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Revisão de Literatura sobre Cocaína, Notas de estudo de Enfermagem

Revisão bibliográfica à respeito da cocaína e seus efeitos no organismo.

Tipologia: Notas de estudo

2016

Compartilhado em 28/05/2016

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mestre-doug-7 🇧🇷

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1 INTRODUÇÃO

De acordo com FABRI e SIQUEIRA (2011) A cocaína é consumida á milhares de anos inicialmente utilizada pelos incas que acreditavam ser um presente do Deus sol para ser usada em suas cerimônias. E logo depois começou a ser utilizada em meados de 1860 como anestésico, tratamento para asma, depressão e alivio de fadiga. Porém mais tarde observaram- se seus efeitos adversos como a dependência. Ela é encontrada nas folhas da planta Erythroxylum coca , originaria dos Andes, principalmente das regiões de clima úmido, pode ser consumida sozinha ou em combinação com tabaco ou maconha, ou ainda na forma de sal que é utilizada na forma aspirada ou endovenosa. É consumida por cerca de 0,3% da população mundial, SCHEFFER (2010) específica que a idade de maior consumo é entre 15 e 64 anos.Como diz a aluna de farmácia da UNIPAC/Juiz de Fora em seu artigo Aspectos Gerais e toxicológicos da Cocaína e seus efeitos:Sendo uma substancia psicoativa atua no sistema de recompensa cerebral-brain reward system, através da receptação de neurotransmissores na fenda sináptica, fenômeno responsável pelas sensações de euforia, prazer, poder, diminuição da necessidade de sono, aumento das sensações sexuais, redução do apetite, estado de hiperatividade com aceleração do pulso, aumento do ritmo respiratório, febre, hipertensão arterial, tremor nas mãos e agitação psicomotora. Provoca uma constrição local dos vasos, fato este que limita a velocidade de absorção.”

Na gravidez o efeito é ainda pior, pois pode causar má formação do feto e o aleitamento também não pode ser feito sendo consumida cocaína, pois pode causar intoxicação, conforme informa CARRAZZA (2013).

A cocaína pode causar complicações cardiovasculares, complicações significativas na arvore traqueobrônquica e parênquima pulmonar, alterações metabólicas e nutricionais, lesões destrutivas de linha média no septo nasal pelo uso crônico. Em alguns estudos, foram detectados que a colite isquêmica em adultos jovens é um fenômeno incomum, mas associado o uso da cocaína, pode ser citado como causador dessa lesão, conforme afirma LOUREIRO (2012) “Alterações neuropsicológicas são visíveis em pacientes dependentes da droga” (FERREIRA 2014) A cocaína é amplamente utilizada e seus efeitos agudos freqüentemente motivam atendimento de emergência, este trabalho tem como objetivo identificar os danos, lesões e conseqüências causadas pela droga.

3 DISCUSSÃO

De acordo com GAZONI (2006) a cocaína é encontrada em duas formas distintas: Alcalóide purificado de base livre e o sal de hidrocloreto; seu uso tem sido associado a efeitos decorrentes da toxicidade aguda e crônica em praticamente todos os órgãos, particularmente no sistema cardiovascular por bloquear a retirada de norepinefrina dos terminais pré- sinapticos, pode aumentar significativamente a freqüência cardíaca, a pressão arterial e a resistência vascular sistêmica, as causas das cardiomiopatias difusas associadas ao uso da cocaína são secundários mais ao excesso de catecolaminas do que a um efeito tóxico por si mesmo. O uso prolongado de cocaína também está relacionado a hipertrofia ventricular esquerda, a cardiomiopatia dilatada, a aterosclerose, a disritmias crônicas e a apoptose do cardiomiócito, o que é afirmado por LOUREIRO (2012) que essa droga ocasiona alterações cardiovasculares, como infarto agudo do miocárdio, arritmias e eventos cerebrovasculares, independentemente da via de consumo.

Vale ressaltar que além de causar problemas cardiovasculares, causa síndromes semelhantes as psiquiátricas, causando alucinações, alterações de humor e funcionamento cognitivo.

Para FERREIRA (2014) os prejuízos no funcionamento neuropsciológico de usuários abusivos de substâncias afetam a memória e parece gerar perda de flexibilidade do pensamento afetando o modo de agir do indivíduo, dificuldade em atenção e memória que dificultam no funcionamento executivo e quando o mesmo encontra-se prejudicado o usuário terá mais dificuldade de aderir ao tratamento e manter abstinência.

Sabe-se que independente da via de administração da cocaína, ela causa várias conseqüências, na via inalatória, causa maiores dados no trato respiratório.

“No trato respiratório, têm sido observados vários problemas como tosse, expectoração enegrecida, dor peitoral, redução da função pulmonar, com capacidade de expiração comprometida e, em casos mais graves, pneumotórax espontâneo e enfisema no mediastino” (GOUVEA 2012).

E de acordo com CORRÊA (2014) a forma inalada da cocaína pode induzir ainda uma variedade de desordens pulmonares como hemorragia alveolar, edema agudo do pulmão e pneumonite intersticial. Além de ocasionar inflamação e ulceração da mucosa nasal com perfuração do septo (lesão destrutiva da linha média induzida por cocaína – LDLMIC), o mecanismo de inflamação e necrose nasal é multifatorial, incluindo efeito vasoconstritor

isquêmico local, trauma local, irritação da mucosa devida ao uso de outras substâncias, déficit no transporte mucociliar e, raramente, infecção bacteriana secundária. A inalação freqüente e prolongada pode causar necrose ósseo-cartilaginosa, que pode se estender aos cornetos e ao seio maxilar. Em circunstâncias raras, os ossos do palato sofrem necrose e perfuram. O uso de cocaína pode causar lesões destrutivas faciais que imitam o quadro clínico de outras doenças associadas a lesões necrotizantes da região média da face. Trata-se de um importante achado clínico, que pode se tornar mais freqüente com o aumento mundial do uso de droga conforme afirma STAHELIN (2012).

