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Sistema - Nervoso, Notas de estudo de Enfermagem

Sistema Nervoso

Tipologia: Notas de estudo

2010

Compartilhado em 08/08/2010

ana-flavia-21
ana-flavia-21 🇧🇷

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INTRODUÇÃO:
O ser biológico e portanto o ser humano também é definido pelo que é e pelo que faz.
Considera-se que um ser humano está vivo, quando está em atividade biológica, física, química e
elétrica e mais recentemente eletromagnética. Todos estes fenômenos devem trabalhar em conjunto
para que a vida possa existir, e tanto é assim que para definirmos a morte de um indivíduo,
determinamos se há ou não morte cerebral ou seja, investigamos com auxílio da semiologia e de
exames subsidiários quais são as condições da vascularização cerebral, atividade reflexa de tronco
cerebral e atividade elétrica cerebral.
As diferentes partes do corpo precisam funcionar em conjunto. Para realizar estas funções, o
corpo humano depende de mecanismos de coordenação e controle das suas funções orgânicas, e que
entram em ação o tempo todo, dependente ou independente da nossa vontade. Quase todo o
mecanismo de coordenação e controle das funções orgânicas funcionam graças ao Sistema Nervoso
(SN).
Formado por bilhões de células nervosas, o nosso Sistema Nervoso funciona como uma
grande rede de comunicações, em que as mensagens têm a forma de sinais químicos e elétricos num
movimento incessante pelo corpo. Numa rede telefônica existem a central telefônica (que recebe as
chamadas e realiza as ligações de um ponto a outro) e os fios (que conduzem as mensagens e as
respostas). Assim também é o nosso Sistema Nervoso que se divide em duas partes: - Sistema
Nervoso Central (SNC) - Sistema Nervoso Periférico (SNP).
O mestre médico, físico e matemático. Avicena (séc.X), postulou que o homemexistia
como tal pois interagia com o meio ambiente, e só o fazia pois o meio existia, e que disfunções
orgânicas e mentais existiam em situações de extrema e traumática estimulação por parte do
meio, e/ou uma associação (interpretação dos fatos), e conseqüentemente uma
resposta(motricidade), deturpada. Tal afirmação de Avicena mostrou-se correta, muitos séculos
depois, com experimentos onde privou-se o animal de todo e qualquer tipo de influxos sensitivos
(através de lesões provocadas em áreas específicas do tronco cerebral), sendo que nesta situação o
animal entrou em coma.
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INTRODUÇÃO:

O ser biológico e portanto o ser humano também é definido pelo que é e pelo que faz. Considera-se que um ser humano está vivo, quando está em atividade biológica, física, química e elétrica e mais recentemente eletromagnética. Todos estes fenômenos devem trabalhar em conjunto para que a vida possa existir, e tanto é assim que para definirmos a morte de um indivíduo, determinamos se há ou não morte cerebral ou seja, investigamos com auxílio da semiologia e de exames subsidiários quais são as condições da vascularização cerebral, atividade reflexa de tronco cerebral e atividade elétrica cerebral.

As diferentes partes do corpo precisam funcionar em conjunto. Para realizar estas funções, o corpo humano depende de mecanismos de coordenação e controle das suas funções orgânicas, e que entram em ação o tempo todo, dependente ou independente da nossa vontade. Quase todo o mecanismo de coordenação e controle das funções orgânicas funcionam graças ao Sistema Nervoso (SN).

Formado por bilhões de células nervosas, o nosso Sistema Nervoso funciona como uma grande rede de comunicações, em que as mensagens têm a forma de sinais químicos e elétricos num movimento incessante pelo corpo. Numa rede telefônica existem a central telefônica (que recebe as chamadas e realiza as ligações de um ponto a outro) e os fios (que conduzem as mensagens e as respostas). Assim também é o nosso Sistema Nervoso que se divide em duas partes: - Sistema Nervoso Central (SNC) - Sistema Nervoso Periférico (SNP).

O mestre médico, físico e matemático. Avicena (séc.X), postulou que o homem só existia como tal pois interagia com o meio ambiente, e só o fazia pois o meio existia, e que disfunções orgânicas e mentais só existiam em situações de extrema e traumática estimulação por parte do meio, e/ou uma má associação (interpretação dos fatos), e conseqüentemente uma resposta(motricidade), deturpada. Tal afirmação de Avicena mostrou-se correta, muitos séculos depois, com experimentos onde privou-se o animal de todo e qualquer tipo de influxos sensitivos (através de lesões provocadas em áreas específicas do tronco cerebral), sendo que nesta situação o animal entrou em coma.

