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Resumo primeiro capitulo histologia Junqueira, Resumos de Citologia e Histologia

Resumo primeiro capitulo Histologia Junqueira

Tipologia: Resumos

2021

Compartilhado em 18/04/2021

gabrielarizzi
gabrielarizzi 🇧🇷

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Gabriela Rizzi Capítulo 1 Histologia Básica
Introdução
Þ Histologia é o estudo das células e dos tecidos
do corpo e de como essas estruturas se
organizam para formar os órgãos.
Preparação de espécimes para exame
microscópico
Þ A pequena dimensão das células e dos
componentes da matriz extracelular faz com
que a histologia dependa do uso de
microscópios.
Þ Ao contrário das células vivas, camadas muito
delgadas de células ou de tecidos que são
possíveis de serem vistas diretamente ao
microscópio, na maioria dos casos os tecidos e
órgãos são muito espessos e não possibilitam
a passagem adequada de luz.
Þ Nesses casos, são feitos cortes histológicos
muito delgados, porém antes disso os tecidos
e órgãos passam por tais tratamentos:
FIXAÇÃO:
Þ Realizado logo após a retirada do corpo.
Þ Tem como finalidade evitar a digestão dos
tecidos por enzimas das suas células ou
bactérias, endurece os fragmentos e preserva
a estrutura e composição molecular dos
tecidos.
Þ Há dois tipos de fixação: químico, mais
frequente, e físico, menos frequente.
Þ FIXAÇÃO QUÍMICA:
o Tecidos são imersos em soluções,
chamadas fixadores, de agentes
desnaturantes ou que estabilizam as
moléculas.
o Fixadores para microscopia de luz:
formaldeído a 4% e glutaraldeído.
o Fixadores para microscópios
eletrônicos: glutaraldeído
tamponado, seguido de tetróxido de
ósmio, formando uma fixação dupla
com maior preservação dos detalhes.
Þ FIXAÇÃO FÍSICA:
o Tecidos são submetidos a um
congelamento rápido, afim de se
tornarem rígidos e prontos para serem
seccionados.
o Os cortes são feitos pelo
criostato/criomicrótomo.
o Esse método possibilita a preparação
pida de cortes, sendo utilizado em
hospitais para analisar rapidamente
espécimes em procedimentos
cirúrgicos.
o Congelar tecidos é muito útil também
para o estudo histoquímico de
enzimas e proteínas em cortes
histológicos, pois não inativa a maioria
das enzimas e matem as proteínas em
conformações originais.
o Utilizado também no estudo de
lipídios, pois o processo de inclusão
dissolve essas substâncias.
INCLUSÃO:
Þ Após a fixação, para obter uma consistência
rígida, as substâncias são infiltradas nos
tecidos.
Þ As substancias utilizadas são a parafina
microscopia de luz e resinas microscopia
de luz eletrônica.
Þ Esse processo é precedido por duas etapas:
Desidratação e clareamento.
Þ Desidratação: retirada da água de tecidos é
feita pela passagem dos fragmentos por
banhos de solução de concentrações
crescentes de etanol (70% 100%)
Þ Clareamento: o etanol é substituído por uma
substância intermediária, miscível tanto em
etanol como no meio escolhido para inclusão.
Þ Quando embebidos no solvente orgânico, os
fragmentos ficam transparentes e
translúcidos, e em seguida são colocados em
parafina derretida (56 a 60 graus Celsius)
Þ O calor causa a evaporação do solvente
orgânico e os espaços dentro dos tecidos são
preenchidas com parafina, que irão se
solidificar ficando rígido e formando um bloco.
Ele é levado a um micrótomo (instrumento
que realiza cortes), de forma a fornecer cortes
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Introdução

Þ Histologia é o estudo das células e dos tecidos do corpo e de como essas estruturas se organizam para formar os órgãos.

