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Semiologia Familiar - além do indivíduo, Notas de estudo de Medicina

Semiologia da família

Tipologia: Notas de estudo

2012

Compartilhado em 03/08/2012

elidio-figueiredo-9
elidio-figueiredo-9 🇧🇷

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Semiologia Familiar - além do
indivíduo
Profº. Izaias júnior
UNIVASF- 2011
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Semiologia Familiar - além do

indivíduo

Profº. Izaias júnior

UNIVASF- 2011

Semiologia Familiar - Conceitos que

fundamentam

  • (^) A Clínica Ampliada
  • (^) A humanização
  • (^) A complexidade
  • (^) A integralidade

Semiologia familiar – quando abordar?

  • Sintomas inespecíficos (cefaléias, lombalgias, dores abdominais) em doentes com grande freqüência de consultas, sem doença orgânica
  • Utilização excessiva dos serviços de saúde ou consultas freqüentes a diferentes membros da família
  • Dificuldade de controlo de doenças crônicas, nomeadamente quando requerem dietas ou intervenção / ajuda de outros familiares
  • Problemas emocionais ou de comportamento graves
  • Efeito mimético (sobretudo após ter ocorrido uma situação anterior de doença grave na família)
  • Problemas conjugais (dependência excessiva) e sexuais (impotência, infertilidade)
  • Triangulação, sobretudo com a criança
  • Doenças relacionadas com estilos de vida e ambiente (doença hepática e alcoolismo; doença pulmonar e tabagismo)
  • Doenças nas fases de transição do ciclo de vida (espera do primeiro filho, filhos adolescentes, ninho vazio)
  • Morte na família, acidente grave, divórcio, etc.
  • Sempre que o modelo biomédico tradicional se apresente inadequado ou insuficiente (não adesão à terapêutica, ineficácia do tratamento).
  • (^) Sempre que houver o desempenho de avaliar “a pessoa como um todo”

Semiologia familiar- o que família?

• Família não é mais apenas aquele grupo

específico de parentes constituído por pai,

mãe e filhos, como dantes se falava. A família

é hoje um espaço emocional à procura de

novos equilíbrios e que pode revestir as mais

diversas formas

Semiologia familiar- classificação Por

ciclos de vida

1. Casal sem filhos

2. Família com filhos

pequenos (do nascimento

do primeiro filho até à

idade pré-escolar, 3 anos)

3. Família com filhos em

idade pré-escolar (até aos

6 anos)

4. Família com filhos em

idade escolar (até à

entrada do filho mais

velho na adolescência)

5. Família com adolescentes

(aproximadamente dos

13 aos 20 anos)

6. Família com adultos

jovens (a sair de casa)

7. Família de meia idade

(entre a saída do último

filho e a reforma)

8. Família idosa (da reforma

à viuvez).

Retração e expansão

SEMIOLOGIA FAMILIAR-TAREFAS NOS DIFERENTES ESTÁGIOS DO CICLO DE VIDA

  • (^) 1. Casal sem filhos
  • O estabelecimento dum
casamento mutuamente
satisfatório
  • O reajustamento das
relações com as famílias
alargadas e amigos, de
modo a incluir o cônjuge
  • A criação de um espaço
próprio
  • A preparação para a gravidez
e nascimento do 1º filho

OBS.: A estrutura funcional básica de uma família estabelece-se neste estágio:

  • (^) Envolvimento no novo sistema familiar, sendo determinante na coesão do sistema e implicando capacidade de autonomia em relação à Família de origem
  • Grau de intimidade, sendo desejável o equilíbrio entre os espaços de autonomia pessoal e de atividades e interesses em comum
  • Controle do poder (quem toma as decisões? Como se resolvem as divergências?) A relação estabelecida entre o casal poderá ser complementar, simétrica ou mista.

SEMIOLOGIA FAMILIAR-TAREFAS NOS DIFERENTES ESTÁGIOS DO CICLO DE VIDA

3. Família com filhos em idade pré-escolar

  • (^) Deve corresponder às necessidades e interesses dos filhos, estimulando a descoberta de novos horizontes. Fatores que causam vulnerabilidade: - (^) Analfabetismo materno - (^) Desemprego do chefe da fámilia - (^) Aglomeração familiar - (^) Saneamento Infecções estreptocócicas ou estafilocócicas repetidas, gastrenterites, convulsões não febris, acidentes, enurese, perturbações de comportamento, problemas de crescimento e desenvolvimento, foram outras situações de doenças que revelaram uma associação estatisticamente significativa com fatores familiares adversos.

SEMIOLOGIA FAMILIAR-TAREFAS NOS DIFERENTES ESTÁGIOS DO CICLO DE VIDA

  • (^) 4. Família com filhos em

idade escolar

  • (^) São tarefas do estádio 4,

integrar os filhos num

mundo mais amplo, a

escola, e

  • (^) encorajá-los a terem

sucesso escolar.

Obs.:

  • (^) O rendimento escolar é,

numa boa parte, um

parâmetro da

funcionalidade familiar.

  • (^) Do mesmo modo,

problemas de

comportamento na

escola ou uma tendência

excessiva para acidentes

são indiciadores de

dificuldades na família.