A atividade psicosocial existe quando o indivíduo relaciona-se com o meio ambiente, e obviamente para isto, ele deve ser teus sistemas funcionando adequadamente pois só assim seu relacionamento com o meio será pleno em todos os sentidos. Quem comanda esta relação é o SISTEMA NERVOSO CENTRAL E PERIFÉRICO através da sensibilidade responsável por receber as informações do ambiente (visual, auditiva, táctil, olfativa, gustativa e magnoelétrica, esta última carece demais estudos físicos quânticos), através da associação (atenção, memória, praxia, gnosia, linguagem, reflexos, etc ...) e através damotricidade que permite respondermos ao ambiente (motricidade esquelética, cardíaca e lisa, e secreções e etc...).

SISTEMA NERVOSO CENTRAL

DIVISÃO PARTES FUNÇÕES GERAIS

Sistema nervoso central (SNC)

Encéfalo Medula espinal Processamento e integração de informações

Sistema nervoso periférico (SNP)

Nervos Gânglios

Condução de informações entre órgãos receptores de estímulos, o SNC e órgãos efetuadores (músculos, glândulas...)

  • Introdução..........................................................................................
  • Sistema Nervoso.................................................................................
  • O Cérebro e o Sistema Nervoso.........................................................
  • Sistema Nervoso Central..................................................................
  • Medula Espinhal...............................................................................
  • Função da Medula Espinhal...............................................................
  • As Meninges.......................................................................................
  • Encéfalo.............................................................................................
  • Bulbo Raquidiano...............................................................................
  • Protuberância Anular..........................................................................
  • Cerebelo..............................................................................................
  • Tálamo................................................................................................
  • Hipotálamo.........................................................................................
  • Cérebro...............................................................................................
  • O que é seu cérebro?...........................................................................
  • Componentes do cérebro....................................................................
  • Córtex Cerebral...................................................................................
  • Funções do Hemisférios Cerebrais Direito e Esquerdo......................
  • Sistema Límbico.................................................................................
  • Sistema Reticular Activante................................................................
  • Neurônios............................................................................................
  • As Sinapses.........................................................................................
  • A Mielina............................................................................................
  • Tipos de Neurônio..............................................................................
  • A Fisiologia Neural.............................................................................
  • A Condução Saltatória........................................................................
  • A Localização dos Neurônios.............................................................
  • Neuróglia............................................................................................
  • Os Astrócitos.......................................................................................
  • A Micróglia.........................................................................................
  • O Encéfalo dos Vertebrados...............................................................
  • O Telencéfalo, ou cerebro...................................................................
  • O Diencéfalo.......................................................................................
  • O Mesencéfalo....................................................................................
  • O Metencéfalo, ou cerebelo................................................................
  • O Mielencéfalo, ou bulbo...................................................................
  • Funções do Córtex..............................................................................
  • Sistema Nervoso Periférico..............................................................
  • Os Nervos...........................................................................................
  • O Sistema Nervoso Autônomo...........................................................
  • Classificação dos Receptores Sensorial..............................................
  • Conclusão...........................................................................................
  • Bibliografia.........................................................................................

O SISTEMA NERVOSO

O cérebro é responsável pelo controle de todas as atividades orgânicas do corpo humano. Dividido em regiões, o cérebro abriga uma variedade muito grande de funções. O ser humano tem cinco sentidos básicos que são o paladar, o tato, o olfato, a audição e a visão. Situados na língua , os sensores do paladar transmitem para o cérebro informações que, combinadas ao olfato, criam a sensação do chamado sabor. Já o tato nos permite distinguir a forma, a temperatura além da pressão e a dor. Os nervos, que enviam impulsos ao nosso cérebro , nos avisam que algo esta sendo tocado. O olfato, por sua vez, utiliza as membranas olfativas que, em contato com moléculas da substância, envia mensagens ao cérebro através das células receptoras. A audição utiliza um sofisticado receptor: o ouvido humano. Através de uma estrutura com capacidade vibratória, o ouvido humano é capaz de perceber sons dentro de uma faixa de freqüência de vinte a vinte mil Hz. A visão utiliza órgãos sensíveis à luz, que são os olhos. Há diversas regiões do cérebro que reagem aos estímulos luminosos e que permitem distinguir a forma, o tamanho e a cor, entre outras informações.

