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Relatório de sensações somáticas (sistema sensorial) apresentado à disciplina de Fisiologia Humana da Faculdade de Ensino Superior de Floriano
Tipologia: Provas
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Não perca as partes importantes!
Os sentidos somáticos são mecanismos nervosos que coletam informações sensoriais, a partir do corpo. Esses sentidos diferem dos sentidos especiais, que compreende especificamente, a visão, a audição, o olfato, a gustação e o equilíbrio. O objetivo final da maior parte das estimulações sensoriais é dar conhecimento à psique do estado do organismo e das suas vizinhanças. Portanto, é importante que discutamos brevemente alguns dos princípios relacionados à transmissão da intensidade do estímulo sensorial até os níveis mais altos do sistema nervoso. (GUYTON, 2002) O sistema nervoso tem a capacidade de receber, transmitir, elaborar e armazenar informações. Recebe informações sobre mudanças que ocorrem no meio externo, isto é, relaciona o indivíduo com seu ambiente e inicia e regula as respostas adequadas. Nosso organismo recebe constantemente um número infinito de estímulos (sensações), sendo que interpretamos somente os necessários. Os estímulos (sensações) recebidos serão iguais para todos, o que muda é a percepção. Os sentidos somáticos podem ser classificados em três diferentes tipos fisiológicos: (1) os sentidos somáticos mecanorreceptivos, que incluem as sensações táteis e de posição, que são sensações estimuladas por deslocamento mecânico de alguns tecidos corporais, (2) os sentidos termorreceptivos, que detectam calor e frio, e (3) o sentido da dor, que é ativado por qualquer fator capaz de levar à lesão tecidual. Neste estudo, vamos discutir como esses receptores se comportam mediante os estímulos aplicados e os mecanismos básicos pelos quais esses receptores transformam os estímulos sensoriais em sinais nervosos.
Termômetro
Cronômetro
Tubos de ensaio
Carimbo
Compasso
Bacias
Água líquida
Gelo
Béqueres
Na primeira experiência, constatou-se que a sensação térmica foi menos suportável ao introduzir a mão, tanto na água a 50°C quanto na água a 10°C, ou seja, a sensação térmica foi maior do que na introdução do dedo.
Na segunda experiência, ao colocar a mão na água a 50°C obteve-se uma sensação de calor, enquanto que ao colocar a mão na água a 10°C obteve-se uma sensação de frio. Porém, quando ambas as mão foram colocadas no recipiente com água a temperatura ambiente, na mão que antes estava na água a 50°C houve uma sensação de frio, enquanto que na mão que antes estava na água a 10°C houve uma sensação de calor.
Na terceira experiência realizada, para um determinado indivíduo, observou-se que o tempo de persistência da sensação de frio, utilizando um tempo de 15 segundos, foi de 25 segundos, e utilizando tempo de um minuto, foi de 32 segundos. Posteriormente, constatou-se que o tempo de persistência da sensação de calor utilizando um tempo de 15 segundos, foi de 22 segundos e utilizando tempo de um minuto, foi de 1 minuto e 13 segundos. Nos demais indivíduos testados, os resultados da experiência se comportaram da mesma forma, sendo que o tempo de persistência da sensação térmica, tanto na água quente quanto na água gelada, foi maior depois da permanência de um minuto do tubo de ensaio sobre a fronte.
No quarto teste, verificou-se que o dedo resistiu menos à sensação de calor do que o lábio, quando da colocação de um béquer com água quente nestas duas estruturas.
No quinto experimento, os resultados se comportaram de acordo com o exposto na tabela:
Tabela 01: Letra escrita x letra identificada
Letra escrita Letra identificada
Aluno 1 d p b q
d b p q
Aluno 2 q b d p
p b d p
Fonte: Laboratório de Fisiologia da FAESF.
No sexto experimento, os resultados se comportaram da seguinte forma:
Tabela 02: Distância mínima em que se perceberam claramente dois pontos estimulados
Marlene Rubens Milene Louise Daniela Média
Indicador Dorso da mão Antebraço Face Costas
Fonte: Laboratório de Fisiologia da FAESF.
