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Guias e Dicas
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Prevenção e Controle de Doenças Cardiovasculares: Hipertensão Arterial e Diabetes Mellitus, Notas de estudo de Enfermagem

Este documento discute o programa de atividades de conscientização e educação em saúde para detecção precoce de novos pacientes portadores de hipertensão arterial sistêmica e diabetes mellitus, conhecidos respectivamente como 'doença silenciosa' e 'assassina silenciosa'. O texto aborda as complicações potenciais dessas doenças, como cardiopatias isquêmicas, insuficiência cardíaca, nefroesclerose, obstrução de artérias carótidas, aneurisma de aorta, doença vascular periférica e retinopatia. Além disso, discute a importância de classificar o risco individual de pacientes com base na estratificação do ministério da saúde e a necessidade de educar a comunidade sobre os fatores de risco cardiovascular, especialmente aqueles relacionados à hipertensão e diabetes mellitus.

Tipologia: Notas de estudo

2014

Compartilhado em 24/04/2014

Copacabana
Copacabana 🇧🇷

4.4

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AN02FREV001/ REV 3.0
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PROGRAMA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA A DISTÂNCIA
Portal Educação
CURSO DE
SAÚDE DO ADULTO
Aluno:
EaD - Educação a Distância Portal Educação
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PROGRAMA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA A DISTÂNCIA

Portal Educação

CURSO DE

SAÚDE DO ADULTO

Aluno:

EaD - Educação a Distância Portal Educação

AN02FREV001/ REV 3.

CURSO DE

SAÚDE DO ADULTO

MÓDULO ÚNICO

Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização ou distribuição do mesmo sem a autorização expressa do Portal Educação. Os créditos do conteúdo aqui contido são dados aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas.

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MÓDULO ÚNICO

1 SAÚDE DO ADULTO

1.1 CALENDÁRIO DE VACINAÇÃO DO ADULTO E DO IDOSO

IDADE VACINAS DOSES DOENÇAS EVITADAS

A partir de 20 anos

dT (Dupla tipo adulto) (1)

1ª dose Contra Difteria e Tétano Febre Amarela (2) Dose inicial

Contra Febre Amarela SCR (Tríplice viral) (3)

Dose única

Contra Sarampo, Caxumba e Rubéola 2 meses após a 1ª dose contra Difteria e Tétano

dT (Dupla tipo adulto)

2ª dose Contra Difteria e Tétano

2 meses após a 1ª dose contra Difteria e Tétano

dT (Dupla tipo adulto)

3ª dose Contra Difteria e Tétano

A cada 10 anos por toda a vida

dT (Dupla tipo adulto) (4)

reforço Contra Difteria e Tétano Febre Amarela reforço Contra Febre Amarela

60 anos ou mais

Influenza (5) Dose anual

Contra Influenza ou Gripe Pneumococo (6) Dose única

Contra Pneumonia causada pelo pneumococo (1) A partir dos 20 anos (vinte) anos, não gestante, homens e idosos que não tiverem comprovação de vacinação anterior seguir o esquema acima. Apresentando documentação com esquema incompleto, completar o esquema já iniciado. Intervalo mínimo entre as doses é 30 dias. (2) Adulto/idoso que resida ou que for viajar para área endêmica (estados: AP, TO, MA, MT, MS, RO, AC, RR, AM, PA, GO e DF, área de transição (alguns municípios dos estados: PI, BA, MG, SP, PR, SC e RS) e área de risco potencial (alguns municípios dos estados BA, ES e MG. Em viagem para essas áreas, vacinar 10 (dez) dias antes da viagem. (3) A vacina tríplice viral – SCR (Sarampo, Caxumba e Rubéola) deve ser administrada em mulheres de 12 a 49 anos que não tiverem comprovação de vacinação anterior e em homens até 39 (trinta e nove) anos.

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(4) Mulher grávida que esteja com a vacina em dia, mas recebeu sua última dose há mais de 5 (cinco) anos, precisa receber uma dose de reforço. A dose deve ser aplica no mínimo 20 dias antes da data provável do parto. Em caso de ferimentos graves, a dose de reforço deverá ser antecipada para cinco anos após a última dose. (5) A vacina contra Influenza é oferecida anualmente durante a Campanha Nacional de Vacinação do Idoso. (6) A vacina contra pneumococo é aplicada durante a Campanha Nacional de Vacinação do Idoso nos indivíduos que convivem em instituições fechadas, tais como casas geriátricas, hospitais, asilos e casas de repouso, com apenas um reforço cinco anos após a dose inicial.

