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saude da criança e do adolecente muito bom o livro para pais e mães, Esquemas de Enfermagem

é um livro feito pélo ministerio da saude para ver o desenvolvimeto da crinçã

Tipologia: Esquemas

2020

Compartilhado em 04/02/2020

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edinardo-vasconcelos-4 🇧🇷

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM ATENÇÃO BÁSICA EM SAÚDE DA FAMÍLIA
EDMAR ROCHA ALMEIDA
PROPOSTA DE PROTOCOLO DE PUERICULTURA PARA
ENFERMEIROS DA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE DE
TAIOBEIRAS/MG
ARAÇUAÍ MINAS GERAIS
2013
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Baixe saude da criança e do adolecente muito bom o livro para pais e mães e outras Esquemas em PDF para Enfermagem, somente na Docsity!

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS

CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM ATENÇÃO BÁSICA EM SAÚDE DA FAMÍLIA

EDMAR ROCHA ALMEIDA

PROPOSTA DE PROTOCOLO DE PUERICULTURA PARA

ENFERMEIROS DA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE DE

TAIOBEIRAS/MG

ARAÇUAÍ – MINAS GERAIS

EDMAR ROCHA ALMEIDA

PROPOSTA DE PROTOCOLO DE PUERICULTURA PARA

ENFERMEIROS DA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE DE

TAIOBEIRAS/MG

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Especialização em Atenção Básica em Saúde da Família, Universidade Federal de Minas Gerais, para obtenção do Certificado de Especialista. Orientadora: Profª. Drª. Sirley Alves Silva Carvalho

ARAÇUAÍ – MINAS GERAIS

Dedico este trabalho

À Deus pela chance de viver. À Cinara Botelho, esposa, amiga, e companheira da caminhada acadêmica. Aos meus pais, Clemente e Elizete, que no jeito simples de viver me oportunizaram a descoberta de um novo mundo.

AGRADECIMENTOS

Aos Enfermeiros da Atenção Primária de Taiobeiras, pela oportunidade de construção coletiva do conhecimento aqui organizado.

À minha orientadora Profa. Dra. Sirley Alves Silva Carvalho, pela paciência e perseverança.

ABSTRACT

For Primary Health Care to answer the demands sanitary current is necessary to base their work processes in clinical protocols based on scientific evidence in order to care for people with cost-effectiveness. The objective of this study was to propose the development of a protocol for childcare nurses Primary Health Care of Taiobeiras, Minas Gerais, in an attempt to thicken clinical practices with a strong theoretical content needed to improve the care of children. Therefore, there was a narrative review of the literature over 12 meetings of the Group Practice Improvement of Nurses of Primary Health Care Taiobeiras (GAPE/APS) with discussion and agreement of clinical routines for nursing consultation in childcare. From this theoretical basis has built up a set of 12 frames, one for each month of the child's life in order to organize a clinical routine. The tables have a standard structure, divided into six times the query: (1) accept, (2) ask, (3) evaluate, (4) check general signs of danger, (5) stratify risk, and (6) to diagnose and lead. It is considered that the protocol is constructed of simple operation, but also high theoretical density may contribute to improved clinical performance of nurses in childcare. It is also observed that the methodology used to construct the clinical protocol and continuing education is effective and potentially able to promote positive changes in the work process.

Keywords: Child Care. Child Health. Pediatric Nursing. Primary Health Care

LISTA DE ABREVIATURA E SIGLAS

APS Atenção Primária à Saúde

CAPP Ciclo de Aperfeiçoamento da Prática Profissional

CIPESC Classificação Internacional das Práticas de Enfermagem em Saúde Coletiva

COFEN Conselho Federal de Enfermagem

CVVRS Centro Viva Vida de Referência Secundária

EPS Educação Permanente em Saúde

ESF Estratégia de Saúde da Família

GAPE/APS Grupo de Aperfeiçoamento da Prática dos Enfermeiros da Atenção Primária à Saúde de Taiobeiras

HSA Hospital Santo Antônio

NASF Núcleo de Apoio à Saúde da Família

OMS Organização Mundial de Saúde

SUS Sistema Único de Saúde

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1 INTRODUÇÃO

Pode-se dizer que investir na saúde das crianças é uma decisão sábia, pois além de evitar a dor e o sofrimento causados pelo adoecimento e morte de um ser humano em processo de desenvolvimento, cumpre deveres éticos e legais da sociedade. Limitar o acesso de crianças aos cuidados primários de saúde com qualidade significa comprometer, por vezes de modo irreversível, o desenvolvimento pleno de um membro da coletividade. Assim, uma sociedade deve investir recursos econômicos e cognitivos na proteção da saúde das crianças caso aspire um futuro melhor (UNICEF, 2007).

