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Guias e Dicas
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Sistema de gestão de segurança alimentar no terminal marítimo de carga geral, Esquemas de Administração Empresarial

O sistema de gestão de segurança alimentar no terminal marítimo de carga geral especializado em recebimento, estocagem e embarque de ferro gusa, soja e farelo de soja. O sistema está baseado na norma pdv quality control of feed materials for animal feed, gmp+ b2: quality control of feed materials, versão 28-03-2008 e seus anexos aplicáveis. A unidade armazenadora deve cumprir determinados requisitos, tais como sistemas de pesagem, amostragem, limpeza, secagem e ventilação, além de normas operacionais para procedimentos adotados. O sistema também aborda a movimentação interna de mercadorias e sistemas de segurança.

Tipologia: Esquemas

2010

Compartilhado em 29/08/2010

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gerisval-pessoa-9 🇧🇷

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO – UFRJ
ESCOLA POLITÉCNICA
PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA PORTUÁRIA
ANÁLISE CRÍTICA DO SISTEMA DE GESTÃO DE SEGURANÇA DO ALIMENTO
NO TERMINAL MARÍTIMO DE CARGA GERAL DE PONTA DA MADEIRA
Fábio Fernando Ferreira da Silva
Orientador:
Prof. M.Sc. Gerisval Alves Pessoa
São Luís – MA
2010
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Baixe Sistema de gestão de segurança alimentar no terminal marítimo de carga geral e outras Esquemas em PDF para Administração Empresarial, somente na Docsity!

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO – UFRJ

ESCOLA POLITÉCNICA

PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA PORTUÁRIA

ANÁLISE CRÍTICA DO SISTEMA DE GESTÃO DE SEGURANÇA DO ALIMENTO

NO TERMINAL MARÍTIMO DE CARGA GERAL DE PONTA DA MADEIRA

Fábio Fernando Ferreira da Silva

Orientador: Prof. M.Sc. Gerisval Alves Pessoa

São Luís – MA 2010

ANÁLISE CRÍTICA DO SISTEMA DE GESTÃO DE SEGURANÇA DO ALIMENTO

NO TERMINAL MARÍTIMO DE CARGA GERAL DE PONTA DA MADEIRA

Fábio Fernando Ferreira da Silva

Esta monografia foi julgada adequada para obtenção do certificado de Engenheiro Portuário tendo sido apresentada ao final do Curso de Especialização em Engenharia Portuária ministrado pela Escola Politécnica da Universidade Federal do Rio de Janeiro, UFRJ.

São Luis, 29 de junho de 2010.


Prof. M.Sc. Gerisval Alves Pessoa. Orientador

Prof. M.Sc. Gilberto Fialho Examinador

Prof._______________________________ Examinador

Agradeço primeiramente a Deus! Aos meus pais Fernando e Graça, por todo o amor, carinho, compreensão e paciência concedidos desde o momento que nasci. Obrigado por me ensinarem a seguir sempre em frente, dando-me base para formar minhas convicções. Obrigado pela formação moral. Agradeço ainda aos meus irmãos que sempre estiveram ao meu lado. Agradeço a minha esposa Audrei pelo amor, companheirismo, conselhos, cumplicidade e momentos abdicados para a realização do objetivo de tornar-me Engenheiro Portuário Agradeço novamente a Deus por Maria Fernanda, minha filha, que me faz feliz todos os dias. Agradeço ainda àqueles que dedicaram suas experiências para nossa formação e aprendizado de vida durante, no início longos, mas no final curtos dezoito meses: aos professores Hildebrando, Gilberto Fialho e Gerisval Alves Pessoa e aos colegas de turma! Agradecimentos especiais ainda aos companheiros da Vale que colaboraram repassando suas experiências para a realização desta monografia: Roger Palmer, Bruno Farias e Flavio Gurgel. Enfim, a todas as pessoas que em algum momento de minha vida me fizeram crescer.

“De tudo, ficaram três coisas: A certeza de que estamos sempre começando... A certeza de que precisamos continuar... A certeza de que seremos interrompidos antes de terminar... Portanto, devemos fazer da interrupção um caminho novo... Da queda, um passo de dança... Do medo, uma escada... Do sonho, uma ponte. Da procura, um encontro...” Fernando Pessoa LISTA DE FIGURAS

Figura Página Figura 1: Ciclo PDCA ..................................................................................... 18 Figura 2: Áreas de atuação da Vale ............................................................... 50 Figura 3: Estrutura do terminal ....................................................................... 53 Figura 4: Estrutura de armazenagem ............................................................. 54

Quadro 10: Sistema de pesagem do Terminal Marítimo de Carga Geral .....................................................................................................