6. família com filhos adultos jovens

  • (^) O estádio 6, o da família com filhos adultos jovens, inicia-se quando o primeiro filho sai de casa e termina quando o último o faz.
  • (^) Neste estádio a família deve dar assistência adequada e proporcionar rituais apropriados à saída dos filhos (à procura de trabalho, para o serviço militar, para casarem, etc.);
  • (^) estabelecer relações adulto- adulto entre os filhos crescidos e pais;
  • (^) reajustar as relações de modo a incluir genros, noras e netos. SEMIOLOGIA FAMILIAR-TAREFAS NOS DIFERENTES ESTÁGIOS DO CICLO DE VIDA

7. Casal de meia idade

(“ninho vazio”)

  • Renegociar a díade marital
  • Manter relações

intergeracões

  • Aceitar o papel mais

central da geração do

meio

  • Interessar-se por novas

opções sociais

Obs.: As mudanças nas

relações interpessoais e

nas atividades diárias

afetam o casal, podendo

mostrar-se difícil

encontrar novos

interesses comuns, como

demonstra o elevado

número de divórcios

neste estádio.

SEMIOLOGIA FAMILIAR-TAREFAS NOS DIFERENTES ESTÁGIOS DO CICLO DE VIDA

PROBLEMAS TÍPICOS DAS FAMÍLIAS

Monoparentais:

  • (^) Ter de elaborar o luto da família intacta anterior.
  • (^) • O pai ou a mãe custodial viver numa situação de sobrecarga
  • Para o adulto, há a necessidade de um apoio e intimidade com alguém.
  • Por vezes há um retorno à família de origem e o apagamento das fronteiras entre as diferentes gerações. Observar : - (^) Qual o impacto do conflito conjugal na prestação de cuidados à criança - Sinais de depressão no pai ou mãe custodial, que podem levar à prestação de cuidados insuficientes, à dependência afetiva e à abdicação das funções educativas - A utilização das crianças nas batalhas legais do divórcio - Situações de acusação ou desvalorização de um dos progenitores pelo outro, ou sua família, perante a criança - Situações em que a criança deixa de cumprir adequadamente as tarefas correspondentes à sua fase de desenvolvimento, na escola ou em casa. Para as crianças, muito pior do que o divórcio em si, é a violência do conflito do casal.
Reconstruídas
  • Todas sofreram perdas
importantes
  • Todas têm uma história
familiar anterior
  • Os laços pai (ou mãe) / filho
interferem nas ligações do
novo casal
  • Existe outros - um pai (ou
mãe) biológico (vivo ou
morto)
  • Os filhos pertencem a duas
casa.
Tarefas específicas:
  • Fazer o luto das situações
anteriores
  • Negociar a criação de novas
tradições
  • Criar novas alianças (e
conservar as alianças
antigas importantes)
  • Integrar a família do
padrasto ou da madrasta.

PROBLEMAS TÍPICOS DAS FAMÍLIAS

Mito é que o novo casamento vai permitir a reconstrução da família nuclear. Mito da adaptação instantânea o mito da madrasta má

Funcionais

  • (^) Uma exata medida de coesão, havendo unidade mas também espaço individual; as fronteiras entre os seus membros são claras e flexíveis, permitindo a comunicação com diferenciação dos diferentes elementos. - Flexibilidade, permitindo modificar as suas regras quando necessário; a família será tanto mais saudável quanto mais flexível for, quanto maior for a bolsa de soluções que pode dispor em determinadas situações. - Comunicação clara e direta: nas famílias funcionais as pessoas exprimem o que querem dizer, há poucos segredos. - Negociação importante. - Afetividade expressa, com verbalização dos sentimentos, positivos e negativos. - Capacidade de resolução de problemas. - Intimidade pessoal. - Aliança parental forte (quando existem filhos deve haver aliança parental nas questões essenciais do manejo da família). - Família intrapsíquica extensa (a noção de família extensa é importante, reforçando a união familiar e permitindo a transmissão transgeracional). - Capacidade de brincar CARACTERÍSTICAS DAS FAMÍLIAS DE ACORDO COM O SEU GRAU DE FUNCIONALIDADE

Disfunção moderada Aglutinação, ou seja, as fronteiras entre os seus membros não são nítidas, não há autonomia; os projeto de um confundem-se com os projeto dos outros, perguntamos algo a um dos membros e responde outro.

- Rigidez, mostrando dificuldade em modificar as regras (por exemplo, os horários dos filhos não mudam à medida que eles vão crescendo)_.

  • Comunicação pouco clara,_ freqüentemente com segredos. Não verbalizam as emoções, exprimindo- as através do corpo, sendo comum os problemas psicosomáticos nestas famílias. Há geralmente negação dos conflitos - Pouca negociação. - Afetividade escondida. - Resolução difícil de problemas. - Distância interpessoal. - Relação parental difícil (tipo complementar, gerando tensões latentes ou simétricas, com conflitos). - Corte emocional parcial com a família de origem. - Pouca capacidade de brincar. CARACTERÍSTICAS DAS FAMÍLIAS DE ACORDO COM O SEU GRAU DE FUNCIONALIDADE