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Exame Físico Completo: Guia Prático para Estudantes de Medicina, Resumos de Semiologia

Resumo de semiologia cardiovascular baseado nos livros Porto e Mario López

Tipologia: Resumos

2020

Compartilhado em 18/08/2020

leticia-heleno
leticia-heleno 🇧🇷

4.5

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CARDIOVASCULAR
Critérios para ter um exame físico de qualidade
Ambiente calmo, silencioso e bem iluminado (luz branca ou natural)
Se posicionar sempre a direita do paciente
Lavar as mãos antes e após o exame físico
Respeitar o pudor do paciente, desnudando apenas as áreas necessárias
Explicar para o paciente, de maneira breve e sucinta, o que será feito. Sempre pedindo
a autorização
Exame físico divido em 7 etapas:
1. Inspeção
2. Palpação do precórdio e do ictus cordis
3. Ausculta do precórdio
4. Avaliação dos pulsos
5. Estimativa da pressão venosa central (PVC) e refluxo hepato – jugular
6. Aferição da pressão arterial
7. Eletrocardiograma
Anatomia:
Mediastino
Superior
Anterior
Médio
Posterior
Precórdio: é a projeção do coração sobre a parede anterior do tórax
Limite superior direito – 2° espaço intercostal a 1cm do esterno
Limite superior esquerdo – 2° espaço intercostal a 2 cm do esterno
Limite inferior direito – 5° espaço intercostal justoesternal
Limite inferior esquerdo – 5° espaço intercostal com a linha hemiclavicular, coincidindo
com o ictus
INSPEÇÃO
1. Inspeção do tórax
2. Inspeção do precórdio
3. Inspeção das extremidades
Inspeção do tórax:
Paciente em ortostase:
Avaliar o tipo de tórax do paciente: típico ou atípico
Atípico: quando o diâmetro antero-posterior < latero-lateral. Tórax normal
Típico: pectus excavatum, pectus carinatum, tórax em tonel, cifose, toráx chato
Avaliar o biótipo do paciente pelo ângulo de Charpy (formado pelo rebordo costal e a
base do apêndice xifoide)
Brevilíneo: Charpy > 90°
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CARDIOVASCULAR

Critérios para ter um exame físico de qualidade  Ambiente calmo, silencioso e bem iluminado (luz branca ou natural)  Se posicionar sempre a direita do paciente  Lavar as mãos antes e após o exame físico  Respeitar o pudor do paciente, desnudando apenas as áreas necessárias  Explicar para o paciente, de maneira breve e sucinta, o que será feito. Sempre pedindo a autorização Exame físico divido em 7 etapas:

  1. Inspeção
  2. Palpação do precórdio e do ictus cordis
  3. Ausculta do precórdio
  4. Avaliação dos pulsos
  5. Estimativa da pressão venosa central (PVC) e refluxo hepato – jugular
  6. Aferição da pressão arterial
  7. Eletrocardiograma Anatomia: Mediastino  Superior  Anterior  Médio  Posterior Precórdio: é a projeção do coração sobre a parede anterior do tórax  Limite superior direito – 2° espaço intercostal a 1cm do esterno  Limite superior esquerdo – 2° espaço intercostal a 2 cm do esterno  Limite inferior direito – 5° espaço intercostal justoesternal  Limite inferior esquerdo – 5° espaço intercostal com a linha hemiclavicular, coincidindo com o ictus INSPEÇÃO
  8. Inspeção do tórax
  9. Inspeção do precórdio
  10. Inspeção das extremidades Inspeção do tórax: Paciente em ortostase:  Avaliar o tipo de tórax do paciente: típico ou atípico  Atípico: quando o diâmetro antero-posterior < latero-lateral. Tórax normal  Típico: pectus excavatum, pectus carinatum, tórax em tonel, cifose, toráx chato  Avaliar o biótipo do paciente pelo ângulo de Charpy (formado pelo rebordo costal e a base do apêndice xifoide)  Brevilíneo: Charpy > 90°