Quadro 11: Sistema de amostragem do Terminal Marítimo de Carga Geral .....................................................................................................

Quadro 12: Determinação de qualidade do produto do Terminal Marítimo de Carga Geral .......................................................................

Quadro 13: Sistema de limpeza do Terminal Marítimo de Carga Geral 71

Quadro 14: Sistema de secagem do Terminal Marítimo de Carga Geral .....................................................................................................

Quadro 15: Sistema de movimentação do produto do Terminal Marítimo de Carga Geral .......................................................................

Quadro 16: Sistema de armazenagem do Terminal Marítimo de Carga Geral ...........................................................................................

Quadro 17: Sistema de segurança do Terminal Marítimo de Carga Geral .....................................................................................................

Quadro 18: Demais requisitos do Terminal Marítimo de Carga Geral......................................................................................................

ÌNDICE

  • RESUMO
  • ABSTRACT
  • 1 INTRODUÇÃO
  • 1.1 Justificativa
  • 1.2 Objetivos
  • 1.2.1 Objetivo Geral....................................................................................
  • 1.2.2 Objetivos Específicos.........................................................................
  • 1.3 Estrutura do Trabalho
  • 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
  • 2.1 A Evolução da Gestão
  • 2.2 Sistemas de Gestão
  • 2.2.1 Sistema de Gestão em Segurança do Alimento
  • 2.2.2 Sistema de Gestão do plano de APPCC
  • 2.2.2.1 Equipe de APPCC.............................................................................
  • 2.2.2.2 Descrição do produto.........................................................................
  • 2.2.2.3 Descrição do processo......................................................................
  • 2.2.2.4 Princípios de APPCC
  • 2.2.3 Boas Práticas de Fabricação
  • 2.2.3.1 Perigo Biológico.................................................................................
  • 2.2.3.2 Perigo Químico..................................................................................
  • 2.2.3.3 Perigo Físico......................................................................................
  • 2.3 Conceito de porto
  • 2.4 Estudos preliminares para implantação de um porto
  • 2.5 Operações portuárias
  • 2.6 Requisitos para armazenamento
  • 3 METODOLOGIA DO TRABALHO
  • 3.1 Tipos de pesquisa
  • 3.1.1 Quanto aos meios..............................................................................
  • 3.1.2 Quanto aos fins..................................................................................
  • 3.2 Universo e amostra
  • 3.3 Coleta e tratamento dos dados
  • 3.4 Limitação do método
  • 4 ESTUDO DE CASO
  • 4.1 Caracterização da empresa e do terminal
  • 4.1.1 Histórico da empresa
  • 4.1.2 Histórico do terminal
  • 4.1.3 Infra-estrutura do terminal
  • 4.1.4 Caracterização do Terminal de Carga Geral
  • 4.2 Operações de soja
  • 4.2.1 Qualidade da soja
  • 4.2.2 Sistema de Gestão de Segurança do Alimento no Terminal.............
  • 4.2.3 BPF – Boas Práticas de Fabricação no Terminal..............................
  • 4.3 Comunicação e atualização
  • 4.3.1 Atualização do Sistema de Gestão de Segurança do Alimento........
  • 4.3.2 Comunicação com o cliente
  • 4.4 Lista de checagem a IN 03 do MAPA
  • 4.4.1 Cadastramento..................................................................................
  • 4.4.2 Localização........................................................................................
  • 4.4.3 Infraestrutura......................................................................................
  • 4.4.4 Isolamento e acesso..........................................................................
  • 4.4.5 Ambiente de atendimento ao público.................................................
  • 4.4.6 Escritório............................................................................................
  • 4.4.7 Sistema de pesagem.........................................................................
  • 4.4.8 Sistema de amostragem....................................................................
  • 4.4.9 Determinação de qualidade do produto.............................................
  • 4.4.10 Sistema de limpeza............................................................................
  • 4.4.11 Sistema de secagem.........................................................................
  • 4.4.12 Sistema de movimentação de produto..............................................
  • 4.4.13 Sistema de armazenagem.................................................................
  • 4.4.14 Sistema de segurança.......................................................................
  • 4.4.4.15 Armazenamento de algodão em pluma sob estrutura de lona..........
  • 4.4.4.16 Demais requisitos..............................................................................
  • 5 DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
  • 5.1 Discussão do sistema atual
  • 5.2 Pontos positivos do sistema atual
  • 5.3 Pontos negativos do sistema atual
  • 5.4 Propostas de melhorias
  • 6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
    • REFERÊNCIAS

