientes quanto oxigênio, com eventuais toxinas trazidas pela veia porta e artéria hepática. Isto explica as diferenças entre as células centrolobulares e as perilobulares. Os canalículos biliares se dirigem do centro para a periferia onde desembocam em um ducto curto denominado canal de Hering. Os ductos biliares gradualmente se alargam até se fundirem formando o ducto hepático que sai do fígado. Na imagem a seguir, pode-se identificar a tríade portal imersa em tecido conjuntivo, contendo: O ducto biliar, formado por epitélio simples cúbico; O ramo da artéria hepática, envolvido por uma parede endotelial mais espessa, devido às várias camadas elásticas da sua túnica e com lúmen menor; O ramo da veia hepática, com lúmen maior e parede endotelial delgada; E um vaso linfático na periferia do espaço porta, caracterizado por uma “lacuna vazia” (região sem coloração). Além disso, existe um estreito espaço que separa o sinusóide dos hepatócitos e recebe o nome de espaço de Disse o qual é composto por fibras reticulares. Devido à sua reduzida dimensão só pode ser melhor estudado com o advento da microscopia eletrônica. Um terceiro tipo de célula na parede do sinusóide é
hepática (VP), ramos do ducto biliar (DB) e ramos da artéria hepática (A), desse modo, o centro do lóbulo clássico é marcado pela veia central (VC). O lóbulo portal, por sua vez, leva em consideração o fluxo da bile; o centro do lóbulo é representado pelo ducto biliar e suas extremidades delimitadas pelas veias centrais de três lóbulos clássicos vizinhos. O ácino hepático baseia-se no suprimento sanguíneo dos hepatócitos, ou seja, na qualidade do sangue, quanto à quantidade de nutrientes e oxigênio, que nutre essas células. Sendo assim, o ácino hepático pode ser dividido em zonas conforme o gradiente sanguíneo:
O tubo digestório tem quatro túnicas (camadas): mucosa, submucosa, muscular e serosa ou adventícia. ⤷Esôfago O esôfago, em um corte transversal apresenta as seguintes camadas no sentido mais interno (do lúmen) para a área mais externa: mucosa e lâmina própria, submucosa, muscular e adventícia. ▸Mucosa e Lâmina Própria É a camada que reveste o lúmen do esôfago, sendo formada por epitélio pavimentoso estratificado não queratinizado, localizado sobre a lâmina própria. Essa, por sua vez, é formada por tecido conjuntivo frouxo ou denso não modelado, bem vascularizado e cuja função é dar suporte ao epitélio de revestimento. A lâmina própria apresenta vários tipos celulares, como fibroblastos e linfócitos. A alta estratificação do epitélio do esôfago é advinda da necessidade de proteção do órgão às agressões pela deglutição de alimentos volumosos ou perfurocortantes e corpos estranhos. ▸Submucosa É composta por tecido conjuntivo frouxo e contém glândulas esofágicas, do tipo tubuloalveolares mucosas, secretoras de muco de pH neutro, com função de proteger e lubrificar o tubo. ▸Camada muscular Composta, geralmente, por células musculares lisas. Mas também pode haver células musculares estriadas esqueléticas, sendo que, a medida em
que o órgão se alonga, essa camada de músculo estriado esquelético é substituída por uma camada circular interna e por outra longitudinal externa de células musculares lisas. Há duas regiões do esôfago formadas por células musculares: a camada muscular da mucosa (entre a lâmina própria e a submucosa, distribuída em blocos) e a camada muscular externa (exterior à submucosa, organizada em feixes). Além disso, as camadas musculares podem ser subdividias em duas: a circular interna (mais compacta) e a longitudinal externa (mais alongada). ▸Adventícia Camada de tecido conjuntivo que envolve o tubo esofágico externamente, exceto na região peritoneal, na qual o esôfago é recoberto por uma membrana serosa.
A transição entre a mucosa do esôfago e do estômago é abrupta, sendo verificada na região da cárdia. É caracterizada pela substituição do epitélio estratificado pavimentoso não queratinizado do esôfago pelo epitélio colunar simples do estômago. A cárdia, assim como o esôfago, apresenta glândulas mucosas. O estômago também apresenta as camadas de tecido típicas do tubo digestivo: mucosa, lâmina própria, muscular da mucosa, submucosa e muscular externa. No estômago, a camada muscular da mucosa é organizada em feixes musculares contínuos e circunda a mucosa.
Células parietais, secretoras de HCl. São células arredondadas com núcleo esférico e que se coram muito bem por corantes ácidos (eosina). Situam- se em torno do outro tipo de célula, as células mucosas. Células mucosas, secretoras de muco. Seu citoplasma é pouco corado. Na região mais profunda das glândulas gástricas do corpo do estômago há células secretoras de proteínas (enzimas gástricas) denominadas células principais ou zimogênicas. A região basal de cada célula possui grande quantidade de ergastoplasma ou retículo endoplasmático granuloso.
A submucosa é formada por tecido conjuntivo denso e abriga inúmeros vasos sanguíneos e linfáticos e fibras nervosas. Desse modo, podem aparecer aglomerados de folículos linfáticos nessa camada, sobretudo na região do íleo, que formam as chamadas placas de Peyer. No epitélio, se observam células absortivas, células caliciformes, células de Paneth e células enteroendócrinas. As células absortivas são células colunares altas, com núcleo oval na porção basal, sendo que no ápice de cada célula há a formação da borda em escova formada pelo conjunto de microvilosidades (cílios) e glicocálix. As células caliciformes estão distribuídas entre as células absortivas. Estas células apresentam grânulos contendo mucina, no seu citoplasma apical. As células de Paneth estão relacionadas com a defesa da mucosa intestinal, contendo substâncias antimicrobianas e enzimas digestivas (lisozimas). As células enteroendócrinas secretam zimogênio e substâncias alcalinas. ▸Jejuno e íleo A lâmina própria é composta por tecido conjuntivo frouxo, onde se observa presença das glândulas tubulares simples denominadas criptas ou glândulas de Lieberkühn. Essas glândulas possuem uma abertura para o lúmen intestinal, sendo, por isso, chamadas de criptas.
Jejuno: Íleo:
Observe que a superfície da mucosa voltada para o lúmen é lisa, ao contrário da mucosa do intestino delgado que exibe projeções denominadas microvilosidades intestinais. A lâmina própria da mucosa possui grande quantidade de glândulas tubulosas simples semelhantes às presentes no intestino delgado. São as glândulas intestinais ou glândulas de Lieberkühn, vistas na imagem
Histologicamente, a placenta se apresenta disposta em aglomerados de células chamados de vilosidades coriônicas que estão imersas em tecido conjuntivo mesenquimal. Na borda das vilosidades encontram-se duas camadas de células simples: o sinciciotrofoblasto (externamente) e o citotrofoblasto (internamente). No interior das vilosidades encontram-se capilares com sangue fetal, enquanto que, fora das vilosidades, no chamado espaço interviloso, localiza-se sangue materno. Dessa forma, não há mistura do sangue do bebê com o materno. Também podem ser encontrados nos vilos os macrófagos placentários ou células de Holfbauer. Ademais, na borda da vilosidade, existem várias células do sinciciotrofoblasto que são mais globosas e com muitos núcleos aglomerados, os chamados nós sinciciais.