 Mediolíneo/Normolíneo: Charpy = 90°  Longilíneo: Charpy < 90° Inspeção do precórdio: Paciente em decúbito dorsal:  Avaliação frontal: ao lado dos pés do paciente  Avaliação tangencial: examinador ao lado do tórax do paciente  Verificar a presença de: abaulamentos, retrações, cicatrizes, circulação colateral, pulsação anormal, como em fúrcula, epigástrica e a paresternal  Verificar se o ictus é visível ou não.  O ictus é visível fisiologicamente em pacientes homens emagrecidos, com baixo tecido adiposo.  É visível patologicamente em ICC e cardiomegalias.  Não será visível fisiologicamente em mulheres em função do tecido adiposo mamário e em paciente com o sobrepeso  Não será visível patologicamente em pacientes enfisematosos e em patologias que diminuem o contato do ventrículo esquerdo e a parede anterior do tórax Inspeção das extremidades: Observar a presença de:  Cianose e edema: sugestivo de ICC  Baqueteamento digital: sugestivo de cardiopatias que cursam com baixa perfusão sanguínea nas extremidades, também presente na DPOC PALPAÇÃO

  1. Palpação do precórdio
  2. Palpação do ictus cordis Palpação do precórdio:  Verificar a presença de frêmito (sensação tátil de uma vibração) – Frêmito catário  Classificar o frêmito de acordo com o mnemônico LIS:  Localização : em qual ponto de ausculta, limite do precordio  Intensidade : leve, moderada ou intensa  Situação no ciclo cardíaco : sistólico ou diastólico. Para isso, palpar o pulso carotídeo. Caso a pulsação curse com o frêmito, será classificado como sistólico. Caso não coincida, será diastólico Palpação do ictus:  Com a mão espalmada / com as polpas digitais dos dedos indicador e médio  Classificar de acordo com o mnemônico LIRFFEM  Localização: 5° EIE ao nível da linha hemiclavicular esquerda. Mas pode sofrer variações de acordo com o biótipo do paciente  Intensidade: normal, aumentada ou diminuída  Ritmo: rítmico ou arrítmico  Frequência: normal (50-100bpm), bradicardia (<50 bpm), taquicardia (>50bpm)  Forma de propulsão: normal ou propulsivo

 TLA

 Causas fisiológicas: aumento do retorno venoso (após exercícios físicos)  Causas patológicas: comunicação interventricular que prolongue a sístole ventricular direito B  Ocorre pelo impacto do sangue na parede anterior do ventrículo durante o enchimento ventricular rápido  No inicio da diástole  Normal ser encontrado em crianças, em quadro febril, após exercícios físicos  Patológico: ICC, síndromes hipercinéticas (anemia, tireotoxicose)  TUM TA TU B  Ocorre pelo impacto do sangue impulsionado pelo átrio contra uma massa sanguínea preexistente no interior do ventrículo  No fim da diástole  Encontrada em cardiopatias como IAM e hipertrofia concêntrica  TU TUM TA Sopros  Som percebido durante a ausculta, devido turbilhonamento do sangue ao passar por uma câmara ou vaso sanguíneo que esteja estenosado, com a luz menor ou insuficiente  O fluxo deixa de ser laminar e passar a ser turbilhonado  Classificar de acordo com o mnemônico LIS FIT:  Localização: em qual foco de ausculta foi percebido  Intensidade: quantas cruzes de 1 a 4  Situação no ciclo cardíaco: sistólico (entre B1 e B2) ou diastólico (entre B2 e B1)  Formato: crescente ou decrescente  Irradiação: sopros de ápice irradiam para a região dorsal e axilar. Sopros de base irradiam para pescoço, fúrcula esternal e regiões supra e infraclaviculares  Timbre: suave, musical, aspirativo ou em jato de vapor Classificação de acordo com a causa: por estenose ou por insuficiência Durante a sístole ventricular: válvulas semilunares abertas e atrioventriculares fechadas  Sopro sistólico em foco de base: semilunar com estenose  Sopro sistólico em foco de ápice: atrioventricular com insuficiência Durante a diástole ventricular: válvulas atrioventriculares abertas e semilunares fechadas  Sopro diastólico em foco de base: semilunar com insuficiência  Sopro diastólico em foco de ápice: atrioventricular com estenose AVALIAÇÃO DE PULSOS Inspeção:

