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Guias e Dicas
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saúde coletiva aula 2, Notas de aula de Enfermagem

saude coletiva aula 2

Tipologia: Notas de aula

2010

Compartilhado em 17/11/2010

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joao-carlos-freire-de-andrade-10 🇧🇷

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Saúde Coletiva
Aula II
Prof. Enf°. João Carlos
Freire de Andrade
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Saúde Coletiva

Aula II

Prof. Enf°. João Carlos

Freire de Andrade

IMUNIZAÇÃO O conhecimento de alguns termos e conceitos é fundamental para a compreensão adequada dos próximos capítulos. Imunizar significa tornar não suscetível a uma determinada doença e, dessa forma, preveni-la. A imunização pode ser ativa ou passiva. Na imunização ativa, o indivíduo é estimulado a desenvolver defesa imunológica contra futuras exposições à doença. Na imunização passiva, o indivíduo exposto ou em vias de se expor recebe anticorpos pré-formados de origem humana ou animal. Imunobiológicos são produtos farmacológicos produzidos a partir de microrganismos vivos, seus subprodutos ou componentes são capazes de imunizar de forma ativa ou passiva. Vacinas são produtos farmacológicos que contêm agentes imunizantes capazes de induzir imunização ativa.

Organização e fluxo O fluxo do sistema da rede de frio abrange a estocagem, transporte, e manipulação dos agentes imunizantes em condições adequadas de refrigeração Todo imunobiológico deve sofrer controle rigoroso de temperatura em todos os níveis Os procedimentos, instalações e equipamentos variam de acordo com o nível (nacional, estadual, regional e local) Nível local – armazena os imunobiológicos em geladeiras (280 L) sob uma temperatura de +2°C a +8°C

As geladeiras devem ser organizadas de acordo com as seguintes recomendações No evaporador (congelador) colocar gelo reciclável (gelox ou bobinas com água) na posição vertical. Esta norma contribui para a elevação lenta da temperatura, oferecendo proteção aos imunobiológicos na falta de energia elétrica ou defeito do equipamento; Na primeira prateleira devem ser colocadas as vacinas que podem ser submetidas à temperatura negativa (contra poliomielite, sarampo, febre amarela, rubéola, tríplice viral) dispostas em bandejas perfuradas para permitir a circulação de ar; Na segunda prateleira devem ser colocadas as vacinas que não podem ser submetidas à temperatura negativa (dT, DTP, Hepatite B, Hib, influenza, TT e BCG), também em bandejas perfuradas ou nas próprias embalagens do laboratório produtor; Na segunda prateleira, no centro, colocar termômetro de máxima e mínima na posição vertical, em pé. Na terceira prateleira pode-se colocar os diluentes, soros ou caixas com as vacinas conservadas entre +2 e +8ºC, tendo o cuidado de permitir a circulação do ar entre as mesmas, e entre as paredes da geladeira;

CUIDADOS BÁSICOS

Fazer a leitura da temperatura, diariamente, no início da jornada de trabalho e no final do dia e anotar no formulário de controle diário de temperatura; Manter afixado na porta aviso para que esta não seja aberta fora do horário de retirada e/ou guarda das vacinas; Usar tomada exclusiva para cada geladeira, se houver mais de uma; Instalá-la em local arejado, distante de fonte de calor, sem incidência de luz solar direta, em ambiente climatizado, bem nivelada e afastada 20cm da parede; Colocar na base da geladeira suporte com rodas; Não permitir armazenar outros materiais (laboratório odontológico, alimentos, bebidas, etc. Não armazenar absolutamente nada na porta; Certificar-se de que a porta está vedando adequadamente; fazer o degelo a cada 15 dias ou quando a camada de gelo for superior a 0,5cm; não colocar qualquer elemento na geladeira que dificulte a circulação de ar.

A PREPARAÇÃO DA CRIANÇA E DOS PAIS Preparação empática pelos pais e profissionais da sala de vacinas: encorajamento, conforto e orientação. Os pais nunca devem ameaçar as crianças com injeções ou mentir sobre elas. Técnicas de respiração (“cheirar flor e assoprar vela”) e distração (cantar, contar histórias). Orientação das doenças prevenidas e possíveis reações adversas. Deixar o cliente escolher o local de aplicação dentre as opções possíveis pode ser útil para permitir um grau de controle.