Preparação de espécimes para exame

microscópico

Þ A pequena dimensão das células e dos componentes da matriz extracelular faz com que a histologia dependa do uso de microscópios. Þ Ao contrário das células vivas, camadas muito delgadas de células ou de tecidos que são possíveis de serem vistas diretamente ao microscópio, na maioria dos casos os tecidos e órgãos são muito espessos e não possibilitam a passagem adequada de luz. Þ Nesses casos, são feitos cortes histológicos muito delgados, porém antes disso os tecidos e órgãos passam por tais tratamentos:

FIXAÇÃO:

Þ Realizado logo após a retirada do corpo. Þ Tem como finalidade evitar a digestão dos tecidos por enzimas das suas células ou bactérias, endurece os fragmentos e preserva a estrutura e composição molecular dos tecidos. Þ Há dois tipos de fixação: químico, mais frequente, e físico, menos frequente. Þ FIXAÇÃO QUÍMICA: o Tecidos são imersos em soluções, chamadas fixadores, de agentes desnaturantes ou que estabilizam as moléculas. o Fixadores para microscopia de luz: formaldeído a 4% e glutaraldeído. o Fixadores para microscópios eletrônicos: glutaraldeído tamponado, seguido de tetróxido de ósmio, formando uma fixação dupla com maior preservação dos detalhes. Þ FIXAÇÃO FÍSICA: o Tecidos são submetidos a um congelamento rápido, afim de se tornarem rígidos e prontos para serem seccionados. o Os cortes são feitos pelo criostato/criomicrótomo. o Esse método possibilita a preparação rápida de cortes, sendo utilizado em hospitais para analisar rapidamente espécimes em procedimentos cirúrgicos. o Congelar tecidos é muito útil também para o estudo histoquímico de enzimas e proteínas em cortes histológicos, pois não inativa a maioria das enzimas e matem as proteínas em conformações originais. o Utilizado também no estudo de lipídios, pois o processo de inclusão dissolve essas substâncias.

INCLUSÃO:

Þ Após a fixação, para obter uma consistência rígida, as substâncias são infiltradas nos tecidos. Þ As substancias utilizadas são a parafina – microscopia de luz – e resinas – microscopia de luz eletrônica. Þ Esse processo é precedido por duas etapas: Desidratação e clareamento. Þ Desidratação: retirada da água de tecidos é feita pela passagem dos fragmentos por banhos de solução de concentrações crescentes de etanol (70% 100%) Þ Clareamento: o etanol é substituído por uma substância intermediária, miscível tanto em etanol como no meio escolhido para inclusão. Þ Quando embebidos no solvente orgânico, os fragmentos ficam transparentes e translúcidos, e em seguida são colocados em parafina derretida (56 a 60 graus Celsius) Þ O calor causa a evaporação do solvente orgânico e os espaços dentro dos tecidos são preenchidas com parafina, que irão se solidificar ficando rígido e formando um bloco. Ele é levado a um micrótomo (instrumento que realiza cortes), de forma a fornecer cortes

de 1 a 10 micrômetros de espessura. Após serem seccionados, os cortes são colocados sobre uma superfície de água quente e, depois, sobre lâminas de vidro, onde aderem e serão corados.

COLORAÇÃO:

Þ Se faz necessária por maioria dos tecidos serem incolores. Þ Os componentes dos tecidos que se coram bem com corantes básicos são chamados de basófilos e os que tem afinidade com corantes ácidos de acidófilos. CORANTES BÁSICOS CORANTES ÁCIDOS AZUL DE TOLUIDINA. ORANGE G AZUL DE METILENO. FUCSINA ÁCIDA HEMATOXILINA. VERDE JANUS EOSINA ÁCIDOS NUCLÉICOS, GLICOSAMINOGLICANOS MITOCÔNDRIAS GLICOPROTEÍNAS ÁCIDAS CITOPLASMA GRÂNULOS DE SECREÇÃO Þ Dentre todos os corantes, a combinação hematoxilina e eosina (HE) é a mais utilizada. A hematoxilina cora em azul o núcleo das células e outras estruturas básicas, enquanto a eosina cora o citoplasma e colágeno em cor-de-rosa. Þ Os componentes de células e tecidos também podem ser evidenciados pela impregnação de metais (prata e ouro).

MICROSCOPIA DE LUZ

Þ É composto por partes mecânicas e óticas, sendo esse último composto por três sistema de lentes: condensador, objetivas e oculares. o Condensador: concentra luz de uma lâmpada e projeta feixe luminoso sobre o espécime. o Objetiva: recebe a luz que atravessou o espécime e projeta uma imagem aumentada em direção ao ocular. o Oculares: amplia novamente a imagem e a projeta na retina ou em uma tela. Þ O que se deseja em um microscópio é uma imagem aumentada e com muito detalhes. O fator mais crítico desse interesse é o poder de resolução. Este pode ser definido como a menor distancia entre duas partículas, distância essa que possibilita que sejam vistas como coisas separadas. (EX: duas mitocôndrias separadas por menor do que a resolução serão vistas como uma só). Þ O que determina a riqueza de detalhes de uma imagem é o limite de resolução de um sistema óptico e não o poder de seu aumento. Ela depende essencialmente da objetiva pois a lente ocular apenas aumenta a imagem nela projetada pela objetiva.

