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Monitoria na disciplina de Estagio em psiquiatria e saude mental
Tipologia: Notas de estudo
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Não perca as partes importantes!
A sexualidade é amplamente definida como um desejo pelo contato, calor, carinho ou amor. Ela inclui olhar e conversar, dar as mãos, beijar ou o autoprazer; e a produção do orgasmo mútuo. A sexualidade faz parte da sensação total de si próprio por uma pessoa.
O comportamento sexual humano é diversificado e determinado por uma combinação de vários fatores tais como os relacionamentos do individuo com outros, pelas próprias circunstancias de vida e pela cultura na qual ele vive. Por tal motivo é difícil conceituar o que é normal em termos de sexualidade. O que se pode afirmar é que a normalidade sexual está relacionada ao fato da sexualidade ser compartilhada de forma que o casal esteja de acordo com o que é feito, sem caráter destrutivo para o individuo ou para o parceiro e não afronta regras comuns da sociedade em que se vive.
A sexualidade humana envolve além do ato sexual em si, as fantasias, pensamentos eróticos, carícias e masturbação. As fantasias sexuais são pensamentos representativos dos desejos sexuais mais ardentes de uma pessoa e tem a função de complementar e estimular a sexualidade. A masturbação também é componente normal da sexualidade, e consiste no toque de si mesmo, em áreas (erógenas) que dão prazer ao individuo, que incluem genitais e outras áreas do corpo, com a finalidade de obter prazer.
Fases da Resposta Sexual Humana
No ser humano, as sensações sexuais despertadas, seja por fantasia, por masturbação ou pelo ato sexual em si, ocorrem em uma sucessão de fases que estão interligadas entre si. São as Fases da Resposta Sexual Humana, e compreendem:
Comportamentos sexuais
Existem muitas modalidades de expressão sexual.
Respostas sexuais adaptativas e de má adaptação
As expressões da sexualidade variam desde respostas adaptativas até a má adaptação. As respostas sexuais de maior adaptação são observadas como comportamentos que satisfazem aos seguintes critérios:
As respostas sexuais de má adaptação compreendem os comportamentos que não satisfazem a um ou mais desses critérios.
Deve-se ter cautela quando se tenta rotular os comportamentos sexuais como adaptativos ou de má adaptação. Por exemplo, o comportamento sexual pode satisfazer os critérios, mais ainda será insatisfatório para uma pessoa quando alterado pelo impacto do que a sociedade dita como comportamento aceitável e inaceitável.
Fatores predisponentes das respostas sexuais desadaptadas
Atualmente, nenhuma teoria pode explicar de maneira adequada o processo do desenvolvimento sexual ou os fatores que predispõem uma pessoa a respostas de má adaptação sexual. Varias teorias foram postuladas, da seguinte forma:
Disfunções Sexuais
Disfunções sexuais são problemas que ocorrem em alguma das fases da resposta sexual humana.
Na mulher, as disfunções sexuais mais comuns são: as inibições do desejo sexual, a anorgasmia, o vaginismo e a dispareunia.
A anorgasmia consiste no retardo persistente ou recorrente ou ausência de orgasmo depois de uma fase de excitação sexual normal durante a atividade sexual.
O vaginismo consiste no espasmo involuntário recorrente ou persistente da musculatura do terço externo da vagina que interfere com o coito.
A dispareunia consiste na dor genital persistente ou recorrente antes, durante ou depois da relação sexual.
Isso ocorre mais comumente devido a problemas no casamento, falta de intimidade, dificuldades de comunicação entre o casal, conflitos psicológicos, ou ainda devido a tabus sobre a própria sexualidade, por exemplo, associações de sexo com pecado, com desobediência e com punições. Inibições também podem decorrer de traumas sexuais (abuso sexual, estupro) ou ainda de doenças, problemas hormonais e uso de certas drogas e medicamentos. O diagnostico pode ser feito por médico clinico, ginecologista, psiquiatra ou psicólogo, através das queixas apresentadas pela paciente; dependendo das queixas pode ser necessária a realização de exames, para se descobrir a origem da disfunção. O tratamento se faz de acordo com a causa. No entanto a maioria dos casos deve-se a problemas psicológicos ou problemas de relacionamento do casal, e estes deverão ,ser tratados por psicólogo ou psiquiatra, tentando descobrir as causas, compreendê-las e resolvê-las.
No homem as disfunções sexuais mais comuns são: a disfunção erétil (impotência) e a ejaculação precoce.
As causas mais comuns são físicas, doenças como diabetes, pressão alta, colesterol alto, traumas ou acidentes envolvendo a medula espinhal e o próprio pênis, o fumo, o uso de drogas e alguns medicamentos, abuso de álcool e ainda causas psicológicas. O paciente poderá ser encaminhado ao urologista, onde certos exames podem ser feitos para descobrir a causa da disfunção. O tratamento depende da causa. É importante lembrar que muitas vezes fatores psicológicos podem ser a causa da disfunção sexual.
Parafilias
Parafilia é o termo atualmente empregado para transtornos da sexualidade, anteriormente referidos como “perversões sexuais”.
As parafilias são portanto atitudes sexuais diferentes daquelas permitidas pela sociedade, sendo que as pessoas que as praticam não tem atividade sexual normal, ou seja, a sua preferência sexual “desviada” se torna exclusiva. É importante ressaltar que ela se torna exclusiva porque exclui o normal.
O DSM-IV fala das Parafilias como uma sexualidade caracterizada por impulsos sexuais muito intensos e recorrentes, por fantasias e/ou comportamentos não convencionais, capazes de criar alterações desfavoráveis na vida familiar, ocupacional e social da pessoa por seu caráter compulsivo. Trata-se de uma perturbação sexual qualitativa e, na CID.10, estão referidas como Transtornos da Preferência Sexual, o que não deixa de ser absolutamente verdadeiro, já que essa denominação reflete o principal sintoma da Parafilia.