No Brasil, apesar dos avanços dos últimos anos, ainda convive-se com uma elevada mortalidade infantil distribuída de forma heterogenia nos estados e municípios. Em Minas Gerais, mesmo com um acentuado declínio dos números relativos às mortes infantis, ainda são necessários esforços para reduzi-los a patamares compatíveis com países desenvolvidos. Quando analisamos o mapa da mortalidade infantil é possível identificar duas principais causas: a primeira ligada a agravos da gestação que levam a nascimentos prematuros ou complicações no parto e, a segunda, por doenças infecciosas sensíveis ao tratamento ambulatorial. Na maioria dos episódios seria possível evitar as mortes com cuidados simples e oportunos (MINAS GERAIS, 2004).

É consenso internacional que muitas vidas de crianças podem ser mantidas caso seja assegurado acesso a serviços de saúde de base comunitária, com retaguarda especializada e hospitalar adequada. Assim, torna-se necessário organizar intervenções primárias de saúde na comunidade com foco nas necessidades das mulheres, mães e crianças (UNICEF, 2007)

Neste contexto, no Brasil, a Atenção Primária à Saúde (APS), entendida como porta de entrada das pessoas no Sistema Único de Saúde (SUS), assume o papel de oferecer cuidados primários de qualidade às crianças com foco na promoção e prevenção. Para tanto, baseia-se em princípios como a longitudinalidade e integralidade da assistência, primeiro contato e coordenação do cuidado. A APS atua em uma área territorial definida e, dessa forma, possui condições de identificar

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e acompanhar as crianças sob sua responsabilidade, de modo a manter constante vigilância dos fatores determinantes e condicionantes da saúde. Uma ferramenta destaque neste processo longitudinal de cuidado é a puericultura (DEL CIAMPO et al. , 2006; STARFIELD, 2004).

De acordo com Del Ciampo et al. (2006), a puericultura é a área da pediatria que se dedica ao estudo dos aspectos de prevenção e promoção da saúde infantil. Tem por finalidade a manutenção da criança saudável para que no transcorrer do processo de desenvolvimento ela atinja a vida adulta sem interferências negativas de problemas de saúde. Segundo Silva, Rocha e Silva (2009), no contexto da APS a puericultura foi absorvida pelos Enfermeiros, pois, proporciona uma oportunidade de estimular o vínculo e corresponsabilização para com a saúde infantil. Geralmente é um momento agendado de encontro entre profissional e a família da criança, pauta- se no diálogo e na educação em saúde. Os atendimentos são organizados de forma a acompanhar a criança de maneira longitudinal, assim, a APS cumpre seu papel de desenvolver cuidados primários à saúde da criança. Entretanto, segundo Alves e Moulin (2008), os profissionais da APS vivenciam dificuldades objetivas na implementação de ações de promoção da saúde infantil.

Em Taiobeiras a rede municipal de serviços de saúde vinculada ao SUS se estrutura tendo como fundamento a APS, com uma cobertura de 100 % da população por meio de 11 equipes multiprofissionais da Estratégia de Saúde da Família (ESF). Na forma de apoio às ações de educação e promoção da saúde infantil atua também o Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF) e na retaguarda clínica o município ainda dispõe do Centro Viva Vida de Referência Secundária (CVVRS), parte da rede estadual de atenção á saúde da mulher e criança. No terceiro nível existe o Hospital Santo Antônio (HSA), instituição filantrópica conveniada ao SUS, que abriga o Pronto Socorro Municipal e brevemente uma maternidade de alto risco e leitos de Unidade de Terapia Intensiva neonatal de referência regional.

Entretanto, para praticar saúde com qualidade não basta existir pontos de atenção, pois, a maioria dos processos de cuidado envolve decisões que são tomadas a partir de certo conteúdo cognitivo (FARIA et al. ,2009). Estudos recentes apontam que a APS brasileira, de forma geral, tem como um dos vários “nós” críticos a baixa

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2 OBJETIVO

Construir um protocolo de Puericultura para uso dos enfermeiros da Atenção Primária à Saúde de Taiobeiras/MG.

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3 METODOLOGIA

De acordo com Minayo (2007), a metodologia é o caminho percorrido ao se estudar certo objeto e é composta, de forma simplificada, pelos instrumentos e técnicas utilizados e, também, pela criatividade de quem produz um trabalho, impressa no movimento de articular teoria e prática. Dessa forma, para produzir o trabalho apresentado percorreu-se certo caminho que será descrito a seguir.