 Lesões elementares  Massas e pulsações  Temperatura (com o dorso da mão)  Umidade (com a palma da mão)  Elasticidade (pregueamento) Palpação: utilizar o mnemônico L FRETAS  Localização  Frequência: normal (50-100ppm), bradisfigmia, taquisfigmia. Avaliar por 1min  Ritmo: regular ou irregular  Estado da parede: lisa ou tortuosa (idosos com aterosclerose)  Tensão ou dureza: duro ou mole  Amplitude: 1 a 4 cruzes (diminuído, normal, amplo, aumentado). Avaliação subjetiva  Simetria Pulsos a serem avaliados:  Pulso carotídeo: palpar no terço inferior. Único pulso que não deve ser palpado simultaneamente dos dois lados, pois pode levar a sincope  Pulso braquial  Pulso radial  Pulso tibial posterior  Pulso pedioso PRESSÃO VENOSA CENTRAL (PVC)  Turgência da veia jugular externa direita  Elevar 45°  Identificar ponto de maior ondulação da veia jugular  Colocar uma régua nesse ponto e a outra no ângulo de Louis  Colocar as réguas perpendiculares entre si  Valor normal da pvc: até 8cm de água  Caso exceda 8cm de água, suspeitar de: ICC, IVD, tamponamento cardíaco Refluxo hepato-jugular  Paciente em decúbito dorsal  Cabeça levemente rotacionada para a esquerda e elevada a 45°  Comprimir os vasos sinusoides hepáticos, aumentando a pressão do órgão para aumentar o retorno venoso para o AD  Coração saudável e hígido: consegue compensar o aumento do retorno venoso  Coração com patologia, como ICC: não consegue compensar o aumento do retorno venoso  Após a compressão, o avaliador tem 1 min para realizar uma nova aferição de PVC  Valor normal da PVC após o refluxo hepato-jugular: até 3 cm acrescentados ao valor da pvc anteriormente aferido. Exemplo: se o primeiro valor aferido foi até 8cm de água, após a manobra, pode chegar até 11 cm de água AFERIÇÃO DA PRESSÃO ARTERIAL

Traçado normal do ecg deve conter:  3 ondas: Onda P (despolarização atrial), Complexo QRS (despolarização ventricular), Onda T (repolarização ventricular)  2 intervalos: PR (no início da onda P até antes do inicio de QRS- reflete a condução do Nó sinusal até o Nó sinoatrial), QT ( no inicio do QRS até o final da onda T – reflete toda a função elétrica do ventrículo, tanto a despolarização como a repolarização)  1 segmento: ST ( do J, que se localiza no final do QRS, e termina antes da onda T – avaliar se está nivelado com a linha de base do ecg) Caso esteja um quadrado acima: supra desnivelamento do segmento ST, comum no IAM Caso esteja um quadrado abaixo: infra desnivelamento do segmento ST, comum na hipocalemia Eixo cardíaco:  Contar o número de quadradinhos pra cima na onda R e subtrair do número de quadradinhos pra baixo da onda S. colocar o resultado no eixo para achar a resultante  Desvio do eixo para esquerda: gravidez, hipertrofia ventricular esquerda Como avaliar se o ritmo do ecg é um ritmo sinusal:  Onda P precede o QRS em todas as derivações  Onda P positiva em D1, D2 e AVF  Onda P negativa em AVR  Verificação da frequência do eletro: normal (50-100bpm). Para isso, contar o numero de quadradinhos entre dois complexos QRS 1500/ N° de quadradinhos achados