ADMINISTRAÇÃO ORAL

Atualmente, no Brasil, existem três vacinas administradas por esta via: Poliomielite (vírus vivo atenuado):

  • Frasco de dose única, diretamente na boca da criança (duas gotas).
  • Frasco multidose, deve-se ter cuidado para não contaminálo através do contato com a saliva da criança. Deve-se repetir a dose caso a criança regurgite ou apresente vômitos nos primeiros dez minutos após a administração. A amamentação não interfere na imunização. Rotavírus - Rotarix® (vírus vivo atenuado) O volume da dose é de 1,5 mL. A criança deve estar sentada, em posição reclinada. A administração deve ser realizada lentamente, para que haja contato do vírus vacinal com a mucosa oral e diminuição da possibilidade de regurgito da vacina. Não é indicado repetir a dosagem se o bebê cuspir, regurgitar ou vomitar durante ou após a administração da vacina.

Escolha do local para a injeção Palpe o trocânter maior do fêmur e as articulações do joelho, divida a distância vertical das duas estruturas em três partes, no terço médio, insira a agulha na linha imaginária entre o vinco da calça e a costura lateral.

MÚSCULO DORSO GLÚTEO

MÚSCULO VENTRO GLÚTEO Escolha do local para a injeção Localize o trocânter maior do fêmur, o tubérculo ilíaco ânterosuperior e a crista ilíaca posterior; coloque a palma da mão sobre o trocânter maior, o dedo indicador sobre o tubérculo ilíaco ântero- superior e o dedo médio na crista ilíaca posterior o mais longe possível; aplique dentro do centro do V formado pelos dedos.

ADMINISTRAÇÃO SUBCUTÂNEA

Para injeções subcutâneas, os locais adequados devem ser pobres em terminações nervosas e pouco vascularizados. Dentre os locais que podem ser usados estão as nádegas, a região superior e externa da coxa e a região posterior dos braços. Em crianças com fraldas, a região das nádegas não é recomendada devido à possível contaminação por eliminações fisiológicas. A agulha mais adequada é a 13x4,5. Utilizar apenas dois dedos para formar a “prega” do subcutâneo, e não toda a mão, para evitar levantar a fáscia muscular nessa manobra; Fazer a aplicação em ângulo de 90° com a pele em adultos e entre 45° e 60° em crianças. Aspirar para certificar-se de que não atingiu vaso sanguíneo, caso isto ocorra, mude o local de aplicação, reiniciando o procedimento; Injetar o líquido lentamente, a infusão abrupta provoca dor; Retirar a seringa e a agulha em movimento único.

INFORMES TÉCNICOS SOBRE VACINAS

Vacina contra tuberculose (BCG)

Uso intradérmico: a vacina BCG deve ser

administrada na região deltoide do braço direito. A

dose recomendada é de 0,1 mL.

Validade após abertura do frasco: 6 horas

VACINA CONTRA POLIOMIELITE SABIN

A pólio oral (OPV) é administrada na dose de

duas gotas, por via oral. Não há necessidade de

jejum prévio. O único cuidado é que uma nova

dose deve ser administrada caso a criança

regurgite. A pólio inativada (IPV) pode ser

administrada por via subcutânea ou por via

intramuscular.

Validade após abertura do frasco: 5 dias

VACINA CONTRA HEPATITE B

A vacina deve ser administrada por via

intramuscular: no deltóide ou na região ântero-

lateral da coxa nos adultos e nas crianças com

idade acima de dois anos ou na região ântero-

lateral da coxa nas crianças menores de dois anos

e adultos muito emagrecidos. A dose para

crianças é de 0,5 mL e para adultos é de 1,0 mL

nas apresentações existentes no mercado

brasileiro atualmente.

VACINA CONTRA DIFTERIA, COQUELUCHE E

TÉTANO (TRÍPLICE BACTERIANA) (DTP).

Intramuscular profunda no vasto lateral da coxa,

em crianças menores de dois anos. Em crianças

maiores pode ser aplicada no glúteo, no vasto

lateral da coxa ou na região deltoide.

Validade após abertura do frasco: até o final.