O cenário de desenvolvimento do trabalho foi o município de Taiobeiras, cidade localizada no Norte de Minas, com população de aproximadamente 31. habitantes que experimentou nos últimos anos notáveis avanços na sua rede de saúde, em especial, na destinada para o cuidado materno e infantil. O município possui cobertura total pela APS, representada por 11 equipes da ESF com estruturação de unidades e disponibilização de apoio diagnóstico adequado. É sede do CVVRS, que oferece cuidado de nível especializado para gestantes e crianças de alto risco e em breve receberá leitos de unidade de terapia intensiva neonatal no HSA. Mesmo assim, ainda convive-se com a insatisfação da população, óbitos infantis por causas evitáveis e a percepção, por parte dos profissionais, de um processo de trabalho não efetivo. Deste modo, percebeu-se a urgente necessidade de promover a mudança na rede de serviços de saúde, a começar pela APS que possui maior potencial de impactar na situação de saúde da população.

Uma dos projetos de enfrentamento da situação foi a criação do Grupo de Aperfeiçoamento da Prática dos Enfermeiros da Atenção Primária à Saúde de Taiobeiras/MG (GAPE/APS). Trata-se de um modelo de Educação Permanente em Saúde (EPS) baseado nos Ciclos de Aperfeiçoamento da Prática Profissional (CAPP), ferramenta de problematização do cotidiano de trabalho, agregadora de práticas, como: revisão de prontuários, discussão de casos clínicos e simulações. Nos CAPPs, o objetivo é aprender a aprender a partir do tópico/nó crítico selecionado, definindo seus pontos chave, buscando recursos nas evidências científicas, criando uma hipótese de solução (protocolo ou rotina de serviço), aplicando à realidade e avaliando o impacto (SILVÉRIO, 2008).

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revisão narrativa da literatura, que foi acontecendo a cada encontro. Para Rother (2007), esta modalidade de revisão trabalha com temáticas abertas, sem rigidez metodológica, com busca do material de análise sem sistematização. Portanto, atendeu os objetivos do trabalho, pois focou na busca de recomendações já consolidadas e aplicáveis a realidade do município. Neste sentido, concentrou-se na análise e discussão de recomendações do Ministério da Saúde, da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais e de outras entidades de relevância.

Durante o processo, optou-se em construir quadros, tendo como base a experiência apresentada por Santos (2011), na confecção destes instrumentos para orientar as consultas de puericultura de estudantes de medicina. Segundo Werneck, Faria e Campos (2009), os quadros são uma forma de representação gráfica de um protocolo, como um passo a passo, com as recomendações aos profissionais que facilitam sua compreensão.

O modelo esquemático possui um padrão organizado por seis momentos: (1) Acolher, (2) Perguntar, (3) Avaliar, (4) Checar Sinais Gerais de Perigo, (5) Estratificar o Risco, (6) Diagnosticar e Conduzir. O momento de “acolher” representa os procedimentos de recepção da mãe e da criança no consultório. “Perguntar” é o período do histórico de enfermagem, em que o profissional realiza diversas perguntas com a finalidade de investigar a história da família e da criança. “Avaliar” foi o termo escolhido para traduzir a etapa de realização do exame físico sistemático da criança. “Checar Sinais Gerais de Perigo” representa a etapa de verificação de condições clínicas que indicam intervenção médica imediata. “Estratificar o Risco” é o processo de identificação de fatores que vão determinar o itinerário da criança dentro da rede, ou seja, se ela será acompanhada somente pela APS ou se necessitará da referência secundária. Por fim, o esquema traz o “Diagnosticar e Conduzir” em que são definidos os diagnósticos de enfermagem e as intervenções, além do retorno da criança.

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4 DESENVOLVIMENTO

4.1 Revisitando a literatura sobre a puericultura no contexto da atenção primária à saúde

Crescer e desenvolver de modo saudável durante a infância é considerado um dos indicadores mais sensíveis para medir a qualidade de vida de uma população e o patamar de organização dos serviços de saúde. Promover a superação da fase da primeira infância com vida e qualidade é um propósito das políticas públicas de saúde em todo mundo. No contexto de Minas Gerais, o enfrentamento da mortalidade infantil coloca-se como prioridade na agenda de todas as esferas da gestão e assistência à saúde o que tem promovido a modelagem da chamada Rede Viva Vida que tem como escopo o desenvolvimento de atenção à saúde qualificada para as mães e crianças mineiras (ALVES; MOULIN, 2008; UNICEF, 2007; MINAS GERAIS, 2004).

A rede Viva Vida foi construída como forma de enfrentar a problemática apresentada a partir da diminuição das disparidades regionais pelo desdobramento de ações voltadas para a melhoria da assistência à gestante, recém-nascido e criança no primeiro ano de vida. Um dos eixos de trabalho é o fortalecimento da APS, materializada pelo trabalho das equipes da ESF, com aquisição de equipamentos e capacitação de profissionais (MINAS GERAIS, 2003). O fortalecimento da APS tem sido apontado como proposta viável para melhorar a saúde da população, visto que as atuais evidências científicas na literatura internacional permitem concluir que uma APS forte é essencial para uma rede de saúde efetiva. No campo específico da saúde infantil, estudos recentes demonstram que a medida que aumenta a cobertura das equipes de ESF ocorre redução da mortalidade infantil (MENDES, 2012).

