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Metamorfose de rochas: tipos, causas e importância geotectônica, Notas de estudo de Engenharia Civil

Uma visão geral sobre as rochas metamórficas, seus processos de formação e importância no entendimento da geologia. As rochas metamórficas resultam de transformações de rochas submetidas a condições físicas distintas, como altas pressões e temperaturas. O estudo dessas rochas permite identificar grandes eventos geotectônicos e reconstruir a configuração atual dos continentes. O texto descreve três cenários de ocorrência do fenômeno metamórfico: regional, de contato e dinâmico, e aponta outros tipos menos comuns, como o metamorfismo de soterramento, hidrotermal, de fundo oceânico e de impacto.

Tipologia: Notas de estudo

2012

Compartilhado em 22/10/2012

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leonardo-valadares-6 🇧🇷

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Rochas metamórficas
As rochas metamórficas são o produto da transformação de qualquer tipo de rocha
levada a um ambiente onde as condições físicas (pressão, temperatura) são muito distintas
daquelas onde a rocha se formou. Nestes ambientes, os minerais podem se tornar instáveis e
reagir formando outros minerais, estáveis nas condições vigentes.
Como os minerais são estáveis em campos definidos de pressão e temperatura, a
identificação de minerais das rochas metamórficas permite reconhecer as condições físicas em
que ocorreu o metamorfismo.
O estudo das rochas metamórficas permite a identificação de grandes eventos
geotectônicos ocorridos no passado, fundamentais para o entendimento da atual configuração
dos continentes.
As cadeias de montanhas (p. ex. Andes, Alpes, Himalaias) são grandes enrugamentos da
crosta terrestre, causados pelas colisões de placas tectônicas. As elevadas pressões e
temperaturas existentes no interior das cadeias de montanhas são o principal mecanismo
formador de rochas metamórficas.
O metamorfismo pode ocorrer também ao longo de planos de deslocamentos de grandes
blocos de rocha (alta pressão) ou nas imediações de grandes volumes de magmas, devido à
dissipação de calor (alta temperatura).
http://www2.igc.usp.br/replicas/rochas/metamorfica.htm
São três os cenários de ocorrência do fenômeno metamórfico, a saber:
a) o metamorfismo regional ou dinamotermal – ocorre em grande extensões bem como
em grandes profundidades na crosta. Suas transformações estão relacionadas à ação
combinada da temperatura, pressão litosférica e pressão dirigida sendo aplicadas
durante milhões de anos. As rochas são fortemente dobradas e falhadas, sofrem
recristalização, apresentando estrutura foliada. São exemplos: ardósias, xistos, gnaisses
e anfibolitos.
b) metamorfismo de contato ou termal – resultado apenas da ação da temperatura,
através do calor cedido por intrusão magmática que corta uma sequência de rochas
sedimentares encaixantes, metamórficas ou magmáticas. Através destes cortes e do
constante contato entre as superfícies teremos como resultado o fenômeno metamórfico.
As rochas deste grupo são conhecidas por “hornfels”.
c) metamorfismo dinâmico ou cataclástico – neste caso, o fator determinante e
exclusivo é o atrito. É desenvolvido através de longas faixas e estreita adjacência de
falhas, onde pressões de grande intensidade causam movimentações e rupturas na
crosta.
Foram reconhecidos, porém, outros tipos de metamorfismo, que podem às vezes
confundir-se com os três tipos já citados, apresentando, porém, características
diferenciais que permitem distingui-los, tornando-os ocorrências à parte. Estes são:
a) metamorfismo de soterramento – característica de bacias sedimentares em
subsidência. Resultado de espessas camadas de rochas sedimentares e vulcânicas a
grandes profundidades, podendo chegar a 300oC.
b) metamorfismo hidrotermal – resultado da infiltração de águas quentes através das
fraturas e grânulos da rocha. Os minerais são cristalizados a temperaturas de 100 a
370oC
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Rochas metamórficas

As rochas metamórficas são o produto da transformação de qualquer tipo de rocha levada a um ambiente onde as condições físicas (pressão, temperatura) são muito distintas daquelas onde a rocha se formou. Nestes ambientes, os minerais podem se tornar instáveis e reagir formando outros minerais, estáveis nas condições vigentes.

Como os minerais são estáveis em campos definidos de pressão e temperatura, a identificação de minerais das rochas metamórficas permite reconhecer as condições físicas em que ocorreu o metamorfismo.

O estudo das rochas metamórficas permite a identificação de grandes eventos geotectônicos ocorridos no passado, fundamentais para o entendimento da atual configuração dos continentes.

As cadeias de montanhas (p. ex. Andes, Alpes, Himalaias) são grandes enrugamentos da crosta terrestre, causados pelas colisões de placas tectônicas. As elevadas pressões e temperaturas existentes no interior das cadeias de montanhas são o principal mecanismo formador de rochas metamórficas.

O metamorfismo pode ocorrer também ao longo de planos de deslocamentos de grandes blocos de rocha (alta pressão) ou nas imediações de grandes volumes de magmas, devido à dissipação de calor (alta temperatura).

http://www2.igc.usp.br/replicas/rochas/metamorfica.htm

São três os cenários de ocorrência do fenômeno metamórfico, a saber:

a) o metamorfismo regional ou dinamotermal – ocorre em grande extensões bem como

em grandes profundidades na crosta. Suas transformações estão relacionadas à ação

combinada da temperatura, pressão litosférica e pressão dirigida sendo aplicadas

durante milhões de anos. As rochas são fortemente dobradas e falhadas, sofrem

recristalização, apresentando estrutura foliada. São exemplos: ardósias, xistos, gnaisses

e anfibolitos.

b) metamorfismo de contato ou termal – resultado apenas da ação da temperatura,

através do calor cedido por intrusão magmática que corta uma sequência de rochas

sedimentares encaixantes, metamórficas ou magmáticas. Através destes cortes e do

constante contato entre as superfícies teremos como resultado o fenômeno metamórfico.

As rochas deste grupo são conhecidas por “hornfels”.

c) metamorfismo dinâmico ou cataclástico – neste caso, o fator determinante e

exclusivo é o atrito. É desenvolvido através de longas faixas e estreita adjacência de

falhas, onde pressões de grande intensidade causam movimentações e rupturas na

crosta.

Foram reconhecidos, porém, outros tipos de metamorfismo, que podem às vezes

confundir-se com os três tipos já citados, apresentando, porém, características

diferenciais que permitem distingui-los, tornando-os ocorrências à parte. Estes são:

a) metamorfismo de soterramento – característica de bacias sedimentares em

subsidência. Resultado de espessas camadas de rochas sedimentares e vulcânicas a

grandes profundidades, podendo chegar a 300oC.

b) metamorfismo hidrotermal – resultado da infiltração de águas quentes através das

fraturas e grânulos da rocha. Os minerais são cristalizados a temperaturas de 100 a

370oC

c) metamorfismo de fundo oceânico – característico dos rifts das cadeias meso-

oceânicas, com a crosta recém formada e quente que interage com a água fria do mar.

d) metamorfismo de impacto – ocorre em regiões limitadas da crosta, em locais de

impacto de grandes meteoritos. A energia de impacto é dissipada na forma de ondas de

choque, que deslocam as rochas, formando a cratera de impacto e de calor, vaporizando

o meteorito e fundindo as rochas.