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Saúde da mulher, obstetricia, cuidados
Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas
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Não perca as partes importantes!
Série Enfermagem
MANUAL DE ENFERMAGEM - SAÚDE DA MULHER SMS/SP - 4ª ed.
Karina Mauro Dib Ana Paula Lima Orlando Leni Aparecida Gomes Uchoa Andrea Lutten Leitão Linneu Henrique Kiyoshi Mizutani
Artur Vieira Castilhano Neto Maria Bernadete Sampaio Amaral Seixas Brigida Farias Maria Cristina Honório dos Santos Cecília Seiko Takano Kunitake Marisa Beraldo
Cleuza Maria de Toledo Gutschow Olga Aparecida Fortunato Caron Egle de Lourdes Pontes Já Okasaki Patrícia Luna
Elizabete Monteiro Lopes Priscila de Oliveira Arruda Candido Emiko Kawata Simões Mendes Rhavana Pilz Canônico
Heloisa Maria Chamma Leuzzi Lacava Rosa Maria Bruno Marcucci Ivani dos Santos Joyce Cavalieri
Roberta Melão Silmara Alves dos Santos
Eq u ip e d e E nf er m ei r os :
. Associação Comunitária Monte Azul . Associação Congregação de Santa Catarina . Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina (SPDM) . Associação Saúde da Família (ASF) . Casa de Saúde Santa Marcelina . Centro de Estudos e Pesquisas Dr. João Amorim (CEJAM) . Centro Social Nossa Senhora do Bom Parto . Congregação das Irmãs Hospitaleiras do Sagrado Coração de Jesus . Fundação Faculdade de Medicina da USP (FFM) . Instituto Adventista de Ensino (IAE) . Instituto de Responsabilidade Social Sírio Libanês . Irmandade da Santa Casa de Misericórdia . Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Hospital Albert Einstein . SAS – Superintendência Atenção à Saúde – OSS – Seconci
Dirce Cruz Marques Elaine Aparecida Lorenzato Gloria Maria Ferreira Ribeiro Jonas Melman Lucia Helena de Azevedo Márcia Maria Gomes Massironi Sônia Raquel Witppich Coelho
CRS SUL; CRS CENTRO OESTE CRS NORTE; CRS SUDESTE
Adriana Gimenez Garcia Camila Crassia Miranda Correa Caroline Carapiá Ribas Lisboa Cassia de Paula Paz Clarissa Alves Gomes Bittencourt Cleber Sampaio de Souza Danielle Machado Lopes Dirley Glizt Flaviana da Silva Costa Gabriela Bnejamim Togashi Gislene do Nacimento Glicinete Oliveira Barreto Gloria Mytio Schulze Ivonete de Cássia Barbosa Liz Andrea Carvalho Maria Julia Barbosa de Moraes Paula Andrea Cesar Ferreira Raphaela Karla de Toledo Solha Rosa Kazuye Koda do Amaral
Dr. Adalberto Koichi Aguemi Anna Barbara Kjekshus Rosas Dr. Carlos Eduardo Veja Dra. Cecilia Tomiko Nobumoto Dr. Luis Carlos Pazero Olga Aparecida Fortunato Caron
COLABORAÇÃO ESPECIAL Necha Goldgrub ESCOLA DE ENFERMAGEM
- EEUSP USP-SP ENFERMAGEM SAÚDE COLETIVA Maria Amélia de Campos Oliveira Maria Luiza Gonzalez Riesgo Luiza Akiko kamura Hoga Érica Gomes Pereira
DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM NA SAÚDE DA MULHER Márcia Barbieri
Heloisa Mª Chamma Leuzzi Lacava Maria Inez Bariani Silveira Marisa Beraldo Olga Aparecida Fortunato Caron Patrícia Luna Ieda Carla A. S. de Souza Pastana Thais Tiemi Yamamoto
COLABORAÇÃO - COVISA Dr. Júlio Mayer de Castro Filho
AGRADECIMENTO Os profissionais da enfermagem Atenção Básica SMS - SP agradecem aos Enfermeiros abaixo relacionados, pela dedicação na construção das edições anteriores deste documento técnico: C ássia Regina de F. B. dos Santos; E laine Cristina Carvalho Costa; G eórgia Affonso Bernado; G lória Mityo Schulze; I vonete Cássia Barbosa; M aria Cejane Aires da Silva; N aira Regina dos Reis Fazenda; P atricia Luna; V era Helena Martinez Milanezzi; G iselli Cacherick; L ais Helena Ramos; L aela Barbosa Albuquerque; M aria Regina F. A. Lima.