Microscopia de constrate de fase e de

constrate diferencial de interferência

Þ O microscópio de contraste de fase utiliza um sistema de lentes que produz imagens visíveis de objetos quase transparentes. Þ A microscopia de contraste diferencial produz uma imagem aparentemente tridimensional de tecidos não corados. Þ As imagens produzidas são sempre em preto, branco e tons de cinza.

Microscopia Confocal

Þ O microscópio confocal foi desenvolvido para conseguir focalizar apenas um plano da

microscópio eletrônico de transmissão, não atravessam o espécime. Eles varrem uma delgada camada de metal e são capturados por um detector e transmitidos a amplificadores e outros componentes eletrônicos que geram imagens em preto e branco.

Radioautografia em secções de tecidos

Þ Possibilita o estudo funcional de processos biológicos em cortes de tecido pelo uso da radioatividade. Þ A primeira etapa do método consiste em fornecer átomo ou moléculas radioativas às células, essas substancias dependem da finalidade do estudo.

Cultura de células e tecidos

Þ Células podem ser mantidas vivas e estudadas fora do corpo, o que é muito útil para se pesquisar o efeito isolado de moléculas naturais. Þ A cultura de células possibilita a análise direta do comportamento por células vivas por meio de um microscópio e várias experiências que não podem ser realizadas em animal vivo podem ser feitas in vitro Þ Utilizado no estudo do metabolismo de células normais e cancerosas para o desenvolvimento de novos fármacos. Þ Também é útil para o estudo de microrganismos que só se desenvolvem no interior de células e diagnósticos de anomalias cromossômicas.

Fracionamento celular

Þ Utilizado para purificar e isolar organelas e outros componentes das células e tecidos. Þ É um processo físico no qual é usada força centrifuga para separar organelas e componentes celulares em função de seus coeficientes de sedimentação (está relacionado com o tamanho e forma do componente e da densidade do meio).

Histoquímica e citoquímica

Þ Os termos histoquímica e citoquímica são usados para indicar métodos que identificam e localizam substâncias em células e matriz extracelular, seja e cortes histológicos ou em células cultivadas. Þ Esses métodos podem ser realizados de diversas maneiras, entre as principais estão: reações químicas específicas e interações de alta afinidade entre moléculas. Þ O resultado desses processos normalmente são substâncias insolúveis coloridas (para microscopia de luz) ou elétron-densas (microscopia eletrônica) Reações químicas específicas: o Íons: vários íons (cálcio, fero, fosfato) podem ser localizados em tecidos, usando reações químicas que produzem produtos insolúveis escuros ou coloridos o Ácidos nucleicos: o DNA pode ser identificado e quantificado nos núcleos das células por meio da reação de Feulgen, que produz cor vermelha no DNA. o Proteínas: métodos histoquímicos em geral não determinam sua localização (o que é feio pela imunocitoquímica). Porém, há alguns métodos histoquímicos que revelam com maior ou menor especificidade as enzimas. o Alguns exemplos de enzimas que podem ser detectadas são: Fosfatases: elas clivam a ligação de um grupo fosato e um resíduo de álcool de moléculas fosforiladas. O produto final da reação é insolúvel e colorido. Geralmente se usa uma reação de detecção de fosfatases ácidas para demonstrar por microscopia de luz ou eletrônica lisossomos. Desidrogenases: removem hidrogênio de um substrato e transferem a outro. O produto final é insolúvel e colorido. A demonstração histoquímica delas consiste em incubar cortes de tecidos não fixados em uma solução que, ao receber um hidrogênio, precipita sob

forma de uma substancia colorida insolúvel. Detecta por esse método a enzima do Ciclo de Krebs succionodesidrogenase, localizada nas mitocôndrias. Peroxidase: é uma enzima que promove a oxidação de certos substratos e a transferência de íons hidrogênio para peroxido de hidrogênio, produzindo ao mesmo tempo moléculas de água. O produto final é um precipitado insolúvel marrom ou elétron-denso. A atividade de peroxidade em células de sangue pode indicar leucemias. o Polissacarídeos e oligossacarídeos: os polissacarídeos do nosso organismo existem livres ou combinados com proteínas e lipídios. Já os oligossacarídeos podem ser identificados pela reação PAS (period acid Schiff reaction). EX de Polissacarídeo: glicogênio. EX de oligossacarídeo: glicoproteínas. o Lipídios: o melhor meio para revelar lipídios são os corantes que são solúveis neles. Uma ótima técnica para não perder lipídios no corte é a fixação por congelação que é um método físico. Þ Muitos procedimentos histoquímicos são usados em diagnóstico laboratorial de várias doenças.