SISTEMA NERVOSOS CENTRAL

A origem do Sistema Nervoso dá-se na formação do Tubo Neural O Sistema Nervoso se desenvolve a partir da ECTODERME. O folheto ectodérmico da pele em desenvolvimento invagina-se ao longo da linha média de dorso, da cabeça à cauda. À medida que o TUBO é formado, o ectoderma se separa dele. Este TUBO NEURAL torna-se o ENCÉFALO e a MEDULA ESPINHAL. As células da CRISTA NEURAL irão se diferenciar em certas células do Sistema Nervoso Periférico. O MESODERME circunjacente formará o crânio (para o encéfalo), a coluna vertebral (circunda a medula espinhal) e os músculos relacionados. A NOTOCORDA (um cordão primitivo de sustentação para o embrião) será absorvida pela coluna vertebral em desenvolvimento e resquícios dela permanecerão como o núcleo dos discos invertebrais.

O SISTEMA NERVOSO CENTRAL começa como um tubo neural oco, dorsal. A cabeça ou um terço cefálico do tubo passa por uma proliferação significativamente maior que os dois terços caudais. Esta porção cefálica tornar-se-á o ENCÉFALO e a porção caudal, a MEDULA ESPINHAL. O sistema nervoso central divide-se em: espinhal medula, que ocupa o canal raquídio e encéfalo que se aloja na cavidade craniana. O encéfalo, por sua vez divide-se em rombencéfalo (ou encéfalo posterior), mesencéfalo (ou encéfalo médio) e prosencéfalo (ou encéfalo anterior). Do ponto de vista da conformação geral e pelo que se refere à sua conformação exterior, o sistema nervosos central apresenta-se-nos como uma volumosa massa, o encéfalo, prolongando-se para baixo por uma longa haste, e a espinhal medula.

ESPINHAL MEDULA

A espinhal medula é um longo cilindro de onde emergem os nervos raquidianos e apresenta- se como um cordão (com aproximadamente 40 cm de comprimento) constituído por nervos localizados no interior da coluna vertebral, desempenhando as funções de condução e coordenação. Ocupa o canal vertebral, desde a região do atlas – primeira vértebra – até o nível da segunda vértebra lombar. Da medula partem 31 pares de nervos que se ramificam. Por meio dessa rede de nervos, a medula se conecta com as várias partes do corpo, recebendo mensagens de vários pontos e enviando-as para o cérebro e recebendo mensagens do cérebro e transmitindo-as para as várias partes do corpo.

A espinhal medula é ligada ao encéfalo pelo bulbo raquidiano, sendo as comunicações entre a medula, cérebro e cerebelo asseguradas pelo tronco cerebral que estabelece a transmissão de informações através dos pedúnculos (feixes de fibras nervosas).

Uma vez que o interior da espinhal medula tem cor cinzenta e o seu exterior é branco podemos referir a conformação interna do SNC. Este é sempre constituído por substância cinzenta e substância branca, o que difere é o modo como ambas se distribuem em cada segmento do SNC. A substância cinzenta é constituída por corpos celulares e forma centros nervosos enquanto a substancia branca é constituída por cilindros - eixos revestidos de mielina.

Na espinhal medula a substancia cinzenta ocupa o eixo deste segmento do SNC e é nesta substancia que vão ter origem os nervos raquidianos. A substancia branca envolve completamente a substancia cinzenta e vai constituir diversos feixes, uns ascendentes, que são sensitivos, outros descendentes, que são motores.

Para melhor compreensão, temos que, a espinhal medula em corte horizontal apresenta a substancia cinzenta em forma de H (maiúsculo), no centro do qual se observa o canal do apêndimo. Pode considerar-se-lhe uma ponta anterior e uma ponta posterior, cada uma delas dividida numa cabeça e numa base. É na base que se encontra o canal do apêndimo onde circula líquido céfalo raquídeo. É necessário ter em conta que a ponta anterior é motora e a posterior sensitiva. A substancia branca está à volta da substancia cinzenta e podemos dividi-la em cordão anterior, cordões laterais e cordão posterior.

