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TEcnologia Florestal _ Serraria
Tipologia: Notas de estudo
Oferta por tempo limitado
Compartilhado em 09/09/2011
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Prof. Victor Casimiro Piscoya
CAPITULO
¾ A madeira tem um papel importantíssimo no avanço da civilização humana. ¾ Inicialmente utilizada: abrigo, armas, combustível, transporte etc. ¾ Foi estudada até chegar a usos mais compatíveis com seu valor. ¾ A madeira em razão do avanço da técnica é matéria prima para produtos tais como: compensados, chapas de madeira aglomerada, chapas de fibras, resinas, açucares, taninos, papel e celulose, rayon (fibra celulósica manufaturada e regenerada, produzida a partir de um polímero que se encontra na natureza), etc. ¾ Sob a forma de tábuas e pranhões data de épocas remotas, pelos egípcios na confecção de sarcófagos no ano 2000 A.C., na navegação pelos fenícios, normandos, romanos, portugueses etc. ¾ Em 1555 aparece o primeiro engenho de desdobro, movido por um dente ou braço adaptado ao eixo de uma roda d'agua. ¾ Em 1600 aparece uma serra movimentada por bielas e manivelas. ¾ Em 1777 Samuel Miller patenteia a serra circular. ¾ Em 1808 William Newberry fabrica as primeiras serras de fita. ¾ A partir de 1778 a Serraria tomou grande impulso a partir desta data com a invenção das máquinas a vapor por James Watt. ¾ A partir daí as Serrarias foram aperfeiçoadas e melhoradas.
¾ Exige um planejamento para que não se torne anti-econômica. ¾ Em se tratando de serraria: a) determinar o melhor local, b) empregar o mínimo de pessoal possível , c) diminuir o custo de produção, d) utilizar a madeira com o máximo de rendimento, e) obter produtos da melhor qualidade possível.
¾ Não deve-se negligenciar o transporte quando a serraria é permanente verificar se existe e se não existe estudar a viabilidade econômica na construção de uma rodovia. ¾ Quando as condições o permitirem as serrarias deverão ser instaladas em locais onde o transporte de toras possa ser realizado por água.
¾ Normalmente serrarias instaladas em zonas urbanas têm que pagar impostos bem mais elevados que as instaladas em zonas rurais. ¾ O terreno onde será instalada a serraria deve apresentar uma série de condições básicas: a. Fácil ligação com rodovias e se possível com ferrovias. b. O terreno deve ser seco e sempre que possível plano. c. Ter a maior dimensão na direção do vento. d. A extensão depende do volume de toras, necessidade de armazenamento dos produtos. e. A relação comprimento e largura deve ser cerca de 3:1 ou 4:1. ¾ O terreno deverá apresentar uma extensão de 20 – 25 % maior que a calculada para eventualidades futuras.
¾ Capital disponível. ¾ Matéria prima (quantidade, espécie, dimensões das toras) e dimensões dos produtos (função do mercado). ¾ Operários: disponibilidade, conhecimentos técnicos, nível de vida, condições salariais. ¾ Escolha do maquinário: preferência a indústria nacional em razão da maior facilidade de obtenção de peças. ¾ Escolha da força motriz: eletricidade, diesel, vapor. ¾ Levantamento topográfico do terreno. ¾ Nivelamento do terreno, procurando aproveitar as inclinações naturais para facilitar algumas fases das operações. ¾ Localização e construção do edifício da serraria em função dos seguintes elementos: clima, insolação, ventos dominantes.
usados.
direção norte-sul.
ventos dominantes, principalmente quando a força motriz provém de caldeiras (prevenir incêndios).
DEPÓSITO DE MADEIRA ROLIÇA a. Ligação com as vias de comunicação. b. Local para descarregamento. c. Local para seleção das toras. d. Depósito das toras já classificadas. Sempre que possível é aconselhável construir esse depósito em água, pois o trabalho torna-se mais fácil e econômico e a seleção das toras é fácil. Quando o depósito é em terra firme, deve apresentar certas características, tais como: Ser seco, não apresentar declives, ou quando os apresentar não devem exceder a 5%, possibilitar, se possível, ter- se o depósito de toras em nível um pouco superior ao da serraria propriamente dita, ter boa comunicação com rodovias. As toras ao serem descarregadas não devem ser armazenadas em contato direto com o solo, porém em “pisos” construídos sobre suportes de concreto, é interessante que tenha um declive de 5% para facilitar a retirada das toras a serem desdobradas, as quais deverão ser agrupadas em classes de diâmetro de por exemplo: 10 em 10 cm. ou 20 em 20 cm. Para prevenção de incêndios a serraria deve apresentar uma faixa de segurança de mais ou menos 10 m. entre o depósito de madeira roliça e a serraria propriamente dita.
LOCAL PARA MAQUINÁRIO ¾ O prédio onde serão instaladas as máquinas não devem apresentar colunas interiores.