Quando o uso da cocaína é realizado em período gestacional as conseqüências são mais severas para o feto.

Para GASPARIN (2012) sabe-se que o uso de cocaína durante a gestação pode desencadear abortos espontâneos, prematuridade, diminuição no crescimento do feto e outras alterações perinatais. Além disso, aqueles que nascem vivos podem apresentar retardo mental ou outros transtornos mentais e comportamentais que trarão sérias conseqüências para a vida. Nos recém-nascidos a exposição pré-natal a drogas pode acarretar sintomas relacionados à intoxicação ou abstinência. A cocaína atravessa a barreira hematoencefálica atingindo concentrações cerebrais, e pode afetar a formação do cérebro. Pode ocasionar alterações no crescimento cerebral e no desenvolvimento cortical, causando desordens na diferenciação e na migração neuronal. Os efeitos neurocomportamentais da cocaína são inúmeros, como dificuldade na alimentação e no sono, alteração na regulação dos estados de consciência, sinais de estresse, excitabilidade e imaturidade motora, reflexos alterados e sinais de abstinência.

Após abordarmos o uso da cocaína na gestação, apontando suas conseqüências, observamos também a existência de doenças como colite isquêmica que também são ocasionadas pelo uso da cocaína.

As conseqüências gastrointestinais são pouco freqüentes, porém quando ocorrem, podem se manifestar como ulceras gastroduodenais, infarto mesentérico e isquemia intestinal. Os mecanismos propostos são multifatoriais e incluem toxicidade direta da mucosa intestinal, vasoconstrição mesentérica e alteração da agregação plaquetária, os quais geram isquemia focal. O quando clínico associado ao uso da droga geralmente é evidente entre 24 e 72 horas de uso consecutivo. O processo inflamatório e a isquemia são mais freqüentes no cólon distal. Na grande maioria dos casos, o quadro clínico se iniciou com dor abdominal e sangramento

4 CONCLUSÃO

Como foi apresentado neste estudo, a cocaína é uma droga ilícita amplamente utilizada que apresenta alto poder de dependência por estimular o sistema nervoso central através da inibição da receptação de neurotransmissores, causando sensações de prazer e bem estar, porém trás danos irreversíveis que vão desde problemas orgânicos até a vida social, como família do indivíduo usuário. Seu uso prolongado trás várias complicações ao organismo afetando vários órgãos como pulmão, coração, cérebro, intestino e etc. ocasionando má formação no período gestacional e durante a infância.

REFERÊNCIAS

CARRAZZA, Maria Zilda Nunes et al. Exposição à cocaína via leite materno. Acta Pediátrica Portuguesa , v. 44, n. 2, p. 71-73, 2013. Disponível em http://revistas.rcaap.pt/app/ article/view/2724, acessado em 09/11/2014.

CORRÊA, Cláudio Henrique et al. Anestesia no paciente usuário de crack e cocaína. Rev. méd. Minas Gerais , v. 24, n. S3, 2014. Disponível em http://rmmg.org/exportar-pdf/780/ v24s3a04.pdf, acessado em 09/11/2014.

COSTA, Nathalia Santos da; MACHADO, Dalva Maria Salgado. Neurobiologia e neuropsicologia na esquizofrenia e no uso de cocaína. REVISTA MÉDICA DE MINAS GERAIS-RMMG , v. 22, n. 2, 2012. Disponível em http://www.medicina.ufmg.br/rmmg/ index.php/rmmg/article/viewArticle/521, acessado em 09/11/2014.

DA SILVA JÚNIOR, Fernando José Guedes et al. Alterações metabólicas e nutricionais associadas ao consumo de cocaína/crack: revisão sistemática/Nutritional and metabolic changes associated with consumption of cocaine/crack: systematic review. Revista Multiprofissional em Saúde do Hospital São Marcos , v. 1, n. 1, p. 64-69, 2013. Disponível em http://ojs.saomarcos.org.br/ojs/index.php/cientifica/article/view/15, acessado em 09/11/2014.

FABRI, Rodrigo Luiz; SIQUEIRA, Louise Pinhati; FABRI, Angélica da Conceição Oliveira Coelho. ASPECTOS GERAIS, FARMACOLÓGICOS E TOXICOLÓGICOS DA COCAÍNA E SEUS EFEITOS NA GESTAÇÃO. Revista Eletrônica de Farmácia , v. 8, n. 2, p. 13, 2011. Disponível em http://h200137217135.ufg.br/index.php/REF/article/view/14960, acessado em 09/11/2014.

FERREIRA, Vinícius Renato Thomé; COLOGNESE, Bruna Tolotti. Prejuízos de funções executivas em usuários de cocaína e crack: case studies. Avaliação Psicológica , v. 13, n. 2, p.

STAHELIN, Letícia et al. Lesões destrutivas da linha média induzidas por cocaína com ANCA positivo mimetizando a granulomatose de Wegener. Rev Bras Reumatol , v. 52, n. 3, p. 431-437, 2012. Disponível em http://www.scielo.br/pdf/rbr/v52n3/v52n3a12.pdf, acessado em 09/11/2014.