RESUMO

Este trabalho visa estudar a situação atual do no Terminal Marítimo de Carga Geral de Ponta da Madeira para adequação a Instrução Normativa 03 do MAPA. O SGSA

  • Sistema de Gestão em Segurança do Alimento aplicado à movimentação de soja e farelo de soja se figura como condição indispensável no referido terminal para a garantia da qualidade de todo o processo, além da permanência da autorização para recebimento e carregamento dos navios. Foi realizada inicialmente uma vasta revisão bibliográfica sobre o assunto, conceitos, ferramentas, escopo e aplicação, muitas delas em matérias internos da própria Vale, além de toda leitura e entendimento da Instrução Normativa 03 do MAPA. Posteriormente, houve um levantamento de dados consolidados e uma avaliação dos principais processos operacionais que facilitassem identificar os pontos de destaque e pontos de melhorias potenciais. Essas informações foram analisadas estratificadamentes de acordo com os diferentes tipos de assuntos que envolvem a gestão do alimento, iniciando com análise gerencial, passando por análise de documentos relativos ao processo até chegar aos aspectos operacionais. Foi feita uma pesquisa descritiva e exploratória utilizando-se pesquisa bibliográfica, documental e estudo de caso. Para o estudo de caso foi realizado um levantamento e avaliação de gestão para que facilitassem identificar os pontos de destaque e pontos de melhorias potenciais. Ao final percebeu a grande parcela do sistema que se encontra com destaque significativo, e então apresentar sugestões de melhoria fundamentadas nas observações das informações realizadas.

Palavras-chave : IN 03; Instrução Normativa 03 do MAPA; SGSA; Sistema de Gestão em Segurança do Alimento.

ABSTRACT

Por alguns anos, as empresas vêm administrando a prosperidade diante de um mundo em crescimento econômico ano após ano, onde a economia mostrava seu aparente vigor inesgotável, cenário esse que gerou ganhos para as empresas poucas vezes vistos pelo mundo anteriormente. Grandes executivos olhavam para a frente preocupando-se em como as empresas poderiam crescer mais. Não era uma missão fácil, mas o mundo parecia conspirar a favor dos homens de negócio em uma atmosfera de otimismo.

Foi então que, no final de 2008 parte do mercado financeiro se dissolveu e a incerteza em relação ao presente e ao futuro passou a fazer parte da rotina. O mundo mudou e está fazendo mudar as lideranças e a gestão de negócios de todos os tipos, em todas as partes.

Neste novo cenário, os portos deixaram de ser apenas locais onde se realizavam a movimentação, o armazenamento e o transbordo de cargas, representando hoje um elo fundamental na reestruturação da matriz de transporte, colaborando significativamente para a elevação da competitividade das empresas e o aumento das exportações do país.

A gestão dos portos no Brasil tem evoluido principalmente após a promulgação da Lei 8.630, batizada de Lei de Modernização dos Portos, de 1993, que fez com que os portos concorressem uns com os outros a fim de oferecer serviços mais eficientes e mais baratos.

Este trabalho visa avaliar o sistema de gestão de segurança dos alimentos a adequação do terminal de carga geral a Instrução Normativa 03 do MAPA, a fim de gerar oportunidades de melhorias operacionais e garantir a qualidade do serviço logístico para manter a competitividade do terminal.

1.2 Objetivos

1.2.1 Objetivo Geral

Analisar qualitativamente e quantitativamente o Sistema de Gestão de Segurança do Alimento do Terminal Marítimo de Carga Geral da Vale no Estado do

Maranhão, de forma a apresentar oportunidades para adequação a Instrução Normativa 03 do MAPA.