Série Enfermagem
Ficha Catalográfica
FICHA EDITORIAL
- É permitida a reprodução parcial ou total desta obra , desde que
S241m São Paulo (Cidade). Secretaria da Saúde. Manual técnico: saúde da mulher nas Unidades Básicas de Saúde / Secretaria da Saúde, Coordenação da Atenção Básica/Estratégia Saúde da Família. – 2. ed. - São Paulo: SMS, 2012.
**1. Administração da Saúde. 2. Enfermagem. 3. Saúde da mulher.
CDU 614.
Série Enfermagem
SUMÁRIO
42
3.6 Atenção ás vítimas de violência doméstica e sexual 43
1. Texto norteador para grupos de Gestação 51 2. Promoção e manejo da amamentação: no pré-natal, parto e puerpério 52 3. Quadro de vulnerabilidade 56 4. Transtornos mentais puerperais 7.1 Escala de depressão pós-parto de Edimburgo (EDPDS) 7.2 ASSIST- OMS
5. Portaria SMS. G Nº 295/2004, Protocolo para o fornecimento de contraceptivos reversíveis na Rede de Atenção Básica – SMS/PMSP
6. Anticoncepção na adolescência
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
65
Série Enfermagem
A política pública municipal de saúde da mulher conta com a participação efetiva dos profissionais da equipe de enfermagem para o desenvolvimento de suas diretrizes. Dessa forma, a área de Atenção Básica da SMS/SP lança a 4ª edição do PROTOCOLO DE ENFERMAGEM EM SAÚDE DA MULHER (versão Manual).
Com a finalidade de proporcionar aos profissionais enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem, um instrumento de consulta para orientação de fluxos e atualização de condutas em saúde da mulher, garantindo uma assistência de enfermagem qualificada zelando pela segurança de suas usuárias, esta edição contempla todas as
fases da mulher.
Aborda a assistência no período da gestação com orientações referentes ao acompanhamento da mulher desde o pré-natal ao puerpério, contemplando os cuidados com a mulher e a criança incluindo os transtornos mentais puerperais e amamentação.
Traz todos os fluxos e orientações na assistência de prevenção do câncer do colo de útero e de mama. Abrange, também, a atuação da equipe no aconselhamento contraceptivo incluindo a terapêutica da contracepção de urgência, as ações de enfermagem no atendimento às profissionais do sexo e os encaminhamentos para DST/AIDS.
Por fim, abrange a fase do climatério, permitindo o acompanhamento da mulher ao final do ciclo reprodutivo colaborando para melhorar a qualidade de vida das suas usuárias nessa fase.
Os profissionais poderão encontrar nos anexos uma série de materiais com teor complementar dos capítulos iniciais. Importante notar que esse protocolo é válido até a próxima revisão, e que todas as atualizações serão divulgadas por meio de notas técnicas na página da saúde no portal desta Secretaria.
Agradecemos a colaboração de todos os profissionais que se envolveram nas discussões realizadas nas diversas regiões do município. A experiência e conhecimento desses colaboradores são de grande importância e contribuíram para a elaboração desse conteúdo de modo a atender a real necessidade do profissional que atua na assistência direta à mulher, e que efetiva a aplicação das políticas públicas de saúde.
Esperamos ter contemplado a todos e desejamos contribuir para a melhoria constante do serviço publico em nosso
município.