Está configurada a Parafilia quando há necessidade de se substituir a atitude sexual convencional por qualquer outro tipo de expressão sexual, sendo este substitutivo a preferida ou única maneira da pessoa conseguir excitar-se. Assim sendo, na Parafilia os meios se transformam em fins, e de maneira repetitiva, configurando um padrão de conduta rígido o qual, na maioria das vezes, acaba por se transformar numa compulsão opressiva que impede outras alternativas sexuais.
Algumas Parafilias incluem possibilidades de prazer com objetos, com o sofrimento e/ou humilhação de si próprio ou do parceiro (a), com o assédio às pessoas pré-púberes ou inadequadas à proposta sexual.
Estas fantasias ou estímulos específicos, entre outros, seriam pré-requisitos indispensáveis para a excitação e o orgasmo.
Em graus menores, às vezes, a imaginação fantasiosa do parafílico encontra solidariedade com o (a) parceiro (a) na iniciativa, por exemplo, de transvestir-se de sexo oposto ou de algum outro personagem para conseguir o prazer necessário ao orgasmo.
Quanto ao grau, a Parafilia pode ser leve, quando se expressa ocasionalmente, moderada, quando a conduta é mais freqüentemente manifestada e severa, quando chega a níveis de compulsão.
Há referências científicas sobre o fato de muitos indivíduos parfílicos apresentarem um certo mal estar antecipatório ao episódio de descontrole da conduta, mal estar este que alguns autores comparam com os pródromos das epilepsias temporais. Não raras vezes essas pessoas aborrecem-se com seu transtorno e, por causa da compulsão, acham-se vítimas de sua própria doença.
As parafilias são praticadas por uma pequena porcentagem da população, mas como estas pessoas cometem atitudes parafílicas com muita freqüência e repetição, tem ocorrido um grande numero de vitima delas.
Em geral, as perversões sexuais são mais comumente vista em homens, e o tipo mais comum é a pedofilia.
As parafilias decorrem de alterações psicológicas durante as fases iniciais do crescimento e desenvolvimento da pessoa. Em geral, pessoas que apresentam tais problemas não buscam tratamento espontaneamente, o que só acontecerá quando seu comportamento gerar conflitos com parceiro ou com a sociedade.
O tratamento se constitui em psicanálise, psicoterapia, e/ou uso de algumas medicações.
Pedofilia
Envolve pensamentos e fantasias eróticas repetitivas ou atividade sexual com crianças menores de 13 anos de idade. Está muito associado a casos de incesto, ou seja, a maioria dos casos de pedofilia envolve pessoas da mesma família (pais/padrastos com filhos e filhas). Em geral o ato pedófilo consiste em toques, carícias genitais e sexo oral, sendo a penetração menos comum. Atualmente, com a expansão da internet, fotos de crianças tem sido divulgadas na rede, sendo que ver essas fotos, de forma freqüente e repetida, com a finalidade de se excitar ou de se masturbar consiste em pedofilia.
Mazoquismo e Sadismo Sexual
Existe Mazoquismo quando a pessoa tem necessidade de ser submetido a sofrimento, físico ou emocional, para obter prazer sexual.
O Sadismo consiste no ato de obter prazer causando dor e sofrimento, seja físico ou psicológico, a outra pessoa.
O mais comum ao se pensar em sadomazoquismo é associar o sofrimento a agressões físicas e torturas, mas o sofrimento psicológico também pode ser considerado forma de sadomazoquismo, e consiste na humilhação que se pode sentir ou impor. Atos sadomazoquistas só serão considerados parafilias quando forem repetitivos e exclusivos, sendo que quando eles ocorrem ocasionalmente, dentro de um relacionamento sexual normal, são apenas formas alternativas de prazer, e não uma perversão.
Voyeurismo
É quando alguém precisa observar pessoas que não suspeitam estarem a ser observadas, quando elas se estão a despir, nuas ou no ato sexual, para obter excitação e prazer sexual. É importante ressaltar que essas condições só serão consideradas doenças quando elas forem a única forma de sexualidade do individuo, e que a tentativa dele em recorrer a outras formas de sexualidade para obter prazer sexual geralmente são fracassadas, o que levara a pessoa a insistir na mesma atitude.
Clismafilia (Enema)
É o prazer obtido com a aplicação de líquidos dentro do ânus, ou através dele.
Coprofilia/Coprofagia
Coprofilia: excitação erótica motivada pelo cheiro, visão ou contato com excrementos humanos.
Coprofagia: além da excitação obtida com o cheiro e contato, o mesmo ocorre ao comer esses excrementos.
Fisting ou Fistfucking
É uma forma intensa de sexo que envolve a inserção da Mao, e as vezes do antebraço no ânus. Também é praticado com a introdução da mão na vagina.
Hipoxifilia
Envolve a excitação sexual pela privação de oxigênio, obtida por meio de compressão torácica, sufocação com saco plástico, mascara ou substancia química.
A asfixia como cunho sexual, pode ter inicio com tentativas frustradas ou não muito convincentes de suicídio.
Necrofilia
A pessoa obtém excitação e prazer sexual com uma pessoa já morta, podendo chegar ao orgasmo. A investigação clinica conduz a percepção de características psicopáticas em alto grau, sendo pessoas frias e insensíveis, rejeitadas pelas mulheres.
Urofilia
Prazer e excitação sexual obtidos com contato pelo corpo ou ingestão de urina. Também é conhecida como “chuva dourada”.
Zoofilia
Implica o contato com animais com o objetivo de obter excitação e/ou prazer sexuais.