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HAM – 02/08/19 – SISTEMA DIGESTÓRIO
CONSIDERAÇÕES IMPORTANTES
- Trazer à mente do paciente dados relacionados a doença (fazer perguntas abertas, sem direcionar o paciente)
- Entrevista com objetivos e finalidades preestabelecidos (p. ex., para um paciente de 90 anos, não importa se ele tomou banho de rio na infância; já para uma menina, é importante perguntar sobre a 1ª menstruação; estatisticamente, é pouco provável que um homem de 25 anos tenha câncer de próstata)
- Relacionamento médico-paciente (transferência e contratransferência de sentimentos.)
- Técnicas para desenvolvimento da anamnese (cada médico tem uma abordagem)
DIAGNÓSTICO
- Conhecimento médico
- Processo de raciocínio
- Coleta de dados (fatores que influenciam forma de abordagem)
ROTEIRO DE ANAMNESE
- Identificação
- Nome (deve-se chamar o paciente pelo nome, a fim de criar um vínculo, e isso é importante pois o médico muitas vezes precisa abordar questões delicadas, como sexualidade).
- idade (há doenças que afetam mais crianças, jovens, idosos...)
- sexo (certas doenças são restritas ao sexo, como câncer de útero e próstata. Nota: na mulher, câncer de mama pode ser grave ou não, depende. No homem, como a incidência é pequena, quando ocorre é gravíssimo).
- cor (negros tem propensão altíssima à hipertensão)
- (^) estado civil (exame de sífilis negativo até um determinado período da gestação e depois deu positivo relação extra-conjugal. Nota: lesão de herpes genital lesão bolhosa, começa com prurido, faz-se a vesícula, que eclode que causa úlcera)
- profissão/ocupação.
- Queixa(s) principal(ais)
- Motivos que levaram o paciente ao serviço de saúde (pode ter mais que uma queixa)
Nota: relatar a fonte (ex: ao consultar uma criança “segundo a mãe, ...”)
- História da doença atual (HDA)
- É a parte mais importante
- É por que o paciente procurou o sistema de saúde.
▲ Organização
▲ Coesão (se um paciente chega relatando dor e ardência ao urinar, é inútil relatar no meio disso que o paciente informou uma unha encravada)
▲ Analise crítica
▲ Motivo que trouxe à consulta
▲ Esgotar indagações
▲ Cronologia
- HISTORIA PREGRESSA/MEDICAMENTOS EM USO
- Esmiuçar todas as possibilidades e zerar as indagações. (Ex: doenças da infância, como catapora, no adulto = herpes zoster. Nesse caso, é importante saber se o paciente teve catapora na infância).
- doenças da vida adulta
- (^) cirurgias
- trauma
- (^) hospitalizações
- medicações atuais
- (^) alergias
- ROTEIRO
- Revisão dos sistemas (importante!!!)
- Aspecto não valorizado na HDA pode aparecer aqui
- Descrição geral (descrever se o paciente se encontra em BEG, acianótico ou cianótico, ictérico, anictérico, normocárdico, normotenso...)
▲ Hábitos sexuais
▲ Atividade física
Termos técnicos
- Disfagia – dificuldade para engolir
- Odinofagia – dor para engolir (ex: dor de garganta).
- Pirose – queimação no estômago
- Dor abdominal - cólica intestino distende barulhos e dor visceral
- Anorexia – falta de apetite.
- Náuseas/vômitos
- Perda de peso
- Constipação intestinal – prisão de ventre
- Diarreia – aumento do número de evacuações, que se tornam de consistência líquida ou pastosa.
- Hematêmese – vômito com sangue
- Melena – fezes enegrecidas, que indica presença de sangue digerido no conteúdo fecal. Fezes moles e pastosas, e de odor bastante fétido. Provavelmente ocorre devido à hemorragia.
- Enterorragia - angramento pelo ânus, vermelho vivo, proveniente do tubo digestivo baixo (cólon descendente, sigmóide, ânus e reto).