No contexto da ESF podem-se dividir os processos de trabalho em duas naturezas distintas: por um lado a vigilância de fatores de riscos individuais e, por outro, a intervenção preventiva, neste caso representada pela imunização, rastreamento de doenças e seguimento de pessoas por ciclo de vida, como a puericultura (MENDES, 2012).

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antecipatórias aos riscos de agravos à saúde, podendo oferecer medidas preventivas mais eficazes. Para ser desenvolvida em sua plenitude, deve conhecer e compreender a criança em seu ambiente familiar e social, além de suas relações e interação com o contexto socioeconômico, histórico, político e cultural em que está inserida.

Deste modo, é importante destacar que a consulta de puericultura não deve ser conduzida apenas como um momento de coletar dados antropométricos, que são importantes, mas sozinhos apenas revelam o aspecto biológico da saúde da criança. Trata-se de uma oportunidade de promover cuidados indispensáveis como: o estímulo ao aleitamento materno exclusivo até o sexto mês de vida; orientação sobre o desmame e a alimentação complementar; monitoramento do calendário vacinal; acompanhamento do desenvolvimento neuropsicomotor, afetivo e social da criança e crescimento; indicar a suplementação de vitaminas e micronutrientes; avaliar a saúde bucal e orientar acerca da higiene oral; fazer orientações antecipatórias para prevenir acidentes; avaliar a criança fisicamente de modo a reconhecer alterações que podem ser tratados precocemente (ALVES; MOULIN, 2008).

4.2. Os momentos da consulta de puericultura de enfermagem: proposta de sistematização

Sabe-se que a consulta de puericultura de enfermagem na APS deve ser um momento organizado, com olhar global e específico, cujo propósito é encontrar possíveis problemas de saúde e realizar intervenções no sentido de promover, proteger, recuperar e reabilitar a saúde da criança. Quando a puericultura está organizada em etapas bem definidas e imbricadas se aproxima da proposta de Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) apresentada pelo Conselho Federal de Enfermagem (COFEN) (FUJIMORI; OHARA, 2009).

Segundo Fujimori e Ohara (2009), a Resolução COFEN 272/2002 estabelece que o cuidado de enfermagem deve ser sistemático, fundamentado cientificamente e aplicado para melhorar a saúde das pessoas, constituindo a SAE. Assim, a resolução propõe o histórico, diagnóstico, prescrição e evolução como etapas básicas de uma consulta de enfermagem. Por outro lado, ainda de acordo com as autoras, a experiência clínica no cuidado de enfermagem na APS permite que a

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consulta de puericultura seja realizada em quatro etapas: levantamento de dados, diagnóstico de enfermagem, prescrição de enfermagem e avaliação da consulta.

Assim, na modelagem do protocolo de puericultura apresentado optou-se por desenhar uma estrutura que atenda a normatizações do COFEN, mas, também trabalhe na perspectiva dos princípios e atributos de uma APS forte, como apresentado por Starfield (2002) e Mendes (2012). Desse modo, organizou-se a consulta de puericultura em momentos que serão trabalhados na sequência.

4.2.1 Acolher

Na APS existe uma oportunidade muito rica de possibilidades representada pelo acompanhamento das famílias ao longo do tempo. Esta forma de organizar a atenção à saúde não apenas permite o reconhecimento oportuno de situações que demandam intervenções profissionais, mas, também favorecem o vínculo entre profissional de saúde e a família da criança (BRASIL, 2012; STARFIELD, 2002).

Pode-se dizer que o acolhimento está imerso em todas as práticas de cuidado, na interlocução entre profissional de saúde e usuário, ao receber e escutar as pessoas. De certo modo, à priori, não é uma prática boa ou ruim, pois existem várias formas de acolher o usuário. Trata-se de uma tecnologia cognitiva de cuidado, construída nas relações entre profissional e usuário, que pode promover o vínculo que é essencial para implementação de um cuidado efetivo (BRASIL, 2011).

No protocolo este é o momento destinado para receber cordialmente a família e a criança, realizar uma escuta qualificada e orientar sobre a importância do acompanhamento de puericultura e seus fundamentos científicos a fim de estabelecer uma parceria terapêutica entre a família/criança e o profissional enfermeiro (BRASIL, 2012). Em revisão da literatura realizada por Blank (2003), foram encontradas boas evidências que os profissionais que demonstram empatia, apoio e realizam escuta qualificada conseguem captar informações significativamente maiores da família, importantes para o seguimento da criança.

4.2.2 Perguntar