Neste depósito as madeiras devem ser classificadas e empilhadas segundo a espécie, dimensões e qualidade. O depósito de madeira serrada deverá apresentar uma série de características, tais como: a. Estar livre de árvores e construções em volta, para maior circulação de ar. b. Se possível, deve estar num plano um pouco mais elevado que o da indústria. c. O eixo maior do depósito deve estar na mesma direção do vento. d. Deve apresentar boa comunicação com rodovias ou ferrovias. e. Deve ser plano e seco. f. O solo não deve apresentar gramíneas, para maior circulação do ar sobre o solo. No depósito deixa-se 40 – 50 % da área para servir de caminhos. Em cada início de ano deve-se fazer uma limpeza com Carbolino (óleo de antraceno tratado com cloreto de Zn).
A matéria prima utilizada numa serraria influencia grandemente no seu planejamento, eficiência e rendimento.
Rachadura nas Extremidades da tora: As toras secam muito mais rápidamente nas extremidades do que no centro. Quando as extremidades das toras secam e tendem a se contrair, são impedidas de fazê-lo, pois o centro da tora ainda está úmido, o que resulta no aparecimento de forças que causam o rachamento das extremidades. Deve-se portanto, tomar algumas precauções, visando
eliminar ou pelo menos diminuir ao mínimo o secamento das extremidades das toras, procurando retardar a evaporação da umidade. Dentre os materiais usados eficazmente para evitar rachaduras das extremidades das toras destacam-se os seguintes:
óleo endurecido.
Manchas e Decomposição: Os tóxicos químicos usados no combate a prevenção das manchas tem normalmente como base: ¾ Penta – cloro – fenol de sódio. ¾ Fosfato de etil mercúrio. ¾ Materiais alcalinos ¾ Materiais boratos
Insetos:
R = MT x 100 Onde : R: rendimento em percentagem M: volume de madeira serrada em m³. T: volume de toras, em m³ para obter M. Exemplo: Qual será o rendimento de uma serraria que consome 60 m³ de toras para produzir 30 m³ de madeira? Em coníferas considera-se normal rendimentos de 55 – 65 %. Em folhosas considera-se normal rendimentos de 45 – 55 %.
a. Uma para desdobro. b. Uma para corte longitudinal – canteadeira. c. Uma para corte transversal – destopadeira ou despontadeira. As pequenas serrarias podem ser classificadas em : Serrarias móveis, Serrarias portáteis, Serrarias permanentes.
A produção diária vai de 50 – 100 m³ de toras, normalmente possuindo uma só máquina para desdobro e mais máquinas auxiliares para: ¾ Cortes longitudinais profundos – serradeiras. ¾ Cortes longitudinais rasos – canteadeiras. ¾ Cortes transversais – destopadeiras.
A produção das serrarias grandes vai acima de 100m³ dia de toras, são permanentes, normalmente com mais de uma máquina de desdobro e várias máquinas auxiliares. São mecanizadas e geralmente com instalação de secagem artificial.
a. Tipo colonial. b. Tipo francesa ou de “Quadro cheio”. b.1. alimentada por baixo. b.2. alimentada por cima. c. Alternativa horizontal. d. Alternativa tissot.
a. americana. b. americana com “top rig”. c. múltipla.
a. serra de fita vertical. b. serra de fita horizontal.
a. Francesa b. circular simples c. serra de fita simples
a. circular simples b. circular alimentada mecanicamente c. canteadeira dupla d. canteadeira múltipla.
a. pendulada em cima. b. pendulada em baixo. c. destopadeira múltipla.
a. destopadeira angular b. serras para fabricação de produtos especiais: tacos etc.
As lâminas de corte estão encaixadas num quadro de metal ou madeira, dotado de movimentos alternativos através do qual passa a tora a ser desdobrada.
Estas serras normalmente, desdobram a tora em pranchas grossas, sendo que a trajetória das lâminas é vertical e o charriot (carro transportador da tora) é horizontal. As lâminas de serra são adaptadas no quadro, onde dois puxavantes laterais (um sistema de bielas – manivelas) ligados aos volantes encaixados no eixo motor provocam o movimento alternativo vertical.
Para madeiras duras : V^^ =^2 hnD cm / sg
Para madeiras brancas : V^^ =^3 hnDcm / seg
Onde : V = velocidade de avanço da madeira. D = diâmetro máximo da tora. n = número de lâminas de serra h = s onde S = seção da tora.
Exemplo: Determinar a velocidade de avanço de uma tora de madeira macia com diâmetro máximo de 85 cm. ao ser desdobrada por uma serra colonial com 6 lâminas de serra.
O valor dado por estas fórmulas é entretanto muito grande, quando aplicado na prática, assim, as fórmulas a serem aplicadas na prática devem ser as seguintes:
Para madeiras duras : (^) hn V =^1 ,^50 D
Para madeiras brandas : (^) hn V =^1 ,^75 D
Nas serras de quadro, as lâminas devem apresentar normalmente uma largura de 0,22 x D a 0,24 x D, sendo D o diâmetro da tora a desdobrar. A espessura é da ordem de 1,6 a 2,0 mm.
