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Semiologia da dor, Notas de estudo de Semiologia

SEMIOLOGIA DA DOR

Tipologia: Notas de estudo

2010

Compartilhado em 23/06/2010

marisa-de-freitas-rios-3
marisa-de-freitas-rios-3 🇧🇷

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Dor
Priscila Abadia Teixeira – 3º Período
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Dor

Priscila Abadia Teixeira – 3º Período

Sumário

  1. Introdução
  2. Definição de dor
  3. A subjetividade da dor
  4. Tipos de dor
  5. Medindo a intensidade da Dor
  6. Tratamento
  7. Mitos
  8. Conclusão
  9. Referencias bibliográficas

A dor é mais que uma resposta resultante da integração central de impulsos dos nervos periféricos, ativados por estímulos locais. De fato a dor é uma experiência sensorial e emocional desagradável associada a uma lesão real ou potencial, ou descrita em termos de tal (definição da Associação Internacional para o Estudo da Dor - IASP).

O conceito operacional é que dor é uma percepção desagradável de uma sensação implica pelo menos dois neurônios:

  • Os neurônios primários periféricos associados à dor, quando de condução rápida, relacionam-se com o ambiente. Os de condução lenta relacionam- se com o próprio organismo;
  • O neurônio sensitivo primário faz a sua primeira sinapse em regiões bem definidas (lâminas de Rexel), no corno posterior da medula. O impulso nervoso sobe para a parte basal do cérebro onde faz a segunda sinapse (relê talâmico). Os sinais podem se dirigir diretamente para o córtex ou inter-relacionarem-se com o sistema nervoso neurovegetativo (órgãos) e outros núcleos centrais (sistema límbico, amígdala etc.) que definem a tonalidade afetiva da dor (um dos sítios de ação farmacológica da morfina). Atualmente, a interpretação (consciência) da experiência de sensação da dor é entendida como função cortical através de:
  • áreas específicas associadas com sua detecção, localização e intensidade de estímulo (parietal anterior...);
  • áreas corticais responsáveis pela interpretação (consciência) do processo doloroso (parietal posterior...). Há um retardo dos sinais entre as áreas de detecção do estímulo doloroso e aquelas relacionadas com sua percepção (consciência). Os estudos contemporâneos baseiam-se na avaliação regional do fluxo sangüíneo ou do incremento do metabolismo (aumento de consumo de glicose ou atividade oxidativa) pelas células cerebrais, usando o PET (tomografia por emissão de positron) e fMRI (imagens funcionais por ressonância magnética). Estes métodos detectam dor aguda, porém não detectam dor espontaneamente referida pelo paciente ( ongoing pain ). Todavia, detectam a presença de distúrbios neuro-funcionais de redes neuronais associados à dor crônica (p.ex., dor neuropática).

Embora uma abordagem minimalista tenda a entender as dores agudas e crônicas como processo diferente, com abordagens e controle farmacológicos distintos, é importante entender que eles compartilham vias de sinalização e de metabolismo semelhantes tanto nas patologias como nos modelos experimentais desenvolvidos para mimetizá-las.

A subjetividade da dor

A dor é sempre subjetiva. Cada indivíduo apreende a aplicação da palavra através de experiências relacionadas com lesões nos primeiros anos de vida. O limiar de dor fisiológico, estável de um indivíduo para o outro, pode ser

definido como o ponto ou momento em que um dado estímulo é reconhecido como doloroso.

Os biologistas sabem que os estímulos causadores de dor são capazes de lesão tecidual. Assim, a dor é aquela experiência que associamos com lesão tecidual real ou potencial. Resistência à dor seria a diferença entre os dois liminares. Expressa a amplitude de uma estimulação dolorosa à qual o indivíduo pode aceitavelmente resistir. É também modificada por traços culturais e emocionais, e ao sistema límbico cabe a modulação da resposta comportamental à dor.

Muitas pessoas relatam dor na ausência de lesão tecidual ou de qualquer outra causa fisiopatológica provável: geralmente isto acontece por motivos psicológicos. É impossível distinguir a sua experiência da que é devido à lesão tecidual se aceitarmos o relato subjetivo.

Caso encarem sua experiência como dor e a relatem da mesma forma que a dor causada por lesão tecidual, ela deve ser aceita como dor. Esta definição evita ligar a dor ao estímulo. A atividade provocada no nociceptor e nas vias nociceptivas por um estímulo não é dor. Esta sempre representa um estado psicológico, muito embora saibamos que a dor na maioria das vezes apresenta uma causa física imediata.

A abordagem que se faz da dor, atualmente, é que ela é um fenômeno ‘biopsicossocial’ que resulta de uma combinação de fatores biológicos, psicológicos, comportamentais, sociais e culturais e não uma entidade dicotômica

Tipos de dor

A dor pode ser considerada como um sintoma ou manifestação de uma doença ou afecção orgânica, mas também pode vir a constituir um quadro clínico mais complexo. Considerando a duração da sua manifestação, ela pode ser de três tipos:

- aguda: aquela que se manifesta durante um período relativamente curto, de minutos a algumas semanas, associada a lesões em tecidos ou órgãos, ocasionadas por inflamação, infecção, traumatismo ou outras causas.

numeradas de 0 a 10. O paciente deve apontar a intensidade da sua dor. O nível zero corresponde à ausência de dor, e o nível 10 significa a pior dor imaginável.