2 HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA

A pressão arterial é a força com a qual o coração bombeia o sangue pelos vasos sanguíneos a fim de que os tecidos sejam nutridos. É determinada pelo volume de sangue que sai do coração e a resistência que ele encontra para circular pelos vasos sanguíneos distribuídos por todo o corpo. A Hipertensão Arterial Sistêmica é um importante fator de risco para doenças decorrentes de aterosclerose e trombose, que se exteriorizam predominantemente, por acometimento cardíaco, cerebral, renal e vascular periférico. É responsável por 25% a 40% da etiologia multifatorial das doenças isquêmicas do coração e dos acidentes vasculares encefálicos, respectivamente. Esta multiplicidade de consequências a coloca na origem das doenças crônico-degenerativas e, portanto, caracteriza-se como uma das causas de maior redução da qualidade e expectativa de vida dos indivíduos. Contribuindo, desta forma, para um importante problema de saúde pública pelo seu potencial em ocasionar complicações que resultam em sérios comprometimentos de saúde. A hipertensão arterial sistêmica afeta a maioria dos portadores de diabetes. É fator de risco importante para as doenças coronarianas e para as complicações microvasculares, como a retinopatia e a nefropatia. As doenças circulatórias são responsáveis por expressivo impacto na

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2.1 ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO

Baseia-se na classificação inicial, levando-se em conta o exame clínico e avançado para a indicação de exames complementares, quando a avaliação clínica apontar grau de risco.

Indicadores de alto risco : infarto agudo do miocárdio prévio; acidente vascular encefálico ou ataque isquêmico transitório prévio; doença aneurismática de aorta; doença vascular periférica; insuficiência cardíaca congestiva de etiologia isquêmica; angina de peito, doença renal crônica. Indicadores intermediários de risco : idade > 45 anos homens; > 55 anos mulheres; história familiar de infarto agudo do miocárdio; morte súbita ou acidente vascular encefálico em familiares de 1º grau ocorrido antes dos 50 anos; diagnóstico prévio de diabetes mellitus ; tolerância à glicose diminuída; glicemia de jejum alterada, diabete gestacional, diagnóstico prévio de dislipidemia, diagnóstico prévio do ovário policístico, tabagismo, obesidade.

Algumas situações podem elevar, ocasionalmente, os valores pressóricos de um indivíduo, tais como: exercícios físicos em excesso, fumo, etilismo, cafeína, drogas, preocupações em excesso, nervosismo e até mesmo situações de emoção excessiva. A Hipertensão Arterial Sistêmica consiste de uma elevação da pressão arterial a níveis acima de 140 X 90 mmHg em adultos com idade acima de 18 anos, que tenham aferido sua pressão após 15 minutos de repouso e ainda confirmada por outras aferições. Para o procedimento de aferição, o profissional deverá tomar alguns cuidados importantes, tais como:

  • Solicitar ao paciente que esvazie sua bexiga antes de aferir sua pressão arterial;
  • Deixar o paciente em repouso por 15 minutos antes de realizar o procedimento;
  • Não falar durante o procedimento;

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  • Para pacientes tabagistas ou que realizaram atividades físicas, ingeriram álcool ou café é necessário aguardar 30 minutos para a realização do procedimento;
  • Se houver necessidade de conferir o valor obtido é necessário esperar de um a dois minutos para uma nova aferição;
  • É importante usar manguito adequado, ou seja, este deve ter a largura de 40% da circunferência do braço e ficar firme e ajustado ao braço e este, por sua vez, deve estar na altura correspondente ao coração;
  • Em caso de crianças e obesos deve-se adotar manguito especial a cada situação.

As variações da pressão arterial normal e hipertensiva seguem a orientação abaixo:

SISTÓLICA DIASTÓLICA NÍVEL < 130 < 85 NORMAL 130 a 139 85 a 89 NORMAL LIMÍTROFE 140 a 159 90 a 99 HIPERTENSÃO LEVE 160 a 179 100 a 109 HIPERTENSÃO MODERADA

179 > 109 HIPERTENSÃO GRAVE 140 < 90 HIPERTENSÃO SISTÓLICA

A maioria das pessoas portadoras de hipertensão arterial desconhecem que o são e cerca de 95% dos hipertensos são portadores de hipertensão primária ou essencial, ou seja, não sabem a causa, e apenas 5% têm pressão arterial secundária a uma causa definida. Podemos classificar a hipertensão em sistólica e diastólica (quando tanto o valor da pressão arterial na sístole cardíaca quanto na diástole estão aumentados), ou apenas sistólica (está aumentada a pressão apenas na sístole cardíaca). Os sintomas, quando se manifestam, consistem de: cefaleia na região

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níveis de competência estabelecidos para que medidas preventivas primárias e atendimento ao indivíduo portador de hipertensão e/ou diabetes obtenham êxito. Para tanto é necessária a participação efetiva e específica de cada profissional.