- Icterícia – pele amarelada por conta da bilirrubina; mais comum nas síndromes colestáticas
- Polaciúria – frequência alta das micções
- (^) Poliúria – volume aumentado de urina
- Noctúria – urina à noite
- (^) Intontinencia urinária – perdendo da capacidade de controlar a saída de urina.
- Oligúria – pouca urina
- Anúria – não urina
▲ Triade da diabete poliuria, polidipsia e polifagia
TéCNICA – PILARES DO EXame FÍSICO no abdome
- Inspeção - é a exploração feita a partir do sentido da visão. Investigam‐se a superfície corporal e as partes mais acessíveis das cavidades em contato com o exterior.
- Palpação – recolhe dados por meio do tato e pressão
- Percussão – baseia‐se no princípio de que, ao se golpear um ponto qualquer do corpo, originam‐se vibrações que têm características próprias quanto à intensidade, ao timbre e à tonalidade, dependendo da estrutura anatômica percutida. Ao se fazer a percussão, observa‐se não só o som obtido, mas também a resistência oferecida pela região golpeada.
- Som maciço: é o que se obtém ao percutir regiões desprovidas de ar (na coxa, no nível do fígado, do coração e do baço).
- Som submaciço: constitui uma variação do som maciço. A existência de ar em quantidade restrita lhe concede características peculiares
- Som timpânico: é o que se consegue percutindo sobre os intestinos ou no espaço de Traube (fundo do estômago) ou qualquer área que contenha ar, recoberta por uma membrana flexível
- Som claro pulmonar: é o que se obtém quando se golpeia o tórax normal. Depende da existência de ar dentro dos alvéolos e demais estruturas pulmonares.
- Nota: som oco diferente de som maciço; abdome tem som timpânico, som timpânico é diferente de hipertimpanico perfuração de víscera gera som hipertimpanico. Região do fígado percussão maciça; fígado não é possível palpar pois fica abaixo das costelas. Quando o fígado cresce hepatomegalia (Varias causas).
- Manobra de Schuster apalpar baço;
- Ausculta - consiste em ouvir os sons produzidos pelo corpo.
- Essa ordem é válida exceto no sistema digestivo, pois palpar o abdome estimula peristalse, o que altera o resultado do exame. Portanto, no abdome a ordem é inspeção, ausculta, percussão e palpação
- Dica: palpação abdominal sempre no sentido anti-horário, pois no horário estimula os gases
EXAME FÍSICO DIRECIONADO
Manobras semiológicas
- Blumberg
- Murphy
- Rovising
- Giordano
▲ Se eles estiverm positivos hipótese diagnostica aumenta em quase 90%
▲ (^) Abdome é pressionado e logo em seguida volta ao normal.
▲ Vítima de trauma abdome rígido
- Palpação superficial e profunda
- Ausculta de ruídos hidroaéreos.
- hidroaéreo significa com ar
-esses ruídos se manifestam em um som metálico tipo uma moeda caindo sobre outra está associado à obstrução intestinal.
- Ponto de McBurney : ponto situado entre o umbigo e a espinha ilíaca ântero- superior. Quando o apêndice está inflamado (apendicite), pode ser percebida uma sensibilidade no quadrante inferior direito, no ponto de McBurney. O sinal de Blumberg pode ser obtido tendo como referência o ponto de McBurney. - Sinal de Blumberg : Manobra da descompressão súbita! Dor à descompressão abdominal; indica irritação peritoneal. - Traça-se uma linha oblíqua do umbigo até crista ilíaca; divide-a em duas e pega em cima do terço médio da linha. Dor ao soltar inflamação peritoneal apendicite se for homem 100% de chance de apendicite; se for mulher pode ser anexite, doença inflamatória pélvica, etc. Ou seja, em mulher precisa de ultrassom. - Sinal de Murphy : é positivo quando há parada brusca da inspiração durante a compressão do ponto cístico; indica colecistite aguda. - Manobra de Rovsing : palpação sentido anti-horário, para evitar que os gases saiam. Dor manobra positiva significa distenção apêndice cecal. - Sinal de Giordano percussão espalmada na região lombar, em punho.