Escala de faces- Na escala de faces o doente classifica a intensidade da sua dor de acordo com a expressão representada em cada face desenhada. A expressão de felicidade corresponde à classificação "sem dor" e a expressão de máxima tristeza corresponde à classificação "dor máxima".

Escala comportamental - Para a aplicação desta escala o paciente é questionado sobre sua lembrança de dor em relação a suas atividades diárias, o qual atribui uma nota. Nota zero - Dor ausente ou sem dor Nota três - Dor presente, havendo períodos em que é esquecida Nota seis - A dor não é esquecida, mas não impede exercer atividades da vida diária Nota oito - A dor não é esquecida, e atrapalha todas as atividades da vida diária, exceto alimentação e higiene Nota dez - A dor persiste mesmo em repouso, está presente e não pode ser ignorada, sendo o repouso imperativo

Tratamento

Medicamentoso:

  • Os analgésicos do tipo da aspirina funcionam por inibirem a formação de prostaglandinas. Estes analgésicos são também chamados de drogas anti- inflamatórias não-esteroidais (AINES), os quais previnem a sensibilização dos nociceptores.
  • As substâncias denominadas glicocorticóides inibem a liberação de várias citocinas e a ativação das ciclooxigenases (enzimas responsáveis pela

liberação de prostaglandinas). Portanto, os corticóides são analgésicos por bloquearem a cascata de citocinas.

  • Há um grupo de substâncias capazes de bloquear diretamente a sensibilização dos nociceptores. Estas atuam por um mecanismo molecular que bloqueia a diminuição do limiar dos nociceptores, portanto antagoniza a dor inflamatória. Este é o grupo ao qual pertence a dipirona.
  • Antidepressivos, que tem efeito analgésico e que além disso, melhoram o humor, o sono e o apetite.
  • Neurolépticos, que em geral diminuem a ansiedade gerada pela dor e que também colaboram no seu alívio;
  • Em situações especiais também são utilizados os anticonvulsivantes, miorrelaxantes (relaxantes musculares) e outros tranqüilizantes

Não medicamentoso:

  • fisioterapia: emprega diversas técnicas (termoterapia, crioterapia, banhos de contraste, eletroterapia, massagens, cinestesioterapia) para auxiliar no tratamento da dor e para melhorar a função das estruturas que foram comprometidas pelo processo doloroso.
  • acupuntura: efeito antiinflamatório e liberação de substâncias analgésicas como a endorfina e a serotonina. Na eletroacupuntura, além do agulhamento, é feita uma estimulação elétrica dos pontos de acupuntura.O uso da acupuntura a laser (estimulação dos pontos de acupuntura sem agulhamento) é uma opção bastante utilizada em crianças e em pacientes que não apreciam submeter-se ao agulhamento; os resultados são variáveis.
  • psicologia : estimula o indivíduo a desenvolver novos hábitos de comportamentos e atitudes perante a doença que o ajudarão a ter um enfrentamento mais positivo da dor e das suas manifestações. Ansiedade, depressão medo, pânico, fobia, são alguns dos sintomas que podem estar presentes em doentes com dor.

Mitos

1 -acreditar que a dor é uma parte da doença e que o paciente deve tolerá-la. Ainda que seja inconfortável ela não é prejudicial. Fato : a dor coloca tensão sobre o corpo e rouba a energia que ele precisa para combater a doença. Interfere no apetite, no sono e atrapalha as atividades. Mantém o paciente na cama quando o melhor seria estar se locomovendo e pode tirar uma importante ferramenta do sistema imunológico. A dor crônica pode alterar as células nervosas na medula causando hipersensibilidade para um mesmo estímulo. A dor é uma séria condição e deve ser tratada sempre.

2 - Bom paciente não queixa de suas dores. Fato : controlar a dor é importante para o bem estar. O médico necessita saber se o paciente está sentindo dor, se a dor está piorando ou se a medicação que você está tomando não está funcionando. O trabalho do médico é ajudar a descobrir um alívio para a dor.

3 - Uma dor nova ou que aumenta de intensidade quer dizer que a doença está progredindo. Fato : aumento da dor ou mesmo diminuição do intervalo pode

sem pesquisa, sem um retorno vira uma prática repetitiva, reiterativa.

Referências Bibliográficas

  • http://www.claudiocorrea.com.br
  • (^) http://enfermagemnossavida.blogspot.com
  • SBED - Sociedade Brasileira para o Estudo da Dor - www.dor.org.br
  • Associação Portuguesa para o Estudo da Dor (APED) - www.aped-dor.org
  • DOL - Dor On Line - www.dol.inf.br
  • http://saude.sapo.pt
  • http:www.centrodedor.com.br
  • http://pt.wikipedia.org
  • http://www.dor.biochemistry-imm.org
  • http://www.portaldasaude.pt
  • (^) http://www.simbidor.com.br