3.1 AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE

  • Deve esclarecer a comunidade sobre os fatores de risco para as doenças cardiovasculares, orientado-a sobre as medidas de prevenção, bem como reforçar as orientações de adotar hábitos mais saudáveis de vida;
  • Deve ser capaz de identificar na população por ele assistida, pessoas com fatores de risco para doença cardiovascular, ou seja, idade igual ou superior a 40 anos, sedentarismo, obesidade, hipertensão, devendo encaminhá-las a consultas de enfermagem aquelas consideradas suspeitas, assim como orientá-las para avaliação clínica adicional e exames laboratoriais;
  • Verificar o comparecimento das mesmas às consultas agendadas na Unidade de Saúde;
  • Verificar se as orientações quanto à dieta estão sendo seguidas, e ainda, hábitos de fumar e ingerir bebida alcoólica e se estão aderindo à terapia prescrita, registrar em sua ficha de acompanhamento intercorrências e medicamentos em uso.

Para que o agente comunitário de saúde cumpra responsabilidades preestabelecidas faz-se necessário que esteja interado do tratamento estipulado ao paciente e mantenha vínculo estreito com as famílias que acompanha.

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3.2 AUXILIAR DE ENFERMAGEM

  • Deve verificar os níveis pressóricos, peso, altura e circunferência abdominal, em indivíduos da demanda espontânea da unidade;
  • Orientar a comunidade sobre a importância das alterações no estilo de vida, ligadas à dieta e prática de exercícios físicos rotineiros;
  • Guiar as pessoas da comunidade sobre os fatores de risco cardiovascular, em especial aqueles ligados à hipertensão e diabetes;
  • Agendar consultas de enfermagem e médicas para os casos indicados;
  • Proceder às anotações devidas em ficha clínica;
  • Cuidar dos equipamentos (tensiômetros e glicosímetros) e solicitar sua manutenção quando necessária;
  • Encaminhar as solicitações de exames complementares para serviços de referência;
  • Controlar o estoque de medicamentos e solicitar reposição, seguindo as orientações do enfermeiro da Unidade, no caso da impossibilidade do farmacêutico.

4 DIABETES MELLITUS

O Diabetes mellitus é uma síndrome de etiologia múltipla decorrente da falta de insulina ou da incapacidade desta exercer corretamente suas funções, o que leva a sintomas agudos e complicações crônicas. É uma doença que apresenta grande morbimortalidade, com perda importante na qualidade de vida. O Diabetes Mellitus configura-se hoje como uma epidemia mundial, traduzindo-se em grande desafio para os sistemas de saúde de todo o mundo. O envelhecimento da população, a urbanização crescente e a adoção de estilo

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pacientes com insuficiência renal crônica submetido à diálise. É importante observar que já existem informações e evidências científicas suficientes para prevenir e/ou retardar o aparecimento do diabetes e de suas complicações e que pessoas e comunidades progressivamente têm acesso a esses cuidados. Nesse contexto, é imperativo que os governos orientem seus sistemas de saúde para lidar com os problemas educativos, de comportamento, nutricionais e de assistência que estão impulsionando a epidemia de diabetes, sobretudo no sentido de reduzir a iniquidade de acesso a serviços de qualidade. Por sua vez, o Ministério da Saúde implementa diversas estratégias de Saúde Pública, economicamente eficazes, para prevenir o diabetes e suas complicações, por meio do cuidado integral a esse agravo de forma resolutiva e com qualidade.