1.2.2 Objetivos Específicos

  • Estudar a forma de operação do terminal sob a ótica da Gestão de Segurança do Alimento.
  • Estudar as instalações do terminal.
  • Identificar oportunidades de melhoria na forma de operação e instalações para adequação a IN 03 do MAPA.

1.3 Estrutura do trabalho

No capítulo 1, apresenta-se a justificativa do estudo, os objetivos (gerais e específicos) e a estrutura do trabalho.

No capítulo 2, é apresentada uma breve revisão da literatura existente sobre os Sistemas de Gestão e um breve relato sobre os princípios básicos do Sistema de Gestão de Segurança dos Alimento na atualidade. No fim do capítulo são abordados pontos relevantes sobre a IN 03 do MAPA.

No capítulo 3, é apresentada a metodologia a ser utilizada durante o processo de levantamento de dados e análise do Terminal, bem como as atividades necessárias e os passos a serem seguidos até o atendimento dos seus objetivos gerais e específicos.

No capítulo 4, é apresentado o estudo de caso da avaliação do sistema de segurança do alimento no Terminal Marítimo de Carga Geral de Ponta da Madeira.

Após o estudo de caso, no capítulo 5, são discutidos os resultados.

No capítulo 6 são apresentadas as considerações finais acerca da análise realizada.

2 REVISÃO BILBIOGRÁFICA

Para cada nível de complexidade associa-se certo grau de desconhecimento, ou uma incerteza. Qualquer afirmativa ou tomada de decisão envolve risco. Na busca da melhor compreensão do ambiente de negócio, bem como da redução dos riscos do processo de decisão, muitos estudiosos desenvolveram teorias, técnicas e modelos visando fornecer ferramentas à gestão, com base em informações confiáveis.

Em cada uma das etapas da evolução da gestão das organizações, observa-se a ênfase em uma determinada abordagem ou em determinado estilo de gestão: reativo, corretivo, preventivo ou preditivo. Ainda segundo Cerqueira e Oliveira (2003), o grande marco na evolução da gestão está na quebra do paradigma no qual o gestor dirige os seus esforços apenas para resolver problemas. “É chamado estilo reativo de gestão ou de gestão sobre os efeitos, porque a preocupação é apenas com a correção do efeito indesejável, buscando eliminá-lo, mitigá-lo ou mesmo propor concessões alternativas para os problemas apresentados”. Nesta abordagem, após a ação ser tomada, quer seja de retrabalho, de reparo, de refugo ou de reclassificação para uso alternativo, tudo continua como antes, tendo em vista que o objetivo foi apenas eliminar ou mitigar os efeitos indesejáveis. As causas permanecem no processo.

É uma questão de tempo para que as não-conformidades reapareçam, o que representa quase sempre custo elevado de produção e desperdício, podendo gerar insatisfação dos clientes ou de outras partes interessadas.

Uma significativa contribuição para a gestão foi a adoção do compromisso com o aprimoramento contínuo, representado por um ciclo desenvolvido em 1930 por Walter A. Shewart, levado ao Japão por Edwards Deming em 1950, conforme Milet et al. (1993), e que atualmente é conhecido por Ciclo PDCA (Figura 2), correspondentes as iniciais P de plan (planejar), D de do (fazer, executar), C de check (checar ou conferir), e A de action (ação corretiva), palavras inglesas, implementadas em seis etapas. (Campos, 1999). Apenas as abordagens corretiva, preventiva e preditiva proporcionam ganhos significativos para o conhecimento, pois são instrumentos de aprendizado organizacional. Não que a abordagem reativa deixe de ser importante ou necessária, mas o ganho que proporciona para o

conhecimento não é incorporado na gestão, uma vez que as causas dos problemas não são eliminadas. Isso implicaria a necessidade de um sistema de informações confiável, capaz de alimentar o processo de investigação e análise e de servir de base para avanços futuros. A abordagem corretiva da gestão requer investigação, identificação e análise das causas reais da não-conformidade.

O conhecimento e a compreensão dessas causas permitem a definição de ações efetivas para impedir que as não-conformidades detectadas voltem a ocorrer.