Detecção de moléculas em cortes

histológicos por meio de interações

moleculares de alta afinidade

Þ Moléculas se ligam a um composto por interação molecular alta. Esses compostos geralmente são incolores e por isso devem ser acoplados a um marcador. Þ Marcador: composto visível por microscopia de luz ou eletrônica e quando está acoplado a uma substancia com afinidade especifica por uma molécula, ela denuncia essa presença da molécula. Þ Marcadores mais usados: substâncias fluorescentes (microscópio de fluorescência ou de laser), átomos radioativos (radioautografia), moléculas de enzima como peroxidase (detecta pela demonstração da enzima com peróxido de hidrogênio) e metais (microscopia de luz e eletrônica). Þ Faloidina, proteína A e Lectinas são exemplos de substancias que interagem especificamente com outras moléculas. o Faloidina: extraída de um cogumelo, interage fortemente com actina e é marcada com substâncias fluorescentes para demonstrar filamentos de actina; o Proteína A: Se liga a região Fc (porção da estrutura) de moléculas de anticorpos. Quando é ligada a um marcador, pode-se detectar imunoglobulinas de cortes histológicos. o Lectinas: proteínas ou glicoproteínas derivadas de sementes de vegetais que tem alta afinidade com determinados carboidratos. Se ligam a glicoproteínas, proteoglicanos e glicolipídios.

Imunocitoquímica:

Þ A reação entre o anticorpo e o antígeno é um tipo de interação altamente especifica entre moléculas. A imunocitoquímica é a metodologia que possibilita indicar, por meio de anticorpos, moléculas em cortes ou em células cultivadas. Þ Como funciona?

1. Células ou corte de tecido onde achamos que tem determinada proteína são incubados em uma solução contendo um anticorpo que reconhece essa proteína, que tem afinidade especifica por ela. 2. (^) Como o anticorpo não é visível ele está junto com um marcador. 3. Se tiver mesmo a proteína na solução ela vai ligar com o anticorpo e como o anticorpo está junto com o marcador, denuncia a presença dessa proteína.

amplificação por meio de PCR ou por síntese se a sequência desejada for curta. o A sonda e seu complemento devem se ligar a um marcador, normalmente um isótopo radiaoativo ou um nucleotídeo modificado, que pode ser identificado por imunocitoquímica. o Lavamos a lâmina e a localização da sonda ligada à sua sequência complementar é revelada por marcador. Þ As técnicas de hibridização são altamente específicas e habitualmente utilizadas em pesquisa, diagnóstico clínico e medicina forense.

Problemas nas interpretações dos cortes

Distorções e artefatos provocados pelo

processamento dos tecidos:

Þ O que observa-se na lâmina é o resultado de uma série de preparações e processos. Como tudo é “super-processado”, pode haver certa distorção do que se encontra na realidade, ou seja, tecidos vivos. Þ Essa retração e essas distorções são chamadas de artefatos de técnica.

Totalidade do tecido:

Þ É impossível corar cada estrutura da célula de uma cor em uma só lâmina. Por isso é necessário analisar vários preparados diferentes, feitos por técnicas diferentes, assim se torna mais fidedigna a complexidade do tecido sendo visto. Þ O microscópio eletrônico por transmissão torna-se possível a observação de células com todas as suas organelas e inclusões, envolvidas pela membrana e pelos componentes da matriz extracelular

Duas dimensões e três dimensões

Þ Quando uma estrutura tridimensional é cortada em secções muito delgadas, as secções parecem ter somente duas dimensões: comprimento e largura. Þ Isso conduz o observador a erros caso ele não se conscientizar de que uma esfera seccionada é vista como um circulo por exemplo. Þ Além disso, deve-se lembrar que os componentes de um tecido ou órgão são geralmente seccionados ao acaso. Desse modo, para entender corretamente a arquitetura de um órgão, é necessário estudar secções feitas em planos diferentes.