4.1 CLASSIFICAÇÃO DO DIABETES MELLITUS

Esse distúrbio é classificado etiologicamente nas seguintes formas clínicas:

- Diabetes mellitus tipo I : ocorre em cerca de 5 a 10% dos casos de diabéticos e é resultante primariamente da destruição das células beta do pâncreas. E tem tendência à cetoacidose (acidose metabólica causada por excesso de acetoácidos, decorrente da deficiência de insulina), geralmente essa destruição das células pancreáticas é oriunda de doença autoimune; - Diabetes mellitus tipo II: ocorre em cerca de 90% dos pacientes diabéticos e em geral se dá por graus variáveis de resistência à insulina (situação em que ocorre menor captação de glicose por tecidos periféricos, em especial, o muscular e o hepático) e também por relativa deficiência na secreção de insulina. Nesse tipo, o principal fator desencadeante da resistência

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orgânica à insulina consiste da obesidade que está presente na grande maioria dos diabéticos tipo II. Lesões pancreáticas também podem ser responsáveis pelo desencadear do diabetes tipo II e podem ser desencadeadas por agressões tóxicas decorrentes de processos infecciosos, uso de determinados medicamentos como, por exemplo, a corticoterapia, e ainda abuso de substâncias como álcool e drogas;

  • Diabetes mellitus gestacional: é a intolerância à glicose diagnosticada pela primeira vez durante o período gestacional, podendo ou não persistir após o parto.

Os sintomas são, de modo geral, sede excessiva (polidipsia), aumento do volume e frequência urinária (poliúria e polaciúria), aumento da assiduidade urinária durante a noite (nictúria), polifagia (aumento do apetite), rápido emagrecimento, fraqueza, astenia, letargia, prurido vulvar ou balanopostite, diminuição repentina da acuidade visual. Ou ainda, achados de hiperglicemia ou glicosúria (presença de glicose na urina) em exames de rotina.

As complicações do Diabetes mellitus também apresentam sintomas que são de grande importância clínica, tais como:

 Proteinúria (presença de proteína na urina),  Neuropatia periférica,  Retinopatia,  Ulcerações crônicas nos pés,  Doença vascular aterosclerótica,  Impotência sexual,  Infecções urinárias e dermatológicas de repetição.

Alguns sintomas tendem a se agravar progressivamente quando não se consegue manter controlados os valores glicêmicos, evoluindo para complicações severas como a cetoacidose diabética (em pacientes com diabetes tipo I) e o coma hiperosmolar (em pacientes com diabetes tipo II).

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desafio da equipe de saúde, visto que a mudança de hábito dificilmente é aderida pelos pacientes) e, se necessário for, o emprego de medicamentos. Também deve ser observada a necessidade de tratamento concomitante de outros fatores de risco como, por exemplo, problemas cardiovasculares associados. A equipe de saúde deve, constantemente, incentivar o paciente na adoção de hábitos saudáveis de vida que consistem em manter o peso corporal adequado à sua altura (considerar como referência o índice de massa corpórea entre 18,5 e 25). Realizar atividade física pelo menos três vezes por semana (salvo casos em que haja restrição médica), baixo consumo de bebidas alcoólicas, não adesão ou suspensão do hábito de fumar e ainda uma ingesta controlada de gorduras saturadas. O profissional de saúde também deve considerar que todo tratamento deve ser individualizado, considerando a idade do paciente, a presença de outras patologias ou medicações em uso concomitante, estado mental do paciente, a dependência ao álcool ou a outras drogas, a capacidade de percepção da hipoglicemia ou da hipotensão. E ainda a cooperação do paciente e sua condição financeira para aderir de fato ao tratamento, principalmente quando for necessário instituir terapêutica medicamentosa não disponível na rede básica de saúde.

6 PREVENÇÃO DE DOENÇAS E COMPLICAÇÕES

CARDIOVASCULARES DECORRENTES DA HIPERTENSÃO ARTERIAL E

DIABETES MELLITUS

A prevenção ainda é o melhor caminho para a manutenção da saúde e ainda consiste na forma mais barata e gratificante de tratar os agravos à saúde. Dentre suas etapas a mais significante e que garante o sucesso das etapas seguintes é a educação da comunidade e do indivíduo para as medidas de promoção e prevenção em saúde, que consiste em adotar medidas saudáveis para a sua vida.

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As medidas de prevenção primordiais consistem em um conjunto de ações que desenvolva na comunidade noções de cidadania, a fim de estimular que a própria comunidade busque soluções para problemas de condições de moradia, trabalho, educação e lazer. E também para atuarem de maneira efetiva em áreas insalubres, ou seja, que representam riscos à saúde e requerem medidas de saneamento. A prevenção primária consiste na eliminação de fatores de risco e deve ser realizada de modo bem efetivo e constante por todos da equipe de saúde. Deve-se enfatizar o controle do tabagismo, da obesidade, do etilismo, do consumo de sal, do sedentarismo e estimular uma alimentação saudável e medidas de controle do estresse laboral (presente cada vez mais entre os trabalhadores, principalmente entre aqueles que sofrem com o excesso de trabalho e que muitas vezes não desenvolvem a atividade que gostariam). Esta prevenção é tão importante que se realizada de forma efetiva poderia se prevenir 2,5% dos novos casos de diabéticos apenas com o controle de peso e a prática de atividade física.