FUNÇÕES DA ESPINHAL MEDULA

Função condutora (transmissão de sinais) : a espinhal medula transmite as mensagens os receptores para o cérebro e deste para os músculos e glândulas, isto é, é responsável pela condução de e para o encéfalo. Ao receber os sinais dos órgãos dos sentidos e dos músculos transmite-os ao cérebro, por sua vez este envia para a medula, através dos axónios, ordens referentes à movimentação de músculos.

Função coordenadora (atividade reflexa) : a espinhal medula é o cento coordenador das atividades reflexas. Refere-se ao mecanismo que permite uma resposta motora a um estímulo. FIGURA 2 - ESPINAL MEDULA

FIGURA 3 - O CÉREBRO

FIGURA 4 - O CÉREBRO

BOLBO (OU BULBO) RAQUIDIANO

Bolbo (ou bulbo) Raquidiano: é o prolongamento da parte superior da espinhal medula que estabelece a ligação ao encéfalo. Contém todos os feixes e fibras ascendentes e descendentes interligando o cérebro e a espinhal medula. A maior parte dos nervos cranianos possuem a sua

entrada e saída no bolbo raquidiano. As suas funções distribuem-se pelo comando das funções vitais como o ritmo cardíaco, a respiração e a pressão arterial; recebe informação dos sentidos situados na cabeça e fornece impulsos de controlo motor dos músculos da cabeça. Relativamente à conformação interna, tal como na espinhal medula, encontra-se substância branca periférica e substância cinzenta central. No entanto, a substância cinzenta não é contínua, mas sim fragmentada em núcleos, os quais são o ponto de origem ou terminação das fibras motoras e sensitivas.

PROTUBERÂNCIA ANULAR

Protuberância Anular: localiza-se abaixo do cérebro acima do bolbo, contém um grande feixe de fibras cruzadas na região inferior. Como o próprio nome indica, a ponte serve de passagem de impulsos que vão ao cérebro. A ponte está també relacionada com reflexos associados às emoções, como o riso e as lágrimas. Diversos núcleos de nervos cranianos que se encontram na protuberância desempenham um papel essencial na alimentação e na expressão facial. Além disso, é também na protuberância que se localizam certos dispositivos de ordem superior em relação ao sistema auditivo, neurônios que atuam para inibir e facilitar os neurônios motores espinais e os núcleos respiratórios adicionais. É o local de passagem de fibras nervosas que unem os diferentes níveis do Sistema Nervoso Central.

CEREBELO

Cerebelo: é uma estrutura que cobre a protuberância e exibe um aspecto muito circunvolucionado com um grande número de lóbulos separados entre si por fissuras. Apresenta um formato semelhante ao cérebro, mas dez vezes mais pequeno. O córtex e os núcleos subjacentes do cerebelo recebem conexões do sistema vestibular, das fibras sensitivas espinais, dos sistemas auditivo e visual, das várias regiões do córtex cerebral e da formação reticular. O cerebelo envia fibras motoras na direção do tálamo, formação reticular e outras estruturas do tronco cerebral. O cerebelo está ligado à regulação da coordenação motora coordena os movimentos comandados pelo cérebro, garantindo uma perfeita harmonia entre eles, é responsável pela manutenção do equilíbrio e postura do corpo, controla a coordenação e aprendizagem de movimentos e está ligado aos atos motores complexos e rápido, dá o tônus muscular, isto é, regula o grau de contração do músculo em repouso.

Quanto aos neurônios as suas funções estão bem estabelecidas. Têm uma organização estrutural que lhes permite atuar uns sobre os outros química e eletricamente. As principais estruturas características de um neurônio são o corpo da célula nervosa (soma), que contém o núcleo; os dendritos, que recebem atividade das células adjacentes e conduzem atividade para a soma; e o axônio, que conduz atividade para outros neurônios ou para músculos e glândulas. A sinapse é o local de interação funcional entre os neurônios e verifica-se principalmente na soma e nos dendritos do neurônio.