Série Enfermagem
A Assistência de Enfermagem à gestante começa no diagnóstico da gravidez com a 1ª consulta de pré-natal e continua por todo o período de gestação.
O enfermeiro deverá seguir o cronograma de solicitações de exames conforme mostra o fluxograma para diagnóstico de gravidez, apresentado a seguir.
É importante que a 1ª consulta médica seja agendada com brevidade e, depois de confirmada a gestação de risco
considerar necessário, a avaliação médica deverá ser solicitada.
É de extrema importância a participação da gestante nos grupos de orientação do pré-natal, portanto, o enfermeiro deverá desenvolver técnicas de dinâmica em grupo, adequando ao perfil da usuária e estimulando a participação das mesmas.
Série Enfermagem
Série Enfermagem
Aspectos do exame físico a serem observados:
Esticar mamilos com os dedos esfregá-los com buchas ou toalhas ásperas, usar conchas ou sutiãs
O uso de sutiã adequado ajuda na sustentação das mamas. Nos casos em que a amamentação estiver contraindicada – portadoras de HIV/HTLV –
Recomendações
Série Enfermagem
1.4 Imunização
A vacina antitetânica deverá ser aplicada em três doses. A gestante que estiver com a vacina em dia, mas recebeu sua última dose há mais de 05 (cinco) anos, precisará receber uma dose de reforço. Na dúvida ou ausência de informação a gestante deverá ser vacinada.
VACINAÇÃO DA GESTANTE
Dupla Adulto (dT) e Hepatite B
1ª consulta: 1ª dose de Dupla Adulto e Hepatite B Após 60 dias: 2ª dose de Dupla Adulto e Hepatite B Após 120 dias: 3ª dose de Dupla Adulto e Hepatite B Influenza Em qualquer fase da gestação Dupla Adulto (dT) Naquelas já imunizadas adequadamente com última dose há mais de 5 anos, dar Reforço Hepatite B O intervalo mínimo entre a segunda e a terceira dose é d entre a primeira e a terceira dose seja no mínimo de quatro mesese dois meses, desde que o intervalo No Puerpério Sarampo-Caxumba - Rubéola - Dose Única
1.5 Roteiro para consultas de enfermagem - seguimento
1. Revisão do prontuário obstétrico e coleta de dados atuais 2. Anotação da idade gestacional 3. Controle do calendário de vacinação 4. Exame físico e/ou gineco-obstétrico (mamas, palpação uterina, altura uterina, ausculta BCF, etc) 5. Calcular o ganho de peso, anotar no gráfico e observar o sentido da curva para avaliação do estado nutricional 6. Aferição da pressão arterial, lembrar-se do risco de pré-eclampsia 7. Anotar no gráfico e avaliar o crescimento fetal através do sentido da curva (após 16ª semana) 8. Exame especular, se necessário 9. Interpretação de exames laboratoriais e encaminhar para avaliação médica, se necessário 10. Acompanhamento das condutas adotadas pelo médico da equipe ou do serviço especializado 11. Abordagem da dinâmica familiar com a gestação (relação com o companheiro, filhos, outros membros da família) 12. Abordagem da situação de trabalho; sobrecarga com a gestação, direitos trabalhist adaptações necessárias para intercorrências com a gestação as, 13. Orientações de enfermagem específicas durante grupos de gestante (ANEXO 3 ) 14. Incentivar aleitamento materno; abordar tipos e posições de parto 15. Agendamento de retorno de acordo com o fluxograma de acompanhamento e/ou necessidades 16. Preencher o cartão de pré-natal.