Segundo Guyton (2002), a resposta às alterações da temperatura explica o grau extremo de calor que é sentido quando se entra em uma banheira de água quente e o grau extremo de frio sentido quando se sai de um cômodo aquecido para o ar livre, em um dia muito frio.
A adaptação dos receptores é uma característica dos receptores sensoriais que se adaptam parcialmente ou completamente a qualquer estímulo constante após um determinado período de tempo. Quando se tem um estímulo constante o receptor responde inicialmente com alta freqüência de estímulos, após este evento esta freqüência progressivamente começa a diminuir até parar. Dessa forma, entende-se o que acontece quando retiramos um estímulo térmico de determinada região do corpo. A sensação térmica (quente e fria) persistiu mais depois da permanência de um minuto do estímulo sobre a face devido a um maior tempo de exposição ao estímulo.
No quarto teste, a resistência dos lábios à sensação de calor se deve ao fato de que os termorreceptores encontrados na sua pele já se adaptaram ao constante estímulo de calor provocado por ações como tomar café e comer comidas quentes.
À capacidade de perceber a escrita de palavras ou números escritos sobre a pele estando de olhos fechados dá-se o nome de grafestesia. Trata-se de um exame médico neurológico, onde a falha pode indicar lesões do lobo parietal do cérebro. Na experiência, os erros de interpretação podem ser justificados devido ao indivíduo testado ter interpretado a letra escrita como se ela estivesse de frente pra ele, quando na verdade estava de costas. Outra possível causa de falha pode ter sido por uma letra mal escrita pelo examinador, tornando difícil distingui-las. É possível percebermos os objetos sem o sentido da visão porque na pele temos os receptores táteis, chamados mecanorreceptores.
Ao realizarmos o teste de discriminação de pontos, observou-se que quanto mais distal, mais precisos são os resultados. Nas áreas mais distais, cada neurônio, é responsável por uma região menor, o que facilita a diferenciação de pontos, mesmo sendo muito próximos. A taxa de convergência entre os neurônios distais é menor, ou seja, o estímulo que é transmitido a um neurônio secundário originando-se de um número menor de neurônios primários, diferente de áreas mais proximais em que um secundário é estimulado da mesma forma por vários primários, em locais distintos o que causa uma maior imprecisão para distinguir pontos em locais próximos.
Os corpúsculos de Meissner têm campos receptores pequenos e podem ser usados para a discriminação de dois pontos. São receptores rapidamente adaptáveis que codificam discriminação pontual, localização precisa, batidas e vibração. (CONSTANZO, 2004)
Diante dos resultados observados nessa experiência, constatou-se que o voluntário pode dizer de forma mais precisa, rápida e discriminativa o número de estímulos apresentados nas pontas dos dedos, enquanto que nas demais regiões testadas, a percepção de tato é grosseira (pouco discriminativa), lenta e menos precisa. Podemos explicar esse fato com base na representação do homúnculo no córtex somatossensorial que tem como critério a densidade de receptores de tato. Logo, percebe-se que a quantidade de receptores nas mãos é maior que em outros locais, como a perna. Com o número maior o campo receptivo se torna menor, o que os torna mais específicos.
Assim, afirma-se que a capacidade para discriminar detalhes ao tato varia muito para diferentes partes do corpo. A sensibilidade da pele é de tal forma grande que permite sentir um ponto em relevo 100 vezes menor do que um milímetro – capacidade indispensável para uma pessoa cega poder ler Braille.
CONSTANZO, Linda S. Fisiologia. 2ª edição. Rio de Janeiro. Elsevier, 2004.
GUYTON, A.; HALL, J. Tratado de Fisiologia Médica. 11ª edição, Rio de Janeiro: Elsevier, 2002.
http://www.dammous.com/nutri/trabalho/trab_receptores.asp. Acesso em: 13 abr.
< http://www.braincampaign.org/Common/Docs/Files/2780/ptchap5.pdf>. Acesso em: 13 abr. 2012.