As principais características da serra do tipo colonial são: ¾ É um tipo antigo com pequena velocidade de corte. ¾ O avanço da tora é por meio de carrinho de 1 a 5 mm / corte. ¾ É usada normalmente para desdobro de toras grandes de 1 a 1,5 m. de diâmetro. ¾ Velocidade do volante 110 a 130 rpm. ¾ Potência necessária mais ou menos 15hp. ¾ Polia de transmissão de 75 – 90 cm. de diâmetro.
¾ É de manutenção simples. ¾ É conveniente para toras grandes e duras. ¾ Uso de poucas lâminas (máximo de 6) sempre dispostas simetricamente, em relação ao eixo do quadro.
¾ Assemelha-se à serra colonial, quanto ao principio de funcionamento. ¾ Os dentes das lâminas trabalham geralmente com as pontas voltadas para baixo. O ângulo de ataque dos dentes pode variar de 45 a graus, mas comumente é de 70 a 85 graus, são convenientemente travados, isto é, a ponta de um dente é inclinado para o lado oposto de maneira que o fio de serragem é um pouco mais largo que a espessura da lâmina de serra. ¾ Para determinação da velocidade de uma serra francesa ou colonial é utilizada a seguinte fórmula:
30 Vm =^ HxN
Vm = velocidade média da serra em m / seg. N = rpm. H = altura do quadro das lâminas de serra.
Exemplo: Qual será a velocidade de uma serra francesa que tem 500 mm. de altura no quadro de lâminas e cuja máquina opera com 275 rpm. As principais características da serra francesa são:
Diferencia-se dos outros tipos por apresentar uma lâmina de serra na posição horizontal. É utilizada para toros grandes, duros e de tamanhos variáveis. Apresenta as seguintes características:
Nestas serras a trajetória da lâmina é vertical e o desdobro da tora é obtido por sucessivas aproximações transversais da peça de madeira a serrar. A lâmina de serra é fixada num dos lados do quadro, que um sistema de biela-manivela faz subir e descer. Tem, menor exatidão, uma vez que a bitolagem do corte é feita por catracas. Trabalha muito lentamente, sendo bastante comum no sul do Brasil.
Apresentam a desvantagem de provocar elevada perda de serragem, porém são muito frequentemente empregadas para o corte de toras em pranchas ou tábuas.
A particularidade mais interessante da serra circular é a grande simplicidade da sua instalação. Uma serra circular consta basicamente de: a. Um disco de aço dentado na sua circunferência. b. Um eixo motor comandado, no caso geral, por uma polia fixa ao lado da qual está instalada uma polia livre a qual recebe a correia de transmissão. c. Um suporte, mesa ou charriot que sustenta a madeira a ser serrada. Uma das desvantagens das serras circulares é a dificuldade de as fazer girar, mantendo a lâmina vigorosamente num mesmo plano, para o qual a lâmina tem de ser apertada entre duas falanges, as quais têm de ter determinado diâmetro para que a lâmina não sofra torção, o que faz perder uma grande parte da altura útil do disco cortante e portanto reduzem a altura do corte a valores baixos. Os dentes mais usuais são dentes de ganchos, em particular em bico de papagaio, para cortes longitudinais de toras. Para marginar madeira seca o denteado mareado com ou sem retas. Para o corte em pranchas e corte transversal em toras usa-se vulgarmente isósceles. Atualmente é muito utilizada a serra circular com dentes removíveis, normalmente utilizadas para desdobro de toras e cortes longitudinais em vigas. Para cortes longitudinais (canteadeiras) e nas destopadeiras são empregadas serras circulares de dentes fixos.
Apresentam grandes discos que chegam a ter 1,80 m. de diâmetro, funcionando em combinação com um transportador automático e contínuo de cadeias ou de roletes. A espessura destas serras podem atingir a 10 mm. consequentemente o fio de serragem por elas produzido é mais de 10 mm.
¾ A serra de fita apresenta maior velocidade de corte, além de ser mais exata e com menor espessura do corte que resulta numa menor perda de madeira sob a forma de serragem. ¾ Os principais órgãos componentes das serras de fita são:
60
D N V
V= velocidade da fita da serra m / seg. D= diâmetro dos volantes. N = número de rotações por minuto dos volantes.
Todos os tipos de lâmina de serra, seja alternativa, circular ou de fita, são constituídas de um corpo ou folha e de dentes. Os dentes das serras podem apresentar-se em diferentes perfis, sendo os mais habituais: a. Denteado mareado A frente de ataque de um dente esta voltada para as costas do dente seguinte, com o formato de um arco de circulo, formando assim uma depressão circular entre os dentes.