



Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity
Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium
Prepare-se para as provas
Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity
Prepare-se para as provas com trabalhos de outros alunos como você, aqui na Docsity
Os melhores documentos à venda: Trabalhos de alunos formados
Prepare-se com as videoaulas e exercícios resolvidos criados a partir da grade da sua Universidade
Responda perguntas de provas passadas e avalie sua preparação.
Ganhe pontos para baixar
Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium
Comunidade
Peça ajuda à comunidade e tire suas dúvidas relacionadas ao estudo
Descubra as melhores universidades em seu país de acordo com os usuários da Docsity
Guias grátis
Baixe gratuitamente nossos guias de estudo, métodos para diminuir a ansiedade, dicas de TCC preparadas pelos professores da Docsity
RESUMO COM DIVERSOS AGENTES TÓXICOS, SUAS TOXICOCINÉTICAS, TOXICODINÂMICAS, SINTOMAS E TRATAMENTOS.
Tipologia: Resumos
1 / 5
Esta página não é visível na pré-visualização
Não perca as partes importantes!
Organoclorados Toxicocinética: Absorção ocorre por via oral, respiratória e dérmica, depositando-se no tecido adiposo. A eliminação acontece pela urina. Toxicodinâmica: Altera a cinética dos canais de Na+^ nas membranas neurais, antagoniza os receptores do GABA (ou seja, inibe a ligação do GABA a seus receptores) e aumenta a liberação de neurotransmissores. Sinais clínicos: Excitação, convulsões, tremores, ataxia, prostração e taquipneia; além disso, podem acontecer quadros de depressão, ataxia, apatia, desidratação, sonolência e perda de peso com rapidez. Tratamento: Não há antídoto específico, então o tratamento é sintomático. Usam-se medidas de desintoxicação (Indução de êmese, lavagem gástrica, uso de carvão ativado, banho com água e sabão, uso de catárticos, enema). Faz-se fluidoterapia, uso de diurético (manitol, furosemida) e anticonvulsivantes (diazepam, fenobarbital).
Organofosforados e carbamatos Toxicocinética: São bastante lipossolúveis, sendo absorvido pela pele, trato respiratório e gastrointestinal. A distribuição e excreção são rápidas, sendo a biotransformação hepática e a eliminação pelas vias urinária e fecal. Toxicodinâmica: Os organofosforados provocam inibição irreversível da acetilcolinesterase, enzima que inativa a acetilcolina. Essa inibição acontece devido o organofosforado se ligar irreversivelmente ao sítio esterásico da enzima. Os carbamatos se ligam a ambos os sítios de ligação da enzima (esterásico e aniônico), provocando a ligação reversível da enzima. Ambos agentes tóxicos causam acúmulo de ACh na fenda sináptica. Sinais clínicos: Náuseas, vômitos, bradicardia, dispneia, dor abdominal, contrações musculares, tremores, espasmos e postura rígida. Tratamento: Medidas de desintoxicação, fluidoterapia, uso de diuréticos, uso de atropina e anticonvulsivantes. No caso dos organofosforados há antídoto: Pralidoxima.