Se a gestante já foi imunizada - >
deve ser informado no SISPRENATAL e no Cartão da Gestante!
http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/saude/vigilancia_em_saude/vacinacao/index.php?p= ftp://ftp.cve.saude.sp.gov.br/doc_tec/imuni/imuni08_ntprog.pdf http://www.cve.saude.sp.gov.br/htm/imuni/pdf/imuni10_suple_norma_rev.pdf
Série Enfermagem
- Certificar-se de que não sejam contrações uterinas; - Em caso de cólicas, eventualmente, prescrever escopolamina+dipirona sódica solução oral: 30 a 40 gotas 3 a 4 vezes ao dia (escopolamina 67mg/ml+dipirona sódica 333,4mg/ml, ou a escopolamina+dipirona sódica disponível para dispensação nas farmácias das unidades). Não usar para tratamento prolongado. Em
- Se houver flatulência e/ou obstipação intestinal: - Orientar dieta rica em resíduos: frutas ricas em fibras, verduras, mamão, ameixas e cereais
- Recomendar o aumento da ingestão de líquidos e evitar alimentos de alta fermentação, tais
- Recomendar caminhadas leves (se não for contraindicado);
- Orientar alimentos ricos em fibras, a fim de evitar a obstipação intestinal; - Evitar o uso de papel higiênico colorido ou áspero, ou utilizar umedecido e fazer higiene perianal com água e sabão
- Orientar banho de assento com chá de camomila; 2 colheres (sopa) cheias de flor para 1 litro de água. - Solicitar avaliação médica, caso haja dor ou sangramento anal persistente.
- Explicar que um aumento de fluxo vaginal é comum na gestação; - Não prescrever cremes vaginais, desde que não haja sinais e sintomas de infecção vaginal. A presença de fluxo vaginal
- O diagnóstico pode ser clínico e os achados mais comuns são: - Prurido vulvar e presença de conteúdo vaginal com placas esbranquiçadas e aderidas à parede vaginal – > candidíase. - Secreção vaginal abundante, cinza-esverdeada, com odor fétido – > vaginose bacteriana e/ou tricomoníase. - Se for possível, deve-se solicitar análise microscópica da secreção vaginal com exames a fresco com KOH10%
**- clue-cells (células-chave) ou flora vaginal escassa ou ausente -> vaginose bacteriana;
- Explicar que, geralmente, o aumento do número de micções é comum no início e no final da gestação. - Solicitar avaliação médica, caso exista dor ao urinar, dor suprapúbica, urgência miccional, aumento da frequência
- Explicar que esses sintomas são frequentes na gestação, em decorrência do aumento do útero ou ansiedade da
- Recomendar repouso em decúbito lateral esquerdo - Ouvir a gestante e conversar sobre as suas angústias - Estar atento para outros achados no exame cardiopulmonar, pois pode tratar-se de doença cardíaca ou respiratória - Solicitar avaliação médica, se necessário.
- Recomendar o uso constante de sutiã, com boa sustentação, após descartar qualquer alteração no exame das mamas.
Série Enfermagem
- Correção da postura ao sentar-se e ao andar - Orientar sobre uso de sapatos com saltos baixos e confortáveis - Aplicação de calor local - Orientar exercícios para alívio de dor (alongamento, etc) - Orientar como abaixar-se e sobre o posicionamento por períodos prolongados, em que estiver em pé (dobrando ou
- Se a dor persistir, solicitar avaliação médica.
- Repouso em local com pouca luminosidade e boa ventilação; - Afastar hipertensão arterial e pré-eclampsia; - Conversar com a gestante sobre suas tensões, conflitos e temores; - Solicitar avaliação médica imediata na presença de dor aguda e intensa; - Se dor recorrente agendar consulta médica e orientar sobre os sinais de alerta, como frequência, intensidade, etc.
- Recomendar o uso de escova de dente macia e massagem na gengiva; - Encaminhar ao atendimento odontológico, sempre que possível.
- Evitar permanecer muito tempo em pé, sentada ou com as pernas cruzadas; - Repousar (20 minutos), várias vezes ao dia, com as pernas elevadas (se possível); - Não usar roupas muito justas, ligas nas pernas e nem meias 3/4 ou 7/8;
- Orientar o uso de bloqueador solar (fator acima de 15) conforme orientação do fabricante; - Explicar que é comum na gravidez e que costuma diminuir ou desaparecer, em tempo variável, após o parto; - Recomendar não expor o rosto diretamente ao Sol (usar boné, chapéu ou sombrinha).