CÉREBRO

Cérebro: constitui a estrutura principal do encéfalo, ocupando a maior parte do volume da caixa craniana, constituída por dois hemisférios. É o órgão que contém os centros nervosos relacionados com os sentidos, a memória, o pensamento e a inteligência.. O cérebro coordena também as ações voluntárias desenvolvidas pelo indivíduo, além de comandar atos inconscientes. Considerado o órgão do psiquismo, foi no final do século XIX que se verificaram grandes progressos no conhecimento íntimo da arquitetura do cérebro através das técnicas de coloração. Neste campo, destacou-se Rammon e Cajal pelos seus contributos. O interior do cérebro contém uma substância branca enquanto o exterior constitui-se por uma fina camada de substância cinzenta, a qual reveste a superfície dos hemisférios e designa-se por córtex cerebral.

O QUE É O CÉREBRO? O cérebro é a parte do sistema nervoso central que fica dentro do crânio. É a parte mais desenvolvida e a mais volumosa do encéfalo, pesa cerca de 1,3 kg e é uma massa de tecido cinza- róseo. Quando cortado, o cérebro apresenta duas substâncias diferentes: uma branca, que ocupa o centro, e outra cinzenta, que forma o córtex cerebral. O córtex cerebral está dividido em mais de quarenta áreas funcionalmente distintas. Cada uma delas controla uma atividade específica. A presença de grande áreas cerebrais relacionadas ao controle da face e das mãos explica por que essas partes do corpo têm tanta sensibilidade. No córtex estão agrupados os neurônios.

COMPONENTES DO CÉREBRO O cérebro é composto por cerca de 100 bilhões de células nervosas, conectadas umas às outras e responsáveis pelo controle de todas as funções mentais. Além das células nervosas (neurônios), o cérebro contém células da glia (células de sustentação), vasos sangüíneos e órgãos secretores. Ele tem três componentes estruturais principais: os grandes hemisférios cerebrais, em forma de abóbada (acima), o cerebelo, menor e com formato meio esférico (mais abaixo à direita), e

o tronco cerebral (centro). No tronco cerebral, destacam-se a medula alongada ou bulbo raquiano (o alargamento central) e o tálamo (entre a medula e os hemisférios cerebrais). Os hemisférios cerebrais são responsáveis pela inteligência e pelo raciocínio. O tronco encefálico, formado pelo mesencéfalo, pela ponte e pela medula oblonga, conecta o cérebro à medula espinal, além de coordenar e entregar as informações que chegam ao encéfalo. Controla a atividade de diversas partes do corpo. O mesencéfalo recebe e coordena informações referentes ao estado de contrações dos músculos e à postura, responsável por certos reflexos. O cerebelo ajuda a manter o equilíbrio e a postura. O bulbo raquiano está implicado na manutenção das funções involuntárias, tais como a respiração. A ponte é constituída principalmente por fibras nervosas mielinizadas que ligam o córtex cerebral ao cerebelo. O tálamo age como centro de retransmissão dos impulsos elétricos, que viajam para e do córtex cerebral.

O CÓRTEX CEREBRAL

O córtex cerebral divide-se em dois hemisférios - o esquerdo e o direito - ligados por um feixe de fibras denominado corpo caloso. Por sua vez, cada hemisfério apresenta quatro Lóbulos Cerebrais.

Bolbo Raquidiano

Encéfalo Posterior / Metencéfalo Cerebelo

Protuberâncias

Encéfalo Médio / Mesencéfalo Sistema Reticular Activante

Ainda relativamente ao cérebro, é neste órgão que se localizam a sensibilidade consciente, a mobilidade voluntária e a inteligência, ao mesmo tempo que coordena as ações voluntárias e comanda atos inconscientes.

FUNÇÕES DOS HEMISFÉRIOS CEREBRAIS DIREITO E ESQUERDO

Embora os hemisférios cerebrais tenham uma estrutura simétrica, ambos com os dois lóbulos que emergem do tronco cerebral e com áreas sensoriais e motoras, certas funções intelectuais são desempenhadas por um único hemisfério. Geralmente, o hemisfério dominante de uma pessoa ocupa-se da linguagem e das operações lógicas, enquanto que o outro hemisfério controla as emoções e as capacidades artísticas e espaciais. Em quase todas as

pessoas destras e em muitas pessoas canhotas, o hemisfério dominante é o esquerdo. Esses dois hemisférios são conectados entre si por uma região denominada corpo caloso.