Cabe à equipe de saúde da família:

  • Realizar campanhas educativas periódicas, enfatizando os fatores de risco para Hipertensão e Diabetes e as possíveis consequências;
  • Programar periodicamente atividades de lazer individual e comunitário, de forma a sensibilizar a população-alvo da importância dessa prática;

A prevenção secundária consiste na detecção e tratamento precoce do Diabetes e da Hipertensão, e objetiva alcançar a remissão dessas doenças, bem como evitar o aparecimento de complicações e a progressão do quadro clínico. A atuação do profissional de saúde deve estar voltada para a identificação de fatores de risco associados a possíveis lesões em órgãos-alvo e aparecimento de morbidades associadas. Para isso o profissional enfermeiro ou médico do PSF deve realizar o acompanhamento mensal ou em intervalos

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  • Registrar nas fichas o acompanhamento desses indivíduos.

7.2 AUXILIAR E/OU TÉCNICO DE ENFERMAGEM

  • Aferir a pressão arterial, verificar peso, altura e circunferência abdominal em indivíduos da demanda espontânea da Unidade de Saúde;
  • Orientar a comunidade sobre a importância da adoção de hábitos saudáveis de vida, enfatizando a nutrição e prática de atividade física;
  • Orientar os indivíduos sobre os fatores de risco cardiovascular, especialmente os relacionados à hipertensão e diabetes mellitus ;
  • Agendar consultas médicas e de enfermagem quando necessárias;
  • Realizar as anotações corretamente na ficha clínica do paciente;
  • Zelar dos equipamentos (esfigmomanômetros e glicosímetros) e solicitar manutenção quando necessária;
  • Controlar o estoque de medicamentos e solicitar reposição conforme orientação do enfermeiro da equipe e na falta de um farmacêutico;
  • Orientar o paciente sobre o autocuidado e a autoaplicação de insulina;
  • Fornecer medicamentos aos pacientes em tratamento, quando não houver farmacêutico.

7.3 ENFERMEIRO

  • Capacitar os auxiliares e/ou técnicos de enfermagem e os agentes comunitários de saúde, tornando-os aptos a orientar a comunidade acerca da Hipertensão Arterial e Diabetes, supervisionando de forma permanente suas atividades;
  • Realizar consulta de enfermagem, investigando fatores de risco,

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tratamento não medicamentoso, adesão e possíveis intercorrências do tratamento medicamentoso e encaminhar à consulta médica quando necessário;

  • Solicitar durante a consulta de enfermagem os exames mínimos necessários e definidos nos protocolos do Ministério da Saúde;
  • Desenvolver atividades educativas com toda a comunidade e com hipertensos e diabéticos por meio de atividades em grupos;
  • Transcrever a medicação de indivíduos controlados e sem intercorrências;
  • Encaminhar para consulta médica todo indivíduo de difícil controle e adesão ao tratamento, portadores de lesão em órgãos-alvo (cérebro, coração, rins, olhos, sistema vascular, pés, etc.) ou com morbidades associadas;
  • Encaminhar para consulta médica semestral os indivíduos controlados e sem sinais de lesão em órgãos-alvo e comorbidades;
  • Realizar o exame dos membros inferiores para identificar possíveis pés diabéticos e proceder ao tratamento e orientar sobre o autocuidado;
  • Realizar o exame de glicemia capilar em pacientes diabéticos a cada consulta e em pacientes hipertensos não diabéticos uma vez ao ano.

7.4 MÉDICO

  • Realizar consulta para confirmação diagnóstica, avaliação de fatores de risco, identificação de possível lesão em órgãos-alvo e comorbidades, objetivando a classificação do paciente hipertenso e diabético;
  • Prescrever tratamento medicamentoso e não medicamentoso, bem como solicitar exames complementares quando necessário;
  • Programar junto à equipe as estratégias de educação da comunidade e dos grupos;
  • Encaminhar às unidades de referência secundária e terciária os pacientes que apresentarem hipertensão arterial grave e refratária ao