- Explicar que são resultado da distensão dos tecidos e que não existe método eficaz de prevenção. As estrias, que no
- Ainda que polêmica, na tentativa de preveni-las pode ser recomendada a massagem local, com creme hidratante
Série Enfermagem
Pesquisa de
SECREÇÃO VAGINAL
1 - Gestação entre 35a e 37a^ semana.
2 - Não tomar banho ou evacuar até o momento da coleta
3 - Se tomou banho pela manhã, é possível coletar a amostra no final da tarde.
Secreção vaginal
Swab estéril com meio de transporte (Stuart ou Amies)
1 - Colocar a gestante em posição ginecológica; 2 - Calçar as luvas; 3 - Não utilizar o espéculo, afastar grandes e pequenos lábios com uma das mãos e introduzir o swab cerca de 2,0 cm no introito vaginal com a mão livre; 4 - Fazer movimentos giratórios por toda a circunferência da parede vaginal; 5 - Introduzir este swab no meio de cultura específico; 6 – Identificar o material com o sítio de coleta: “coleta vaginal”; 7 - Enviar ao laboratório em temperatura ambiente.
Não
refrigerar
a amostra!
Pesquisa de Streptococus agalactie ou Estreptococo do grupo B, ou
(GBS) em SECREÇÃO ANAL
1 - Gestação entre 35a e 37a^ semana. 2 - Não tomar banho ou evacuar até o momento da coleta. 3 - Se tomou banho ou evacuou pela manhã, é
possível coletar a amostra no final da tarde.
1 - Introduzir o swab cerca de 0,5 cm no esfíncter anal; 2 - Fazer movimentos giratórios por toda a circunferência da parede anal; 3 - Inserir este swab no meio de transporte; 4 - Identificar o material com o sítio de coleta “coleta anal”. 5 - Enviar ao laboratório em temperatura ambiente
Motivar a gestante sobre a importância deste exame e informar o resultado verbalmente, além de registrar no cartão de PN.
Série Enfermagem
1.9 Visita Domiciliária da Puérpera
incluindo a criança e o companheiro.
garantir a continuidade aos cuidados com o recém-nascido.
Ações em Relação à Puérpera Levantamento dos dados do parto
Dados do parto
Verificar
Se o cartão obstétrico está completo (com informações do parto); Condições do atendimento ao parto e ao recém-nascido; Se houve alguma intercorrência durante o parto ou no pós-parto (febre, hemorragia, hipertensão, diabetes, convulsões, sensibilização Rh); Dados do parto (data; tipo de parto; se cesárea, qual a indicação); Se recebeu aconselhamento e realizou testagem para sífilis ou HIV durante o parto; Uso de medicamentos (ferro, ácido fólico, vitamina A, outros); Fechar o SISPRENATAL.
Condições de saúde puerperal
Verificar
Aleitamento (frequência das mamadas – dia e noite – dificuldades na amamentação, satisfação do Recém Nascido (RN) com as mamadas, condições das mamas); Não oferecer bico de borracha; Alimentação, higiene, sono, atividade física; Dor, fluxo vaginal, sangramento, queixas urinárias, febre; Planejamento familiar (desejo de ter mais filhos, desejo de usar método contraceptivo, métodos já utilizados, método de preferência); Atividade sexual, informando sobre prevenção de DST/Aids; Condições psicoemocionais (estado de humor, preocupações, desânimo, fadiga, outros); Condições sociais (pessoas de apoio, enxoval do bebê, condições para atendimento de necessidades básicas); Direitos da mulher (direitos reprodutivos, sociais e trabalhistas).