SISTEMA LÍMBICO

Sistema Límbico: é constituído por várias estruturas: o hipocampo, o cepto, a amígdala e o bolbo olfativo. Situam-se próximo do centro dos hemisférios cerebrais, na margem do tronco cerebral. O sistema límbico tem extensas conexões com o hipotálamo e está envolvido no controlo de atividades emocionais e alguns aspectos da aprendizagem e da memória. É também considerado o cérebro das emoções. A ação conjunta das estruturas do sistema límbico com o sistema nervoso simpático permite ao organismo responder a situações de agressão com origem no meio ambiente.

SISTEMA RETICULAR ACTIVANTE

Sistema Reticular Activante: papel importante em funções da atenção, do sono e estado de alerta. A interação entre o sistema retical ativante (SRA) e o cérebro permite a passagem do sono ao estado de vigília.

NEURÔNIOS

São células alongadas, com um corpo celular e muitas ramificações.

Normalmente, o neurônio tem uma ramificação principal, longa, o axiônio, e numerosas

ramificações curtas, os dendritos.

Fig. neuronios

Os corpos celulares são encontrados apenas na substância cinzenta do encéfalo, medula, gânglios nervosos e órgãos sensoriais. Eles são indispensáveis ao crescimento, ao metabolismo geral e à regeneração das ramificações dos neurônios.

Quando o impulso nervoso atinge as terminações do axônio, ocorre aí a liberação de substâncias acumuladas nas pequenas vesículas sinápticas. Essas substâncias vão agir como mediadores químicos na transmissão do impulso e por isso são chamadas neurotransmissores.

O neurotransmissor liberado na fenda sináptica estimula a membrana pós-sináptica, provocando nela uma modificação local de permeabilidade. Surge aí o novo impulso nervoso, isto é, a nova onda de inversão de polaridade da membrana ao longo do dendrito do neurônio recepto

O neurotransmissor mais comum é a acetilcolina. Imediatamente após sua liberação na sinapse, essa substância é destruída pela enzima colinesterase aí existente, impedindo a passagem contínua do impulso. A sinapse funciona, então, como uma espécie de relé ou "válvula", que se fecha uma vez transmitido o impulso nervoso. Constatou-se que, embora esse acontecimento seja muito rápido, a sinapse retarda a condução do impulso em mínimas frações de segundo. As placas motoras (junções neuromusculares) são também sinapses que tornam possível a efetivação da contração da fibra muscular. Muitas drogas podem bloquear a passagem do impulso no nível das sinapses, como é o caso dos anestésicos.

Os neurônios e, portanto, suas sinapses podem diferir quanto ao tipo de neurotransmissor. Fala-se em sinapses colinérgicas ou adrenérgicas quando os neurotransmissores são, respectivamente, a acetilcolina e a noradrenalina. A liberação do neurotransmissor na sinapse

A MIELINA

Uma característica marcante dos axônios é a existência de bainhas envolventes. A bainha de Schwann (neurilema) é de natureza celular conjuntiva, sendo representada

por inúmeras células em toda a extensão do axônio. Os núcleos dessas células são alongados e

bem visíveis. As células de Schwann podem, no entanto, crescer ao redor do axônio de modo que suas membranas plasmáticas formem um conjunto de lâminas enroladas em espiral. Esse espesso conjunto de membranas é chamado bainha de mielina, de natureza lipídica. Ela desempenha papel protetor (isolante) e facilita a transmissão do impulso nervoso.

Cada célula de Schwann envolve apenas uma parte do axônio, constituindo um segmento mais espesso, onde se nota a mielina e, externamente a ela, o núcleo da célula. Vêem- se, então, ao longo do axônio, várias constrições entre os segmentos, que são os estrangulamentos de Ranvier (nódulos de Ranvier). As fibras mielínicas mostram uma grande velocidade de condução do impulso nervoso (mais de cem metros por segundo). Há também fibras chamadas amielíni-cas, nas quais as células de Schwann não se enrolam no axônio. Nelas, a condução do impulso nervoso e mais

lenta. SINAPSES NEUROMUSCULARES A ligação entre as terminações axônicas e as células musculares é chamada sinapse neuromuscular e nela ocorre liberação da substância neurotransmissora acetilcolina que estimula a contração muscular. SINAPSES ELÉTRICAS