Figura 1 – Ciclo PDCA Fonte: Campos (1999)

As ações preventivas, por outro lado, são direcionadas para as causas potenciais de não-conformidades. A gestão não deseja que ocorram; tendo em vista o risco envolvido. Enquanto a ação corretiva visa evitar a repetição de uma não- conformidade, a ação preventiva está dirigida para impedir ou minimizar a probabilidade de sua ocorrência considerando todos os fatores envolvidos: produtos, processos, recursos, padrões e requisitos. Todas as ações planejadas e sistematizadas caracterizam-se como preventivas.

As ações reativas, corretivas e preventivas estão direcionadas para os acontecimentos que se realizam no presente ou que têm potencial para ocorrer no futuro. Todavia, os desafios a que as organizações estão submetidas exigem predição, antecipação. As ações preditivas são aquelas que uma organização adota para se antecipar às circunstâncias futuras que demonstram, pela análise das tendências, estar na iminência de ocorrer. Exigem um monitoramento constante do cenário de negócio, das novidades e das tendências de mercado, políticas, tecnológicas e de costumes. A partir destas informações, a organização pode hoje tomar decisões que, provavelmente, serão úteis no futuro. Apesar do alto risco associado a estas decisões, as modernas organizações não podem se dar ao luxo de esperar o futuro acontecer, sem que estejam minimamente preparadas.

2.2 Sistemas de Gestão

Há diferentes aspectos sob os quais podem ser analisados os sistemas de gestão. Serão analisados neste trabalho aspectos referentes à eficiência operacional e custos.

2.2.1 Sistema de Gestão em Segurança do Alimento

O Sistema de Gestão em Segurança do Alimento está baseado na norma do PDV Quality Control of Feed Materials for Animal Feed, GMP+ B2: Quality Control of Feed Materials, versão 28-03-2008 e seus anexos aplicáveis ao escopo de prestação de serviços portuários.

O Sistema de Gestão de Segurança do Alimento do TPPM está estruturado na implantação das BPF – Boas Práticas de Fabricação e a utilização da ferramenta APPCC – Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle, junto à conscientização e participação de todos os envolvidos com o processo. Para isto conta com uma estrutura de controle de documentação, capacitação, treinamento e verificação periódica da implementação do sistema.

O conceito de APPCC se aplica a todos os estágios da cadeia de produção do alimento, desde a geração da matéria prima (plantio, cultivo, colheita, criação animal, etc.), ao processamento, fabricação, distribuição, comercialização e preparo para consumo.

2.2.2 Gestão do plano de APPCC

O processo de desenvolvimento do sistema de APPCC – Análise dos Perigos e Pontos Críticos de Controle – envolve princípios básicos para sua estruturação do estudo até sua correta implantação.

Estes princípios tratam de estudos sistemáticos do produto em si, as condições de processo, manuseio, armazenagem, distribuição e a forma de utilização do produto no cliente. Cada princípio realizado de APPCC deve ser

validado em reunião com a equipe e evidenciado através das atas de reunião. A partir dessas informações, são determinados os Pontos Críticos de Controle no processo do Terminal Portuário de Ponta da Madeira, que são monitorados e controlados para garantir a segurança do produto.

2.2.2.1 Equipe de APPCC

A Equipe de APPCC é a equipe multidisciplinar tem a responsabilidade de levantar todos os dados de processo de cada produto (Soja em Grãos e Farelo de Soja) movimentado pelo Terminal Portuário, realizando o estudo de cada linha e a efetiva implantação do sistema de controle e monitoramento dos Pontos Críticos de Controle determinados pela análise. Todas as análises, documentos utilizados pela equipe são reunidas e organizadas em uma pasta como evidência do estudo realizado e se encontra em poder do Coordenador/Líder de APPCC.

O resultado da análise da equipe é o Plano de APPCC que descreve a identificação dos perigos em potenciais, avaliação do risco, medidas de controle, determinação de pontos críticos, monitoramento dos PCC e ações corretivas em caso de desvio.

2.2.2.2 Descrição do produto

Todo produto armazenado e movimentado pelo Terminal Portuário de Ponta da Madeira na área de Carga Geral é descrito em uma especificação de produto, elaborada pela equipe de APPCC. A especificação do produto tem a finalidade de levantar as características principais do produto como:

  • Descrição genérica;
  • Características físicas, químicas e tolerâncias;
  • Possíveis contaminantes de acordo com o Anexo 01, quando aplicável;
  • Etapas precedentes ao processo do Terminal Portuário;