Exame físico
Identificar
Examinar mamas, verificando a presença de ingurgitamento, sinais inflamatórios, infecciosos ou cicatrizes que dificultem a amamentação; Examinar períneo e genitais externos (verificar sinais de infecção, presença e características de lóquios); Observar estado geral: pele, mucosas, presença de edema, cicatriz (parto normal com episiotomia ou laceração/cesárea) e membros inferiores; Examinar abdome, verificando a condição do útero e se há dor à palpação e cólica; Verificar sinais vitais, avaliar a função intestinal e urinária; Verificar possíveis intercorrências: hipertensão, febre, dor em baixo-ventre ou nas mamas, presença de corrimento com odor fétido, sangramentos intensos. No caso de detecção de alguma dessas alterações, solicitar avaliação médica imediata; Observar presença de transtornos puerperais – encaminhar para o médico (ANEXO 7 e 7.1 ) Observar formação do vínculo entre mãe e filho; Solicitar para que ofereça a mama, observar e avaliar o sinal de boa pega e aceitação do RN. Em caso de ingurgitamento mamário, mais comum entre o terceiro e o quinto dia pós-parto, orientar quanto à ordenha manual e armazenamento. V - Identificar a dinâmica familiar e a rede de apoio; VI - Avaliar situação vacinal e encaminhar a puérpera, se necessário, para receber a dupla viral e 3ª dose da dT; VII - Prescrever suplementação de ferro: 40 mg/dia de ferro elementar, até três meses após o parto, para mulheres sem anemia diagnosticada; VIII - Programar a consulta médica de puerpério até 42 dias após o parto. OBS.: A equipe deve estar atenta à necessidade de finalização do registro do SISPRENATAL na unidade.
Checar sempre atualizações do esquema vacinal em (seguir CVE):
http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/saude/vigilancia_em_saude/vacinacao/index.php?p= ftp://ftp.cve.saude.sp.gov.br/doc_tec/imuni/imuni08_ntprog.pdf http://www.cve.saude.sp.gov.br/htm/imuni/pdf/imuni10_suple_norma_rev.pdf
Série Enfermagem
1 – INTRODUÇÃO
2
ASSISTÊNCIA DE
ENFERMAGEM À MULHER
NA PREVENÇÃO DO
CÂNCER DO COLO
UTERINO E MAMAS
Série Enfermagem
O câncer de colo uterino constitui um dos graves problemas de saúde que atinge as mulheres em todo o mundo, sendo os países em desenvolvimento responsáveis por aproximadamente 80% desses casos. Infelizmente, o Brasil muito contribui com esse panorama.
Apesar do progressivo aumento de coletas nos serviços públicos de saúde, em 2001, apenas 15% da população feminina, acima de 20 anos, referem ter realizado o teste de citologia oncótica (São Paulo, 2001).
Segundo inquérito de saúde ISA-Capital, na cidade de São Paulo (2008), 10,7% das mulheres entrevistadas informaram ter realizado exame de Papanicolaou há mais de 3 anos, e, 9,7% informaram nunca haver realizado tal exame.
Diante deste quadro, a(o) enfermeira(o), assim como os outros profissionais de saúde, devem atuar na sensibilização das mulheres para a realização do exame de citologia oncótica e no autoexame das mamas, além da busca ativa durante visitas domiciliares, consulta de enfermagem, grupos educativos e reuniões com a comunidade.
O resultado desta sensibilização é o aumento da demanda, levando até as Unidades Básicas de Saúde um número significativo de mulheres com a síndrome de corrimento vaginal, que necessitam de uma conduta mediata e imediata. A(o) Enfermeira(o), geralmente é o profissional de referência dentro da unidade, necessitando, muitas vezes, tomar algumas condutas diante de uma queixa avaliada.
Desta forma, tornou-se necessária a criação deste protocolo que tem por objetivo a organização da assistência da(o) enfermeira(o), do técnico e do auxiliar de enfermagem durante a prevenção do câncer do colo uterino e das mamas, trazendo resolutividade para a Atenção à Saúde da Mulher, respaldados pela LEP 7498/86, Resoluções COFEN 195/97, 271/02 e 385/11.
Obs.: O(A) Enfermeiro(a) deverá prescrever as ações a serem realizadas pela equipe de enfermagem.