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seguro e sua historia, Resumos de Economia dos Seguros

historia do seguro e como surgiu no mundo ate os dias de hoje

Tipologia: Resumos

2021

Compartilhado em 15/04/2022

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axil-ferreira 🇧🇷

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A história do seguro no mundo
Com o surgimento das civilizações, uma das consequências imediatas foi o comércio, já que a
principal forma de interação entre os povos era através da troca de mercadorias, muito mais
do que as guerras. O espírito aventureiro do homem levou ao estabelecimento de rotas
comerciais cada vez mais longas, sempre com muitos riscos envolvidos nessas empreitadas.
Grupos de comerciantes passaram a dividir o risco da empreitada de um dos membros com os
outros, numa espécie de ação cooperativa, gerando uma forma rudimentar de seguro.
Registros desse tipo de iniciativas são encontrados na China antiga, Império Romano e até
mesmo na Babilônia, milhares de anos antes de Cristo.
O estabelecimento do mercantilismo criou as condições para o renascimento e um novo
período de expansão do comércio, principalmente através das grandes navegações. Nesse
tempo, foi criada uma operação chamada de Contrato de Risco Marítimo para o financiamento
dessas viagens. Em caso de sucesso, quem emprestava teria uma maior participação nos lucros
e, em caso de perdas, podia haver até o perdão da dívida. Uma parte assumia o risco
financeiro e a outra, o material. Com a intensificação do comércio marítimo após o século XVI,
cada vez mais pequenos comerciantes tiveram acesso às navegações. Era imprescindível a
criação de novos mecanismos de proteção ao comercio, daí surge o Contrato de Seguro
Marítimo, no qual passou a existir a figura do segurador que assumia o risco financeiro de uma
operação, mediante o pagamento de um valor.
Com a ampliação do comércio, a forma de cálculo do seguro foi ficando cada vez mais
elaborada, entrando em cena o uso da matemática, notadamente da probabilidade e
estatística. Essas formas de cálculo foram continuamente aprimoradas e perduram até hoje.
No século XVII surge o Lloyd’s of London, que não é uma companhia ou corporação, mas sim
uma “bolsa de seguros”, onde praticamente tudo pode ser segurado pelos Operadores de
Risco, que podem ser indivíduos ou corporações.
O grande impulso no desenvolvimento da atividade de seguro veio no século XIX, com a
revolução industrial, nesse ponto o seguro passa a ser uma atividade econômica realmente
com peso.
A história do seguro no Brasil
Em 1808 com a vinda da família real portuguesa para o Brasil e a abertura dos portos surge a
primeira empresa seguradora do país, a Companhia de Seguros Boa-Fé, com objetivo de
operar no seguro marítimo. Mas não foi só o segmento marítimo que foi afetado
positivamente, com o surgimento de inúmeras seguradoras, que operaram não só com o
seguro marítimo, mas, também, com o seguro terrestre. Em 1855 surge o seguro de vida.
Com o crescimento do setor, as empresas de seguros estrangeiras começaram a ingressar no
mercado brasileiro por volta de 1862, através de sucursais.
EM 1901, é editado o Regulamento Murtinho, criando a Superintendência Geral de Seguros,
subordinada ao Ministério da Fazenda, com a missão de estender a fiscalização a todas as
seguradoras que operavam no País.
Em 1930 se encerra o período conhecido como Primeira República e é instaurado o Governo
Provisório de Vargas (1930 a 1934). Durante esse período de reorganização do estado
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A história do seguro no mundo

Com o surgimento das civilizações, uma das consequências imediatas foi o comércio, já que a principal forma de interação entre os povos era através da troca de mercadorias, muito mais do que as guerras. O espírito aventureiro do homem levou ao estabelecimento de rotas comerciais cada vez mais longas, sempre com muitos riscos envolvidos nessas empreitadas. Grupos de comerciantes passaram a dividir o risco da empreitada de um dos membros com os outros, numa espécie de ação cooperativa, gerando uma forma rudimentar de seguro. Registros desse tipo de iniciativas são encontrados na China antiga, Império Romano e até mesmo na Babilônia, milhares de anos antes de Cristo. O estabelecimento do mercantilismo criou as condições para o renascimento e um novo período de expansão do comércio, principalmente através das grandes navegações. Nesse tempo, foi criada uma operação chamada de Contrato de Risco Marítimo para o financiamento dessas viagens. Em caso de sucesso, quem emprestava teria uma maior participação nos lucros e, em caso de perdas, podia haver até o perdão da dívida. Uma parte assumia o risco financeiro e a outra, o material. Com a intensificação do comércio marítimo após o século XVI, cada vez mais pequenos comerciantes tiveram acesso às navegações. Era imprescindível a criação de novos mecanismos de proteção ao comercio, daí surge o Contrato de Seguro Marítimo, no qual passou a existir a figura do segurador que assumia o risco financeiro de uma operação, mediante o pagamento de um valor. Com a ampliação do comércio, a forma de cálculo do seguro foi ficando cada vez mais elaborada, entrando em cena o uso da matemática, notadamente da probabilidade e estatística. Essas formas de cálculo foram continuamente aprimoradas e perduram até hoje. No século XVII surge o Lloyd’s of London, que não é uma companhia ou corporação, mas sim uma “bolsa de seguros”, onde praticamente tudo pode ser segurado pelos Operadores de Risco, que podem ser indivíduos ou corporações. O grande impulso no desenvolvimento da atividade de seguro veio no século XIX, com a revolução industrial, nesse ponto o seguro passa a ser uma atividade econômica realmente com peso.

A história do seguro no Brasil

Em 1808 com a vinda da família real portuguesa para o Brasil e a abertura dos portos surge a primeira empresa seguradora do país, a Companhia de Seguros Boa-Fé, com objetivo de operar no seguro marítimo. Mas não foi só o segmento marítimo que foi afetado positivamente, com o surgimento de inúmeras seguradoras, que operaram não só com o seguro marítimo, mas, também, com o seguro terrestre. Em 1855 surge o seguro de vida. Com o crescimento do setor, as empresas de seguros estrangeiras começaram a ingressar no mercado brasileiro por volta de 1862, através de sucursais. EM 1901, é editado o Regulamento Murtinho, criando a Superintendência Geral de Seguros, subordinada ao Ministério da Fazenda, com a missão de estender a fiscalização a todas as seguradoras que operavam no País. Em 1930 se encerra o período conhecido como Primeira República e é instaurado o Governo Provisório de Vargas (1930 a 1934). Durante esse período de reorganização do estado

brasileiro, é criado o IRB em 1939, Instituto de Resseguros do Brasil, fortemente influenciado por ideais nacionalistas, muito comuns na década de 30, era mais um instrumento do estado brasileiro para ordenação econômica. Em 1964 é instaurado o regime militar (1964 a 1985), e em 1966, é criada a SUSEP, Superintendência de Seguros Privados. Funcionando como órgão controlador e fiscalizador da constituição e funcionamento das sociedades seguradoras e entidades abertas de previdência privada. Defendendo, pela primeira vez no Brasil, os interesses dos consumidores de seguros.