Piretróides Toxicocinética: São lipofílicos e rapidamente absorvidos por via oral, dérmica ou através dos pulmões. A biotransformação acontece no TGI e a excreção é via renal. Toxicodinâmica: Atuam nos canais de sódio da membrana, reduzindo a condutância; inibem a enzima ATPase, reduzindo o potencial de ação; interfere na ligação de receptores GABAA Sinais clínicos: Sinais bastantes variáveis. Salivação, vômito, tremores, convulsões, dispneia, hipo ou hipertermia. Tratamento: Medidas de desintoxicação; fluidoterapia, uso de diuréticos, anticonvulsivantes, alcalinizante de urina (bicarbonato)
Avermectina Toxicocinética: São lipossolúveis, sofrendo biotransformação hepática e excreção renal. Toxicodinâmica: Os avermectinas são agonistas de GABA, atuam se ligando aos canais GABA, aumentando a permeabilidade da membrana neural aos íons Cloro, provocando uma hiperpolarização. Em cães, o avermectina não deveria conseguir atravessar a barreira hematoencefálica, porém, em algumas espécies (Pastor australiano, Border Collie, Old English Sheepdog e Collie) devido a uma mutação no gene MDR1, elas acabam tendo deficiência da glicoproteína P, o que acaba permitindo a passagem do avermectina pela barreira hematoencefálica, causando neurotoxidade. Sinais clínicos: Depressão, ataxia, desorientação, êmese, sialorreia e midríase. Também podem ocorrer hiperestasia, hiperatividade, tremores, agitação, rigidez, insônia, vocalização, convulsões, hipertermia, fraqueza, decúbito, cegueira e bradicardia. Em gatos são comuns alterações neurológicas e hipotermia. Tratamento: Não existe antídoto. O tratamento consiste no uso de medidas de desintoxicação, e tratamento de suporte – fluidoterapia, suporte nutricional, lubrificantes oculares e mudança de decúbito. É importante lembrar que não se deve usar benzodiazepínicos nesses casos pois eles potencializam o efeito do avermectina.
Amitraz Toxicocinética: São altamente lipossolúveis, instáveis no meio ácido, sofrem biotransformação hepática e excreção renal e biliar. Toxicodinâmica: Inibição da monoaminooxidase (MAO); estimulação de receptores 2 adrenérgicos ; inibição da síntese de prostaglandinas. Sinais clínicos: Ataxia, depressão, hipotermia, prostração, mucosas pálidas, diarreia, dor abdominal, hipomotilidade intestinal (atenção em equinos!), poliúria, bradicardia, hipotensão, midríase e alterações cutâneas (prurido, eritema e hemorragias). Tratamento: Medidas de desintoxicação (banho com água morna e sabão, indução de êmese e uso de cartáticos); tratamento sintomático (aquecimento, fluidoterapia, suporte nutricional, acidificação da urina com uso de vitamina C). Existe antídoto – antagonista 2 adrenérgicos (Iombina).
Paracetamol Medicamento utilizado como analgésico e antipirético, sendo tóxico para gatos em qualquer dosagem e tóxico para cães em doses altas. Toxicodinâmica: Para entender o mecanismo de ação desse medicamento, é necessário saber como ocorre sua metabolização em condições normais.
Ação proteolítica Ação nefrotóxica Ação neurotóxica Ação miotóxica
Veneno elapdico
Ação neurotóxica
O tratamento no caso de acidentes ofídicos botrópicos e crotálicos consiste no uso de soro anti botrópico-crotálico e uso de fluido com Ringer.
Abelhas O veneno tem efeito tóxico e alérgico, sendo composto por aminas biogênicas, peptídeos e proteínas: Melitina – Efeito lesivo, hemolítico e cardiotóxico; Fosfolipase A 2 – Hemólise; Fosfatase ácida – Alérgeno; Histamina, apamina , hialuronidase Ação neurotóxica sobre a medula, que acaba levando o animal a óbito por falência respiratória. O tratamento consiste no uso de adrenalina, benzodiazepínicos, anti-histamínicos (cimetidina) e hidrocortisona.
Sapo Os sapos não possuem o aparelho inoculatório, tendo um veneno complexo formado por (1) Aminas biogênicas e (2) Derivados esteróides
O tratamento consiste em lavar a boca com água e sabão, uso de Propanolol para arritmias e Pentobarbital.
Escorpião O escorpião produz a Tityustoxina, que é uma neurotoxina que atua nos canais de sódio , estimula o sistema nervoso simpático através da liberação de catecolaminas, e estimula também o sistema nervoso parassimpático, através da liberação de Ach.
Crotoxina Crotamina Convulxina Giroxna
A Tityustoxina também tem efeito cardiotóxico que pode ser classificado em: Indireta: Pela liberação de catecolaminas Direta: Pelo aumento do influxo de cálcio
O tratamento consiste no uso de soro antiescorpiônico, uso de AINES (sendo o de primeiro escolha o Meloxicam, e o de segunda escolha o Carprofeno) e uso de antieméticos (metoclopramida). Além disso, há um antídoto farmacológico: a Prazosina.